Obscuro escrita por Helena Lourenço


Capítulo 15
Capitulo Catorze - Eu te amo


Notas iniciais do capítulo

Desculpe não postar domingo passado, não tive tempo.
Aproveitem o capitulo :')



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Capitulo Catorze
    Eu te amo

 

Alec não me disse para onde estávamos indo até que, enfim, chegamos. Ele nos levou para uma colina, de onde podíamos ver toda Volterra. Era um lugar lindo, e havia um lugar preparado para nós dois. – uma toalha vermelha estava aberta no chão, algumas almofadas e travesseiros espalhados em cima dela e alguma de minhas comidas favoritas. – frutas cítricas, exóticas e incrivelmente deliciosas. E, claro, duas jarras com sangue - uma de animal e outra de humano e uma garrafa de uísque, que eu descobri ser uma excelente forma de tomar sangue.

  Sentamos um de frente para o outro. Alec mantinha aquele meio sorriso dele nos lábios rosados e seus olhos vermelhos brilhavam a luz da lua. Não dissemos nada; não precisávamos. Nossos olhares e sorrisos eram suficientes, por ora. Ele pegou minha mão na sua e a acariciou, depois a levou a seus lábios e depositou um beijo casto.

Eu te amo, falei a ele e ele murmurou um “eu também” em resposta. Ele esticou-se e pegou uma cesta com limões e morangos, peguei um morango e mordi, sem deixar de olhá-lo. Depois peguei um limão e coloquei sal¹ e mordi-o também, fazendo uma careta de inicio, mas logo o gosto azedo tornou-se uniforme e comi mais umas duas metades.

  Alec beijou minha bochecha e me levou para perto dele. Meu corpo apoiado no dele, suas pernas em volta de mim, enquanto eu continuava comendo. Ele beijava meu pescoço de vez em quanto e brincava com meus cabelos.  

 O tempo ali não foi contado, mas eu ficaria ali para sempre.

  Virei-me de forma que eu ficasse de frente para ele e o beijei. Eu adorava beijá-lo. As mãos de Alec desceram para minha cintura e a apertaram e ele nos tombou para trás, deitando-nos nos travesseiros.

— Eu te amo.  — ele sussurrou em meu ouvido, enquanto suas mãos infiltravam-se em meu vestido. Sorri, e puxei-o para que voltasse a me beijar, mas me detive.

— O que foi? — uni as sobrancelhas. Alec perecia... Triste. — Alec?

— Não é nada — ele tentou sorrir, mas saiu mais como uma careta. — É só que, tenho medo de que algo aconteça a você, ou a Anne, nessa Guerra idiota que é mais culpa minha do que de qualquer outro.

O abracei, e Alec escondeu o rosto nos meus cabelos. Eu sabia que ele se culpava por tudo que estava acontecendo, mas não sabia que era tanto... Beijei seu rosto, e o fiz olhar para mim, e sorri para ele.

— Eu te amo — falei, segurando seu rosto com minhas mãos — Nada vai acontecer comigo. Nem com Anne.

  Ele sorriu um pouco, mas ainda parecia triste. Ele voltou a deitar-se sobre mim e me beijou profundamente, como se fosse a ultima vez, como se eu fosse desaparecer a qualquer momento.

— Eu vou amar você sempre, Renesmee. — ele olhou no fundo dos meus olhos, enquanto acariciava meu rosto — Sempre.

***

  Estava amanhecendo quando voltamos para o Castelo e eu capotei em um dos quartos do lugar, cansada demais para ir até o Chalé. Acordei pouco depois do meio dia, e Anne estava sentada na janela do quarto, lendo alguma coisa.

 — Anne? — chamei-a, e ela sorriu para mim, jogando-se ao meu lado na cama, gargalhando — Que animação toda é essa, menina?

— Nada em especifico — ela deu de ombro, tirando a coberta de cima do meu corpo — Como foi à noite com papai?

— Bem, apesar de ele parecer triste algumas vezes...

Ela uniu as sobrancelhas.

— Ele está preocupado com tudo isso — respondi a ela — É o que mais trabalha, depois dos Mestres.

Ela assentiu.

— Vamos almoçar? Estou morrendo de fome. Mandei Gia preparar algo para nós duas.

 Troquei de roupa, e Anne e eu seguimos até a cozinha onde Gia terminava de preparar alguma massa para comermos. Gia era a cozinheira responsável pela comida quando Anne e eu estávamos no Castelo. Não que eu não soubesse cozinhar, eu sabia, mas Aro era do tipo “por que fazer algo se existe alguém que pode fazer por você?”, então Gia existia em nossas vidas desde então.

— Bom dia, Renesmee. Anne — Gia nos cumprimentou com um sorriso. Sua pele escura contrastando com os dentes brancos. Sorri de volta, sentando em uma mesa perto do balcão.

 Demorou cerca de quinze minutos para o almoço ficar pronto, e nesse tempo Gia, Anne e eu conversávamos sobre coisas aleatórias. Descobri que Gia tinha um filho transformado em vampiro, por isso sabia tanto do nosso mundo. Não me surpreenda que Aro a mantivesse aqui, junto a ele, onde ela não poderia contar a ninguém.

 Então Alice entrou na cozinha, com Rosalie e minha mãe junto a ela.

— Bom dia, Nessie! — ela deu um beijo estalado em minha bochecha, seguida de Rosalie e minha mãe. — Não é um dia lindo? — ela sorriu abertamente, rodando em seu vestido.

Ela parecia uma criança.

— Que animação toda é essa? — perguntei, tentando não rir com a cena.

— Aro deu o dia de folga para todos hoje, ao que parece os vampiros estavam reclamando de estarem “cansados”. E, como você sabe como ela é, resolveu que levaria a família as compras.

— Itália é um dos meus lugares para compras favoritos, Bella! — exclamou Alice, colocando a mão na cintura — Anne, o que acha de ir conosco? Como sei que sua mãe odeia você poderia ir com a gente.

Minha filha sorriu, e assentiu.

Ela saíram meia hora depois, levando alguns guardas menores consigo e apenas minha mãe e eu ficamos. Bella trancou-se em algum lugar com meu pai e eu sai à procura de Alec. Mas ele não estava em lugar nenhum, e isso me deixou confusa; se Aro deu folga a todos, onde estava Alec?

— Ei, Renesmee! — Demetri me cumprimentou quando passei por ele em um dos corredores.

— Ei, Demetri — sorri para o vampiro. Demetri era um dos guardas que eu mais gostava, apesar de ser estranho as vezes, com suas brincadeiras fora de hora e comentários sádicos, ele era uma boa companhia e eu adorava conversar com ele — Como anda seu relacionamento com a minha cunhada?

Ele fez uma careta e eu gargalhei.

— Você e Alec são perfeitos um para o outro mesmo — disse, balançando a cabeça de um lado para o outro.

— Por falar em Alec — falei, ainda rindo do vampiro — Onde ele está?

— Alec saiu há uma hora, mais ou menos — uniu as sobrancelhas — Você não sabia? — balancei a cabeça — Estranho. Mas não sei para onde ele foi, antes que pergunte.

Dei de ombros e me despedi do vampiro, voltando a caminhar pelo Castelo. Para onde Alec teria ido sem me avisar?

Eu sempre vou te amar.

 Resolvi voltar para o Chalé, talvez ele estivesse lá... Ele tinha que estar lá. Abri a porta do lugar com força, chamando por ele, mas ele não estava ali. Fui até nossos quarto, mas ele também não estava ali.

Mas algo me chamou atenção.

Em cima da escrivaninha, o pingente Volturi de Alec estava sobre um envelope branco, uma rosa vermelha ao lado; Peguei-a, tremendo, dizendo a mim mesma que aquilo não era o que eu estava pensando.

A carta dizia:

Perdão. Eu tive que fazer isso, é a mim que Caleb quer, e se morrer signifique a segurança daquelas que amo, é isso que vai acontecer. Caleb me enviou uma carta, não lhe disse, mas nela dizia que seu eu me entregasse a ele, ele desistiria dessa guerra.

Porque é a mim que ele quer.

Não fique triste, meu amor. Faço isso com coragem e amor a você. Seja forte, Renesmee. Você precisa ser forte, seguir em frente... Dói-me a ideia de te deixar, mas a ideia de te ver morta é pior. E quero que entenda que tudo que fiz, que faço, é por você. Por sua segurança.

Obrigado, Renesmee. Por entrar em minha vida, por me presentear com Anne. Serei eternamente grato a você por isso.

Eu te amo. Sempre vou amar.

Alec.


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Notas finais do capítulo

:')