Sogans escrita por Malkyum


Capítulo 15
Alerta




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— Ai... Que dor de cabeça. – Disse Marcos enquanto abria lentamente os olhos. Ele estava deitado na cama de seu dormitório.

— Boa noite, esquentadinho. Como está se sentindo?

— Que... Janus?

A garota estava sentada em uma cadeira ao lado da cama, lendo outro volume da light novel de No Game No Life, o que não passou despercebido por Marcos.

— É, sou eu. Não me pergunte o motivo de eu ter que ficar aqui, pois nem mesmo eu sei. O diretor apenas pediu para eu ficar aqui até você acordar e ver se está tudo bem. – A garota notavelmente estava detestando perder tempo ali.

— Poxa... Obrigado de qualquer jeito. – Agora o jovem havia se sentado e recostado na parede. – Eu estou me sentindo bem, só com umas dorzinhas, mas estou bem. O que foi que aconteceu?

— Depois de você apagar, o Rafael te pegou no colo como um legitimo cavalheiro e tentou fazer respiração boca a boca.

— Que?! – Marcos soltou um grito e ficou com o resto completamente vermelho, devido a seus poderes, fazendo Janus cair na gargalhada.

— E foi um longo boca a boca. 

— Ai deuses... Justo no primeiro dia...

— Cara, você é muito fácil de enganar. Fique esperto com uma garota chamada Ramona. – Disse Janus, encerrando a risada. – Bem, agora vamos ao que realmente aconteceu.

— Você quase me mata do coração! Tá legal, conta logo.

— Bem, após aquela luta, se é que podemos chamar de luta, você desmaiou. Então o Rafael, sem nenhuma segunda intenção te pegou no colo e levou até a enfermaria. Você recebeu os cuidados do Guilherme e depois te trouxeram para cá. Fim da história.

— Ok... – Disse coçando o queixo, aparentando refletir. – Primeiro, aquela foi uma bela luta. Segundo, quem é Guilherme? E terceiro, Ramona?

— Primeiro – Disse tentando debochar do jeito de falar de Marcos. – Não foi uma bela luta, pois você não sabe lutar, só socar e chutar ao azar. Segundo, Guilherme é um de nossos melhores curandeiros. É graças a ele que você não tem nenhuma cicatriz deixada pelo Pietro, e graças a ele também que você já está se sentindo melhor. E terceiro, você vai conhecer a Ramona na hora certa.

— Oh. Eu nem tinha parado pra pensar no motivo de eu ter me recuperado tão rapidamente.

— Olha, eu adoraria tirar mais de suas dúvidas, mas eu quero muito ir para o meu quarto, ok? Melhor você descansar, pois amanhã você vai ter que levantar cedo. – Janus já estava na porta pronta para sair.

— O que vai ter amanhã?

— Pra mim, nada demais, pra você, uma aulinha sobre história, origem e essas coisas do sogans. É importante se conhecer melhor, não acha?

— É, claro. Tudo bem então. Muito obrigado, Janus. – Disse dando um sorriso.

— Pelo que, exatamente? – A garota levantou a sobrancelha de maneira curiosa.

— Ué, por ser tão gente boa comigo, dur. Sabe, confesso que estou um pouco assustado com essa mudança toda, mas pessoas legais como você e o Rafael fazem tudo ficar mais fácil. É só isso. Pode ir. Arrivederci, Janus.

— Entendi. – Disse tentando disfarçar um sorriso. – Até mais.

— Até, Janus.  Bem, pela minha quantidade de sono, deve ser bem tarde. – Então Marcos deitou, e começou a pensar sobre os fatos ocorridos, tentando abafar o pesadelo que tivera, que pouco a pouco o assustava mais e mais.

— Foi só um pesadelo... – Ficou dizendo para si, até que pegou no sono devido ao cansaço.

— Olá, diretor. – Disse uma voz num tom de sedução.

— Olá, Arsene. - Henrique estava sentado em sua poltrona, e não desviou o olhar dos arquivos que estava lendo para procurar a origem da voz. – O que faz aqui?

— Tão direto assim? Sem preliminares? – O garoto saiu de um canto mais escuro da sala, já que a mesma estava apenas iluminada por uma luminária na mesa do diretor, tornando-se visível.

— Vai direto ao ponto, por favor. Tenho muitas coisas para fazer. – O mesmo se interrompeu, e olhou pela sala a procura de alguma coisa.

— Não se preocupe. Minha irmãzinha não veio hoje.

— Entendo. – Disse, voltando o olhar aos arquivos. – E então?

— É sobre a AOPD. Você já deve saber que o Pietro voltou.

— Fiquei sabendo.

— Bem, você deve imaginar que o líder dele voltou, já que os dois não se separam. Meu informante me disse que provavelmente os membros principais estão todos aqui.

— Todos? – O grande homem largou os papéis e olhou seriamente para o jovem de cabelos vermelhos.

— Sim, então é provável que aquele plano...

— Isso é mau... Não esperava que fosse tão cedo. Temos no máximo o que? Duas? Três semanas?

— Chuto que uma semana. E então, o que pretende fazer?

— Vou pensar. – A expressão em seu rosto era de nervosismo e ansiedade. – E você?

— Eu? – Deu uma risada para dentro, meio maquiavélica. – Você sabe que eu odeio a AOPD mais do que tudo. Não se preocupe, pois eu e minha irmã vamos ficar do lado de vocês quando a hora chegar.

— Muito obrigado. Pretendem ficar por aqui nesse tempo?

— Hm... Talvez. Primeiro vou consultar minha irmã, e então se ela concordar, eu volto ainda amanhã. – Disse já se aproximando do elevador.

— Entendo. Até mais, Arsene.

— Beijinhos, homão.

E então o garoto sumiu da vista do diretor, deixando o adulto divagando em seus pensamentos.

— Droga... Isso é cedo demais. Calma, Henrique. É só seguir o combinado. Amanhã cedo vamos colocar o plano em ação, e tudo ficará bem. Ok, ok.

Após o curto monólogo, o homem barbado também entrou no elevador, que já estava livre, e sumiu pelos corredores da academia.


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