Sogans escrita por Malkyum


Capítulo 14
Prelúdio


Notas iniciais do capítulo

Não sei quem é mais tarado, Arsene ou Pietro. :v



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Em algum lugar escondido de todo o resto do mundo, um grupo se reunia para preparar algo terrível.

Sete pessoas estavam reunidas em uma sala escura quadriculada não muito grande, tão escura que era necessário uma visão anormal para ver qualquer coisa a um palmo de distância. Estavam organizados de um jeito que formava um circulo.

— Ei, chefe, não é melhor começar logo essa reunião? Já faz dois dias que o Pietro não da as caras. Aposto que foi morto. Aquele fraco... E ele nem mesmo é um dos membros principais, ele tem mesmo que estar aqui?

— Concordo com o Leonardo, chefe. O que um novato como ele vai agregar a essa reunião?

— Calem-se, Apolo, Leonardo. – Todos enrijeceram devido ao tom autoritário na voz do homem. – Já dei minha palavra final. Vamos espera-lo.

— Sem querer duvidar de você, chefinho, não quero faltar com o respeito nem nada... Mas como você sabe que ele vem?

O sujeito foi completamente ignorado pelo líder do bando.

— Haha! Hey, Leório, acha mesmo que tem moral para falar com o chefe? Você se tornou um dos membros principais recentemente, então é melhor ficar quietinho, se não quiser ser enxotado daqui.

 - Me desculpe, Micael... – O sujeito cruzou os braços, admitindo a inferioridade, porém irritado, mas com medo demais para demonstrar a raiva.

— Calados, ele chegou.

Após isso, uma porta foi aberta, iluminando um pouco a sala, mas não o suficiente para que alguém normal pudesse ver algo.

— Olá, mestre.

— Olá, Pietro. E então, qual o motivo do seu sumiço?

— Eu estava sendo perseguido por aquele caçador de recompensas problemático. Então fiquei tentando despista-lo durante esses dois dias.

— Deveria ter matado aquele sujeito, mas não o culpo, ele é deveras forte... Agora fique ao meu lado e apenas escute com atenção. Vamos dar início a essa reunião.

Cochichos ansiosos puderam ser ouvidos, até que foram cortados pelas explicações do chefe.

— Passamos esses últimos tempos recrutando aliados para a nossa causa, a purificação do planeta terra, varrer os seres humanos. Venho lhes informar que a primeira parte do nosso plano está completo, meus caros. Agora vamos dar início a fase dois... A carnificina.

— Mas... Tão cedo assim? Qual o motivo de adiar?

— E isso importa? Você, mais do que todos aqui estava doido pela carnificina, Micael.

— Haha! Desculpe-me, prossiga, por favor.

— Bem, quero que se preparem e preparem seu pessoal. Daqui uma semana, vamos iniciar um ataque em massa. Primeiramente vamos começar pelo Brasil, onde estamos. Vamos começar por aqui mesmo, em São Paulo, entenderam?  

Todos responderam que sim mutuamente.

— Ótimo... Lembrem-se, mulher, homem, criança, nenéns, ninguém pode ser poupado. Ninguém. Matem até que a cidade fique pintada por um belho vermelho, e o resto do mundo se arrependa por terem nos humilhados só pelo fato de sermos sogans, meus caros. Vamos construir um mundo onde somente nós existimos. E caso aconteça de um sogan tentar nos parar, matamos ele também. Se não estão conosco, estão contra nós. Por hoje é só. Podem ir.

 E então todos saíram sem dizer nem uma palavra, como se o que líder tivesse dito não pudesse ser contestado.

Agora na sala somente estavam Pietro e o homem por trás dos planos.

— Nossa, mas que teatro, em. Quase me tocou com esse papo furado de um mundo só para sogans. Mas tudo bem, eu também sou como você, chefe. Você apenas não aguenta mais esperar para começar a matança, não é?

— Pietro, minha criança... Exatamente isso. – O misterioso soltou uma gargalhada maquiavélica e doentia. - Enfim, conseguiu pegar o seu brinquedo?

— Infelizmente, não. Além daquele caçador gostoso, um grupinho metido a herói apareceu e me atrasou um pouco.

— Entendo... Diga-me o que achou deles.

— Olha, se a média do resto da academia for aquela, vamos trucida-los facilmente. Claro, com exceção dos bonitões. Seria um desperdício mata-los.

— Haha... Ai, ai, Pietro... Discípulo melhor do que você não há. – Riu o homem, que abria a porta da saída. – Bem, vamos indo?

— Claro. 

Então os dois saíram, deixando a sala escura sem ninguém.

Enquanto isso em outro canto de cidade, dois jovens peculiares se encontravam em um beco qualquer pela cidade, sobrevivendo do jeito deles.

— Para! Por favor! Vocês são caçadores de recompensa, não são? Só me levem e acabem com esse inferno, ou me matem logo! 

— O que? Mas desse seu jeito não tem graça! – A garota tinha cabelos escuros, curtos e fofos, com mechas purpuras, tendo uma maior que caía por cima dos olhos. Usava uma meia calça com rasgos, por baixo de um mini shorts jeans. Na parte de cima apenas usava um top preto, deixando a mostra algumas tatuagens em seu corpo, que desciam até sua coxa direita. Usava botas pretas de cano longo. – Bem... Já sei, já sei! Agora arranca toda a unha do seu dedão do pé com seus dentes! Mas sem dizer um piu, ok?

O rapaz que agora pouco implorava por sossego, agora estava totalmente calado enquanto obedecia a ordem dada. A garota que havia dado a ordem estava gargalhando e corada ao ver essa cena.

— Minha linda, só cuidado para não matar essa gracinha, ok? O contrato diz que vivo ele vale mais vivo, miga. – Um jovem encostado na parede do beco, assistia tudo de braços cruzados. Seus cabelos eram vermelhos e desnivelados com pontas maiores no rosto. Usava uma regata com a estampa pride no centro, uma calça jeans clara, e botas de couro com uma lâmina em cada calcanhar. Possuía uma tatuagem de uma lua abaixo de seu olho direito.

— Eu sei, Arsene... – Respondeu a garota revirando os olhos. – Eu só estou matando o tédio.

— Tudo bem, Lilith. Não vou interferir, já que por mais que ele seja um homão da porra, ele é um lixo de pessoa, e também não tem nenhum voluminho nas calças. Que trágico.

— Ok, então vou continuar. – A garota abriu um sorriso perverso e voltou o olhar para o cara que continuava calado, porém no dedão, havia apenas sangue, sem qualquer indício que houve uma unha um dia ali. – Agora... Comece a esfregar sua testa naquela parede pontuda, enquanto fala que é um neném.

E assim o sujeito obedeceu a ordem dada, sem pestanejar.

— Caramba, isso é insano. – Um terceiro sujeito apareceu no beco. Lilith e Arsene voltaram o olhar para o intruso, mas logo baixaram a guarda, pois era um conhecido.

— Ora, ora, se não é meu caçador predileto. Que tal vir me caçar essa noite? – Arsene foi para perto do caçador. – O que trás a bundinha mais linda dessa cidade até esse beco?

— Primeiramente, não, obrigado. Já tenho outra caça, if you know what I mean.

— Ele é lindo?

— Correção, ela, é peituda.

— Epa. – Arsene ficou boquiaberto com a notícia. – Que incomum. E que pena. Estava pensando num ménage.

— Desculpa te desapontar. Haha! Agora sério... – O caçador voltou o olhar para Lilith, que se divertia com o coitado esfregando a testa na parede. – Manda sua irmãzinha querida parar com isso. É repulsivo.

— Aquele sujeito é um babaca de primeira. Ele traficava recém-nascidos.  Ele tá tendo o que merece, e além do mais... A Lilith precisa extravasar um pouquinho. Você sabe.

— Tanto faz... – Tentou se concentrar somente no garoto de cabelos vermelho, que o fitava com certa malícia. – É sobre o Pietro. – Os olhos do ruivo agora denunciavam curiosidade. – Eu tinha uma missão de matar uma galera, mas eu mudei os planos quando senti a presença de Pietro por perto.

— O que? Me segura  – Arsene colocou a mão na boca devido a surpresa. – Aquele rostinho lindo... Ele não estava na Itália junto com a liga dos babacas?

— E é isso que me preocupa... Se o Pietro está aqui, provavelmente o líder da AOPD junto com os membros principais estão também. Já tentei me comunicar com meu infiltrado, mas sem sucesso...

— Ora, ora. Parece que estamos a cegas. Enfim, tem algo mais que queira me falar?

— Tem mais uma sim. – Voltou a olhar para Lilith. – Você tem certeza que consegue controlar ela?

— Lindão, não se preocupe, ok? Agora vai avisar o teu líder e eu vou avisar o meu. Nossa senhora. Vou te falar, viu, que diretor mais lindo aquele! Quero aquela barba roçando em mim o quanto antes. Irei aproveitar que tenho que dar essa informação pra ele, e vou tentar a sorte.

— Então tá, né. Que seu cupido te ajude. – Disse, e depois desapareceu, deixando novamente os dois irmãos a sós.

— Que meu diabinho me ajude, amor.


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