Nas Margens do Lago - Dramione - 1ª Temporada escrita por Lizzie Oliver


Capítulo 24
Nas Margens do Lago


Notas iniciais do capítulo

Ola meu povo, como estão nessa quinta feira??? Espero que bem... (=
Como disse nos capítulos anteriores, a fc estava chegando ao fim e esse dia chegou.
Tenho que confessar que foi bem difícil escrever esse capitulo, depois de tanto quebrar o coração de vocês e depois de tantos acontecimentos. Tenho que confessar também, que estou aqui quase chorando por estar me despedindo dessa fic que escrevi com tanto carinho. O nó na garganta esta forte kkk
Ao terminarem o capitulo, por favor leiam as NOTAS FINAIS!!!



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Sabe quando você deseja muito uma coisa, mas quando ela esta a ponto de acontecer, você sente medo? Medo do novo e medo do desconhecido?

Enquanto Draco mantinha a cabeça baixa, apenas ouvindo Hermione ler o seu diário, ele sentia um frio enorme no estomago ao pensar que aquele poderia ser o ultimo julgamento da sua vida a caminho da liberdade. Ele esperava com todas as forças, ser inocentado, isso, porque ele nunca havia aprendido o que era ter esperanças, mas ele esperava. Feito uma criança, que tinha se perdido dos pais no supermercado, ele esperava ser encontrado. Esperava pelo recomeço e pela realização de um sonho. Quantas noites, em que não conseguia dormir, ficava pensando se alguém sentiria a sua falta quando ele, assim como todas as suas vitimas, não fizesse mais parte daquele mundo. Ele passou tantos anos alimentando o sentimento de ódio nas pessoas, que ele tinha a plena certeza, que se ele morresse, ninguém se importaria, ninguém choraria em cima do seu corpo frio, e muito menos lhe dariam um ultimo adeus. Mas ao escutar a voz de Hermione, lendo o sua diário, lendo a sua alma, o medo o possuiu, porque de alguma maneira, mesmo que ele não merecesse, a vida estava lhe dando uma segunda chance, lhe dando uma vida ao lado da mulher que amava e da sua filha.

Cada palavra gravada naquele diário, foi escrita com tanta sinceridade, que ao escuta-las pela boca de terceiros, parecia que ele tinha se enganado, mentido para si mesmo, sobre quem ele era de verdade. Tinha passado tantos anos querendo ser o reflexo de Lucius, que ele nunca havia lhe dado a oportunidade de ser livre. Draco tinha usado o seu próprio ser como prisão de segurança maxima, deixando que toda a sua bondade, suplicasse por liberdade, que ele nunca dava ouvidos.

Sentia seus olhos arderem ao escutar Hermone ler a sua ultima carta. Sentia o coração acelerar por saber que estava sendo exposto, exposto pelas suas próprias fraquezas, por acreditar demais. Acreditar que podia ser insensível, frio e principalmente por acreditar que nao sabia amar. Ele sabia amar, havia muito amor dentro dele. Amor pela familia, amor pela vida e amor por Hermione. Podia ser até, um amor destorcido, duvidoso, mas o amor estava la e aquelas infinitas palavras naquele diário, era a maior prova disso.

Ao fechar o diário, Hermione respirou profundamente, tentando conter toda a sensibilidade que aquelas palavras lhe trouxeram. Por ser Ministra e estava no meio de uma audiência, não podia se deixar levar pelas emoções, ainda mais na frente da Corte Ministral, ela tinha que a todo custo se mostrar imparcial, mesmo que o seu maior desejo, fosse de ir até Draco, o abraçar apertado e dizer o quanto sentia muito. Ela sentia tanta vergonha por ter passado anos o julgando por ter sido tão cruel com ela, quando na verdade, a vida tinha sido muito pior com ele. Apesar de nunca ter o esquecido, ela encontrou a felicidade, ela conseguiu recomeçar. Tinha uma filha que mais amava nesse mundo, seus pais, seus amigos, o emprego dos sonhos, uma vida. Ali ela se julgou tão mesquinha, tão egoísta, porque diferente dela, o homem sentado de cabeça baixa, não tinha absolutamente nada. Nem ao menos soube da existência da própria filha. 

Saiu de seus pensamentos, quando ouviu Maggie se pronunciar, ela nem percebeu que faltava uma pagina...

— Embora eu tenha compreendido muitas coisas, atitudes que o senhor Malfoy foi levado a tomar, eu ainda não entendo algumas questões. Se me permite – disse olhando para Hermione – Gostaria de fazer algumas perguntas. – Hermione assentiu. – Porque não contou, não procurou ninguém quando a guerra terminou, senhor Malfoy?

— Porque eu no fundo, acreditei que não iria ser preso, achei que os meus depoimentos eram o suficiente. – respondeu Draco.

— Mas nem durante os depoimentos o senhor mencionou o diário e nem o que passou nas mãos de Voldemort...

— Eu estava com raiva, raiva da vida, e de tudo que eu tive que perder, não queria me sentir pior do que eu já estava. Por mais que eu tenha me arrependido de tudo o que fiz, sempre foi muito mais fácil esconder os meus sentimentos. E... Eu não tinha mais o diário, de que adiantava eu contar se não tinha como provar?

— Mesmo que o senhor, não tivesse como provar o que estava dizendo, existem métodos que são usados para averiguarmos a procedência dos fatos... – Meggie pegou os arquivos de Draco e analisou com cuidado os relatórios. Harry engoliu seco, ele sabia que tinha sido negligente, que tinha cometido um erro gravíssimo e principalmente que seria condenado por isso. Antes que Maggie fosse se pronunciar novamente, Harry se manifestou.   

— A culpa foi minha... – Aquela declaração gerou burburinho na sala. – Eu fui negligente. – Ele precisava deixar a sua consciência limpa pelo menos.

— O que quer dizer? Senhor Potter – Perguntou Maggie incrédula, ainda com os papeis em mãos.

— Eu não averiguei o caso afundo, não usei Legilimência e Veritaserum, quando Malfoy vinha prestar os depoimentos...

— Mas isso é procedimento obrigatório para interrogatório, ainda mais numa situação como aquela, depois de uma guerra que enfrentamos... Ministra? A senhorita sabia disso?

— Potter me contou no dia anterior ao que marquei a reunião de ultima hora, para reabrirmos o caso. – Disse segura

— E o senhor? – Maggie perguntou se dirigindo a Ronald.

— Eu fui complacente, desde o começo. – admitiu Rony. Todos naquela sala ficaram incrédulos, ninguém ousava ao menos respirar.

— Bem... Pelo que eu posso ver, o caso é bem mais complicado do que poderíamos imaginar. Precisamos de um recesso, para analisarmos tudo. – Hermione concordou. Então o trio, junto com Maggie, alguns membros da corte e julgadores, foram para a sala ao lado. Eles precisavam colocar todas as cartas na mesa, para analisarem de forma concreta se Draco seria inocentado ou não. Antes de sair da sala de audiencias, Hermione deu uma ultima olhada para Draco, lhe pedindo desculpas.

Enquanto a reunião acontecia, Draco tentava se manter calmo, mas era inevitável fazer suas pernas pararem de balançar freneticamente. Pareciam que elas tinham a conciência de que ia ser demorado e estavam tão agitadas quanto seu coração, para saber qual seria o ser destino. Por diversas vezes, olhava Zabini e se perguntava, do porque o seu amigo nunca tinha ido o visitar. Ele sentia falta das suas piadas sem graça, das apostas que faziam, dos apelidos idiotas que davam um para o outro. Eles tinham uma relação diferente, era algo mais leve, mesmo que nenhum do dois fosse de compatilhar todos os segredos do mundo. Em todos os anos em que esteva em Azkaban, Draco se lamuriava, sobre a possibilidade dele te-lo a afastado, assim como todos os outros. Lembrou-se das diversas e diversas vezes, que Zabini lhe perguntava se estava tudo bem, mas ele nunca respondia com a verdade, era sempre mentiras atras de mentiras por puro orgulho. Draco não tinha o direito nenhum de sentir raiva de quem fosse, porque no final das contas, tudo aconteceu por suas proprias escolhas, mesmo que no fundo, não tivesse nenhuma.  Ele não podia cobrar absolutamente nada de ninguém, porque ele nunca tinha feito por merecer.

Seus olhos discretamente desviaram de Zabini e passaram pelas pessoas da Suprema Corte que estavam ali presentes. Uns tinham o olhar sobre si, demostrando desconfiança, outros tinham uma leve aparecia de cansadas e outras permaneciam inabalaveis, apenas aguardando o fim de reunião.  Ao respirar fundo, antes de voltar a encarar o chão, seus olhos chegaram à porta em que Mia tinha entrado. Uma lagrima caiu tão discretamente quando o seu olhar ao lembrar da figura pequena da sua filha, correndo em direção aos seus braços. Naquele momento, Draco sentiu a felicidade lhe preencher de tal maneira que pensou que estivesse delirando, mas a sensação de vazio, logo veio quando ela não tinha conseguido lhe alcançar.

Sentiu tanta raiva de Miller, por ter a segurado com tanta firmeza, quando na verdade, era ele quem deveria estar a segurando. Era ele quem deveria estar a protegendo, e dizendo a ela que não precisaria ter medo, que tudo ficaria bem, porque ela tinha sido muito corajosa.  Como ele desejava abraçar a filha, lhe agradecer por ter lutado por ele, por não ter desistido, mesmo que ele não merecesse, mesmo quando o resto do mundo tivesse desistido, e principalmente lhe dizer o quanto a amava.

Um ranger de porta, depois que pareciam horas e horas de espera, fez Draco voltar a realidade...

— Bom... – Suspirou Maggie, ao se posicionar na frente da arquibancada da Corte Ministral – Depois de um longo período, decidimos mudar algumas questões. Devido as revelações do diário e dos depoimentos dos autores presentes, os quais nos confessaram ter negligenciado seus trabalhos, ignorado provas e obstruído a justiça, em conjunto com a Ministra e o jure, chegamos a conclusão que o futuro do senhor Malfoy, sera decidido por meio das votações. – Um burburinho se fez presente na sala -  Por mais que o senhor Malfoy tenha cometido crimes, ter exercido um forte papel no lado das trevas, há fatos importantes que devemos levar em consideração.

Esses são: 

— Se tornou um comensal da morte ao 16 anos, sob ameaças contra a sua família e a si mesmo

— Teve a pai sendo levado para Azkaban depois da batalha no Ministério.

— Teve a propria mãe assassinada como punição, por não ter conseguido cumprir a missão que lhe foi dada.

— Sofreu torturas fisicas e psicologicas durante os treinamentos

— Não teve oportunidade de escolha para mudar de lado, ao se dar conta que corria risco, inclusive de vida, por pertencer a uma familia de comensais da morte.

— No depoimento gravado pelo auror Harry Potter e no diário, é evidente que o mesmo se arrependeu de tudo que causou na guerra.

— Foi sentenciado a prisão perpetua, devido a negligencias por parte dos aurores que cuidaram de seu caso

Fatos que podem comprometer a decisão de inocente-lo:

— Sempre apresentou atitudes de descriminação com trouxas e nascidos-trouxas.

— Sua pureza de sangue, sempre foi vista como algo superior, se considerando melhor do que qualquer pessoa.

— Acreditava cegamente nos ideias de Voldemort.

— Em nenhum momento procurou ajudar a Ordem a combater o lado das trevas.

— Torturou e matou pessoas sem piedade.

Ao terminar de listas, Maggie olhou para Draco...

— Tem alguma subjeção aos fatos apontados, senhor Malfoy? – Perguntou seria – Ha algo que gostaria de nos dizer? –Draco fechou os olhos por alguns segundos e respirou fundo.

— Sobre a lista, não tenho nada a declarar, mas gostaria sim de dizer algumas coisas.

— Pode dizer, senhor Malfoy!

— Não quero que levem o que irei dizer, como uma formas de interferir na decisão, mas queria muito pedi perdão a todos, a cada um vocês, que de algum modo durante aquele guerra, eu os prejudiquei, os fiz sofrer. Me perdoem por absolutamente tudo. Sei que esse simples pedido não irá trazer ninguém de volta, mas quero demostrar de alguma maneira, mesmo que de forma simples, que entendo o sentimentos de perdas de cada um, entendo o que foi sentir medo. Eu sinto muito por tudo. – Ao terminar, olhou nos olhos de cada umas daqueles pessoas presente, inclusive de Hermione. Queria através do olhar, mostrar toda a sinceridade de suas palavras.

— Muito bem, senhor Malfoy! ... Sendo assim, podemos iniciar as votações – Tanto Draco quanto Hermione, sentiram seus corações ficarem pesados, de tal forma, que pareciam que iriam sair pela boca. Tinha chegado a hora, a hora em que o seu mundo desabaria ou seria de intensa felicidade e eles desejaram, mesmo em silencio, que pela primeira vez na vida de ambos, eles tivessem a chance que ter a segunda opção. Por mais que Hermione entendesse, muitas questões que colocassem em duvida a decisão do jure e da corte, ela desejava que a vida não fosse tão injusta como vinha sendo até então. Ela não iria aguentar perde-lo novamente, não iria aguentar olhar nos olhos da sua menina e ver a decepção estampado em seu rosto, por perceber que tudo que ela havia lutado, tivesse sido em vão. Ela não queria fazer Mia, dar o primeiro e o ultimo abraço no pai, depois de tanto tempo. Ela não queria tirar de Mia esse sonho de ter seu pai em sua vida, o qual ela sabia que era grande dentro dela, porque Hermione sabia a dor que era de ter um sonho, e senti-lo escorrer entre os dedos, porque não havia espaço para ele em sua vida.

Então... Aquelas perguntas tão cruéis vieram...

 

— Baseado nos fatos apontados, nas declarações feitas, das reuniões realizadas... Quem acha que o Senhor Malfoy deve ser inocentado de todas e quaisquer acusações?  Por favor levantem as mãos! – Disse Meggie olhando para a arquibancada da Corte. Uma grande parte levantou as mãos. Alguns meio relutantes, mas no final suas mãos estavam para alto. Ja outra parte nem ao menos alterou a respiração. Mantiveram-se com as expressões frias. Enquanto Draco mantinha os olhos fechado para não evitar se chegar com a realidade, Hermione contava o mais rápido, que sua mente era capaz. E o resultado foi inesperado.

30x30

Hermione naquele momento sentiu a raiva lhe consumir, não era possível que tudo tenha que ser tão cruel. Tinha dado empate e o pior de tudo é que ela, Maggie, Harry, Rony, ou Zabini, não podiam dar seus votos. Não era permitido ter a influencia da Ministra, aurores e testemunhas. E por Meggie estar a frente da audiência, ela também não poderia votar.

Então, por um momento a certeza que no final ficaria tudo bem, foi desmoronado, porque tinha dado empate. Se ninguém mudasse seus votos sejam eles, para a favor ou contra, outra audiencia teria que ser feita, com novas provas e novo argumentos. E tanto Hermione, quanto Draco, não tinham tempo para aquilo, pois ja tinham perdido tempo demais longe um do outro.   

Uma estrada de sopetão, chamou a atenção de todos e a pessoa que fez o sangue de ambos ferverem muitas vezes, se fez presente naquele momento. Hermione não tinha reação alguma, parecia que estava petrificada. Diante de seus olhos estava Frederico Miller.

— Me desculpem pela invasão, sei que não deveria estar aqui, mas tenho algo a dizer. – Miller começou a se pronunciar. Mesmo estando nervoso, se mantinha firme. Ninguém esboçava reação alguma. Draco sentia o desespero lhe atingir muito mais forte do que vinha anteriormente, porque ele tinha a certeza que voltaria para Azkaban e passaria o resto da vida trancafiado, pensando que poderia ter tido uma segunda chance se não tivesse cometido tantos erros. Mas a verdade é que ele nunca foi e nunca seria o único a cometer erros.  – Eu cometi um grande erro. – disse, fazendo todos lhe encararem perplexos.

— O que quer dizer, senhor Miller? – se pronunciou Maggie. – Que tipo de erro?

— Eu me deixei levar pelas influencias erradas, deixei essas influencias interferirem no meu trabalho e principalmente no meu senso de justiça. – suspirou profundamente. – Me deixei levar pelas chantagens de Pansy Parkinson – disse envergonhado – Me perdoem, peço desculpas aos meus colegas e principalmente a senhorita, Ministra.  

— O que fez o senhor voltar atrás? – Perguntou Hermione, querendo entender aquela mudança repentina, ja que desde o inicio ele se mostrava muito seguro sobre não querer que Draco fosse absolvido.

— Antes de entrar, olhei para a sua filha que esta dormindo no banco, e pensei na minha filha. Pensei no exemplo que estaria dando a ela, se não agisse da maneira certa. Pensei, que se uma criança de 13 anos não julgava o seu pai por quem ele foi um dia, quem sou eu para julgar, se eu estava também cometendo um erro. Quem sou eu para julga-lo por se influenciado as maldades do mundo, se eu também estava me influenciando. Não quero de maneira alguma tirar a minha culpa, mas quero ter a oportunidade de me redimir. Se me permite Ministra, gostaria de dar o meu voto. - Então a luz se fez presente em meio às trevas.

Miller caminhou até Draco e tocou o seu ombro. Draco sentia os olhos pegarem fogo. – Quero que escute bem o que tenho a dizer, senhor Malfoy... Nunca mais permita que alguém te julgue pelo que fez, porque essa marca que carrega em seu braço, não significa fraqueza e sim, força, muita força. Porque eu mesmo não iria aguentar se estivesse no seu lugar. Não aguentaria passar por tudo que passou e ainda estar aqui, esperando que decidam sobre a minha vida.  Nunca mais permita que isso aconteça, nunca mais deixem que os outros façam as suas escolhas e principalmente seja feliz, porque o senhor merece. – Ao ouvir aquelas palavras Draco não aguentou segurar o no na garganta e chorou. Chorou como se seus olhos fossem o céu nublado daquele dia, e as lagrimas fossem a chuva que caia, inundando o seu lago interior, o fazendo transbordar. E como transbordou, porque as lagrimas eram apenas o reflexo da enorme felicidade que ele estava sentindo.

— Por favor senhor Miller, qual é o seu voto? – Perguntou Maggie.

— Meu voto é sim, Sim para que Malfoy seja absolvido de todas as acusações. – Disse indo em direção a ela.

— Sendo assim... Declaro que o senhor Draco Lucius Malfoy, esta definitivamente absolvido de todas as acusações, e passa a partir de hoje, a usufruir de seus bens por direito. Essa sessão esta encerrada! - Declarou Hermione, não se aguentando de felicidade. Era notável o brilhos de seus olhos, não porque estava marejados, mas porque realmente aquele era a realização de um sonho. Um sonho que parecia tão distante. Viu Rodrigo soltar as algemas de Draco e o mesmo lhe olhar emocionado. Se ainda não tivesse tanta gente saindo da sala, ela estaria correndo para os braços de Draco e não o soltaria mais, nunca mais.

Quando finalmente se viu sozinha com ele, o sorriso de ambos se abriram com a mesma intensidade. Era um sorriso tão intenso e verdadeiro, que pareciam que tinha acordado de um pesadelo, e de fato, tinham acordado. Mesmo que o céu estivesse nublado la fora, era evidente o calor que havia entre eles, o calor da felicidade e o calor da saudade. Então o abraço apertado veio tão intenso quanto seus sorrisos.

~*~

Mia acordou com a movimentação no corredor. Viu varias pessoas saindo da sala de audiência em que seus pais estavam, inclusive pessoas que ela acabou reconhecendo quando invadiu a sala de audiências. Se coração saiu pela boca, ao se deparar que na verdade, a audiência tinha acabado. O desespero lhe atingiu, a fazendo levantar num pulo e ir em direção a porta da sala, mas a emoção lhe invadiu tão intensamente, quando viu seus pais chorando em meio ao abraço apertado. Ali, ela percebeu que nada tinha sido em vão, percebeu que no final a luz sempre prevalece e que a felicidade sempre chega, mesmo com todas as circunstancias, nos dizendo ao contrario. Chorou pela satisfação em ter descoberto os segredos de seu pai e estar lhe dando a segunda chance de recomeçar. Ela queria correr, correr para os braços dele, mas vendo-os ali, ela preferiu deixar que matassem a saudade, pois eles precisavam desse tempo, porque ambos sofreram demais e por muito tempo. Olhando-os ali, ela finalmente tinha entendido as palavras do chapéu seletor, quando estava decidindo se a colocaria na Grifinória ou na Sonserina. 

“Você é um dos casos mais difíceis de resolver... Qual casa a colocarei? Difícil, muito difícil. É muito inteligente como a sua mãe, mas há tanto dele dentro de você. É orgulhosa e ambiciosa quando quer. Possui uma coragem extraordinária. A coragem junto com a ambição te levara longe, isso não tenho duvida. Sonserina ou Grifinória?. Vejo que tem uma grande necessidade de provar algo. As pessoas podem achar que não, mas há tanto amor dentro de você.”

A verdade é que o chapéu nunca erra em suas escolhas e ele, não errou em coloca-la na Grifinória, pois ela precisou de muita coragem para provar a todos que ninguém podia subestimar um lago pelo seu tamanho, ou simplesmente pelo que se enxerga o olhando pelas margens. Há coisas muito mais significativas em suas profundezas, que basta termos a coragem necessária para descobrir.

— Mia? – Escutou a voz de Draco, fazendo-a sair de seus pensamentos. A sensação de ouvir o seu nome pela boca dele pela primeira vez e te-lo ali na sua frente, apenas acompanhado de sua mãe, so a fez tomar uma única atitude: Correr. Correu em direção a ele e so parou quando se sentiu segura nos braços dele. Quando o olhou em seus olhos e teve a garantia que ninguém iria tira-lo da sua vida. Eles seriam uma família agora e ninguém mudaria isso.

— Muito obrigado por tudo – Agradeceu Draco, entre lagrimas diante da tamanha emoção por estar com a sua filha nos braços.

— Eu te amo, pai! – disse olhando profundamente em seus olhos, tão encharcados, quanto os dele. - E a vovó não errou quando disse, que iria ficar tudo bem! - Diante daquelas palavras, Draco abraçou Mia mais intensamente e disse as três curtas palavras que nunca teve a oportunidade de dizer a sua mãe, mas iria dizer quantas vezes fosse necessário para Mia e Hermione.

— Eu te amo!


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Notas finais do capítulo

Pensei em mil possibilidade para terminar essa fic, mas nenhuma pareceu melhor do que essa e espero de coração que tenham gostado (=
Não esqueçam de comentar, porque sabem como eu amo, né? kkkkk XD (Estou com medo, nervosa aqui)
Peço desculpas por qualquer erro que eu tenha cometido ao longo da história. Eu so tenho a agradecer a cada um de vocês por cada comentário e favorito, não fazem ideia do quando é importante para mim S2
Acredito que tenham muitas questões em mente em relação a alguns personagens e acreditem que tenho muitas ideias em mente, por isso, gostaria de saber de vocês se querem uma segunda temporada... dizem que sim, vai? kkkk

Muito obrigada mesmo a cada um de vocês, vocês são os melhores leitores que alguém poderia ter e digo meixmooo kkkk

obs: ainda não vou dar como finalizada porque tem mais um capitulo especial kkkk

Beijão a todos!!! S2