Nas Margens do Lago - Dramione - 1ª Temporada escrita por Lizzie Oliver


Capítulo 12
Alguns segredos escondidos no tempo


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoal, tudo bem com vocês??
Confesso que foi um pouco difícil escrever esse capitulo, não tinha certeza de como ia desenvolve-lo, mas consegui. Espero atingir as expectativas de vocês, afinal ter leitores incríveis e exigentes kkk não é fácil. Espero muito que gostem!!! (=

OBS: No decorrer da historia, notei que tive algumas falhas de cronologia, então terei que mudar algumas datas para fazer sentido na historia, ok? Estava tão empolgada com a historia parcialmente pronta na minha cabeça, que me perdi no item mais importante... me perdoem por isso!!!



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Já era quase na hora do almoço quando Hermione finalmente tinha terminado as suas reuniões do dia, já estava tão cansada que não via a hora de ir para casa. Entre uma organização e outra, entre uns afazeres e outros, Hermione estava se sentindo estranha, aflita para ser mais exato. Não sabia ao certo o que estava acontecendo, mas estava com um pressentimento ruim. Eram tantas coisas em sua cabeça, assuntos do Ministério, sua filha, Draco e agora o Blásio. Não via a hora de encontra-lo para conversarem. Estava analisando algumas papeladas, quando ouviu uma batida na porta.

— Com licença – Disse Blasio receoso.

— Olá Blás, como vai? Estou precisando mesmo falar com você. – Disse Hermione dando um leve sorriso para o rapaz na sua porta. Era uma coisa a menos em sua cabeça. – Pode entrar, fique a vontade.

— Ola Hermione... Estou bem e você? – disse entrando na sala e se dirigindo a uma das cadeiras na frente da mesa da Ministra. – Eu também estou precisando conversar. Não sabia se estava ocupada mais cedo, por isso apenas deu para vir agora, antes do almoço.

— Estou bem também – sorriu - Sem problemas. Acredito que o foco do assunto será o mesmo...

— Mia...

— Exatamente. Ela me contou que foi até a sua casa. Me contou sobre o que conversaram.

— Eu fiquei muito surpreso quando a vi na minha sala. Ela estava muito ansiosa, parecia que a vida dela dependia dessa conversa. Ela foi bem direta ao perguntar sobre Draco. No inicio não sabia o que contar, até porque você não estava lá.

— Eu fiquei muito preocupada e chateada. Preocupada porque não sabia o que poderia contar a ela e muito chateada por ela ter agido pelas minhas costas. Sempre fiz de tudo para protegê-la dos resquícios daquela guerra. Sempre soube que um dia eu teria que contar sobre o Draco, mas não imaginei que ela fosse mais rápida. Desde que ela descobriu que Draco foi um Comensal da Morte, parece que cada vez mais aquela época vem átona.

— Mia é esperta Hermione, ela tem a sua inteligência, não se contenta com pouca coisa. Ela me contou como descobriu o passado do Draco... Pela Parkinson, achei aquilo um absurdo. Pansy não tinha o direito de se meter em um caso como esse, ainda mais depois de tantos anos...

— Pansy nunca aceitou, por mais que ela tivesse apenas com suspeitas, do meu relacionamento com o Draco. Ela tinha que descontar a sua frustração em alguém e esse alguém foi a minha filha. Não faz ideia de como ela ficou mal, quando descobriu.

— Quando esteve lá em casa, eu percebi que Mia é muito madura e muito forte para a sua idade. Ela tem tanta vontade de tirar Draco de Azkaban que ela é capaz de qualquer coisa.

— E é isso que eu tenho mais medo. Essa ambição veio do Draco. Tenho medo que ela acabe mais machucada do que já esta, por mais que ela seja forte, ela é só uma criança.

— Ela tem esperanças Hermione, ela ama o pai dela, mesmo que os dois nem tenham se conhecido. Eu entendo os seus medos, a vida toda Draco te humilhou por ser Nascida- Trouxa e não quer que Mia sofra a mesma coisa...

— Não é justo com ela. Draco sempre se sentiu superior por ser sangue- puro. Nunca me esqueci das ultimas palavras que ele me disse antes de irmos para a caçada das Horcruxes... Não quero que Mia seja rejeitada por ser uma mestiça.

— Eu entendo, sou pai, sei o que é querer fazer de tudo para proteger um filho, mas tem algo que não contei a ela. Achei que ela não precisava saber.

— O que?

— Ela deve ter comentado com você a respeito de um livro que o Draco tinha – Hermione assentiu – O livro que contei, não era qualquer livro, na verdade ele era um diário.

— Um diário?  – o olhou confusa. Nunca tinha imaginado que Draco tivesse um diário.

— Sim, peguei Draco escrevendo nele, algumas vezes, mas sempre que eu perguntava o que ele estava fazendo, ele desconversava e escondia. De certo estava com vergonha e tinha medo que eu fosse julga-lo. Mas um dia, quando estávamos saindo do salão comunal para irmos almoçar, por descuido ele deve ter esquecido de tirar o diário de dentro da mochila. Aproveitei que ele tinha saído antes para ir ao salão principal e peguei o diário. Apenas consegui ler pouca coisa, logo guardei onde estava porque ele apareceu no dormitório para pegar a mochila.

— O que você leu?

— Narcisa foi assassinada Hermione, Voldemort a matou na frente do Draco por ele ter falhado na missão de matar Dumbledore...

— Meu Merlim – Hermione levantou chocada de sua cadeira com aquela informação – Era por isso que ele estava tão estranho naquela semana. – Blasio assentiu – Nunca me atrevi perguntar a ele o que estava acontecendo, mas eu nunca poderia imaginar algo assim... O que mais tinha la? 

— Foi só isso, que consegui ler.  As coisas nem sempre são o que parecem...

— Porque esta contando isso so agora? – Hermione virou para Blasio o encarando com severidade. Blasio percebeu e se levantou pedindo para ela se acalmar.

— Naquela época seriam apenas palavras, Hermione, eu não tinha como provar. Não sabia do paradeiro daquele diário e imaginei que nas audiências dele, entrariam na mente dele como fizeram comigo. Acreditei que vasculhar as lembranças dele, não foi o suficiente para livra-lo da condenação. 

—  Tem alguma coisa errada, meu Merlim – Hermione andava de um lado para o outro naquela sala, fazendo a sua mente trabalhar – E se ele foi ameaçado? E se ele foi condenado injustamente? – Saiu de seus pensamentos com Rony entrando em sua sala.

— Hermione, será que eu poderia conversar com você? –  Rony estava tão distraído que nem viu Blasio – Ah, olá Blasio, como vai?

— Viu bem Ronald e você? – Rony assentiu

— Desculpe Rony, mas agora não da, pode ser mais tarde? – Hermione estava tão nervosa por causa de Draco, que não estava conseguindo se concentrar em mais nada, muito menos em assuntos do trabalho. Rony ia dizer algo, mas desistiu assim que viram o patrono do Harry.

“Hermione, preciso que venha ao St. Mungus, é urgente. É o Malfoy”

— O que será que deve ter acontecido? – Perguntou Blasio assuntado.

— Vamos logo – disse Hermione pegando a bolsa. Ao saírem do Ministério, logo já estavam no Hospital. Encontraram Harry e Rodrigo na recepção.

~*~

— Harry – Chamou o amigo indo o abraçar. Blasio e Rony estavam ao seu lado – Viemos assim que recebi o seu patrono. O que foi que aconteceu? – Perguntou aflita ao cumprimentar Rodrigo. O mesmo estranhou, pois tinham se visto a algumas horas atrás, mas não disse nada.

— Draco esta na emergência. Rodrigo me chamou pedindo ajuda. Disse que foi o chamar para a hora do almoço, mas o encontrou jogado no chão, ardendo em febre. Quando cheguei lá, ele estava tão mal que nem me reconheceu Hermione, tem noção disso?... Ele chorava tentando arrancar a marca negra do braço.

— Como isso aconteceu? – Estava com os olhos ardendo, precisava vê-lo.

— Ele ficou mal, depois que a senhorita foi visita-lo, hoje mais cedo – Disse Rodrigo. Hermione o olhou confusa. – Estranhei a senhorita chegar de repente. – Todos a olharam procurando entender do que Rodrigo estava falando.

— Como? Mas eu não estive em Azkaban – logo se defendeu

— Era sobre isso que ia falar com você Mione. Eu estava no saguão do Ministério mais cedo quando te vi ir pegar a chave do portal... achei aquilo tão estranho, achei que você ia contar para mim ou para o Harry. Era esse o combinado, iriamos com você. – Disse Rony.

— Eu não estive em Azkaban, Rony, fiquei em reunião a amanhã toda. Alguém se passou por mim, mas quem faria isso? Deve ter sido a Parkinson!

— A senhorita Parkinson foi visita-lo um tempo atrás. Deixei os dois conversando, depois ouvi Draco me chamar para levar a moça de lá, disse que nunca mais queria vê-la. Eu não sei o que aconteceu.

— Ela deve ter contado a ele sobre a Mia, Mione – Disse Harry. Hermione passou a mão no cabelo sentindo o desespero lhe atingir.

— Será que ela deve ter se passado por mim, para vê-lo novamente? já que ele não queria mais vê-la. – Hermione parou por alguns instantes lembrando-se de algo...

“Mãe posso ir pra casa hoje?

 - Por quê? Não esta se sentindo bem? – Hermione, preocupada, passou a mão levemente pelo rosto da filha para ver se estava com febre.

— Estou bem, mas é que não estou a fim de ficar aqui essa noite, é so isso.

— Tudo bem... Vamos falar com a Minerva e avisa-la que estará de volta amanha, depois do almoço – levantaram indo de mãos dados em direção ao imenso castelo.”

— Não, não, não – murmurou – Ela não fez isso!!! – Estava se sentindo uma idiota por não ter percebido aquilo antes. Como não foi capaz de suspeitar de nada? Agora tudo fazia sentido, os sumisso das roupas, a escova de cabelo.

— Ela quem Mione? – perguntou Rony curioso

— Mia, foi a Mia, ela se passou por mim e foi até Azkaban – todos a olharam chocados, incrédulos.

— Mas como isso é possível? – perguntou Blasio

— Depois que conversamos no dia em que ela foi até a sua casa, ela me pediu para eu leva-la para casa apenas por uma noite, disse que não estava a fim de ficar em Hogwarts. No começo eu estranhei porque ela adora estar la, mas como ela tinha ficado doente naquela semana, não questionei. Ela aproveitou a oportunidade.

— Mia foi até a sua casa, Blasio? – Perguntou Harry. Blás assentiu – Hemione, eu imaginava que a Mia era incosequnte, mas não a esse ponto.

— Ela esta fazendo de tudo para ajudar o Draco – disse Blás – Ela tem esperanças que ele saia de Azkaban.

— Mas isso não é possivel, não tem como Malfoy  sair de la, não existem indicios que podem tira-lo de la. – Harry estava serio.

— Sera Harry? – perguntou Hermione – Sera que não existem indicios? – Disse num modo acusatório. Estava sentindo tanta raiva. Raiva de Mia por ter feito o que fez, ainda mais porque, a mesma tinha prometido que não se meteria mais em confusão e raiva por existir a possibilidade de Draco esta em Azkaban injustamente por culpa de Harry ou de Rony, pois os dois eram responsáveis no caso de Draco e do Zabini.

— O que quer dizer com isso, Hermione? – pergutou Harry sentindo a raiva dela. – O que esta querendo insunuar? – Foi interrompido por uma curandeira se aproximando do grupo.

— Com licença, por acaso conhecem Hermione? – perguntou a curandeira que foi quem recebeu Draco na emergencia.

— Sou eu – disse preocupada.

— A senhorita poderia vir comigo, por gentileza? – Hermione assentiu indo com a curandeira. Enquanto as duas seguiam pelo corredor do hospital, Rony puxou Harry para um canto, afastado de Blasio e Rodrigo.

— O que acha que ela quis dizer com isso? – perguntou Rony aflito.

— Eu naão sei, mas tenho a minha conciencia limpa, não existe nada que possa provar que Malfoy é inocente, mesmo que não tenhamos agido cem por cento corretamente.

— Voce sabe que se ela descobrir que não usamos a legilimencia nas audiências, ela vai ficar com muita raiva de nos. E com razão.

— Que foi Rony? Esta com medo agora? Na época você nem estava se importando.

— Não estava, mas agora eu estou. Hermione é nossa amiga e olha bem para onde estamos... Malfoy esta num hospital agora e Hermione esta la dentro com ele. Podemos ter feito algo precipitado, Harry.

— De qualquer forma, Draco é culpado, ele agiu no lado das trevas, matou e torturou gente, fez a propria Hermione sofrer. Embora não tenhamos vesculhado suas lembranças, nada mudaria, ele teria sido condenado da mesma maneira. – Rony se afastou de Harry preocupado, não queria que as coisas acabassem de uma forma trágica, mas nunca imaginou que uma raiva momentânea fosse ser capaz de prejudicar uma amizade de anos. Draco poderia ter feito muitas coisas erradas, poderia ter sido um cretino durante uma vida toda, mas naquele momento, Rony se sentia mal.

~*~

Hermione andava por aqueles corredores, preocupada. Como seria ver Draco, depois de tantos anos? De qualquer forma esse dia teria que chegar, mas ela não imaginou que seria dessa forma. Alias, nada do que estava acontecendo, ela imaginou.

— Como ele esta? – perguntou a curandeira ao seu lado.

— Antes de ir chamar a senhorita, pedi para outra curandeira fica cuidando dele. Ele no momento esta estável, a febre deu uma diminuída, mas fica oscilando o tempo todo. Medicamos e agora ele deve estar dormindo.

— O que deve ter causado tudo isso?

— Suspeitamos que seja algo emocional. Fomos informados que ele esta cumprindo pena em Azkaban, mas a senhorita sabe, se ele tem família?

De maneira alguma, hermione, culpava a sua filha, por Draco estar no hospital. Ela sabia que Mia não tinha a mínima noção da gravidade da situação, mas no momento não contaria a ela sobre ele quando estivesse em Hogwarts para conversar com ela. Mia não precisava se preocupar com o estado de seu pai e muito menos se sentir culpada por isso. 

— Infelizmente não, ele não tem ninguém. Sou a pessoa mais próxima que poderá ajuda-lo.

— Ele vai precisar – deu um leve sorriso com compaixão, abrindo a porta do local onde Draco estava – Pode entrar, fique a vontade. Qualquer coisa é só chamar. – Hermione assentiu, respirando fundo, se preparando psicologicamente para o que iria encontrar.

Ao entrar na sala, o encontrou dormindo. Foi difícil vê-lo tão vulnerável. Ali, pode perceber o quanto sentia falta dele, percebeu o quanto ele é realmente importante, mas a raiva e a tristeza, sempre davam um jeito de leva-lo para longe. Devagar foi se aproximando da cama sem tirar os olhos dele. Naquele momento ela esqueceu de tudo, esqueceu de seu passado, esqueceu do que Mia tinha feito e esqueceu do que poderia ser do futuro. Ficou apenas ali, olhando o homem que nunca foi capaz de esquecer, por um instante parecia que o seu mundo estava completo de novo.

— Dei mais poção para a febre, ela estava começando a voltar – Disse a outra curandeira – Ele parece agitado, acredito que se conversar um pouco com ele, talvez ele se sinta mais tranquilo. As vezes algumas palavras podem ser reconfortantes – sorriu – vou estar la fora, qualquer pode chamar.

— Obrigada – Agradeceu gentilmente. Assim que a curandeira saiu, ainda receosa, se aproximou da cama e se sentou ao lado dele. Reparou que seu braço estava enfaixado, provavelmente era onde estava marca negra.  

— Eu deveria estar feliz em te ver assim, nunca foi fácil lidar com tudo que aconteceu. Nunca esqueci o que me disse. Eu sei que não deveria ter me importado, afinal fizemos uma promessa um ao outro. Prometemos que não nos envolveríamos de outra forma, a não ser casualmente. Mas eu me importei, pela primeira vez, as suas palavras me atingiram de maneira diferente, como nunca antes, porque diferente das outras vezes, eu não tinha mais o mesmo sentimento por você. – suspirou – Eu não consegui cumprir a promessa, eu me apaixonei por você Draco, me apaixonei pelo homem que por um momento, fez eu me enxergar de maneira diferente, me viu de forma diferente, não só a garota que ficava enfiada nos livros, a amiga leal, ou uma pessoa politicamente correta, que nunca quebrava as regras. Correta? – deu uma leve risada – Quem sou eu para falar do que é correto?, meu Merlim, eu fiz sexo e me apaixonei pelo meu inimigo, não é qualquer coisa. – Hermione encarou o chão por alguns minutos, depois levantou da cama e ficou andando pelo quarto. Naquela altura, não estava se importando se ele poderia estar ouvindo, já tinha passado muito tempo sentindo medo, agora era hora de enfrentar os seus demônios. – Céus, eu deveria esta sentindo tanta raiva de você agora, mas eu não consigo, me dói te ver assim. Eu me importo com você, sempre me importei. – Voltou a se sentar do lado dele, mesmo receosa, colocou uma das mãos na testa de Draco para ver se estava com febre alta e estava. Pegou um pano que estava dentro de uma bacia, que a curandeira tinha deixado antes de sair e com cuidado foi passando pelo rosto pálido do homem tão vulnerável a sua frente.

Draco por sua vez, escutou tudo o que ela tinha dito, estava acordado, mas se sentia tão fraco que não queria abrir os olhos. No inicio estava na dúvida se aquela voz que ouvia era realmente de Hermione, da sua Hermione, não queria ter outra surpresa como aquela em Azkaban, mas a medida que ela falava, sabia que Hermione estava realmente ali. Foi doloroso ouvi seu desabafo, principalmente pelas lembranças que ela tinha da ultima noite deles, foi horrível também para ele ter feito o que fez. Embora ela não soubesse, ele também não tinha cumprido a promessa, ele também tinha se apaixonado por ela, ninguém tinha a mínima noção das saudades que ele sentia dela.

Ainda sem abrir os olhos, sentiu o toque dela em seu rosto, sentiu um no na garganta, ao lembrar da sua mãe, porque aquele gesto, o lembrava quando sua mãe cuidava dele, quando ficava doente, sentia tanta falta dela também.

A imagem da sua mãe sendo morta, era pior do que qualquer maldição imperdoável. Ninguém nunca soube, mas ele não queria estar mais daquele lado da guerra, não queria mais ter que estar perseguindo e matando gente, aquilo não fazia mais sentido para ele, mas não podia virar as costas, porque se ele fizesse algo contra Voldemort, o mínimo que fosse ele seria o próximo, e mais uma vez não teve escolhas.          

Estava se sentindo fraco, seu braço doía, se sentia suado e com frio, mas com Hermione ali, estava tranquilo, sentia paz no seu pequeno mundo conturbado. Não tinha certeza do que fazer ou dizer, mas quando parou para pensar, já tinha dito as palavras mais sinceras, que ele nunca imaginou dizer a alguém e por incrível que pareça, ele estava se sentindo mais leve.

— Me perdoa – disse quase num sussurro. Hermione levou um susto e ficou surpresa ao ouvir aquilo. – Me perdoa por ter feito você sofrer, por ter te machucado – Devagar, foi abrindo os olhos e encontrou com os olhos de Hermione lhe encarando com os olhos marejados. – Me perdoa, por favor...

— Eu perdoo – disse dando um leve sorriso – você ouviu tudo, não é? – Draco assentiu, retribuído o sorriso.

— Eu também não consegui cumprir a promessa que fizemos. Eu também me apaixonei por você e não faz ideia de como foi horrível ter que te dizer aquelas coisas... e que... – Hermione o interrompeu, tocando os lábios dele delicadamente para ele não continuar.

— Shii – disse baixinho – Procure descansar, ainda esta muito fraco. Depois conversamos com mais calma... – Draco assentiu fechando os olhos novamente – Mas eu te perdoo sim, não se preocupe. – Aquele pedido de perdão era tudo que Hermione sempre sonhou em ouvir dele, era a palavra chave que ela precisava para fechar as cicatrizes das feridas de dentro de si. Embora ela quisesse respostas, quisesse saber o que ele pensava e sentia, quisesse que ele se abrisse com ela, para pode ajuda-lo,  não cobraria nada dele agora, não naquele momento. Passou levemente a mão no rosto de Draco como forma de despedida, ela precisava ainda conversar com seus amigos  e ir ver Mia em Hogwarts, mas ao levantar para sair ouviu a voz de Draco, lhe fazendo um pedido.

— Fica aqui comigo? Só um pouco – disse ainda olhos fechados

— Eu preciso ir...

— Só um pouco, pelo menos até eu dormir... – sugeriu e Hermione meio relutante cedeu. Pegou a cadeira que estava ao lado da cama e se sentou, segurando a mão de Draco. – Deita aqui comigo, você esta muito longe – Hermione não conseguiu segurar o riso. Levantou da cadeira e se deitou ao lado dele, não estava se importando se levaria bronca por estar dividindo a cama com um paciente, mas não estava nem ai para nada, porque precisava senti-lo perto de si como antigamente, passou 13 anos longe do homem que amava e 13 anos era tempo demais.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam dessa breve momento Dramione? Comentem aqui em abaixo !!!
Esse capitulo terá duas partes, pois ainda tem coisas a serem relevadas kkk
Beijão a todos!!!