Amor nos Tempos da HYDRA escrita por DrixySB


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Na corrida contra o tempo, Jemma toma uma atitude para evitar que o grupo parta sem Fitz. A reação do Doctor é inesperada.



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Daisy abordou Jemma na manhã seguinte, no corredor.

— Encontramos a localização exata. Devemos nos preparar para partir.

— Para onde? – perguntou, sem compreender a que exatamente Daisy se referia.

— Ora, Jemma! Para casa, para onde mais? – tornou, como se fosse óbvio. E realmente era – lembra que, enquanto eu estava presa na Hydra, Radcliffe me passou as coordenadas para chegar a um local que supostamente seria a saída do Framework? Então, já sabemos onde esse mundo termina. Estou pensando em levar o Trip comigo para fazer uma vistoria do local e, talvez, amanhã possamos partir pra valer.

A bioquímica segurou o braço da amiga quando esta tencionou passar por ela e continuar caminhando determinada até a garagem. Daisy a encarou com pura confusão estampada em sua face.

— Não vamos sem Fitz – Jemma afirmou, categórica.

A inumana apertou os olhos com força, respirando fundo.

— Não temos tempo, Jemma. Depois voltamos para buscá-lo

— Vamos deixá-lo para trás? Não era esse o plano.

— O plano não saiu conforme idealizamos. Temos que ir... Em algum momento, enquanto esteve com Fitz, por acaso ele comentou que queria sair desse mundo?

— Não... Nós nunca fomos tão específicos sobre esse tópico, mas é óbvio que ele quer… - mentiu.

— Jemma, se o Fitz não veio com você voluntariamente como fez o Coulson... Então talvez ele não queira sair.

— Como você acha que ele viria para cá? – indagou Jemma, já irritada – todos aqui o odeiam. Jamais o deixariam entrar.

Daisy sacudiu a cabeça, sem energias para continuar discutindo aquele assunto com sua amiga.

— Eu sinto muito, Jemma. Mas a gente precisa ir – disse, colocando um ponto final naquela discussão e seguindo rumo à garagem.

Simmons observou a amiga se distanciar, sentindo-se derrotada. Então cometeu um último ato impensado, guiada pelo desespero e por um surpreendente arroubo de determinação. Enfiando a mão no bolso do casaco, agarrou o celular e enviou uma mensagem de texto, sem pensar duas vezes.

*

— Senhor? – Barbara disse, entreabrindo a porta – posso entrar?

Fitz fez que sim com a cabeça, sem levantar o olhar da tela do tablet em suas mãos.

— Devemos intensificar nosso poder bélico dado o número de subversivos que vem surgindo?

— Acho que é o suficiente – respondeu em um tom de voz apático.

Barbara meneou a cabeça, assentindo.

— Tenho um recado de Madame Hydra.

De súbito, Fitz levantou o olhar, encarando profundamente os olhos azuis da agente diante de si.

— Se for sobre o projeto através do espelho, eu já disse a ela que terminei – tornou, enfático.

— Não, senhor – Barbara limpou a garganta antes de continuar, soando ligeiramente constrangida – ela disse que o senhor não foi mais vê-la. Que sentiu sua falta na última noite.

Fitz deu um longo suspiro, sem desviar o olhar de Barbara.

— Eu estou ocupado.

— Ela também pediu para dizer que se estiver à caça da subversiva, é para suspender a operação imediatamente. Ela precisa do senhor aqui.

— Isso é tudo, agente Morse?

— Sim.

— Então pode se retirar.

— Não devo transmitir nenhuma réplica à Madame?

— Não. Não será necessário.

Compreendendo que o Doctor discutiria aquele tópico com Madame Hydra pessoalmente, Barbara assentiu e caminhou a passos largos rumo à porta, a fim de deixar a sala de Fitz.

Fitz levantou-se de sua cadeira giratória, posando o tablet em cima de uma mesa de metal.

— Agente Morse! – chamou novamente quando ela estava prestes a sair – tem mais uma coisa.

Ela parou frente à porta, aguardando uma nova ordem ou instrução.

— Feche-a!

Barbara cerrou a porta sem questionar.

— Me diga como passou ilesa por um polígrafo tão sofisticado.

A agente franziu o cenho, confusa.

— Me desculpe, senhor. Eu não entendi.

— Vou ser mais específico – disse, mantendo uma expressão vaga e indiferente no rosto, mas com um tom incisivo de voz – há quanto tempo atua na SHIELD?

Ela sentiu o coração acelerar no peito e preparou-se para o ataque ao menor sinal indicando que ele apertaria algum botão para chamar seus seguranças. Ao notar sua postura, Fitz ergueu as mãos em frente ao corpo como se clamasse por paz e se aproximou dela a passos lentos e seguros.

— Calma, agente Morse. Pode parecer absurdo o que vou dizer, mas estamos do mesmo lado.

Barbara não compreendeu e nem relaxou sua postura. Não ousaria baixar a guarda agora.

— Deixe-me refazer minha pergunta – disse, ainda mantendo as mãos a frente do corpo – há quanto tempo atua na SHIELD?

Engolindo em seco e ponderando a questão, a agente notou que seu chefe se encontrava em posição vulnerável. Desarmado, em uma sala sozinho com ela e com as mãos espalmadas para frente. Ela poderia derrubá-lo a qualquer momento com um golpe ínfimo. Após um instante imersa no mais profundo silêncio, a agente Morse tornou a falar.

— Como descobriu?

— Um palpite certeiro. Vai responder minha pergunta? – a tranquilidade com que ele falava era impressionante.

— Tempo o bastante para ser leal à ideologia. Para morrer por ela, se preciso. Mas não sem antes lutar – respondeu, taxativa. Os olhos de uma fera que rondava sua presa, pronta para estraçalhá-la a qualquer momento.

— Ótimo. Preciso de um favor.

*

Toda aquela agitação na base não era comum. Outros já haviam sido pegos bisbilhotando ao redor. Mas aquela se tratava de uma situação inacreditável. Impossível.

Ele adentrou a base com as mãos para cima, acompanhado de Barbara Morse e escoltado por meia dúzia de agentes da SHIELD que os guiaram até à sala comunal onde se encontravam Ward e o restante do grupo.

Ao avistar de quem se tratava, Ward imediatamente cerrou os punhos, sentindo a cólera subir pelo seu corpo.

— O que faz aqui? – disse, caminhando na direção do Doctor.

— Calma aí, Grant Ward – Fitz respondeu – eu estou me rendendo.


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