Nas Margens do Lago - Dramione - 1ª Temporada escrita por Lizzie Oliver


Capítulo 1
11 anos Atras...


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoal, como estão???
Achei que ia demorar um pouco mais, mas não aguentei e estou trazendo para vocês, mais uma Historia. Não tem nada a ver com a Historia Rosa dos Ventos, é uma totalmente nova, embora se passe no Universo de Harry Potter e envolva os nossos queridíssimos Draco Malfoy e Hermione Granger.
Espero muito que vocês gostem tanto, quanto gostaram da Rosa dos Ventos *-*



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Outubro de 1998

Seu nome não saia das principais noticias no Profeta Diário. Quantas vezes sonhou em estar nessa posição? Afinal um Malfoy nunca passava despercebido aos olhos da sociedade. Os Malfoy sempre foram uma família de marcar histórias, pena que nunca era da maneira certa. Sempre acreditou ser uma pessoa de sorte, tinha uma família respeitada no mundo bruxo, tinha fortuna, popularidade, praticamente tinha o mundo aos seus pés, o que mais poderia querer?

Apesar das circustâncias do momento, se olhava no espelho com certa admiração e orgulho. Ele não tinha medo. Exalava confiança. Afinal para ele, tudo acabaria bem, como sempre. Seus cabelos loiros estavam perfeitamente arrumados, vestia um terno preto, como de costume passando uma imagem de elegância e frieza que tanto gostava.

Ele não se arrependia, não se arrependia de nada que fez durante a guerra. Afinal ser um comensal da morte era o seu destino desde que nasceu, sua vida já foi traçada desde o inicio, era para ser assim, não tinha como ser diferente.

— Esta pronto, senhor Malfoy? – Perguntou Iris, a Elfa.

— Estou sim, Iris! – Disse Draco ainda se admirando no espelho

— Esta na hora... Esta nervoso, senhor? – Iris perguntou receosa.

— Não, estou bem confiante, dará tudo certo, afinal sou um Malfoy. Não sou?

— Sim, senhor...

— Vamos! - Disse Draco passando pela porta do quarto. Iris reverenciou e saiu do caminho para Draco passar. Chegou a hora de seu julgamento

~*~

Chegou no Ministério já sendo aguardado pelo Ministro Kinsley e por Harry Potter. Ambos o encaravam como se não entendesse a tamanha confiança que Draco estava sentindo.

— Bom dia senhores! – Draco cumprimentou com um sorriso cínico.

— Vamos ver se continuara um "Bom dia" mesmo Malfoy! – Harry tinha ódio em seus olhos, mas não afetou Draco nem um pouco. – Vamos!

Seguiram em silêncio até a sala de audiências. Lá estavam Weasley com os outros aurores. Draco reparou que Granger não estava la, achou estranho, pois ela mais do que ninguém iria querer assistir a sua audiência, depois de tudo que ele fez. Ficou se perguntando o que será que poderia ter acontecido. Não que ele se importasse com ela, foi muito bom o que tiveram no passado, ela era capaz de o satisfazer como nenhuma outra mulher, o levava a loucura, a relação deles sempre foi muito intensa e na cama não podia ser diferente. As vezes ele até sonhava com ela. As vezes tinha lembranças dela sendo torturada por sua tia ou com as noites que viveram. Mesmo em pensamento, ela tinha o poder de lhe excitar, mas sempre procurava desviar esse tipo de lembranças. Afinal ela sempre seria uma sangue – ruim para ele.

— Vamos começar logo com essa audiência! – Resmungou Weasley o encarando

— Vamos começar com algumas perguntas... – Anunciou Kingsley -  Mas antes quero que jure dizer a verdade e somente a verdade, não quero precisar usar a poção. - Draco apenas assentiu, sem demostrar qualquer tipo de insegurança. - Pois bem... Senhor Malfoy, como era a sua relação com os seus pais?

— Sempre me dei melhor com a minha mãe. Já com o meu pai sempre tive uma relação distante, mas sempre tive tudo o que eu quisesse.

— Entendi, o quanto distante era essa relação entre você e o seu pai?

— Apenas conversávamos sobre a nossa família, as expectativas sobre o mundo bruxo... e sobre mim por ser um Malfoy e ultimo herdeiro. Nunca saímos de mãos dadas pelo Beco Diagonal, rindo de piadas sem graças, dizendo um para o outro o quanto nos amamos, se é isso que quer saber... - Draco foi seco.

— Nunca sentiu falta desse tipo de carinho? Afinal vocês eram pai e filho, é mais do que natural existir essa relação afetuosa.

Draco revirou os olhos

— Carinho? Isso é tipo de coisa que gente fraca..

.- Acha que amor é coisa de gente fraca, Malfoy? – Kingley o preguntou franzindo o cenho.

— Acho, carinho e amor não fazem parte de uma pessoa como eu.

Kingsley suspirou

— E como era a sua relação com a sua mãe?

— Em comparação ao meu pai, era mais tranquila, ela nunca foi de exigir muito de mim, sempre me protegeu. Na verdade não fazia mais que a obrigação como mãe.

— Se arrepende de tudo o que causou na guerra? Farias as coisas diferentes se pudesse?

— Não... fiz o que tinha que ser feito. Acredito que o mundo seria bem melhor se não existisse sangues – ruins.

— Com certeza você não achava isso quando se relacionava com a Hermione, não é seu maldito? – levantou Weasley  olhando Draco com raiva.

— Minha relação com ela era diferente, apensar de ser uma sengue- ruim. Alias onde ela esta? Achei que ela viria junto com os amiguinhos...

— Ela não pode vir, ela esta com... – Rony ia falar alguma coisa, mas foi interrompido por Harry.

— Rony, já deu... – Disse puxando o amigo para se sentar e se acalmar.

~*~

Hermione tinha os pensamentos perdidos, pois mal tinha conseguido dormir durante a noite por causa de sua filha de apenas 6 meses, mas também, por causa de Draco. Iria ser realizada a ultima audiência, a qual seria decidido o destino dele e Hermione não estava sabendo muito bem como lidar com aquilo. Embora ele tivesse feito muitas coisas ruins para ela e também durante a guerra, Hermione estava com medo. Olhou para a filha que brincava intretida com um chocalho de ursinho e não pode deixar de interagir com aquela coisinha tão linda que mudou o seu mundo por inteiro naquele final de Maio. 

— Esta divertido brincar com o seu ursinho?  - Hermione perguntou a filha fazendo uma voz infantil. A criança deu um gritinho empolgado, o que fez Hermione rir com vontade. - Que menina boazinha... Nem chorou para trocar a frauda! Muito bem, meu anjo! - Hermione terminou de colocar o macacão lilas na bebê e a pegou no colo para amamentar. - Esta ficando tão esperta! - Disse enquanto acariciava os poucos fios platinados da criança. - Você ja esta com 6 meses... Passou tudo tão rapido! - Disse se lembrando do dia em que Mia nasceu.  

"Voltou aos pouco a consciência, mas não tinha coragem de abrir os olhos devido ao imenso alivio que estava sentindo. Foram horas intensas de muita dor, estava agradecida a Merlin por terem trazido aquelas milagrosas poções. Passado alguns minutos, ela finalmente criou coragem para abrir os olhos, com a visão um pouco embaçada, foi olhando ao redor do grande quarto em que estava. Ele era lindo. Possuía grandes janelas, onde o sol podia entrar sem ao menos pedir licença. As paredes na cor creme, com os moveis em madeira, davam todo um ar aconchegante. O chão de mármore bege parecia pequenos grãos de areia no deserto. Já se sentia no paraíso, so de estar deitada naquela cama enorme, com cobertores e lenções confortáveis, ela tinha que admitir que aquele quarto nem parecia quarto de Hospital.

Com um pouco de dificuldade, foi levantando da cama. Assim que colocou os pés no chão, sentiu um enorme arrepio por causa do frio, mas precisava mesmo ir ao banheiro, ela nem precisava de um espelho para saber que seu estado estava deplorável. Cabelos armados, olheiras abaixo dos olhos, pele com alguns hematomas, devido as injeções e soro, sem contar com a camisola branca de hospital que não era nem um pouco apresentável. Foi andando devagar a caminho do banheiro, parecia que estava percorrendo uma grande distancia, tanto pelo frio, quando pelo cansaço. Quando estava quase na porta do banheiro ouviu uma batida na porta do quadro.

— Com licença, senhorita Granger! – Era a enfermeira Silvia, estava cuidando de Hermione desde que ela chegou no hospital no meio da madrugada com Harry e Gina. – Como esta?

— Estou bem Silvia, obrigada. Na verdade estou bem cansada. Praticamente acabei de acordar, estava indo ao banheiro.

— Eu imagino – disse sorrido – Não foi uma noite fácil, mas saiba que esta tudo bem. Precisa de ajuda?

— Não, por enquanto não, obrigada mais uma vez – sorriu com uma expressão cansada. – Esse quarto é lindo, não me lembro de ter vindo para cá quando cheguei. 

— Trouxemos a senhorita para ca logo depois que a levamos para os primeiros exames e avaliações. Tivemos que te dar algumas poções pesadas para melhorar a dor. Fico feliz que esteja bem e tenha gostado do quarto.

— Como ela esta? Quando poderei vê-la? – perguntou preocupada

— Não se preocupe, ela esta bem. Daqui a pouco irei trazê-la. – disse com uma voz tranquila, indo em direção a ela – Tome essa poção, vai te deixar menos cansada.

— Obrigada, por favor, não demore.

— Fique tranquila, enquanto ela não vem, porque não toma um banho, vai se sentir bem melhor. – Hermione assentiu – Se precisar é so me chamar.

— Silvia! – a enfermeira se virou para olha-la enquanto se dirigia para a porta – Harry e Gina ainda estão ai? 

— Já foram, a senhorita estava dormindo, mas eles disseram que voltariam mais tarde para vê-las.

— Tudo bem, obrigada – sorriu virando para entrar no banheiro.

Assim que tirou a camisola e entrou no chuveiro, pegou seu sabonete liquido preferido de rosas, o perfume invadiu suas narinas e  não conseguiu evitar as lagrimas ao lembrar-se de como haviam sido aqueles meses ao lado dele. 

Ela ainda se lembrava, se lembrava de cada sensação que tinha ao ser tocada por ele. Suas mãos frias causavam um contraste tão grande com o calor de seu corpo que fazia sua pele se arrepiar. Seu perfume de rosas se misturava com o dele de maça, formando uma fragrância maravilhosa para ela, mas infelizmente apenas para ela. Se pedissem para ela descrever o cheiro de sua Amortecia, seriam exatamente aquele cheiro, de rosas com maça.

Nas noites em que se entregavam, enquanto ele passava seus lábios por cada centímetro de seu corpo, ela fechava os olhos, lamentando não ter conseguido cumpri a promessa que tinha feito na primeira noite deles. Não conseguiu cumprir a promessas que não se apaixonaria por ele, não o amaria, pois a relação deles era apenas casual, eles ainda eram inimigos e sempre seriam nas palavras de Draco. Sentia- se uma estupida por isso. Como foi capaz de permitir que o desejo se transformasse em amor e permanecesse tão intenso dentro do seu coração? Ele era o seu inimigo, um comensal da morte, um Malfoy, um sangue puro e um Sonserino, não tinha espaço para um sentimento tão lindo e sincero dentro daquele coração frio como o dele. Nunca haveria espaço para eles.

Então aquela noite chegou a ultima noite daquela relação casual que eles estavam tendo, mas para Hermione, de algum modo àquela noite foi diferente. Era como se pela primeira vez não fossem inimigos. Não existia Sonserina ou Grifinoria, não existia sangue puro ou sangue ruim, era como se fossem apenas Draco e Hermione. Era tanta entrega e desejo, tanta intensidade naqueles beijos e caricias que Hermione sabia, que seria a ultima vez. Quantas vezes já chegou a questionar como ele seria se não fosse um Malfoy, se perguntava quem ele seria se pertencesse a outra família e não precisasse carregar o peso de um sobrenome. Talvez ele seria uma pessoa diferente, uma pessoa mais humana, com alma e coração. Talvez,  estariam prestes a lutas no mesmo lado, defenderiam os mesmos ideais naquela guerra que estava iniciando.

Saiu dos seus pensamentos, quando escutou uma batida na porta, provavelmente o que tanto esperava finalmente chegou. Desligou o chuveiro se sentindo um pouco melhor, vestiu um pijama leve que Gina tinha separado para ela e voltou para quarto. La estava Silva de volta, com o seu simpático sorriso no rosto.

— Esta se sentindo melhor, senhorita?

— Estou sim, obrigada. – disse deitando novamente na cama.

— Esta preparada? – deu uma leve risada brincando.

— Não via a hora. – sorriu. Foi então que Silvia lhe entregou um embrulho. Ao tê-la nos braços não teve como segurar a emoção de segura-la pela primeira vez. – Oi, minha pequena, que saudades, meu anjo.

— Ela é tão linda, Parabéns!  – Disse Silvia acariciando o rostinho rosado do bebê. – Acho que ela deve esta com fome. Como é a sua primeira vez, vou auxilia-la em como amamenta-la. – Hermione assentiu. Enquanto prestava atenção as orientações de Silvia, não tinha reparado que o pequeno ser em seus braços, tinha aberto os olhos. – Bom agora, vou precisar ir, qualquer coisa já sabe, é so me chamar. Meu Merlin, que lindos olhos ela tem. – Disse impressionada. Foi ai que Hermione reparou. Os olhos da filha eram tão cinzas como os do pai, tão cinzas como o céu nublado daquela manhã de final de inverno.

Assim que Silvia saiu, Hermione não aguentou e chorou. Já estava mesmo sensível pelo parto e pelo cansaço, abraçou a filha com todo o amor e força que tinha. Agora mais do que nunca, seria impossível de esquecer o homem que se entregou e amou. Ali em seus braços tinha alguém tão igual a ele, tão linda quanto ele, mas Draco nunca saberia. Draco perdeu todos os direitos sobre a filha, quando disse a Hermione no dia seguinte aquela noite, que ela não era nada para ele, nunca existiu e por mais que gostasse do sexo que tinham, ela continuava e sempre seria uma sangue – ruim.

— Eu te amo muito, meu amor. – Disse beijando a rostinho delicado de sua filha.

Por mais doloroso que fosse para a sua filha futuramente, Draco nunca saberia. Nunca ira se aproximar daquela menina tão idêntica a ele. Não pretendia esconder a existência do pai quando sua pequena perguntasse, mas a faria entender que ela não seria menos amada por não ter um pai. Iria se tornar uma grande mulher apenas carregando o nome de sua mãe. Granger. Ela seria conhecida apenas como Amélia Granger."    

~*~

Mais algumas perguntas foram feitas e Draco respondeu todas com muita sinceridade, pois não tinha porque mentir. Ele acreditava que colaborando com a audiência, sua pena poderia ser reduzida ou até suspensa.

— Bom senhor Malfoy, analisamos as sua resposta a cada pauta dessa audiência e de todas as outras e decidimos que o senhor será sentenciado a prisão perpetua em Azkaban, por todos os crimes que cometeu.

— O QUE? MAS EU COLABOREI COM OS MEUS DEPOIMENTOS, ISSO NÃO ESTA CERTO – Ele estava indignado – DIGA O SEU PREÇO MINISTRO!

— Querendo ainda subornar, Malfoy? – veio Harry em sua direção – Guardas podem leva-lo. Acabou para você Malfoy.

— Perdeu tudo Malfoy, não tem mais família, fortuna ou qualquer tipo de status no mundo bruxo. Você não é nada. – disse Weasley o encarando nos olhos.

Draco sentiu os  guardas o arrastarem daquela sala, as ultimas palavras de Weasley ficaram martelando em sua cabeça “Você não é nada”. Dentro dele, passava um misto de desespero e angustia, ninguém podia saber, mas ele precisava ver os olhos dela pela ultima vez. Ele  tinha os seus segredos.  


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado (=
Não esqueçam de comentar...
Para quem ainda não leu a minha primeira fic, Rosa dos Ventos, segue o link abaixo
https://spiritfanfics.com/historia/rosa-dos-ventos--draco-e-hermione-8088203
beijão



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