Obscuro escrita por Helena Lourenço


Capítulo 3
Capitulo II - Família


Notas iniciais do capítulo

Capitulo narrado pelo Alec ♥



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Capitulo II
        Família

**Alec**

 

    Os Volturi estavam sendo ameaçados havia alguns séculos, mas em nenhuma delas um numero tão grande de clãs rebeldes tinham se erguido de uma única vez. Eram três no total, em lugares do Globo diferentes. Um deles – o maior, segundo nossas fontes e o com mais influencia – era o clã de Londres, os Melions.  Seguido pelo de New York, os Paolos e do Canadá, os Amsters.

    Um grupo de seis espiões foi encaminhado para observar cada um deles. Apenas um voltou. Alister voltou a Volterra fraco e não durou mais que dois dias, mas teve tempo suficiente para contar a todos o que tinha visto e vivido. Os Melions tinham atacado os espiões ainda na entrada da cidade, e abatido com facilidade. Segundo Alister, eles o deixaram vivo apenas para dar o seu recado aos Mestres.

  — Ele tinha um olhar sombrio, mestre. Eu nunca vi vampiro com um olhar tão... Forte. Caleb disse-me para contar aos senhores, eles me deixaram vivo, apenas, para fazer isso. Eles disseram que o fim de vocês está próximo, e que logo a Escoria da Itália vai cair em ruína.

  Aro tinha ficado furioso, mandara mais grupos – dessa vez de membros da Alta Guarda, incluindo minha irmã e eu, para averiguar. O meu grupo foi mandado para o sul de Londres, onde recém-criados estava fazendo confusão a pelo menos um mês.

   Foi fácil achar e aniquilar o grupo. Eles eram muitos, mas não tinham experiência nenhuma. Juntamos os corpos e eu joguei meu isqueiro, fazendo com que queimassem. Porém, quando estávamos indo embora, um novo recém-criado apareceu, mas ele não parecia querer atacar, pelo contrario, ficou a dez metros de distancia, seus lábios recitando algo que parecia ter sido programado para dizer, pois ele ficava repetindo e repetindo.

  — A queda dos italianos. O fim. A Ascensão. A queda dos italianos. O fim. A Ascensão.

  E, do nada, ele caiu. Dois dos nossos vampiros correram para ver o que estava acontecendo.

 — Ele está morto! — um deles gritou.

Jane encarou-me, surpresa. Eu a entendia. Nunca, em quase dez séculos de existência, tínhamos presenciado tal coisa.

       ***

   Quando voltamos para Volterra, mostramos a Aro o que tinha acontecido. Todos ficaram surpresos, incluindo os mestres. Era algo novo, desconhecido. E, estava contra nós. Todos estavam preocupados. Porém, tratei de desmanchar minha preocupação quando passei pela sala de treinamento e ouvi uma espécie de gemido... Junto com o cheiro de Anne.

— Tire suas mãos de cima da minha filha ou eu tiro elas de você — falei, entrando na sala de treinamento, vendo um dos vampiros que minha filha ficava. Ele levantou as mãos enquanto ficava de pé, sorrindo maliciosamente para mim.

Anne continuou deitada.

— Anne, seus treinos são para treinar luta. Não para namoro. — disse para ela enquanto a ajudava a levantar — Você, fora! —  ordenei para o vampiro que eu fazia questão de não saber o nome.

Anne riu, vindo me abraçar.

— Bem vindo de volta, pai — ela disse — como foi à missão?

Suspirei. Não queria contar para ela sobre as ameaças, não agora pelo menos.

— Bem, na medida do possível. — arrastei Anne para fora da sala enquanto falava — Quero conversar com sua mãe e você hoje à noite. Tudo bem?

 

  Como eu contaria para Renesmee que Aro mandou chamar os pais dela para uma reunião? Com o perigo rondando os Volturi, os mestres não poderiam deixar para estarem firmados em campo plano em cima da hora. Cartas para todos os clãs do mundo súditos dos Volturi foram enviadas, com um comunicado para virem até Volterra. Eu não sabia como ela reagiria.

***

— Precisamos conversar — anunciei quando entrei no chalé. Renesmee olhou-me com as sobrancelhas unidas. Eu não costumava conversar com ela sobre os assuntos Volturi, mas esse lhe diz respeito. — Não se preocupe, caso não goste do que vai ouvir, eu tiro você de Volterra hoje mesmo.

  Ela guardou o notebook que tinha nas mãos.

 —Esta me assustando — ela falou e eu beijei sua testa, suspirando.

— Os Volturi estão sendo ameaçados. Três clãs rebeldes estão ganhando muito poder, Aro está nervoso — pausei, esperando ver a reação dela a essa primeira parcela da conversa. Ela estava atenta a tudo que eu falava. Prossegui: — Os mestres convocaram alguns clãs para vir ao Castelo essa semana.  Ele quer ter certeza de que teremos aliados caso uma guerra aconteça.  — suspirei — Os Cullen foram um deles.

 Renesmee ficou muda por um tempo, depois a ficha dela caiu. Ela começou a abrir e fechar a boca, seus olhos piscavam varias vezes.

— Isso... Eu... Meus pais estão vindo? Como? Quando? Eu não se posso encará-los, Alec, eu — ela falava rápido e sem parar. Eu conseguir entender apenas por ter a audição aguçada.

   Peguei sua cabeça entre minhas mãos.

— Se não quiser encará-los agora, posso levá-la para qualquer lugar que quiser. Tirar você de Volterra.

Ela fungou.

—Não, não. Tudo bem. Está na hora de encará-los. Você vai está comigo, não vai?

  Sorri para ela, beijando-a levemente seus lábios. Eu a amava. Era estranho como aquele sentimento crescia dentro de mim, a cada dia. Eu, o temido Alec Volturi, amava alguém e faria de tudo para vê-la segura e feliz.

— Claro que sim — respondi acomodando Renesmee em meus braços. Eu a manteria ali, segura, para sempre. Vê-la frágil era raro e eu odiava quando acontecia. — O que vamos contar a Anne?

Renesmee se remexeu, mas não saiu.

— A verdade. Toda a verdade. Ela merece saber, é a historia dela também. — eu podia ver a hesitação na voz dela. — Como acha que ela vai reagir?

— De verdade?Acho que ela vai fazer nada, por hora. Mas com certeza vai enfrentar seus pais assim que tiver a chance.

— Sim, ela é igualzinha a você — Renesmee riu e me beijou —Amo você, obrigada por cuidar de Anne e de mim.

Beijei-a mais uma vez.

— É o meu trabalho. Amo você também.

***

—Anne, você sabe que eu não sou seu pai biológico, não é? — perguntei e ela acenou com a cabeça — Bem, sua mãe e eu queremos contar algumas coisas para você. Tudo que falta para você entender porque não foi criada pelo seu pai verdadeiro, tudo.

— Eu não quero saber por que um idiota não me criou, eu tenho você, papai, não preciso dele.

Renesmee suspirou.

— Eu não quero te sobrecarregar com informações, Anne. Mas você precisava saber e vai ser uma historia um pouco longa. — Renesmee falou e eu peguei em sua mão, mostrando que estaria ali para apoiá-la.

  Eu sabia que deveria ser difícil falar disso, eu lembro como ela tinha ficado quando me contou.

— Jacob e eu éramos namorados há três anos quando tudo aconteceu. Estávamos felizes e pensávamos até em casamento. Já éramos íntimos há um ano quando descobri que estava grávida. Foi um choque muito grande e a primeira coisa que fiz foi corre para os braços dele, precisava do apoio dele. Mas quando cheguei a casa dele, o encontrei dormindo. E, ao seu lado, uma humana.  — ela parou de falar, essa era a parte mais difícil para ela.

— Ele traiu você? — Anne perguntou e Renesmee confirmou com a cabeça — Que idiota!

— Eu voltei para casa chorando, por tudo, a gravidez a traição, mas para os meus pais, era apenas a traição. Não contei a eles sobre a traição, e eu mantinha minha mente longe desse pensamento, pois meu pai é um leitor de mentes. Eu tinha medo do que eles fariam, além de tudo por que minha mãe é a melhor amiga de Jacob, e ela passou dias antes da minha fuga defendendo ele. 

“Duas semanas depois era meu aniversario e fim de meu envelhecimento. Minha tia Alice planejou uma super festa para comemorar, foi quando minha barriga começou a se desenvolver. Eu me desesperei, comecei a chorar, foi quando Alec me achou, e me ofereceu ajuda. Eu aceitei de primeira, não estava preparada para enfrentar meus pais.”

 “Passamos algumas semanas na França, onde seu pai tinha uma casa de campo. Mas Alec precisou voltar, e me trouxe junto. Eu não queria, mas não tinha para onde ir. Para todos os Volturi, até mesmo para irmã dele, ele contou que era seu pai biológico. Apenas os mestres sabiam que era mentira. E, quando você nasceu, eu nunca tinha visto Alec sorrindo como ele sorriu quando você começou a brincar com o pingente Volturi dele. E, eu soube naquele momento que minha filha teria um pai. Foi ele quem escolheu seu nome, inclusive.”

   Ela parou, as lágrimas descendo pelo seu rosto. Anne levantou-se e abraçou a mãe, ela parecia prestes a chorar também.

— E agora eles estão vindo para cá — Anne concluiu — mãe, independente de qualquer coisa, estarei aqui para ajudá-la a enfrentar a sua, a nossa, família juntas. — abraçou-a novamente — Amo você, mãe. Para sempre. E, pai — ela se separou da mãe — pai biológico ou não, eu amo você. Você é o meu exemplo, meu apoio. E, Jacob nenhum chegaria a seus pés, Alec Volturi.

   E ela me abraçou também.


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Notas finais do capítulo

:)