Nas Margens do Lago - Dramione - 1ª Temporada escrita por Lizzie Oliver


Capítulo 21
Sacrificios (As paginas do Diário)


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoal, como estão?? Espero que bem!!!

Vamos a mais um capitulo das paginas do Diario e espero que gostem!
Boa leituraa todos *--*



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O relógio já marcava 3h:00 da manhã, naquela madrugada de sexta- feira em Hogwarts e Hermione já estava cansava de virar de um lado para outro na cama, sem conseguir pegar no sono. Os pensamentos flutuavam livremente pela sua cabeça, não deixando-a se quer, ter algumas horas de paz até o dia amanhecer.

Depois do funeral de Dumbledore, Minerva e a Ordem, a chamou junto com Harry e Rony, para uma conversa. Pediram que os três permanecessem na escola, até que fosse seguro, pois estava rolando boatos de que a cidade estava sendo atacada por comensais da morte, mas ainda não se tinha nada concreto. Em todo caso, mesmo com a teimosia de Harry, Hermione achou mesmo, mais seguro ficar em Hogwarts, pois assim também poderiam se preparar melhor para a guerra que estava chegando. Apesar da escola ter sido atacada, recentemente, Hogwarts ainda era o local mais seguro. Ela tinha que manter as esperança, nem que fosse a mínima.

Chorou baixinho para não acordar suas colegas de quarto, ao lembrar do funeral do diretor. Estavam todos muito abalados com o que tinha acontecido. Ao mesmo tempo, que foi algo tão emocionante todas as homenagens, foi algo devastador. Mas como a própria Minerva tinha dito, Dumbledore, não iria querer ver seus queridos alunos tristes por sua partida. Levantou sem fazer barulho e saiu do dormitório. A primeiro momento, pensou em ir até a biblioteca, para distrair a cabeça, mas de ultima hora, decidiu ir até a cozinha para comer algo.

Andando pelos corredores em direção à cozinha, Hermione passou pelo banheiro dos monitores e lembrou-se de Draco. Foi ali, naquele banheiro, que tiveram a primeira noite deles até então, não fazia muito tempo. Sentiu uma pontada no estomago pela incerteza do que seria deles a partir daquele momento. Ela sabia que não era certo, continuar se encontrando com ele, ainda mais depois de tudo que tinha acontecido na noite da invasão. Sabia que não era o certo. Ela não podia. Mas quem disse que o seu coração dizia a mesma coisa? Se odiava tanto por não conseguir ser racional diante de uma situação tão trágica como aquela.

Hermione não conseguia compreender o que foi que Draco tinha que a atraiu. Para uma mente tão logica e racional como a dela, não fazia o menor sentido um sentimento tão puro como o amor, ter sido direcionado exatamente para Draco Malfoy, ao em vez de qualquer outro garoto que fazia parte do seu circulo de amizades e convivência. Porque eu sinto meu coração saltar para fora e as borboletas em meu estomago, sobrevoarem tão intensamente, cada vez o que o vejo? Para onde foi todo o ódio que passei uma vida inteira sentindo por ele? Era para ser apenas sexo, nada mais... pensou.

A realidade é que quando se trata de química, não há o que contestar. Não há o que questionar. Draco e Hermione tinha química, uma química que o ódio desenvolveu ao longo dos anos, mas eles apenas precisavam de uma oportunidade para coloca-la para fora. Outra realidade incontestável, é que para uma pessoa que sente a necessidade de suprir as curiosidades que o mundo a cerca, Draco era o enigma mais difícil de decifrar. E por mais difícil que ele fosse, era esse o grande ponto, Hermione Granger sempre gostou de desafio. Todas as vezes que se entregavam ao desejo, ela tentava o enxergar por trás dos toques delicados, o gosto do beijo dele e principalmente do olhar, que mesmo frios, se mostravam tão exaustos, que poderia existir algo de bom dentro dele.  Mas que droga, Draco, porque tínhamos que ser tão diferentes? Porque aceitei entrar numa situação dessas?.

De qualquer forma, nenhum questionamento a levaria para algum lugar, afinal, ela não o tinha visto até então pelos corredores da escola. Ela pensou que talvez ele nem voltasse mais depois de ter quase matado Dumbledore. Ele era um comensal da morte, alguém frio, não tinha o porque dela esperar alguma coisa. Talvez assim, pudesse ser melhor, iria sofrer menos, por alguém que nem merecia. Mas Eu preciso tanto de você.. lamentou.

Quando estava chegando na entrada da cozinha, escutou um choro. Devagar foi entrando e não acreditou quando viu de quem era aquele choro, Era ele. Naquele momento ela ficou sem reação, não sabia se voltava para o dormitório e se o encararia, quando se deu conta, já tinha optado pela segunda opção.  

— Draco? – Hermione o chamou se aproximando dele aos poucos. Embora estivessem tendo apenas uma relação casual, eles tinham combinado que se chamariam pelo nome quando estivessem sozinhos.

— Hermione? Quanto tempo esta ai? – Draco, por sua vez, levantou num pulo secando as lagrimas.

— Eu acabei de chegar... – Suspirou. Ela queria tanto perguntar o que estava acontecendo, mas ela sabia que ele não contaria. – Eu vou embora... – Quando estava virando para sair, Draco segurou a sua mão para que ela ficasse. Ele precisava dela. – Draco... – disse quase num sussurro. Ficou surpresa, ela não esperava essa atitude vinda dele. Dentro de si, havia uma batalha entre a sua consciência e o seu coração, mais uma vez. O que fazer?. Ouvir a sua consciência que dizia que ela deveria acabar com tudo que tinham, pois ele era um comensal da morte que sempre a desprezou e que ela merecia algo melhor? Ou o seu coração? Que insistia em lhe lembrar da pessoa que foi ameaçada por Voldemort e que talvez merecesse um pouco de compaixão?

— Eu preciso de você – Disse também num sussurro. Ele estava muito mau pelo enterro de sua mãe, pelo treinamento que começaria, que naquele momento, ele pouco se importou em tirar a sua mascara. Precisava esquecer-se de tudo de ruim que estava acontecendo e Hermione era a única luz que podia iluminar o seu mundo obscuro. Mesmo que ele não soubesse exatamente o que estava acontecendo, dentro dele algo em relação a ela, estava mudando.

Diante daquela suplica, Hermione não se importou mais com o que poderia acontecer, porque aquelas palavras foram ditas de uma forma tão desesperada, como se a vida dele dependesse dela. E mesmo que a guerra já estava para se iniciar, ela não tinha a certeza se estaria viva no final. Por isso ignorou todos os pensamentos contras e o beijou. Ignorou as suas inseguranças, os seus amigos, a Ordem, Voldemort, tudo e decidiu ouvir apenas o seu coração e aquelas palavras de alguém que por alguns instantes, mostrou apenas para ela, que tinha algo de humano dentro dele e isso a deixou feliz, porque pela primeira vez, ela encontrou algo que tinham em comum.

~*~

— Faz tempo que chegou? – Perguntou Minerva vendo o homem de feições frias na porta de sua sala. Era Severo Snape.

— Não muito tempo. Não iria me arriscar assim, tão bestamente! – Afirmou se sentando na cadeira em frente a mesa de Minerva.

— Se Dumbledore não tivesse me contado sobre o pedido dele para que você o matasse, para não fazer os comensais desconfiarem que você é um agente duplo, Severo, eu não confiaria em você. Sabe disso... – Disse seria.

— Sim, eu sei... mas porque me chamou aqui? – Perguntou curioso

— Queria apenas que soubesse, que conseguimos fazer Harry permanecer em Hogwarts, até segunda ordem, ou seja, suas. Foi difícil no começo, mas conseguimos faze-los entender que seria melhor assim.

— Não existe outra forma de ganharmos tempo. Potter é teimoso e impulsivo. Age da forma como acha que deve, não consegue averiguar a situação de forma mais ampla. Eles têm que aproveitar esse tempo que Lord esta distraído com Draco, para se prepararem para o que tiverem que enfrentar daqui pra frente.

— Com Draco? – Minerva perguntou confusa.

— Sim, convenci o Lord a treinar o Draco – Minerva o encarou assustada e Snape percebeu que aquilo a preocupou. – Eu sabia desde o inicio que Draco falharia na missão, então tive que buscar outras alternativas para mantê-lo vivo. – Minerva colocou a mão na boca incrédula.

— Você tem noção do que você esta me dizendo, Severo? ... Draco é só um garoto, não pode simplesmente joga-lo nas mãos de você-sabe-quem.  

— Draco cresceu numa família de comensais da morte, Minerva, ele não tem outra realidade a não ser essa.  Ele sendo treinado pelo Lorde, ele pode se mostrar “útil” e ao mesmo tempo, nos preparamos nesse lado da guerra. Draco é apenas uma distração.

— Os boatos de ataques no mundo trouxa, tem haver com esse treinamento? – Minerva não conseguia ser racional como Snape, diante de uma situação tão horrorosa como aquela. Ela não queria ser complacente com aquele plano. Pessoas estavam morrendo, pessoas inocentes. Aquilo não estava certo.

— Eu compreendo seus sentimentos Minerva, mas lembre-se, há momentos em que temos que fazer sacrifícios para um bem maior. Se quisermos que Lorde seja destruído, precisamos fazer o que tiver ao nosso alcance. Essas pessoas não estão morrendo em vão – Lembrou-se de Narcisa e do sacrifício de Draco. – Serão graças a elas que poderemos ter a chance de salvar o nosso mundo e os delas também. O Lord sendo destruído, tudo isso acaba. – Minerva suspirou se sentindo derrotada. Estava sendo pesado demais aquela realidade tão devastadora, mas ela precisava confiar em Snape do mesmo jeito que Dumbledore confiava.

— Espero que você esteja certo, Severo – disse se lamentando.

— Preciso ir, qualquer coisa, eu te aviso e aviso a Ordem. Precisamos ficar atentos. – Minerva assentiu. – Boa noite Minerva.

— Boa noite, Severo – se despediu Minerva, vendo Snape deixar a sua sala.

~*~

A principio estava seguindo o caminho em direção a saída da escola, mas ao passar pelas escadarias que davam em direção as masmorras, mudou de ideia, iria aproveitar que era madrugada e estavam todos em seus dormitórios, e iria buscar algo que julgava ser importante. Ao chegar na sala de poções., tudo estava exatamente em seu devido lugar, mas não pode evitar de se preocupar, com a possibilidade de terem encontrado a caixa que guardava a sete chaves, ninguém poderia descobrir aquele segredo.

Respirou aliviado ao encontra-la no fundo falso atrás do armário de poções. Ela estava do jeito que sempre tinha deixado. Abriu a caixa que continha alguns frascos para preparo de poções e alguns pequenos pergaminhos que ele vinha anotando algumas coisas, pegou um pedaço de pergaminho e fez a costumeira anotação.

“As vezes é necessário fazer alguns sacrifícios. Sacrifícios esses, que podem ser tão difíceis por envolver as pessoas que mais amamos.”

Assim que terminou de escrever a sua anotação, a guardou na caixa. A todo instante que encarava aqueles pequenos pergaminhos, desejava que tudo desse certo no final. Desejava que aquelas anotações fossem ajudar aquela família que tanto foi prejudicada. Snape sabia que não era junto, fazer Draco passar por tudo aquilo, mas foi o jeito de cumprir a promessa que tinha feito a Narcisa. Ele protegeria Draco. Sua promessa não tinha acabado no momento em que tinha feito o voto perpetuo. Draco era muito mais do que apenas uma distração, como tinha dito para Minerva, ele também estava se sacrificando pela sua mãe. Naquela altura, Snape só tinha uma única coisa em mente, livrar o mundo do lado das trevas e manter Draco vivo, para ele um dia, ser livre e viver tudo que a vida pode lhe oferecer, porque ele no fundo, era alguém merecia ser feliz.

~*~

O nervosismo estava sendo inevitável, mas não era maior do que a sua vontade de derrotar Harry Potter no seu primeiro jogo como apanhador da Sonserina. As arquibancadas estavam lotadas e a gritaria de empolgação de ambas as casas nunca paravam. Draco estava tentando se concentrar ao máximo dentro de vestiário... Eu preciso impressiona-lo... disse em pensamentos altos. Ele so tinha duas coisas em mente, orgulhar o seu pai e acabar com Potter.

Finalmente a hora do grande jogo chegou. Ao por os pé dentro do gramado, olhou para seus pais que estavam na arquibancada. Lucius como sempre estava serio, com os olhos frios e muito desconfortável por estar no meio daquela multidão, completamente fora dos padrões que ele considerava ser dignos de um Malfoy. Por outro lado, Narcisa estava orgulhosa em vê-lo em seu primeiro jogo independente se o time ganhasse ou não. Ela apenas queria, que ele se sentisse feliz. Mas então o apitou de final de jogo soou e a Sonserina tinha perdido.

— Eu não comprei vassouras de ultima geração para todo o time, para você me fazer passar vergonha, Draco! Você tinha que ter ganhado. Um Malfoy nunca sai por baixo... Quantas vezes eu tenho que te dizer isso? – Lucius disse com a voz exalando raiva e frieza.

— Lucius, por favor... Não fale assim com ele! – Lucius deu de ombros e saiu deixando Draco e Narcisa sozinhos. Ela foi em direção a Draco e o abraçou. – Estou tão orgulhosa de você filho. – sorriu. Draco não correspondeu muito menos se importou com as palavras doces que ela estava lhe dizendo. Estava com tanta raiva de ter perdido e de não ter conseguido fazer seu pai se orgulhar, que as palavras de sua mãe, pouco importavam para ele. Saiu também deixando Narcisa para trás, nem ao menos, lhe deu um ultimo olhar.

~Fim do sonho de Draco~

Draco acordou ofegante. Era a primeira vez que tinha sonhado com a sua mãe depois de quase uma semana que ela tinha partido. Passou a mão no rosto tentando se recuperar. Olhou ao redor para se localizar e lembrou que estava em uma das salas vazia em companhia de Hermione. Levantou da cama que tinham improvisado e sentou em uma das mesas. Era tão doloroso lembrar que a sua mãe não estava mais com ele e principalmente por ele saber que nunca mais iria receber aquele abraço e aquelas palavras doces. Ela tinha sido arrancada para sempre da sua miserável vida.

— Aconteceu alguma coisa? Que horas são? – Perguntou Hermione, assustada e desorientada com conta do sono.

— Não, esta tudo bem! – Disse Draco, distraído. – São 4h30 da manhã, acho melhor cada um ir para o seu dormitório, antes que nos peguem. – Não foi frio ou indiferente, apenas sincero.

— Tem razão – concordou Hermione, levantando e começando a se vestir. Ela desejava tanto entrar no mundo dele. Entender o que estava acontecendo, pois era nítido que algo estava diferente. Aquela reação dele na cozinha, não era uma atitude que ele teria se estive tudo bem, ela estava convicta disso.

Enquanto se vestia, Hermione nem tinha reparado que Draco estava a olhando. Ele estava adorando ter Hermione por perto, ainda mais agora com o caos que estava a sua vida. Embora ele estivesse estranhando esse novo sentimento em relação a ela, ele se sentia feliz porque Hermione era a única coisa que ele tinha de bom, era a única pessoa que era capaz de lhe dar um pouco de conforto e calor. Sorriu de ironia, ao notar o quanto a vida podia pregar peças. Logo ele que acreditava cegamente na pureza de sangue, estava se sentindo feliz em estar em companhia de uma sangue- ruim, mesmo que entre eles não existisse conversas extensas, porque só a presença, já era o suficiente.    

Ao terminar de se vestir, Hermione foi em direção a porta da sala, mas parou quando Draco a chamou. - Hermione!

— Sim? – Disse se virando para ele. Tentou ser o mais indiferente possível. Não queria que existisse a possibilidade de Draco achar qualquer coisa em relação a ela. Muito menos que ele desconfiasse que ela o amava.

— Queria que não comentasse com seus amigos ou com alguém sobre como me encontrou hoje na cozinha... Eu sei que você tem todos os motivos de mundo para rir de mim e mais ainda me odiar por eu ter quase matado Dumbledore, mas gostaria que não comentasse... – Disse olhando em seus olhos.

— Não se preocupe. Independente do que tenha acontecido para ter ficado daquele jeito, isso se diz respeito apenas a você. Ninguém tem haver com isso, nem Harry, Rony e muito menos eu. – Hermione sentia o seu coração sair pela boca, enquanto dizia aquelas palavras.

— Obrigado! – Draco agradeceu lhe dando um sorriso discreto e ela adorou conhecer aquele Draco mais sensível.

— Boa noite Draco!

— Boa noite, Hermione!

Diferente do que Hermione pensava, Draco nunca soube o que era amar alguém que não fosse da sua família. Nunca tinha sentindo nada parecido por ninguém, nem mesmo por Pansy, que era a sua melhor amiga. Diferente do que ela pensava, ele estava mudando, não tinha mais ódio ou indiferença. Não era apenas ela que tinha um carinho por ele, ele também estava tendo por ela, mas diferente de Hermione, Draco ainda estava descobrindo o que era sentir algo tão puro por alguém, que não fosse ódio ou apenas interesse.

“05 de Julho de 1997

Hoje faz quatro dias que você não esta mais aqui comigo, mãe. E eu queria tanto que estivesse. Eu sonhei com você, sonhei com o dia que veio assistir ao meu primeiro jogo de quadribol. Lembrei-me do abraço apertado que me deu no final do jogo.  Mesmo que a Sonserina tivesse perdido, você falava que estava tão orgulhosa do meu desempenho. Mas eu estava tão preocupado em derrotar o Potter e aguardar o papai, que não me importei com o que você estava sentindo.

Mas você não faz ideia de como eu queria aquele mesmo abraço agora e ouvir de você que tudo vai acabar bem. Eu juro que nunca entendi a forma confiante de como falava essa frase, porque pra mim, era tão impossível. A verdade, é que nunca mais vou acreditar nessa frase, porque foi a ultima que me disse antes de levar a maldição da morte. Pela primeira vez, você se enganou, porque não esta nada bem e nunca mais vai ficar. Esse é um fardo que vou ter que carregar pelo resto da vida, porque foi tudo culpa minha.

Cada dia que passa, percebo o quanto podemos estar enganados em relação às pessoas. Acreditava ser importante estar rodeado de gente influente ou que podessem me favorecer de alguma maneira, mas depois que te perdi, percebi o quanto pensei errado. As pessoas mais importantes, não são aquelas que estão com a gente nos momentos de felicidade, quando tudo esta dando certo, mas sim, quando estamos a beira do abismo e parece que nada vale a pena. Não estou falando especificamente de Blás e Pansy, pois percebo que eles notaram que estou diferente. Mesmo que eu não diga uma palavra, eles estão ali. Se fossem outros tempos, eu estaria covicto de que é dessa maneira que as pessoas tentem a demostrar compaixão, porque nunca conheci outra maneira, mas Hermione me mostrou que existe sim, outras formas de se importar.

Eu estava tão mal pelo seu enterro, que por um minuto, eu não me importei em tirar a minha mascara para ela e dizer que eu precisava dela. Desde que voltei a Hogwarts a gente não tinha se encontrado mais, então julguei que ela não me queria mais como eu ainda a quero. Até porque ela é inteligente demais para se deixar levar por alguem que sempre a desprezou, não é mesmo?. Eu ainda não sei direito o que esta acontecendo, esta tudo tão confuso, mas quando estamos juntos, eu me sinto diferente. Me sinto vivo.

Nunca pensei que fosse dizer isso, mas Potter e o Weasley tem sorte de tê-la como amiga, e poderem estar unidos nessa guerra. Porque so agora eu vejo, o quanto a amizade é muito mais importante do que um jogo de interesses, um jogo de quem é mais influente do que o outro. Tudo isso não leva a nada. Pena que só percebi isso, quando tive que perder absolutamente tudo.

Falando em perder, essa semana irei começar o meu treinamento e para ser sincero, eu nem sei o que pensar. Eu não quero fazer parte disso, não quero me tornar um assassino. As ultimas palavras de Dumbledore não saem da minha cabeça. Na hora eu fiquei com tanta raiva, tanta raiva da sua bondade e compaixão na hora errada. Aquelas palavras eram tudo que eu desejava ouvir, mas eu não podia aceitar a sua ajuda, porque era a sua vida, mãe que estava em jogo. Por mais que eu estivesse com medo, eu não podia falhar. Se eu sobreviver a essa maldita guerra, espero que um dia eu tenha a oportunidade de ter uma segunda chance.

Eu te amo

Draco Malfoy”


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Notas finais do capítulo

Espero muito que realmente estejam gostando e que eu espeja atingindo as expectativas de vocês...
Acredito que mais dois capitulo, ja iremos voltar para os tempos atuais e a fic chega ao fim... mas calma, ainda tem coisa para rolar kkkk
muito obrigada a todos que estão acompanhando, favoritando e comentando, não fazem ideia do quando é bom ter amigos e leitores fantastucos como vocês!!! muito obrigada mesmo seus lindooos!!! kkk
Beijão



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