Nas Margens do Lago - Dramione - 1ª Temporada escrita por Lizzie Oliver


Capítulo 16
A menina dos olhos acinzentados


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoaasss!!! Como vão?
Tenho que confessar que estou bastante nervosa com esse capitulo... espero atingir as expectativas de vocês *---*



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Enquanto esperava Hermione ir lhe visitar como a mesma tinha lhe prometido, Draco se encontrava deitado naquela cama de hospital, mas ele não se atrevia reclamar, afinal, aquilo era o paraíso comparado aos anos em que esteve em Azkaban.  Mesmo que não tenha muito com o que se distrair, estar ali lhe trazia um pouco de conforto, se sentia livre de alguma forma, mesmo que seja por pouco tempo.

Desde que perdeu Hermione e principalmente a sua mãe, Draco tinha um sonho dentro de si, tinha um sonho de construir uma família, ter uma esposa e filhos. Tinha o sonho de fazer tudo diferente do que sempre fez. Ser alguém melhor, ser um bom pai,  um bom marido e amar a sua família acima de tudo. Família para ele, era algo precioso, não por causa de nome, de titulo, ou seja, lá o que for, mas era sinônimo de amor, união, felicidade e passar anos tendo apenas a companhia da solidão, o faz desejar isso mais do que qualquer outra coisa.

Flashback

—TEM CERTEZA QUE NÃO IMPORTA? MESMO QUE ELA TENHA ESCONDIDO UMA FILHA? – Pansy estava sentindo um nó na garganta, mas não iria chorar. Estava com tanto ódio de ver ele a defendendo.

— Do que você esta falando? – sua voz quase não saia

— É isso mesmo Draco, o casinho de vocês teve consequências... Granger teve uma filha e ela é sua.

Fim do Flashback

Aquelas palavras de Pansy não saiam da sua cabeça. Ele sabia que ela estava dizendo a verdade, Pansy não tinha o costume de mentir, apenas quando era para beneficio próprio, mas naquele caso, estava longe de ser. Desde aquele dia, passava hora imaginando como sua pequena seria. Tinha os seus olhos ou os olhos da mãe?, Era loira como ele, ou tinha cabelos escuros?, O que tinha dele? O que tinha de Hermione?. A verdade é que independente de como ela fosse, ele a amaria mais do que tudo, do mesmo jeito que amava Hermione.

Quando a viu entrando no quarto, logo pensou em conversar com ela sobre o que Pansy tinha lhe contado, mas ao perceber a expressão de cansaço e preocupação, preferiu deixar que ela falasse primeiro. Draco não sabia ao certo o que pensar ou fazer, quando Hermione lhe contou sobre a audiência, sobre a possibilidade de reavaliarem o seu caso, era a oportunidade que ele tanto esperou, mas no fundo sentia que não era possível. Tudo o que estava acontecendo o deixava cada vez mais intrigado, ele precisava saber como tudo aconteceu. Como num dia ele estava sozinho em Azkaban e no outro soube que tinha uma filha?, Alguem que se passou pela Hermione tinha ido lhe visitar e ele não fazia a menor ideia de quem fosse?, descobriram sobre o seu diario e a morte da sua mãe? e agora existia a possibilidade do seu caso ser reavaliado?. Aquilo era um enigma para ele.

Foi doloroso para ele ouvir de Hermione que a mesma nunca teve coragem de ir lhe vistar em Azkaban depois daquela guerra e o pior de tudo, é que ele entendia. Quando a falsa Hermione tinha estado na sua frente, uma felicidade imensa lhe invadiu. Como sentia falta dela, do seu olhar, do seu cheiro, da sua boca, do seu corpo, sentia falta do que eles eram quando não estavam sob o olhar do mundo. No inicio de tudo era sim, apenas sexo, mas com o tempo foi se tornando algo a mais. Hermione era muito mais do que a rata de biblioteca, a garota mais inteligente e a sangue-ruim. Hermione se tornou o seu porto seguro, a sua luz, o fogo que derretia todo o gelo dentro de si.

Sempre foi ensinado que Nascidos-Trouxas eram a escoria da sociedade, não eram dignos de pertencerem ou estarem no mesmo mundo que o seu e de sua família, mas quando se viu diante de Hermione, quando estavam juntos, depois sendo torturada, sua mãe sendo assassinada, tudo aquilo em que passou anos acreditando cegamente ser o certo, foi posto a prova. Não era daquele jeito que ele queria viver, não era matando, torturando, vendo suas vitima implorando pela vida, que ele queria se lembrar ao deitar a cabeça no travesseiro para dormir. Ele não era tão frio, quanto pensou que fosse, ele descobriu que possuia algo muito mais importante do que ele podia mostrar diante das pessoas que o cercavam. Ele descobriu ter sentimentos, ter medo e principalmente ter compaixão.

 Saudades e medo... Eram exatamente isso que Draco estava sentindo quando ele e Hermione se beijaram.

Saudades porque passou anos se senti-la, sem sentir o seu cheiro, a macies de seus lábio. Medo porque não tinha certeza do que o futuro poderia lhe reservar. Se seria inocentado, talvez, ou se realmente passaria o resto da sua vida trancafiado em Aazkaban. Enquanto se beijavam, Draco passou a esperar que tivesse o seu recomeço, para realizar o seu grande sonho de ter uma família ao lado da mulher que nunca esqueceu.

Com o fim da guerra e depois que foi condenado, ele achava fielmente que Hermione tinha seguido a sua vida, tinha encontrado alguém especial, muito diferente dele; como o Weasley por exemplo. Acreditou que ela tinha seguido em frente, mas ao te-la ali em seus braços, lembrou-se do que Pansy tinha lhe contado. Ele percebeu que estava errado.

— Hermione, preciso te perguntar uma coisa... – Disse ao interromper o beijo de uma forma delicada.

— O que foi? – Hermione o olhou confusa.

— Porque não seguiu em frente? – Draco perguntou com a voz levemente rouca e Hermione entendeu o que ele queria dizer.

— Nunca consegui na verdade... Eu nunca consegui te esquecer, por mais que eu quisesse... – Disse com uma voz baixa. Ela sabia onde aquela conversa iria chegar. Durante muitos anos ela estava convicta de que Draco nunca mais faria parte de sua vida, então tinha prometido pra si mesma, que ele nunca saberia sobre sua filha, mas diferente do que imaginava, agora ela iria revelar sobre sua filha, não iria mais esconder isso dele, estavam juntos agora e ela mais do que ninguém sabias das consequências de segredos escondidos no tempo.

— O que te prendia a mim?

— Como tinha falado, não foi fácil lidar com as suas palavras, não foi fácil lidar com a saudade que eu sentia de você, mesmo que eu não devesse. Eu sentia tanta raiva por continuar me importando com alguém que tinha me jogado para fora da sua vida, alguém que passaria o resto da vida preso. Prometi para mim mesma que você nunca mais faria parte da minha vida, mas eu não conseguia seguir em frente. – Draco abaixou o olhar - Eu cogitei na possibilidade de me permitir encontrar uma outra pessoa, mas algo me prendia a você, alias sempre vai me prender... – Disse tentando segurar as lagrimas.  

— O que eu te fiz que te manteve tão presa assim? É so o sentimento?- a voz dele não passava de um sussurro, porque sentia a respiração falhar deviso ao nervosismo. Hermione negou com a cabeça.

— Me deu uma linda menininha de olhos acinzentados, cabelos cacheados e tão ambiciosa quando o pai, mas tão corajosa quanto a mim. – deu uma leve risada, ainda tentando evitar que as lagrimas descerem pelo seu rosto sem permissão. – Não é apenas sentimentos, ela nunca me deixou te esquecer. Olhar para ela, sempre foi como encontrar o seu olhos de novo depois de tanto tempo. -  Draco a puxou para um abraço forte, apertado, como se quisesse fundir seus corpos e chorou.

A emoção lhe atingiu rompendo todas as muralhas, deixou que a felicidade lhe tomasse por inteiro. Ele tinha uma filha, uma filha com a mulher que mais amava. Ao mesmo tempo em que estava extremamente feliz, ele sentia medo. Medo de não consegui ter a sua segunda chance, medo de perder Hermione e agora a sua filha, medo de perder a sua família. 

Draco com cuidado, pegou o braço de Hermione e foi levantando a manga de sua blusa, revelando a marca SANGUE-RUIM, cravado em sua pele por Bellatrix quando a mesma tinha sido torturada. Sem entender, Hermione ficou o observando encara a marca por algum tempo, queria tanto saber o que se passava na cabeça dele.

— O que foi que eu fui fazer? Meu Merlin, vocês poderiam ter morrido... Como eu pude ser tão covarde?... – Mesmo com lagrimas nos olhos, Draco falava sentindo tanta raiva de si.

— Draco... – Hermione o chamava de uma forma como se pedisse para ele não continuar. – Você não foi covarde...

— Eu fui sim, Hermione – Disse com o maxilar trincado de raiva, mas não dela, de si. – Eu fui um covarde por não ter virado as costas para a minha família. Eu fui covarde por não ter largado toda aquela merda quando vi a minha mãe morrer na minha frente. Eu mereci, sim, ter ficado trancado naquele lugar todo esse tempo, porque lá é lugar de covardes como eu...

— Já chega, Draco... – Hermione estava sentida em vê-lo daquela maneira. Draco tinha os olhos vermelhos e o rosto molhado pelas lagrimas. 

— Não, eu preciso dizer, preciso tirar de dentro de mim, tudo o que esta me sufocando. Não é so pela nossa filha, ou por você... É também por todas as pessoas que tive que matar. Por todos aqueles que tiveram as suas vidas sendo arrancadas sem nenhuma chance de defesa. Eu destruir famílias Hermione, e eu podia ter destruído a nossa...

— Você é tão vitima como todas elas, Draco – ele negou com a cabeça – Sua família também foi destruída. – Hermione o puxou para um beijo, queria conforta-lo de alguma maneira. – Ja acabou...

— Nunca cai acabar, é algo que vou ter que conviver pelo resto da minha vida... Talvez seja melhor desistirmos... – O remorso estava tão preso dentro dele, que acreditava que não merecia ter uma segunda chance, por mais que ele quisesse. Ele foi tão cruel quando Voldemort. Não conseguia mais lidar com o fato de quase ter perdido Hermione e sua filha, um ser tão inocente.

— Não, não vamos desistir – Hermione segurou o rosto dele para que a olha-se. – Estamos juntos agora...

— Você não entende... Eu não mereço ter uma pessoa maravilhosa como você. Nossa filha não merece ter um pai como eu, ela não merece conviver com um assassino.

— Ela nunca te condenou pela pessoa que já foi...

— Como você sabe? Ela é só uma criança...

— Porque eu sei mais do que ninguém o quanto ela te ama, é graças a ela que estamos lutando agora, pela nossa segunda chance. – Draco a encarou confuso -  Ela sempre acreditou que nos tornaríamos uma família e é assim que vai ser, Draco. Seremos uma família. Eu vou lutar por você, da mesma forma que ela esteve lutando pela gente todo esse tempo...

— O que quer dizer?

— Ela sabe quem você foi e sabe como você é, pois foi ela quem te visitou em Azkaban se passando por mim... – Draco a olhou incrédulo. – Mia se passou por mim, usando poção polissuco para ir te visitar. – Draco começou a rir. Riu de nervoso e incredulidade. – Eu fiquei tão nervosa quando descobri, mas sabe o que ela me disse? – Draco negou obviamente – Que não estava nem ai para o seu passado, não estava nem ai para o que você foi ou deixou de ser e que iria...

— Provar para todo mundo que estão errados – Disseram juntos. Hermione assentiu dando um sorriso.

— Não vamos desistir agora, não vamos desistir da nossa filha. Ela precisa de nos, meu amor... Vamos esquecer tudo de ruim que vivemos e focar apenas no futuro, é isso que importa agora... – Draco a beijou.

— Eu te amo – Disse Draco em meio ao beijo. Hermione abril em largo sorriso emocionada.

— Eu também te amo. Sempre te amei! 


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?
Não esqueçam de comentar me dando a opinião de vocês (=
Beijão



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