Sogans escrita por Malkyum


Capítulo 13
Bem vindo a academia sogans. Parte 2




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Várias pessoas foram se aglomerando ao redor da arena que os dois estavam prestes a lutar. No meio da multidão, estavam alguns rostos que Marcos já conhecia, como o de Janus, André e Todd.

— Vai lá, novato! Manda a ver!

Alguém no meio do aglomerado gritou, seguidos de outros comentários parecidos.

— Mas que plateia nós temos, não? Espero que não se incomode e não fique nervoso com eles aqui.

— Imagina. Assim o pessoal vai ver o novato aqui dando uma surra em um veterano. – Provocou Marcos, dando um sorriso e estralando o pescoço.

— Vamos lá, então.

Os dois entraram na arena, cada um em um extremo do retângulo vermelho. 

— As regras são simples, perde quem for nocauteado, ficar impossibilitado de lutar, ou sair da arena. Entendeu?

— Tá, tá. Chega de falação e vamos logo. – Respondeu já em posição de luta com os punhos fechados.

— Obrigado por calar minha boca. Agora é hora do show!

Ao terminarem de falar, ambos partiram em alta velocidade na direção um do outro.

Marcos já com os punhos brilhando intensamente, tentou desferir um soco no rosto de Rafael, que desviou sem muitas dificuldades e contra-atacou com um soco no estomago de Marcos, que recuou rapidamente para evitar sofrer mais danos. A multidão havia vibrado com o soco acertado.

— Caramba, essa eu senti! – Disse Marcos com a mão no estomago, tentando retomar o fôlego e manter o equilíbrio.

— A, vamos lá, foi só um soco de leve.

— Isso foi um soco? – Retrucou Marcos, se recompondo do golpe sofrido há pouco. – Minha vez.

Ao dizer isso, Marcos fechou os olhos e começou a se concentrar. O mesmo brilho que cercava seus punhos, agora estava emanando de onde o golpe havia sido desferido, fazendo a dor sumir. Após o brilho desparecer, Marcos partiu novamente para um ataque, só que agora não somente seus punhos brilhavam, mas também seus pés, o que o fez ficar mais rápido, surpreendendo um pouco Rafael.

Fingiu dar um gancho de direita, mas cancelou o ataque e imediatamente tentou acertar o estomago de Rafael com um chute, mas novamente foi em vão. Seu chute foi facilmente parado apenas com a palma da mão direita do veterano, e sua perna foi agarrada pela outra mão. Não levou mais do que um segundo para Marcos ser arremessado para o outro lado da arena, ficando poucos metros de ser eliminado.

— Que porra...

— Não fique frustrado, Marcos. Coloque na sua cabeça que você não pode vencer. Talvez nem mesmo me acerte, já que há uma diferença imensa entre nós, mas admiro sua garra, e...

— Cala a boca... Obrigado por tentar me consolar, mas deixa eu te dar um aviso... – Disse se reerguendo. – Quanto mais puto eu fico, mais intensa minha energia fica... E agora eu estou bem puto, meu amigo.

Agora não somente seus punhos e pés brilhavam, mas sim seus braços e pernas por inteiro. A plateia estava completamente empolgada com a cena do novato se reerguendo novamente contra o veterano.

— Bem, talvez isso fique um pouco interessante. Pode vir.

Após terminar de falar, Marcos já estava perto de Rafael, correndo duas vezes mais rápido do que antes. Tentou acertar outro soco, que foi novamente evitado graças ao ótimo reflexo de Rafael, mas dessa vez com um pouco de dificuldade. Antes que Rafael pudesse contra-atacar, Marcos começou uma sequência de chutes e socos frenéticos. Parte dos golpes eram desviados, e a outra parte era defendida com as palmas da mão. Rafael não demonstrava a menor preocupação com aquilo, como se não passasse de um mero aquecimento.

— Concordo que você tem potencial... – Rafael segurou um soco de Marcos, apertando seu punho com tanta força que fez com que o novato ficasse de joelhos e gritasse de dor, fazendo o brilho desparecer. – Mas não tem técnica alguma. Não da pra vencer só com força bruta, Marcos.

Ao terminar de falar, Rafael acertou em cheio o rosto do novato, que foi arremessado uns metros. Marcos estava caído de bruços, com sangue escorrendo de sua boca e seu nariz.

— Você aguentou bastante para alguém que acabou de sair do hospital. Bem, foi uma boa luta.

— O que você quer dizer com foi uma boa luta? – O garoto no chão se esforçava para levantar. A plateia estava curiosa com o que iria acontecer, e com certa dó ao ver aquilo. – Eu ainda estou dentro da arena, não fui nocauteado e ainda posso lutar... – Agora de pé com muito esforço, limpou o sangue em seu rosto no braço.

— Por favor, não se esforce mais... Você mal consegue se mover...

— Você não me conhece... – Marcos deu um sorriso e esticou o braço na direção de Rafael, com a palma de sua mão aberta. – Já que não tenho nada a perder, vou testar uma coisa que venho treinando nos meus tempos livres...

Um brilho intenso e diferente, de cor acinzentada começou a se concentrar em sua palma, aumentando cada vez mais, se tornando difícil de encarar devido a luminosidade.

— Segura essa, senpai.

Em pouquíssimo tempo, concentrou um pouco de energia em seus pés e deu um salto poderoso na direção de Rafael, deixando-o a uns 2 metros do jovem, que ficou surpreso.

Ainda no ar, Marcos liberou a energia acumulada em sua mão em forma de rajada na direção de Rafael. No último instante, o jovem conseguiu desviar do golpe, dando um salto preciso para o lado, fazendo com que a rajada acertasse o chão, destruindo-o com o impacto e levantando muita poeira, impedindo que o pessoal visse o que aconteceu.

Depois de alguns segundos, tudo começou a ficar mais visível. Marcos estava caído, inconsciente devido ao excesso de energia gastado, e Rafael estava em pé com o olhar fixado no chão destruído, espantado.

— Quanto poder... Eu com certeza sentiria aquele golpe, haha! – Se aproximou do corpo inconsciente e o agarrou no colo. – Lutou bem, kouhai.

— Incrível! – O público gritava, impressionado com o desfecho da luta. – Mandou bem, novato!

— Pessoal, podem voltar a fazer o que estavam fazendo, a luta já acabou! – Disse Rafael, enquanto caminhava em direção à saída.

— Ei, Rafa! – Todd foi correndo para a direção de Rafael. – Ele com certeza vai entrar para a nossa equipe! Viu aquele poder destrutivo? Que incrível!

— Haha! Com certeza vai. Mas não agora, pois o único lugar que ele vai entrar é na enfermaria. Agora volte a treinar.

— Claro, nem precisava dizer. E mais uma coisa, o André não vai admitir, mas também ficou impressionado. Bem, até mais, muchacho.

— É, Marcos, você realmente mandou ver. – Sussurrou Rafael. – Bem vindo a academia.


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Notas finais do capítulo

É, Rafa, vai subestimando o kouhai, vai.



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