Nas Margens do Lago - Dramione - 1ª Temporada escrita por Lizzie Oliver


Capítulo 11
Você é muito mais que isso...


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoal, tudo bem com vocês?
segue mais um capito e espero que gostem!!!
Boa leitura a todos!!!



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Terça- feira chegou num piscar de olhos, Mia passou a noite em claro pensando no grande dia que finalmente tinha chegado. Dia de saída a Hogsmeade e dia de colocar o seu tão esperado plano em pratica. Já estava tudo pronto, tudo organizado numa pequena bolsa. Nada podia dar errado. Como ainda era cedo, o dia estava começando a amanhecer, pegou a foto de Draco que ficava guardada na gaveta do criado-mudo. Olhando a foto ficava se perguntando tantas coisas. Como Será que ele esta hoje em dia? Será que ele era feliz? Será que ele sente falta da minha mãe? e principalmente, será que ele se arrependeu?.

Mia podia estar sentindo tanta raiva dele, tanta raiva por ele ter ido para o lado das trevas, por ele ter magoado a sua mãe, tanta raiva por saber que ele era uma pessoa ruim, preconceituosa, mas tinha algo que dentro dela, que fazia ela sentir algo especial por ele, não apenas o amor por ser seu pai, mas ela sentia esperança, esperança por saber que ele sentiu medo ao ter que cumprir a missão que lhe foi dado, esperança para ter algo por trás de toda a mascara que ele vestia, esperança para que no fundo ele fosse como o Zabini, um homem cheio de arrependimentos, magoas e que não teve escolhas. Em meio a pensamentos acabou pegando no sono, sendo acordada depois do Rose aos gritos de felicidade.

— BOM DIA, BOM DIA E BOM DIA!!! VAMOS LEVANTAR MENINAS, JÁ ESTA NA HORA... – Rose não se aguentava de empolgação

—  AII ROSE, POR MERLIM, PARA DE GRITAR – Disse Lily irritada

— É Rose, já sabemos que esta empolgada para hogsmeade, mas não precisa de tanto – Disse Mia acordando no susto.

— Desculpe meninas, mas vamos logo para o café, porque logo a Minerva vai fazer a chamada.

Enquanto tomavam café, Mia aproveitou para reorganizar o seu plano, detalhe por detalhe. Ao terminarem, as três saíram correndo para a entrada principal, já estava lotado de alunos para a entrega da autorização, tinha chegado a hora. Depois de um tempão, Minerva finalmente a chama.

— Amélia Granger – Minerva ficou procurando a garota no meio da multidão.

— Oi, Senhora Macgonagall, estou aqui. – disse indo em sua direção.

— Ola senhorita, como esta? Trouxe a sua autorização?

— Estou bem, obrigada! Esta aqui – lhe entregou e voltou para o meu lugar.

Passado alguns minutos, foram todos até as carruagens que os levariam até Hogsmeade. Mesmo com muita ansiedade, enrolou um pouco nas lojas, até a hora que tinha planejado para voltar a Hogwarts, precisava tentar disfarçar ao máximo. Quando viu que já enrolou o que deveria, andou até Rose para avisar que precisava voltar.

— Rose, você não vai acreditar, vou precisar voltar para Hogwarts, porque esqueci uma coisa – fiz cara de desespero.

— Mas precisa ser agora? É tão importante assim? – Fez cara de confusão, afinal para Rose não tinha nada de mais importante do que um dia em Hogsmeade.

— É sim, preciso ir. Tchau – saiu correndo para pegar a carruagem. Seu coração parecia que ia sair pela boca.

Chegou em Hogwarts, indo direto para a sala da Minerva, se escondeu em um dos corredores próximos quando viu o zelador chegando. Droga... pensou, para sua sorte uns minutos depois Minerva saiu de sua sala acompanhada de Filch. Ao entrar na sala, colocou roupas de sua mãe, bebeu a poção polissuco e pegou o pó de Flu. Na lareira, respirou fundo e com a forma mais clara possível pediu para ser levada até o seu destino: Ministério da Magia.

~*~

— Senhorita Granger, que surpresa em vê-la! Não esperava a senhorita aqui em Azkaban. – Disse Rodrigo espantado

— Ola como vai?, pois é... Eu vim porque eu precisava conversar com um dos prisioneiros.

— Estou bem... Quem seria? – Me perguntou com um olhar curioso.

— Draco Malfoy – Disse simplesmente

— Malfoy esta recebendo visitas inesperadas ultimamente. Primeiro a Parkinson agora a senhorita...

— Desculpe vir de ultima hora. Será que eu posso vê-lo. – Não podia perder tempo

— aaah, tudo bem então Senhorita Granger, me acompanhe, por favor. Vou te levar até a cela dele.

— Obrigada – deu um leve sorrio e o seguiu pelos corredores.

— É aqui, a cela dele é a ultima. Vou ficar te esperando aqui, caso precise de algo.

— Ok, muito obrigada! – deu um sorriso nervoso e seguiu pelo corredor frio de celas, quando finalmente colocou seus olhos nele, ele estava de costas olhando a janela, achou que ele nem percebeu que tinha alguém ali. Segurou as lagrimas ao máximo que conseguiu.

Ainda nem acreditava que estava prestes a falar com ele, ainda não tinha caído a ficha que tinha dado certo. Antes de se pronunciar, lembrou-se de quando chegou no Ministério. Estava com bastante gente circulando de um Departamento ao outro. Muitas pessoas a olhavam, mas estava tão tensa tentando desviar o olhar para as pessoas que nem reparou que Rony estava a observando de longe desconfiado.

Ao pegar a chave do portal, de repente se viu dentro de uma sala, provavelmente era da Diretoria de Azkaban. Recompôs-se, quando se olhou no espelho na parede, estava impressionada com a potência da poção, ninguém podia dizer que Mia não era sua mãe. Voltou a realidade quando escutou a voz a Draco se dirigindo a ela...

— Granger? – franziu o cenho confuso. - Esta feliz em me ver trancado aqui? – riu de deboche. – Sentiu saudades?

— Não sabe como eu sonhei com esse dia! – Disse com uma voz calma, limpando as lagrimas.

— Esta feliz em me ver trancado aqui? É isso que sempre sonhou?

— Não é disso que eu estou falando... Você esta tão diferente da foto.

— Que foto? como assim? – a olhou espantado – o que veio fazer aqui Granger depois de tantos anos?

— A mam... Guardei por um tempo uma foto sua... Eu vim para conversar, não tive coragem de vir antes.

— Conversar sobre o que? Não sei, mas você esta tão estranha. Desde quando admitiria que guardava uma foto minha? Desde quando você não tem coragem?

— Eu mudei, não tenho mais medo de admitir o que sinto. Não me sinto menos por admitir que nem sempre tenho coragem. – Tentou manter a postura que a sua mãe faria. – Porque não admite também, que ficar aqui todo esse tampo, também te fez mudar?

— Porque eu mudaria? sou o que eu aprendi e sempre acreditei ser.

— Não acredita em segunda chance?, porque eu acredito.

— Ao contrario de mim, Granger, você sempre acreditou que as pessoas no fundo são boas, mas eu não sou uma delas. Você mais do que ninguém não deveria ter duvidas sobre isso. – Foi tão doloroso ouvir aquilo do seu próprio pai. Sabia que ele era orgulhoso demais para demostrar qualquer sentimento. Mia tinha que ser esperta, ganhar o confiança dele.

— Eu tinha as minha duvidas – Foi se aproximando da grade da cela, precisava vê-lo mais de perto. – Mas depois de tantos anos preso aqui, eu acredito que tem algo de bom dentro de você, que por algum motivo não quer deixar sair. Eu só quero te ajudar.

— Porque me ajudaria depois de tudo o que eu fiz?

— Porque como você mesmo disse, eu acredito que tenha algo de bom dentro de você. Acredito que tenha se arrependido, assim como o Zabini.

— Zabini? – perguntou confuso. Draco sentia falta de seu amigo, mas ao mesmo tempo tinha raiva dele, pelo mesmo nunca ter ido o visitar. Achava que pelo menos ele, era alguém com quem podia contar.

— Ele esta trabalhando no Ministério agora, ele se arrependeu de tudo o que fez. Não somos melhores amigos, mas temos uma boa relação, nos damos bem. Ele também cresceu acreditando que os ideais de Voldemort eram o certo, foi influenciado pela família. Não é errado se arrepender dos erros cometidos. – Draco suspirou encarando a marca negra em seu braço.

— Ela não me deixa esquecer. Todos os dias, ela me lembra das coisas que tive que fazer... – Mia arregalou os olhos ao ver a marca negra.

— Não se arrepende? – Ele ficou em silencio e abaixou a cabeça por alguns minutos.  

— Independente do que eu sinto nada vai me fazer esquecer, nada vai me tirar daqui para eu tentar recomeçar.

— Como assim? Sempre tem um jeito

— Não seja ingênua Granger... Não existem mais provas – a encarou nos olhos. – Elas foram queimadas na sala precisa, quando você e seus amigos, me salvaram junto com o Zabini.

— E o livro? – Draco a olhou confuso, sem entender so que ela estava falando. – O livro verde de capa de couro?

— Como sabe dele? – Era justamente esse livro que não existia mais.

— Zabini me contou. Disse que já te viu algumas vezes anotando algo nele... o que tinha lá?

— Isso não importa mais...

— Logico que importa... Não quero acreditar que prefere ficar aqui. Sendo que tem coisas, muito mais importante te esperando lá fora. - Ele foi num impulso em direção a ela, em seus olhos havia um misto de curiosidade e raiva.

— O que tem de tão importante me esperando? Diz pra mim Hermione... – Ele a encarava nos olhos castanho, mal sabendo que na verdade, os olhos dela são tão cinzas quantos os dele. – Me diz Hermione, por favor! - De repente Mia sentiu algo estranho, foi ai que se deu conta que a poção estava perdendo o efeito. Colocou o capuz e olhou para baixo. Não podia mais encara-lo. – OLHA PRA MIM! – gritou. No susto acabou olhando para ele. Seus olhos passavam tristeza e frustração. – Espera ai, seus olhos... Estão mais claro. Você não é Hermione. Quem é você? – No desespero Mia se afastou da grade, escondendo o máximo que podia o rosto. Correu ate a porta de metal para sair, mas antes tinha que dizer algo a ele.

— Só quero que saiba que te amamos muito, ela nunca te esqueceu. Eu vou fazer o possível e o impossível para provar para todos que eles estavam errados. Respondendo a sua pergunta, nos é que estamos te esperando, espero que seja o suficiente para você. Ao sair pela porta ainda pode ouvir seu pai gritando.

— QUEM É VOCÊ? EU PRECISO SABER – Ele estava com a voz tremula. Estava extremamente frustrado, já era difícil expressar o que sentia, ainda mais para a Hermione, mas ele confiou nela, acreditou que aquela pessoa a sua frente, era a mulher que mais sentia falta. Quando a viu parada a sua frente, mesmo que não demostrasse, ficou feliz em vê-la. Ficou feliz por ela ter lembrado dele. Agora que descobriu que estava engando, que Hermione não estava ali, não lembrava mais dele, se sentiu mal por ter desabafado com alguém desconhecido, se sentiu mal porque querendo ou não, tudo aquilo era culpa dele. A marca negra o lembrava a todos instante.

Aos prantos, Mia saiu correndo pelos corredores, nem esperou Rodrigo acompanha-la, tentando saber o que tinha acontecido. No caminho para voltar para a sala, respondeu mentalmente aquela pergunta... EU SOU A SUA FILHA.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!!!
Beijão a todos