Sogans escrita por Malkyum


Capítulo 7
Quase lá




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Pietro é jogado com muita força contra a parede no fim do beco, e Rafael não segurou suas emoções após a entrada triunfal.

— Haha! Ah, fazia tempo em que eu não chutava umas bundas assim, não querendo me gabar nem nada, não é como se eu não estivesse acostumado com coisas assim, mas... Faz parte do meu talento. - Após se vangloriar pela vitória, Rafa olha para Marcos e diz: - Ei parceiro, quer um coberta? Você parece bem gelado pro meu gosto.

Micheli aparece e diz:

— Ele desmaiou, Rafa.

— Eu já sabia.

Eis que Pietro levanta um pouco atordoado da pancada, mas consciente o suficiente para retrucar.

— Sério, você de novo? Será que não dá para pelo menos uma vez me deixar em paz com meus affairs?

Rafael respondeu fez uma cara de deboche e provocou o adversário.

 - Cara, você me dá nojo. Pera aí, vou vomitar, olhar para meu vômito é mais prazeroso do ficar encarando você.

— Pelo menos sua língua tá mais afiada do que antes, mas é só isso? Oh. Você também foi mais esperto trazendo dois amiguinhos... Ficou com medo de apanhar novamente? – Disse Pietro, enquanto lambia seus dedos, lançando um olhar provocante para Micheli e André.

— Eu baixaria essa bola se fosse você. Hehe! Como a gente ensaiou, Andr... – Antes que Rafael terminasse a frase, André saltou sobre os ombros de Rafael, pegando um impulso para seu salto em direção a Pietro. André possuía umas tatuagens misteriosas, que nem mesmo ele sabia o significado, em seus pulsos, que no momento da ação, começaram a brilhar, e um círculo surgiu em cada uma de suas mãos, e deles surgiram duas espadas que estavam envoltas em chamas, com as quais ele começou a desferir vários golpes cortantes em direção a Pietro. Esse por sua vez se defendia com braços reforçados por grossas camadas de gelo, que se regeneravam todas as vezes que quebrados, aguentando um pouco o dano causado por André. Mas a velocidade dos ataques era tão alta e eram tão frenéticos, que Pietro mal conseguia revidar.

— Tá gostando disso, seu masoquista de merda? - disse André com um tom de ira.

— Espero que você seja tão hábil assim na cama também garanhão - Respondeu Pietro, que parecia estar se divertindo, mesmo numa situação daquelas.

Depois de alguns segundos se defendendo e analisando o estilo de André, Pietro percebeu uma fraqueza em seus movimentos. Então Pietro se esquivou de maneira majestosa, e congelou os pés de André, de modo que ficassem bem presos no chão.

— Ainda precisa treinar muito mais. Não passa de um garotinho imaturo, e cá entre nós, eu prefiro um homem. – Disse Pietro zombando de André, mas antes que pudesse se vangloriar mais, Rafael surge, e pula apoiando a perna direita na parede direita do beco, pegando impulso e chutando a cara de Pietro de forma esplendida, arremessando-o.

 - Acho que ninguém quer se candidatar a vaga de homem dos sonhos de Pietro. – Disse Rafa. E então no frenesi, ele avança novamente com um soco, e Pietro levanta a mão para tentar se defender, mas Micheli é mais rápida, retardando Pietro com poderes mentais, fazendo o soco acertar em cheio o alvo. Pietro cai no chão novamente, mas após aquilo ainda conseguia falar sem dificuldade alguma.

— Poxa, você conseguiu me pegar com a guarda baixa, mesmo que por um segundo. Parabéns, sua vadia, meus parabéns - Pietro olha para Micheli, ignorando Rafael que estava ofegante, e André, que tentava derreter os gelos em seus pés com as chamas de suas espadas. – Porém não vou baixar a guarda da minha mente novamente. Se preparem, gracinhas.

Nesse instante, o clima mudou, ficou mais gélido, o olhar de Pietro ficou mais frio e sedento por sangue, fazendo a espinha de todos ali gelar.

— Rafa... Isso não tá nada legal... – Disse Micheli, que estava paralisada de medo. – Ele vai matar a gente...

A cada passo que Pietro dava, o grupo também dava outro, recuando.

— Rafa! Faz alguma coisa! – Disse André, que agora estava livre, mas ainda não conseguia se mexer, devido ao medo. – Eu não quero morrer...

— Pessoal... Desculpa... Não dá...

De repente, Pietro ficou imóvel. Seu olhar, que antes emanava terror, agora estava distante, como se estivesse prestando atenção em outra coisa.

— Certo. Certo. Entendido. – Pietro estava parado, respondendo alguém, porém não tinha mais ninguém no local, o que fez com que Rafael e seu grupo ficassem confusos, porém não ousaram atacar Pietro, mesmo ele parecendo estar distraído. – Meus lindinhos, tenho uma notícia para vocês. Suas mortes serão adiadas.

Ninguém entendeu o que ele quis dizer com aquilo, mas também sentiram um alívio, pois a pressão que antes os esmagava, de repente sumira e só aí perceberam que não respiravam desde que Pietro assumiu a postura de extremo perigo.

— Do que você tá falando? – Perguntou Rafael, que foi o primeiro a se recompor.

— Meus superiores me mandaram recuar imediatamente, pois souberam que aquele cara está aqui por perto. E pra ser sincero, eu estou até aliviado por não topar com aquele louco da katana. Como sou sortudo!

Nesse instante, todos se lembraram do caçador de sogans, e sentiram o estômago revirar, pois até mesmo Pietro o temia, e Pâmela estava sozinha contra ele.

— Pena que não posso dizer o mesmo para coleguinha de vocês. – Pietro lançou um sorriso para todos, como se aquilo fosse a coisa mais hilariante do mundo. – E então, rapaziada, vão perder tempo tentando me seguir em vão, ou vão atrás da parceira de vocês, que, por sorte, não está morta, apenas quase morta?

— Maldito... – André disse, quase como se estivesse rosnando de raiva, pois sabia que não tinha escolha. E então os círculos nas palmas de suas mãos se abriram, e assim guardou suas espadas.  

— Rafael, tentei contatar a Pâmela. Ela ainda está viva, porém fraca. Ela é mais importante do que essa missão! E ainda tem o Marcos, que está gravemente ferido! Esquece esse masoquista!

— Adoraria ficar e continuar ouvindo esse drama de vocês, mas tenho que ir. Beijinhos. – E então uma parede enorme e espessa de gelo surgiu entre ele e o grupo.

Rafael desferiu um soco poderoso na parede, derrubando-a. Porém Pietro não estava mais lá.

— Droga!

Rafael ficou parado olhando para o chão, frustrado consigo mesmo por todas as falhas cometidas.

— Rafa... Todo falhamos, mas não temos tempo para ficar frustrados. Nossa amiga precisa da gente. Vamos? – Disse Micheli, que agora estava atrás de Rafael.

— Certo. – Disse Rafael se virando para Micheli. – Ei. Cadê o André?

— Ele saiu correndo na frente. O que é mais um motivo para irmos agora. E quanto ao Marcos, eu já contatei o Todd. Ele vai... - Antes que terminasse de falar, uma fumaça seguida por cheiro de queimado apareceu no beco ao lado de Marcos.

O sujeito no mesmo instante agachou, segurou o braço de Marcos, e mais fumaça apareceu, aumentando ainda mais o cheiro de queimado, porém agora, não havia mais ninguém ali, incluindo Marcos. Deixando Rafael e Micheli a sós no beco.

— É, apressado como sempre esse Todd. – Disse Micheli após processar o ocorrido. – Ele levou o Marcos para a academia. Então é uma preocupação a menos. Agora vamos, pois se ficarmos mais um instante sozinhos nesse beco, André vai te zoar por um bom tempo. Não que eu me importe. Rsrs. – Micheli disse encarando Rafael nos olhos.

— Esperta, porém não vou cair nessa de novo. Haha. Certo!  Agora vamos logo.

E então eles partiram, ainda assustados com o Pietro, em direção onde haviam deixado Pâmela, abandonando o beco, onde quase foram mortos.  

 


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Notas finais do capítulo

É, parece que alguém levantou com o pé esquerdo... Fica assim não, Rafa.



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