Nas Margens do Lago - Dramione - 1ª Temporada escrita por Lizzie Oliver


Capítulo 8
Ressentimentos do passado


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoas!!! estão bem???
Tenho que dizer que foi um pouco complicado sair esse capitulo e foi bem triste de escrever, senti um nozinho na garganta.
espero que gostem e BOA LEITURA A TODOS!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/735550/chapter/8

 

A mente de Pansy estava a mil, era tanta raiva que estava sentindo naquele momento, todas as palavras que Hermione tinha lhe tido estavam borbulhando dentro de si...Ela não tinha o direito de falar aquelas coisas, quem ela pensa que é?, não passa de uma maldita sangue-ruim, que tirou de mim aquilo que eu mais queria..., pensou. Desde que Draco tinha sido condenado, nunca mais o viu, alias muito antes disso. Durante a guerra não o viu mais, apenas em Hogwarts quando Voldemort tinha sido derrotado. Nunca quis ir visita-lo em Azkaban, nem ela e nenhum dos seus amigos, bom pelo menos era o que ela sabia. Sentia muita raiva dele, raiva por ele ter a trocado por Hermione, nunca iria perdoa-lo por isso e ele não tinha mais nada a lhe oferecer. Não passava de um coitado que ninguém mais se lembrava.

Seus olhos chegavam a arder, toda vez que lembrava da rejeição que sentia e do olhar dele para Hermione, mas nunca chorava, não se dava ao luxo de derramar uma lagrima se quer por ele, era orgulhosa demais, para se deixar sofrer por alguém como Draco Malfoy.

FlaskBack

— Bom dia meninos – disse encontrando seus amigos sentados no salão comunal da Sonserina. Era de manhã e estavam a esperando para irem tomar café.

— Bom dia – responderam, Blasio e Goyle

— Onde esta o Draquinho? – perguntou estranhando não vê-lo ali.

— Não sei, já deve ter saído para tomar café. Quando acordamos, ele já não estava mais no dormitório. – Disse Blasio

— Vamos logo, estou com fome – disse Goyle. Pansy e Blasio assentiram e foram todos em direção a entrada das masmorras. No meio do caminho indo em direção ao salão principal, Pansy perguntou aos outros se sentiram que Draco estava estranho a uns dias.

— Draco comentou algo com vocês sobre o que esta acontecendo com ele? Tenho notado ele bem distante a um tempo.

— também notei isso, ela quase não anda mais com a gente. Esta sempre cansado e quando perguntamos algo, ele muda de assunto. – disse Zabini

— Vou conversar com ele, ele tem que me contar, afinal eu sou a namorada dele. – disse de uma maneira esnobe. Chegando no salão os três o encontraram sentado na mesa da Sonserina, afastado do restante do grupo. Tinha um olhar cansado e disperso.

— Bom dia, Draquinho? – disse Pansy sentando ao lado dele lhe dando um beijo na bochecha, porque ele nem virou para olha-la.

— Bom dia – respondei em um tom seco

— Acordou de mau humor? – perguntou Zabini, debochado.

— Não enche Zabini – respondeu sem animo

— IIIh, ja vi que o dia hoje vai ser longo, hein loira? Melhor eu ficar quieto. – encarou a comida em sua frente e não disse mais nada.

— Draco, o que esta acontecendo com você? Não é de hoje que venho notando que esta estranho. Toda vez que tento fala com você da um jeito de se afastar.

— Não é... – quando ele ia continuar Harry, Rony e Hermione entram no salão conversando entre eles indo em direção a mesa da Grifinória. Draco não conseguiu se controlar e ficou acompanhando Hermione com os olhos, até ela se sentar de costas para ele.

— O que tanto olha para a Granger, Draco? – perguntou estranho aquele olhar diferente.

— Estou olhando aqueles malditos como os olhos sempre, não fala basteira Pansy – disse ríspido

— Não, não Draco, não estou falando nenhuma besteira, eu não sou idiota, se não tem nada, então me conta.

— Eu ódio eles. Desde que entraram na minha vida, so fazem dela um inferno. Estou olhando para eles como eu olho sempre. Não me enche o saco, porque não estou com paciência nenhuma.

— Você pode até ter ódio deles, mas não minta pra mim, eu te conheço Draco, você esta diferente, se não tivesse acontecendo alguma coisa, você não estaria me tratando desse jeito. Já disse que não sou idiota e eu vou descobrir. – disse levantando batendo o pé sendo acompanhada por Zabini e Goyle. Ela sabia que aquele olhar não era de ódio, ele estava apaixonado por ela. Eles estão tendo um caso, pensou, dando uma ultima olhada em Draco na porta do salão principal, ele continuava olhando para Hermione, sentado na mesa da Sonserina.

 Fim do Flashback

Pansy sabia que sábado era permitido as visitas em Azkaban, mas teria que pedir permissão para algum Auror. Certamente que ela não iria atrás de Ronald ou Harry, pois eles iriam direto contar a Hermione. Como ainda era cedo, se arrumou e foi direto para o Ministério, iria ser hoje que iria revelar a Draco sobre a filha. Estava feliz em imaginar a sua reação ao saber, do jeito que ela o conhecia, ele nunca iria aceitar ser pai de uma mestiça imunda ainda mais com Hermione Granger. Estava feliz em saber que a pequena Mia seria rejeitada pelo próprio pai, Coitadinha... pensou em meio a risos.

— Bom dia – cumprimentou  a recepcionista do Ministério com um sorriso de orelha a orelha.

— Bom dia, em que posso lhe ajudar senhorita? – a recepcionista retribuiu o sorriso.

— Precisava falar com um Auror, tem alguém disponível que não sejam Harry Potter ou Ronald Weasley?

— Tem sim, senhora, so um minuto que irei verificar – Virou para verificar a lista de funcionários que estavam trabalhando naquela manhã. – Aqui... Tom Cavanor. O Departamento de Aurores ficar no 4º Andar.

— Muito obrigada – agradeceu seguindo em direção ao elevador.

~*~

— Ola senhorita, Bom dia. Em que posso lhe ajudar? – cumprimentou Tom ao ver Pansy entrando na sala. Parou imediatamente de analisar as papeladas da semana. Tom era um homem alto e forte, cabelos negros e olhos tão escuros quanto. Aparentava ter aproximadamente uns 55 anos, apesar de Pansy ser casada, não pode deixar de repara-lo com outros olhos

— Bom dia. Gostaria de uma autorização para fazer uma visita em Azkaban.

— Sem problemas, apenas vou precisar que me passe os seus dados e quem ira visitar para eu deixar registrado, eu mesmo irei acompanha-la. – Pansy passou os seus dados e as de Draco devidamente – Gostaria que a senhorita aguardasse por alguns minutos, pois irei avisar o diretor de Azkaban – Disse levantando e indo em direção a sala ao lado, enquanto ela se sentou em um confortável sofá naquela grande sala de reunião.

Tom voltou depois de uns 20 minutos – Pronto senhorita, podemos ir – Pansy assentiu e o acompanhou até a saída para pegar o acesso pela chave do portal, atrás do Ministério. Aquela área era restrita e enfeitiçada, apenas funcionários de alto escalão ou com autorização e acompanhado por aurores poderiam ter acesso.

Assim que colocou os pés no chão de pedra em frente aos portões de Azkaban, sentiu um arrepio na espinha. Nunca poderia imaginar que um dia estaria entrando naquele lugar. Seguiu em silencio pelos corredores até a sala do Diretor o Senhor Rodrigo Czemenberg.

— Ola, Bom dia... Estava esperando pelos senhores, vamos? – perguntou calorosamente indicando o caminho. Pansy e Tom assentiram lhe dando um leve sorriso. – Me acompanhem por favor, Draco Malfoy fica na ala leste.

Andando por aqueles corredores, sentiu pena de Draco, por esta vivendo naquelas condições, logo ele que foi criado com tanto conforto, recebendo tudo do bom e do melhor. Logo ele que não se contentava com pouco. Draco foi ensinado desde pequeno que era merecedor de estar acima da sociedade por ser um Malfoy, foi ensinado que ele nunca poderia estar por baixo e humilhar a sua família.  Sentiu pena ao imaginar como ele poderia estar, mas não iria desistir de seus planos. Ela estava decidida.

— A cela dele é a ultima no final do corredor – Disse Rodrigo parando em frente a uma porta de aço que dava acesso a ala em que Draco estava. – Vamos ficar esperando a senhoria aqui fora, qualquer coisa nos chame. – Pansy assentiu respirando fundo, passou pela porta se sentindo aflita... Como era ver Draco Malfoy depois de tanto tempo?

— Como vai Draco? – Perguntou se aproximando da cela.

— O que estava fazendo aqui? – perguntou ríspido a encarando. Pansy pode notar em seu olhar de tempestade que ele sentia raiva.

~*~

Hermione chegou em casa aflita pela conversa que teve com Pansy, apenas conseguia pensar na revelação que tinha feito e na possibilidade da mesma ir contar a Draco sobre Mia e ela não podia fazer absolutamente nada, apenas negar e negar, afinal Draco esta preso condenado a prisão perpetua, não existia nada que ele pudesse fazer. Estava tão nervosa que estava precisando conversar com seus amigos a respeito do que estava acontecendo. Rapidamente pegou um pergaminho e uma pena e se pôs a escrever um bilhete para ambos.

“ Preciso que venham aqui em casa, é urgente!

Hermione Granger”

Enquanto a resposta não vinha ou eles não chegavam, decidiu colocar a casa em ordem, estava precisando de distrair de alguma maneira.

— Ola Mione – Disse Harry saindo da lareira depois de alguns minutos acompanhado de Rony – O que foi que aconteceu? Viemos assim que recebemos o seu recado, ficamos preocupados.

— Ola meninos, não fazer ideia do quanto estou aliviada em vê-los – disse indo dar um abraço em ambos.

— O que houve, Mi? Aconteceu alguma coisa com a Mia? – Perguntou Rony angustiado. Hermione assentiu sentando no sofá, Harry e Rony sentaram ao seu lado.

— Mia descobriu sobre o Draco, descobriu que ele foi um Comensal da Morte – tinha a voz aflita.

— Mas como? Rony perguntou assustado.

— Como ela esta? Perguntou Harry

— Ela ficou muito mal, teve febre ontem a noite. Minerva me mandou uma coruja comunicando e eu fui direto para Hogwarts, passei a noite com ela.

— Mas como ela soube? – perguntou Harry

— Foi a filha da Parkinson, a Anne. Elas vivem em conflito desde o primeiro ano. Eu fiquei tão revoltada, não era desse jeito que eu queria que ela descobrisse. – colocou as mãos no rosto tentando se acalmar.

— Fique calma Mione, não foi culpa sua. Todos nos já imaginávamos que esse dia poderia acontecer. Vocês duas chegaram a conversar? – Perguntou Rony, trazendo Hermione para um abraço tentando conforta-la.

— Conversamos um pouco ontem a noite, quando ela já se sentia melhor. Pedi desculpas por não ter contado a ela, disse que não estava preparada e que achava que ainda não era o momento. Ela foi tão compreensiva. – Disse secando as lagrimas.

— Mia é uma menininha incrível Mione. Ela é esperta, sabe que você não faria por mal e que queria apenas protege-la – Disse Harry secando as lagrimas da amiga.

— Lily e Rose contaram que ela ficou muito nervosa com as acusações, não conseguiu se controlar e avançou para cima de Anne, Minerva ficou horrorizada quando encontrou as duas se atracando no chão.

— Essa é a minha garota!!! – brincou Rony, mas logo ficou quieto quando olhou para Hermione e viu que ela tinha um olhar de reprovação.

— Anne levou detenção, Mia foi por pouco também, mas Minerva decidiu não puni-la depois do que soube dos motivos. Eu fiquei tão nervosa e indignada com o que fizeram com ela... Se vissem o quanto ela ficou mal. Fui até a casa da Parkinson para tirar satisfações, nem ela e nem a filha tinham o direito que se meterem em assunto de tamanha gravidade como esse.

— Você o que? – Perguntou Rony – Ficou maluca Hermione?, Você sabe que ela é bem capaz de ir contar ao Draco e nenhum de nos poderá impedir.

— Eu sei... é por isso que chamei vocês aqui, estou muito nervosa com tudo isso.

— E o que você pretende fazer, Mi? – perguntou Harry

— Negar, negar o quanto eu puder. Draco nunca sairá de Azkaban e ele não pode fazer nada. Ate pensei em algo, mas não sei se irão concordar.

— o que? – perguntaram juntos

— Se um dia Draco souber da Mia, pensei que você Rony – virou para ele – poderia dizer que ela é sua filha... Eu sei parece loucura, mas eu estou aflita não pensei em outra coisa. Ele nos viu juntos depois da batalha de Hogwarts.

— Eu sinto muito Mione, mas não posso fazer isso – Rony entendia o desespero da amiga, mas aquilo era demais. – Eu entendo que esteja preocupada, mas não posso fazer isso. Pansy pode provar a ele que Mia é filha dele com fotos – Hermione o olhou assustada. Não tinha pensado naquele detalhe, sentia tanta raiva de si mesma. – Por mais que Draco seja um crápula, ele não é burro, ele vai reconhecer os traços dele em Mia, é nítido.

— Ai meu Deus, eu não tinha pensado nas fotos. – Hermione massageou as têmporas, estava começando a ficar com dor de cabeça. Desde o fim da guerra o Profeta Diário dava um jeito que publicar qualquer coisa a respeito de Hermione, afinal ela era uma das protagonista daquele acontecimento histórico e Mia não podia ser descartada de alguma manchete. Hermione já cansou de ameaçar Skeeter, quando publicava alguma coisa sobre Mia, o mínimo que fosse. As publicações foram suspensas quando Hermione ameaçou Rita e todo o Profeta Diário por invadir a privacidade de uma criança. Como o Profeta não tinha mais tanta credibilidade como antigamente, qualquer escândalo era muito, foi assim que pararam de persegui-la e sua filha também. Mas ainda existia publicações antigas que Pansy podia muito bem esfregar na cara de Draco. – o que eu devo fazer? Estou tão perdida.

— Conte a ele Mi, conte a verdade. – disse Harry. Hermione o encarou assustada – É melhor ele saber por você do que por ela, por mais que Draco tenha feito tudo o que fez, falando como pai, ele tem o direito de saber a verdade. Ele já perdeu tudo Mi, não é justo ele descobrir isso por outra pessoa a não ser você. Veja o que aconteceu com a Mia. – Hermione levantou se sentindo sufocada, ela sabia que Harry tinha razão, mas ela não estava preparada para encara-lo depois de tantos anos.

— Eu não estou preparada, tenho medo que ele possa rejeita-la. Não vou suportar olhar para a minha filha e dizer que o pai dela a rejeitou por ela ser uma mestiça, não é justo, ela é so uma criança.

— Eu entendo Mione, entendo a sua preocupação – disse Rony – mas não vejo outro jeito, isso já foi longe demais. Hermione assentiu, colocando a mão no peito de se segurando para não chora.

— Eu vou pensar, preciso colocar a minha cabeça em ordem. Obrigada por estarem aqui comigo.

— Sempre estaremos com você, acredite já passamos por coisas muito piores, tudo vai acabar bem – disse Harry, levantando do sofá e indo até ela para abraça-la.

— Você ainda o ama? – Rony perguntou depois de alguns minutos olhando a amiga

— Não sei exatamente, já senti tanta raiva, tanto nojo por tudo de ruim que causou, mas entro em conflito com o que sinto toda vez que olho para Mia, ela não me deixa esquece-lo, nunca vou esquece-lo na verdade. As vezes eu queria poder ter dentro de mim o mesmo sentimento que a Mia tem por ele, embora eles nunca terem se conhecido, sinto que a tanto dele, dentro dela. – Disse chorando ainda abraça com Harry

— Quando contou que estava gravida dele, pelo envolvimento que tiveram, eu juro que tive vontade de te matar Mione, fiquei com muita raiva, porque nunca imaginei que você iria se envolver com alguem como ele, mas ao mesmo tempo fiquei tão preocupado com você, estavamos enfrentando aquela guerra com um bebe no ventre, teve sorte de não ter acontecido nada. As vezes tenho a sensação que ela veio ao mundo para nos mostrar alguma coisa, não sei... – Disse Rony indo até eles.

— Por tantas vezes eu tive o mesmo questionamento, não foi so você que sentiu raiva de mim, pode acreditar que também senti muita raiva de mim, mas foi o calor do momento, foi bom para nos dois, e por uns instantes eu queria agradece-lo pelo presente maravilhoso que ele me deu. Mia é o meu mundo, a melhor coisa que me aconteceu.

— Vai ficar tudo bem, voce vai ver – Harry deu um leve sorriso – sempre estaremos com você. Se decidir ir até contar a ele, pode contar com a gente, iremos te acompanhar.

— Obrigada, vocês são incriveis – retribuiu o sorriso – com certeza vou precisar de voces ao meu lado, mas primeiro eu preciso pensar, minha cabeça esta uma bagunça.

~*~

— Estou bem também Draco, muito obrigada por perguntar, - respondeu Pansy sendo ironica, ela sabia lidar com ele quando estava daquele jeito.

— O que esta fazer aqui? – perguntou novamente

— Vim conversas... senti saudades! – disse dando um leve sorriso. Draco balançou a cabeça em negação.

— Não, eu te conheço, voce não viria me ver a troco de nada. Somos iguais Pansy, não minta pra mim. – ele tinha tanta raiva dentro de si. – porque so agora?

— Ja disse que vim conversar, mas meu Merlim, o que foi que houve com você? – Draco revirou os olhos. Ele estava mais magro e mais palido do que o normal, tinha os olhos fundos e seus cabelo estava curto, mas desarrumado. Aquele homem a sua frente estava longe de ser o Draco Malfoy que conhecia.

— fala logo, o que quer?

— Vim te contar uma coisa que voce deveria saber a muito tempo... – Disse firme, decidida, independente das concequencias que poderiam vir. – Eu sempre suspeitei que voce estivesse tendo um caso com a Granger, dava para ver nos seus olhos...

— Eu não quero falar sobre isso... – Draco a interrompeu.

— A vida toda esperei para que ficassemos juntos, eramos tão unidos... – Pansy continuou mesmo assim – No final do sexto ano, senti que tinha mudado comigo, estava tão distante, aquilo era doloroso demais. Então, começei a te observar mais detalhadamente e percebi que voce estava se apaixonando por ela.

— Voce não sabe o que esta dizendo... – Draco ja estava ficando irritado com o rumo daquela conversa tão repentina.

— Eu sei que estou falando, ela também te olhava do mesmo jeito. Eu senti tanta raiva de vocês. Eu desejei tanto que tivesse sido morta naquela guerra...

— CALA A SUA BOCA, NÃO OUSE FALAR DELA – Draco sentia vontade de agredi-la naquele momento. – NÃO FALE DELA.

— NÃO A DEFENDA DRACO, ELA NÃO PASSA DE UMA MALDITA SANGUE-RUIM...

— EU DISSE PARA VOCÊ CALAR A BOCA, VOCE NÃO É NINGUEM PARA FALAR DELA... – Draco a interrompeu – SE VOCE VEIO AQUI APENAS PARA ISSO, MELHOR VOCE IR EMBORA.

— EU POSSO TER FEITO MUITAS COISAS ERRADAS, MAS NÃO A DEFENDA, ELA FEZ ALGO MUITO PIOR...

— POR PIOR QUE SEJA, NÃO IMPORTA... – Draco tinha a conciencia que Hermione tinha o direito de odia-lo por tudo que ele havia feito a ela. Pansy não era ninguem para acusa-la de alguma coisa, ela so estava ali depois de tantos anos, para lhe causar mal, ela nunca havia se importado com ele de verdade, apenas gostava do dinheiro e do prestigio que ele poderia lhe oferecer. Ter Pansy ali na sua frente, era a prova viva disso.

— TEM CERTEZA QUE NÃO IMPORTA? MESMO QUE ELA TENHA ESCONDIDO UMA FILHA? – Pansy estava sentindo um no na garganta, mas não iria chorar. Estava com tanto odio de ver ele a defendendo.

— Do que você esta falando? – sua voz quase não saia

— É isso mesmo Draco, o casinho de voces teve consequencias... Granger teve uma filha e ela é sua.

— Não pode ser... – Estava se sentindo tonto, balançava a cabeça freneticamnete – esta mentindo, eu não confio mais em você. – a raiva estava o possuindo mais e mais. – VAI EMBORA, NUNCA MAIS EU QUERO QUE VOLTE AQUI, VOCÊ ESTA MORTA PRA MIM... RODRIGO!! – chamou, logo Rodrigo e Tom entraram correndo indo em direção a cela – LEVE ESSA MULHER DAQUI, NÃO QUERO QUE ELA VOLTE. – Rodrigo assentiu e foi puxando Pansy para sairem dali, antes de sairem, Pansy não podia perder a oportunidade de dizer algumas palavras.

— Você pode me odiar o quanto quiser, mas pelo menos sou eu que estou indo ver o mundo la fora, sou eu que estou indo viver, enquanto você esta ai, sozinho, não passa de um nada Draco Malfoy, não tem amigos, familia e nem o direito de ver a propria filha. Mia é identica a você. – Draco a encarava se distanciando pelo corredor com os olhos ardendo.

Ao escutar a porta de aço bater se fechando por completo, Draco desabou naquele chão frio. Chorou liberando o quanto podia toda a dor e agustia que estava sentindo dentro de si. Chorou porque no fundo sabia que Pansy estava dizendo a verdade e isso era o que estava sendo mais doloroso. Ali na sua frente esta a garota que um dia foi sua melhor amiga, sua confedente, esteve do seu lado quando ele sentia medo, mesmo que desde que ele tinha sido preso, tivesse descoberto que tudo não passava de interesse.

Mia... é esse o nome dela? Perguntou para si mesmo... “é identica a voce” – lembrou das ultimas palavras de Pansy. Sera que tem os meus olhos? Quanto parecida comigo ela é? O que ela tem de Hermione? – Sua cabeça borbulhava em pensamentos e cada um que aparecia fazia a sua dor aumentar.

Ninguem nunca iria saber o que ele teve que passar, o quanto sofreu por ter sido ensinado a estar no lado das trevas. Ninguem nunca iria saber o quão dolorosas são as suas cicatrizes que carrega em sua alma. Passara o resto da vida naquela solidão carregando o peso de escolhas erradas, porque não existia uma segunda opção. Ninguem nunca iria saber, por que todos os seus segredos foram queimados naquela sala precisa quando Goyle a incendou. Ninguem nunca iria saber.

Sozinho naquela cela fria, lembrou de todos os conselhos que tinha recebido de seu pai, lembrou de todas as vezes que Lucius lhe dizia que ser um Malfoy era importante perante a sociedade, do quanto ele era previlegiado por pertencer a uma familia com Status e que poderia usufruir do que quisesse por ter dinheiro. Cresceu sendo ensinado que nada de ruim poderia lhe acontecer. Foi lhe ensinado tantas coisas, mas a coisa mais importante lhe foi negligenciado e talvez nesse momento poderia lhe ajudar ou pelo menos diminuir a sua dor. Draco nunca tinha aprendido o que era ter esperanças. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Comentem que eu amo saber *--*
Quais são os palpites de vocês para os próximos capítulos? ai ai ai kkk
Espero que tenham gostado mais uma vez e até



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nas Margens do Lago - Dramione - 1ª Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.