Obscuro escrita por Helena Lourenço


Capítulo 21
Capitulo Vinte - Ressurreição


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capitulo, gente.
< / 3 :')



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Capitulo Vinte
      Ressurreição

 

 Jane

  Jane Volturi podia ser pequena, mas sabia exatamente o que estava fazendo. A Volturi lutava, gritava ordens para seus soldados, e matava tudo sem muito esforço. Era digna da posição que possuía na Guarda Volturi. Primeira em comando.

  Demetri aparecera pouco depois de Edward Cullen adentrar ao castelo, e lutavam lado a lado. Já não existia chance de Meliorn vencer, apesar da poderosa bruxa que tinham, Aradia não era páreo contra o gigante coven de Anne. Jane permitiu-se sentir grata pela mãe está presente.

  Terminou de arrancar a cabeça de um vampiro quando avistou Keir lutando contra Caleb, no alto da colina. Keir parecia está perdendo, e já lhe faltava um braço, mas o australiano não cederia fácil. Com uma olhada geral, Jane notou que agora existiam alguns poucos vampiros inimigos, e, a seu ver, baixas mínimas. Com um sorriso, a Volturi correu em direção a Caleb Meliorn. 

  O australiano estava sendo segurado pelo inimigo, e Jane derrubou ambos ao chão em sua chegada. A Volturi aplicou uma boa quantidade de seu poder sobre o Meliorn, e ele gritou. O sorriso diabólico de Jane Volturi era nada menos que assustador.

 — A-a-radia — ele gemeu o nome da bruxa, mas Jane avistou quando a mesma foi cercada pelos bruxos. Ela parecia tentar lançar feitiços em direção aos bruxos, mas quando enviava direcionada a um, o resto do coven o rebatia. Ela estava perdida.

— Desculpe, sua bruxa não vai poder ajudá-lo. — ela aumentou a intensidade de seu poder sobre Caleb. Keir já se encontrava atrás do inimigo. Jane assentiu e Keir arrancou a cabeça de Caleb. Fácil assim. — Esperava um pouco mais de dificuldade. — Jane segredou a Keir, e os dois voltaram para onde a confusão de corpos era maior.

 Demetri juntou-se a eles.

— Vencemos! — ele beijou-a por um instante, e apesar de Jane ter ficado constrangida, não o afastou. — Temos que ir atrás de Edward e os outros.

— Tenho que achar meu irmão — Jane proferiu, mas o olhar no rosto de Demetri a fez parar — O que foi?

— Nada, vamos primeiro encontrar os Cullen — ele a puxou em direção ao castelo e Jane o seguiu, intrigada. Algo tinha acontecido, ela tinha certeza disso. Mas eles não precisaram entrar no lugar, pois Edward Cullen saia com uma Renesmee desmaiada e ensanguentada nos braços. Os outros viam logo atrás, mas a atenção de Jane era toda de Renesmee. — O que fizeram com ela? — perguntou, horrorizada.

— Ela foi torturada — respondeu Keira. Jane agachou-se junto ao corpo da amiga, Edward a havia colocado deitada sobre uma árvore. Carlisle não demorou a chegar. Ele examinava a menina seriamente.

— Ela vai ficar bem — ele respondeu — os ferimentos estão cicatrizando de dentro para fora, por isso a demora. O desmaio é contra a dor.

Bella suspirou, mas não pareceu mais calma.

— E meu irmão? — a pergunta nem terminara de ser processada pela mente dos vampiros e Anne começara a chorara descontroladamente. — Anne?

A menina jogou-se ao chão e abraçou os próprios joelhos. O choro dela era desesperado demais, e Jane sentiu seu mundo cair. Alec...

— Está morto — Edward completou o pensamento de Jane, e a Volturi arfou — Anne se viu obrigada a matá-lo. — o olhar de Jane recaiu sobre a sobrinha e seu choro desesperado. — Ele estava prestes a matá-la, Jane. Não a culpe...

— Não a culpo — Jane ergueu a menina e a embalou em seus braços. Elas eram estranhamente da mesma altura — O corpo foi...

— Não — Anne respondeu — Não podia queimá-lo sem antes você e mamãe se despedirem. — Jane assentiu e voltou a abraçar a menina.

— O que aconteceu aqui? — Jane soltou a menina ao ouvir a voz de Anne, sua mãe.

— Alec estava enfeitiçado —Edward respondeu — E torturou minha filha. Ele está morto, antes que pergunte.

Anne empalideceu.

— Meu filho... Morto...

—Como se isso importasse algo. Deixou-nos para morrer ha um milênio — Jane soltou a sobrinha para encarar a mãe com olhos vermelhos furiosos — Diga-me qual a diferença?

— A diferença é que agora eu tinha a chance de fazer diferente. — Os olhos de Anne brilharam com as lágrimas — E agora... — ela olhou para seu coven atrás de si — Talvez...

— Talvez o quê?

— Talvez ainda haja esperança. Leve-me até o meu filho.

Um homem alto aproximou-se de Anne antes que qualquer um pudesse se mexer.

— Não está pensando em Ressurreição, está? — ele perguntou, segurando o braço de Anne — Você ficou doida? Além de ser proibido, é...

— Chega, Colin. É do meu filho que estamos falando, não vou errar com ele uma segunda vez. Sim, vou fazer a Ressurreição, sim eu sei que é proibido e sei das consequências. Mas eu não me importo com elas.

— Pense em Julia. — ele apelou.

— Julia ficará bem.

Jane não estava compreendendo.

— Leve-me até ele, agora, Jane.

Minha cabeça doía, assim como todo o meu corpo. Eu me sentia fraca, nem conseguia manter meus olhos abertos. Parecia que eu tinha sido esmagada por algo muito, muito pesado e agora estava toda em pedaços.

 Eu tinha alguns poucos fragmentos dos recentes – eu não sabia quanto tempo eu tinha ficado “fora do ar” – e se o que eu me lembrava era verdade... Alec. Não.

 Ele tinha feito isso comigo, me torturado. Lágrimas banhavam meu rosto, e eu senti a necessidade de gritar. E gritar. Meu Alec... Ah, Alec... Por quê?

  — Nessie — senti mãos me segurarem, e logo em seguida a voz de meu pai preencheu minha mente — Está tudo bem agora, querida. Você está em casa. Abra os olhos.

Eu os forcei a abrir e encontrei um par de olhos dourados me encarando. Meu pai deu-me um de seus sorrisos tortos.

— Alec... — comecei a falar, mas meu pai foi mais rápido.

— Eu sei. Ele estava enfeitiçado, filha. Tudo o que ele fez não foi por vontade dele. Mas ele está bem agora. Está com os Mestres na Sala do Trono.

Alivio irrompeu meu corpo, e tentei me levantar, mas uma tontura atingiu-me e eu me vi obrigada a deitar-me novamente.

— Você ainda está fraca, querida. Deve descansar...

— Quero ver Alec. — olhei para meu pai o mais seriamente que eu consegui — Por favor. Preciso vê-lo...

Ele assentiu, beijou minha testa e saiu. Momentos depois, Alec apareceu. Ele parecia acabado, tinha profundas olheiras e seus olhos estavam negros. Um olhar para mim, para meu estado e Alec estava ao meu lado, abraçando-me. Não precisávamos de mais nada. Tínhamos um ao outro, e isso não mudaria.

 

 

Algumas horas depois, estávamos todos na sala dos tronos. Alec estava ao meu lado, e por sorte não se lembrava do que tinha acontecido. Ele jamais se perdoaria se soubesse o que tinha me feito, mesmo que involuntariamente. Aro falava como estava feliz por termos retornado vitoriosos, e com baixas mínimas.

   Os lobos estavam aqui também, e eu fiquei muito feliz em rever meus velhos amigos. Seth, Quil e Embry brincavam que agora eu não poderia mais reclamar dos meus pais não me deixarem fazer algo que queria, pois agora eu era a que não deixava. Sam contou-me que tivera um filho com Emilly, e isso me deixou bem feliz. Adorava a esposa de Sam.

 Ainda era difícil está no mesmo teto que Jacob, mas estava tentando. Ele tentou aproximar-se de Anne, e mesmo relutante, ela tentava entendê-lo. Anne deixou claro que não iria existir outro pai para ela que não Alec, e isso deixou-o triste, mas que ela tentaria incluí-lo em sua vida. Nem Alec nem eu gostamos daquilo, mas aquela menina era minha filha, afinal.

  E, no final da noite, eu consegui dormir como a muito eu não conseguia, pois eu tinha minha família toda comigo, tinha Alec, tinha Anne, tinha os Volturi, e todos ficaríamos bem.


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Notas finais do capítulo

:')