Nas Margens do Lago - Dramione - 1ª Temporada escrita por Lizzie Oliver


Capítulo 25
O melhor lugar do mundo


Notas iniciais do capítulo

Ola meus amores, tudo bem??? (=
Acharam mesmo que eu ia deixa-los sem um capitulo especial depois de tanto sofrimento ??? Logico que não kkkk Já estava planejando esse capitulo a muito tempo kkkk e espero que gostem s2



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 Ele ainda sentia frio, muito frio. Não porque era Dezembro e o inverno era rigoroso no lado de fora da janela em que olhava, mas sim, porque, passou tantos anos em Azkaban que a sensação de frio não iria passar, assim, tão rápido. Seus olhos acompanhavam cada movimento que acontecia pela rua: As crianças brincando no jardim, o cachorro indo passear com o dono, o barulho do motor dos carros passando, a vida seguindo. Eram coisas tão simples, mas aquilo lhe causava insegurança, porque parecia tudo muito novo para ele. Parecia que ele estava conhecendo o mundo pela primeira vez, mas ele teria que se esforçar. Se esforçar para aprender a recomeçar e a aprender a viver.

Desviou o olhar da janela cinza e encarou o ambiente em que estava. Era o quarto de Mia na casa de Hermione, onde estava vivendo desde o julgamento. Diferente do seu quarto, que sempre tinha algo relacionado a sua casa de Hogwarts, o quarto de Mia, não tinha nada relacionado a Grifinória. Nenhum tom de vermelho ou dourado e nenhum leão. O quarto era claro, com decorados em rosa e lilás. Draco julgou que poderia ser as cores favoritas dela, e ele sorriu. A cima da cama tinha uma estante com alguns livros. Alguns eram livros já conhecido da escola, mas outros ele nem fazia ideia do que se tratava. Eram livros coloridos, de capas bem trabalhadas, que enchia os olhos. Draco viu que tinha vários, desse mesmo estilo, e ao reparar bem nos detalhes, viu que se tratava de livros de contos de fadas. Achou engraçado. Havia tanta coisa nova naquele pequeno ambiente, que ele nem sabia ao certo para onde olhar, mas mesmo assim, continuou a observar tudo bem detalhadamente, ele queria a todo o custo, conhecer o mundo de Mia.

Ao olhar para o criado mudo, se deparou com um retrato de Hermione com Mia ainda pequena. Se espantou com a semelhança que ela tinha mais ainda de si. Elas pareciam tão distraídas que nem reparam que tinha alguém tirando foto delas. A imagem era tão linda, que ele lamentou por não ter sido ele, quem tivesse a tirado.

— Esse dia, foi a primeira vez que ela me perguntou sobre você! – Disse Hermione encostada no batente da porta. Sorriu ao ver a reação dele ao encara-la. Fazia poucos minutos que ela estava ali, mas foi tempo o suficiente para acha-lo lindo olhando tudo tão distraído. Não fazia muito tempo que o julgamento tinha acontecido, então não fazia muito tempo que eles estavam vivendo juntos, mas cada dia que passava, Hermione descobria coisas simples nele, que a fazia ama-lo ainda mais. Uma delas, era exatamente como estava acontecendo naquele momento. Ela adorava pega-lo distraído, explorando cada coisa, como se fosse uma criança, que explorava o mundo pela primeira vez.

— Como foi esse dia? – Perguntou com extrema curiosidade. Ele queria saber tudo sobre a filha. Hermione foi a sua direção e se sentou na cama da filha, puxando Draco para que se sentasse ao seu lado. Ele se sentou, colocando o retrato de volta no criado mudo e encarou Hermione nos olhos. Draco também estava fazendo as suas descobertas a cada dia que passava. Uma delas, é que adorava admirar Hermione depois do banho, exatamente como ela estava naquele momento ao seu lado. Não que ele não gostasse de vê-la em outros momentos do dia, mas vê-la depois do banho significava algo a mais para ele, pois quando estava em Azkaban, ele imaginava constantemente, como era sentir a perfume de Hermione novamente, quando o único cheiro que ele sentia, era o cheiro de morte.

Nos primeiro meses em Azkaban, aquilo o embrulhava o estomago, mas com o tempo foi se acostumando e até cogitava a possibilidade que aquele cheiro poderia ser também o seu mais cedo ou mais tarde, porque essa era a única certeza que ele tinha, que ele morreria, mergulhado na própria desgraça. Então, ver Hermione depois do banho e sentir o seu cheiro de rosas, era como se ele tivesse a certeza de que não estava alucinando, que a realidade tão cruel que viveu em Azkaban não voltaria para ele num piscar de olhos e que tempos bons finalmente haviam chegado.

— Era domingo e tínhamos ido almoçar na casa dos Weasley. Deixei Mia no quintal brincando com Lily e Rose e entrei para ver se a Senhora Weasley precisava de alguma ajuda, antes do almoço. Estava indo tudo bem até que escutamos um barulho forte de algo quebrando na garagem – Enquanto Hermione contava, Draco olhava para cada expressão que seu rosto fazia, enquanto as palavras saiam de sua boca. Ele queria captar cada detalhe daquela história. – Eu e Gina saímos correndo para ver o que estava acontecendo e quando fomo ver, a garagem estava sendo destruída, porque Mia estava tendo o primeiro sinal de magia. – Draco sorriu para ela e Hermione retribuiu. Ela sabia que estava sendo importante para ele saber daquele momento tão especial. – Foi de partir o coração ver as carinhas delas assustadas, principalmente da Mia, ela estava apavorada... Não é normal o primeiro sinal de magia vir tão intensamente dessa maneira, só se afetar muito o emocional... 

— O que foi que aconteceu? – Ele perguntou de forma preocupada.  

— As três estavam brincando de um jogo de perguntas e resposta, e perguntaram a ela se ela sabia sobre você, porque ela não era nada parecida comigo – riu ao se lembrar dos amigos falando que Mia era o Draco de calcinha. – Como ela não sabia responder,  ficou nervosa... Aos poucos fui acalmando-a e as perguntas vieram. Ficamos conversando um tempão, foi quando Gina tirou a foto. – sorriu olhando para o retrato. – Durante a conversa, tinha prometido dar a ela uma foto sua que tinha guardada - Draco sorriu surpreso com aquilo, ele nunca imaginaria que Hermione teria uma foto dele. – Quando ela viu a sua foto, ela ficou radiante de uma forma tão linda e pura que me aqueceu o coração. Sabe... Eu nunca tive a intensão de fazer Mia criar qualquer repulsa sobre você, porque sempre iria fazer partes das nossas vidas, independente de qualquer coisa. Então, procurei ser o mais transparente com ela, não entrando em muitos detalhes, até porque ela era muito pequena e ela não entenderia, mas mesmo assim, respondi todas as perguntas que ela tinha:  sobre você, sobre sua família, sobre nos... No final de tudo, mais uma vez, ela me surpreendeu, ao dizer com toda a convicção do mundo, que um dia iriamos ser uma família. Ela disse com tanta esperança no olhar, que por alguns instantes, eu acreditei. – Hermione sorriu começando a sentir os olhos marejarem. - Me perdoa – pediu com a voz tremula. – Me perdoa, por não ter sido forte o suficiente e ter deixado o medo e a raiva me dominarem... – Draco segurou o rosto dela e balançou a cabeça freneticamente em negação.

— Você não tem que me pedir desculpas, Hermione. Você tinha todo o direito de sentir raiva de mim, depois de tudo que lhe causei – Sentia seus olhos pegarem fogo.

— Mas... Mas e se não fosse pela Mia? Por Merlin...  Você poderia ainda estar em Azkaban e eu não teria feito nada – Lagrimas escaparam de seus olhos.

— Hey... Você não tem culpa de nada. Nunca teve. – suspirou - Eu mereci ter passado cada segundo naquele lugar... Eu tenho muito orgulho de você. Você diz que a Mia tem muito de mim, mas ela tem muito mais de você. Não é todo mundo que tem a sua coragem, a sua força... – Disse soltando o rosto de Hermione e pegando uma folha amaçada do bolso da calça. – Estava esperando por um momento especial para te dar isso, mas não vejo um momento melhor que esse.

— O que é isso? – Perguntando pegando o papel e abrindo-o.

— Foi a ultima carta que eu escrevi no diário, quando te deixei para trás – Os olhos dela corriam pela folha devorando cada palavra como se cada uma delas fossem capaz de alimentar a sua alma depois de tanto tempo. – Arranquei apenas essa folha para levar comigo, quando deixei o diário na sala precisa.

“06 de Agosto de 1997

Espero um dia ter a oportunidade de te dizer tudo que irei escrever nessa carta, mas se não, deixo as minhas sinceras palavras registradas nessa folha para que um dia, talvez, você entenda que dizer que o que houve entre a gente não significou nada, foi umas das piores mentiras que tive que deixar sair pela minha boca.

 Eu precisava te fazer me odiar, te fazer ficar longe de mim, por mais que o meu maior desejo, é que ficasse comigo para sempre. Não faz ideia do quando significou pra mim te ter ao meu lado, quando eu não tinha mais ninguém. Embora você nunca soubesse, você me salvou, me salvou de cair de uma vez no mundo mais escuro que alguém poderia viver. Então eu tinha que tentar te salvar também, porque eu não suportaria te perder como eu perdi a minha mãe.

Eu não sei como tudo vai terminar, não sei ao menos se continuarei vivo depois dessa guerra, mas quero que saiba que eu não consegui cumprir a promessa que fizemos, eu me apaixonei por você, me apaixonei pelo seu calor, pela sua força, pela sua leveza, e pelo seu grande coração.

Eu nunca poderia ter imaginado ter esse sentimento dentro de mim, por mais ninguém que não fosse da minha família. Eu pensei que so sabia amar os meus pais, mas você me ensinou que na verdade, o amor é querer o bem de quem a gente se importa. Do mesmo jeito que sempre me importei com a minha família, eu me importo demais com você. Por isso estou te deixando ser livre, livre para vencer essa guerra ao lado dos seus amigos, que precisam de você e principalmente ser feliz; porque não seria feliz se continuasse ao meu lado. Voldemort pode nos matar. Você por ser uma nascida-trouxa e eu por ser um traidor de sangue, de qualquer forma, não existiria espaço para nós num momento como esse.

Me perdoe por mais uma vez, ter feito você sofrer. Eu percebi o seu esforço para não chorar, eu percebi o enorme esforço que estava fazendo para demostrar ser mais forte do que eu, mas acredite, eu estava me destruindo também. Mergulhar em seus olhos de oceano, me fazia me afogar na minha própria dor.

Espero que um dia, se eu sobreviver, eu possa olhar nos seus olhos e dizer o quanto eu desejei vê-los novamente e do quando eu senti a sua falta.

Me perdoe por tudo!

Eu te amo

Draco Malfoy

— E ia deixar essa carta no diário, mas resolvi arranca-la e leva-la comigo, porque eu precisava, nem que fosse um pouco, do calor e da luz que você era capaz de me dar quando estávamos juntos. Eu precisava ter um pouco de você na minha realidade tão obscura... Eu te prometo... – Ele ia continuar, mas Hermione o interrompeu.

— Você não tem que me prometer nada... – Hermione não tinha palavras que pudesse expressar qual era a sensação que ela estava sentindo naquele momento. O quanto aquelas palavras aqueceram o seu coração que permaneceu durante muitos anos, congelado no tempo, nas magoas e na saudade... Então ela o beijou. O beijou sentindo o gosto dos lábios dele e as borboletas sobrevoando novamente pelo seu estomago. Ate delas, ela sentia falta. Draco correspondeu o beijo no mesmo instante, pegando Hermione no colo e foram ainda aos beijos para o quarto deles. Chegando lá, ele a prensou na parede como quisesse fazer seus corpos de fundirem; ele precisava senti-la como antigamente.

— Eu te amo tanto – Disse Hermione sentido os beijos de Draco pela sua pele. Ela queria chorar, mas chorar por estar tão feliz.

Enquanto faziam amor de forma intensa, o quarto de Hermione, parecia tão pequeno para os dois. Parecia que a qualquer momento as paredes iriam desabar, por não serem capazes de sustentar um amor tão intenso e puro quanto os deles. Quando chegaram ao ápice, depois de tanta entrega, Draco puxou Hermione para que ela se deitasse no seu colo.

— Nos vamos nos reconstruir. – Disse Draco lhe dando um beijo na testa.

— É logico que vamos... Você não vai se livrar de mim tão fácil – Disse Hermione num tom de brincadeira. – Nem de mim e nem da Mia.

— Muito obrigado! – Agradeceu gentilmente.

— Pelo que? – perguntou Hermione confusa.

— Por mesmo eu ter te dados todo o motivo no mundo para nos apagar... Você não desistiu dela.

 - Eu nunca seria capaz de desistir... – Hermione ia continuar, mas Draco interrompeu.

— Sabe... eu nem sei mais como eu posso demostrar o quanto sou grato a você e o quanto eu te amo. Parece que essas palavras são tão simples pelo que merece, por isso, pensei em algo que fosse mais especial.

— o que? – Hermione perguntou curiosa.

— Que casar comigo? – Hermione o encarou sem acreditar no que ele estava dizendo. – Sei que temos muitas coisas para resolver antes disso, vou entender se quiser esperar.

— Eu já esperei por você durante 13 anos, por favor não me peça para esperar mais – disse rindo entre lagrimas - Eu quero ficar ao seu lado, meu amor; te fazer feliz e encontrar o nosso lugar no mundo. É claro que eu quero – Então Draco a beijou sentindo a felicidade lhe invadir. Em silencio, ele fez uma promessa. Prometeu que seria o melhor que ele podia ser para a sua tão sonhada família. Eles não precisavam se esforçar para encontrar o lugar deles nesse mundo, porque para Draco, ele já estava no melhor lugar do mundo... Nos braços de Hermione, e isso já era mais que o suficiente... Tão suficiente, que ele nem sentia mais tanto frio.


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Notas finais do capítulo

Agora sim, posso marca-la como concluída e estou satisfeita com o resultado (= É mais um sonho realizado, porque para quem não sabe, o meu maior sonho, sempre foi escrever uma historia que eu pudesse trazer algo de bom para alguém, tocar as pessoas de maneira especial. Muito obrigada mesmo de coração cada um que acompanhou, favoritou e comentou. Conheci pessoas incríveis e muito especiais... meu Merlin, não estou sabendo lidar com a minha emoção de ter terminado a historia kkkk Espero muito que tenham gostado e me desculpem se em algum momento, eu os decepcionei!!!
Beijão a todos

SEGUNDA TEMPORADA DISPONÍVEL ABAIXO
https://fanfiction.com.br/historia/752995/Nas_Profundezas_do_Lago_-_2_Temporada/



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