Dimensão 13, 18 horas - Montanhas de Tartan. 
 Quando Rubi olha para atrás ela vê Liam ele esta sentado em um canto escorado na parede, ela se aproxima o local esta escuro onde eles estão a mesma se abaixa perto dele que levanta o olhar para ela.
— Nunca imaginei que morreria assim - fala ele calmo.
— Você não vai morrer fique calmo, vai se regenerar faça um da aqueles encantamentos de cura - diz ela esperançosa.
— Não iria funcionar, estou fraco de mais para fazer qualquer encanto - responde ele - E também com um machucado deste é bem difícil de se curar.
— Mas... Liam eu me nego a deixar morrer na minha frente - diz ela fechando as mãos com força.
— A culpa não é sua - fala ele tentando conforta-la.
—Lógico que é era para eu ter me machucado não você, tem algo que eu possa fazer? - pergunta ela.
— Não - responde ele - Só fique calma.
 Ela olha nos olhos dele que pareciam ficar cada vez mais sem cor, os olhos dela se enchem de lágrimas.
— Você tem que escapar daqui, e siga para leste tem uma cabana perto de um lago se abrigue por lá até um dos soldados te encontrarem - fala Liam.
— Eu já disse que não vou te abandoar aqui - diz ela.
— Por favor faça isso - pede ele.
— Mas se você tivesse suas forças de volta, conseguiria se salvar? - pergunta.
— Talvez, você sabe esta adaga que me acertou é uma das armas sagradas qualquer machucado dela é difícil se curar para um imortal - responde ele, mas a voz estava mais fraca com se ele se esforçasse para ainda falar com ela.
 Rubi olhou determinada para ele.
— Beba meu sangue - diz ela seria, o guardião apenas olha surpreso.
— Esta louca? - pergunta ele bravo.
— Nunca estive tão sã em toda minha vida, você mesmo disse que talvez se salve eu quero tentar - responde ela.
— Isso não é certeza, e tem mais faz setenta anos que eu não provo uma gota de sangue e levei cinquenta para me adaptar tem noção deste tempo eu poderia te matar tentando fazer isso - Liam fala para a humana que se levanta e se senta no colo dele que apenas observa ela.
— Apenas faça - diz Rubi olhando ele, ela puxa o cabelo para o lado direito deixando o outro lado exposto.
— Eu vou não fazer isso - responde o vampiro.
— Se não fizer isso depois que você morrer eu morrerei aqui nesta caverna eu também não tenho mais forças para seguir sozinha, e me perderia lá fora isso se eu não morrer antes pela tempestade que se propaga agora mesmo - diz Rubi ela parece triste, mas se mantém segura.
 Os dois se entreolham, Liam suspira e balança a cabeça concordando com ela que parece aliviada.
— Certo - diz ele.
 A humana fecha os olhos com força era evidente que ela estava com medo, mas mesmo assim continuou ali, fazer aquilo faria ele quebrar uma promessa que tinha feito a muitos anos, mas agora tentar salvar sua própria vida significava salvar Rubi também.
 Ele precisava tranquiliza-la se continua-se tensa isso não daria certo. O mesmo toca sua mão gélida no rosto dela acariciando delicadamente que apenas sentiu o toque, e abre os olhos lentamente a escuridão impedia ela de ver os detalhes do rosto dele, mas ela sabia que mesmo estava encarando-a e por um segundo ela desejou poder ver aqueles olhos castanhos.
— Fique calma - ele sussurra para ela assentiu as palavras dele.
 O mesmo se inclina para que seus lábios encontrem os dela. Sim suaves lábios que logo viram um beijo começou de maneira inesperado para Rubi, mas aquilo parecia tão bom, e único.
 Era ao mesmo tempo tão carnal e doce não parecia real, porém, estava acontecendo. Eles se fastam um pouco Liam havia conseguido tirar todo oxigênio que Rubi tinha naquele ato, ela suspira talvez o primeiro beijo tenha sido para tranquiliza-la, mas com certeza o segundo foi porque ele quis.
 Suas bocas se encontram novamente, como se algo atraísse um para o outro, Rubi não pode evitar que queria tanto quanto ele aquele beijo, e aproveitou até o último segundo.
 Quando seus lábios já não estão colados um no outro, os olhos de Liam haviam mudado ele se aproxima do ouvido dela e diz:
— É sua última chance de desistir - a voz dele soava grave, ele não recebeu nem uma resposta, mas entendo que a humana estava de acordo.
 Foi em um movimento rápido que o vampiro cravou suas presas no pescoço de Rubi, que o abraçou forte como se tivesse medo dele sumir da ali a dor não era tão terrível, mas de certa forma ela não se importava se aquilo o salvasse. E aos poucos ela apagou.
 Verdadeiramente Liam havia esquecido o gosto do sangue, e sentir vivido e quente pulsando dentro de si, ele já tinha parado de consumir o sangue de sua protegida.
 A mesma agora esta desacordada ele a abraça, e passa uma das mãos dele pelo cabelo dela, neste mesmo momento ele sente os machucados mais “leves” se fecharem porem onde a adaga estava ainda doía.
 De inúmeras pessoas que ele havia provado sangue com certeza o dela foi o que ele mais gostou, já era hora dele fazer algo com a adaga, ele retira Rubi do colo dele e a coloca gentilmente ao seu lado.
 Liam levanta a para ver como estava sinceramente estava ruim, mas poderia estar pior, ele suspirou antes de tirar a adaga de seu corpo e colocar de lado a dor é devastadora, porém, o vampiro se manteve calmo e começou com um feitiço para grudar a pele não deu certo.
 Após inúmeros encantos na tentativa de parar o sangramento ele finalmente conseguiu embora quando eles voltassem precisaria de pontos e tratamento adequado.
 O guardião se coloca de pé e faz um símbolo magico de fogo para derreter a neve quando o mesmo consegue ver o lado de fora tem uma tempestade terrível, mas ele conseguiria achar ao chalé e lá se abrigariam melhor do que naquela caverna.
 Liam pega Rubi no colo o mesmo puxa a touca dela para cobrir a cabeça da mesma que ainda esta desacordada, o vampiro guardou a adaga que estava nele na jaqueta e saiu do local que estava.
 Demoram três malditas horas andando até ele avistar o local o mesmo entrou as presas com Rubi lá, o local esta vazio não havia sinais de invasão mesmo depois de tantos anos.
 Liam coloca a humana em cima de uma mesa, o local estava mais quente que lá fora já era alguma coisa ele se aproxima da lareira e acende o fogo com magia, ele empurra mesa para perto.
 Quando ele terminou se sentou encostado em das pernas da mesa, passou muitas horas e a neve ainda caia com muita intensidade e já esta escuro lá fora, Liam imaginou se os outros soldados tinham conseguido voltar para o castelo.
 Durante o tempo desacordado as visões levaram Rubi para de baixo de uma enorme árvore de cerejeira ela vê Quinze o mesmo esta cavando um buraco fundo e ao lado dele tem algum tipo de caixão.
 A humana se aproxima dele só que ele esta chorando e parece não enxerga-la.
— Você sabe quem esta ali dentro - fala uma voz doce atrás dela, Rubi olha para ver quem é a dona da voz é quando ela vê a mesma mulher ruiva da outra vez.
— Não, quem é? - pergunta a humana.
 A ruiva caminha para perto dela e faz um movimento com as mãos e aparece o rosto de Onze, Rubi da passos para atrás assustada.
— Onze esta morta - diz ela, a mulher balança a cabeça descordando.
— Ainda não - responde - Andei tentando me comunicar com você.
— Você é a luz do colar?
— De certa forma sim, mas eu quero que você repare um erro - fala ela em quanto olha para Rubi.
— Que erro?
— Você vai entender quando for a hora, mas não se esqueça - fala ela fazendo uma pausa - O que você mais deseja?
 Ela pega nas mãos de Rubi e olha diretamente nos olhos dela.
— O destino está em suas mãos.
— Por que suas palavras sempre são tão vagas? E quem é você? - pergunta Rubi, a moça faz sinal de silêncio para ela e aponta para céu escuro, e aos poucos ela vai sumindo com a rajada de vento que passa pelas duas.
 Quando a humana está lá sozinha novamente começa a cair penas pretas do céu muitas penas, ela olha para alto é quando vê como se alguém de grandes assas negras vindo na direção dela, imediatamente Rubi começa correr em linha reta só que por acidente ela cai dentro de um grande buraco em meio a queda ela vê um cristal escuro. E estica a mão para apanha-lo, porém, quando a mesma tocou nele o objeto se iluminou para um vermelho intenso o brilho é muito forte a forçando fechar os olhos.
 Quando Rubi conseguiu abri-los novamente ela esta dentro de uma casa, a cabeça dela doí um bocado a mesma olha vagamente para baixo e vê Liam ele esta a observar a chama da lareira, ele se vira e olha ela.
— Finalmente acordou - diz o vampiro se colocado de pé, a humana observa o gesto dele.
— Você esta melhor? - pergunta ela.
— Provável que sim, mas acho que esta pergunta era minha você esta a quase dez horas dormindo - diz ele.
— Dez hora? - ela fala incrédula, ele balança a cabeça confirmando.
— Parou de nevar agora pouco vamos esperar amanhecer para voltarmos, agora anoite é perigoso - diz o guardião.
— Certo - confirma Rubi se sentando na mesa e olhando ao redor - Onde estamos?
— No chalé fica há cinco horas do castelo - responde ele.
 Em quanto isso no castelo apenas sete soldados voltaram Neilan conseguiu chegar ali por pouco, pois a nevasca que estava lá fora quase o congelou vivo e ele se encontra na enfermaria. Porém, tem coisas que o preocupam mais do que seus machucados e possível resfriado que são Rubi e Liam que não apareceram, ele não se lembra de ver os dois correrem dos raios que caíram dos céus.
 Lembrando agora naquele momento turvo entre a luta com Apolo antes de todos fugirem Rubi estava lutando com a Dama da noite e Liam estava perto, a última coisa que lembrava dos dois foram os olhos dela brilharem de maneira diferente e depois aconteceu todas as outras coisas com ele.
 O mesmo suspira, a enfermeira se vira para ele a mesma tem os olhos azuis, de pele pálida, e expressão neutra, ela começa com os exames, quando ele saiu de lá foi direto para o refeitório agora vazio.
 Neilan se sentou em uma mesa perto da bancada de comida ele fez um grande prato para poder comer e pensar nas coisas, Anne se aproxima dele que olha para ela.
— Não devia estar dormindo? - pergunta ele.
— Digo o mesmo para vo… -as palavras dela foram interrompidas por um espiro.
— Saúde - diz ele e ela balança a cabeça assentindo - Esta ficando resfriada.
— É este tempo terrível de Tartan que me deixa assim - responde ela - Mas Neilan eu não vi seu vise capitão e nem Rubi com você eles não voltaram?
— Ainda não - fala ele e logo em seguida da um gole no suco.
— Acha que eles morreram? - pergunta ela preocupada.
— Não, de jeito nem um acredito nisto - responde ele - Você vai ver Liam e Rubi logo estarão aqui - o mesmo fala esperançoso.
 Anne esboça um pequeno sorriso como se não tivesse certeza das palavras dele. Algumas horas mais tarde o meio anjo se recolheu para seu quarto, hoje foi um dia muito intenso, o mesmo esperava que os dois amigos que sumiram durante a confusão estivessem de volta amanhã cedo.
 O sol tinha acabado de nascer Rubi esta acorda olhando o lado de fora, durante o tempo que esteve ali com seu guardião ela se manteve boa parte do tempo quieta e pensativa.
 Suas visões ainda não faziam sentido para ela, “e a mulher ruiva estava no colar?” , “Que erro ela gostaria que ela arrumasse?” , “Onze vai morrer? Poderei impedir?”, pensa Rubi o fato de não estar no controle de nada a deixava assustada e o pior uma ideia louca a persegue desde o dia que chegará ali “A dimensão 13 é real?” ou ela teria entrado em coma em seu aniversário poderia ser um sonho.
 Para tantas perguntas que no momento não tinham resposta e ninguém poderia responde-las, a humana entrelaça seus dedos uns nos outros com força as unhas se cravam na pele dela a sensação é o suficiente para saber que no mínimo estava viva, louca talvez, mas viva ela estava.
— Rubi - Liam a chama a mesma se virá para ele que a observa, os dois se encaram por longos cinco segundos, o vampiro quebra o silêncio - É hora de partir - a humana balança a cabeça concordando e indo na direção do mesmo.
 Os dois saem o chão cheio de neve dificultava os passos deles, Liam esta um pouco na frente e ela atrás a mesma repara nele de costas e agora vem na cabeça dela a lembrança que havia beijado o mesmo lá na caverna. Ela morde o lábio inferior.
— Liam - a mesma chama ele que se vira para olha-la - O que você fez com aquela adaga que estava em você?
— Depois que tirei do meu corpo guardei - diz ele fazendo uma pausa - Tive sorte que acertou meu estomago e não meu coração.
— É sorte - repete ela, a mesma olha para chão e depois volta seu olhar para o caminho.
 Os dois andaram durante um bom tempo os pés da humana já começam a doer e fato crucial esta realmente muito frio, quando os dois conseguem ver as luzes da cidade os olhos de Rubi brilham.
—Finalmente estamos perto - diz ela andando um pouco mais rápido.
— É - concorda ele.
 Durante boa parte do caminho o guardião estava preocupado com a segurança dos dois e com o machucado da adaga que ainda esta aberto mas em compensação o próprio corpo dele esta tentando fechar a ferida.
 Simão de manhã cedo ficou sabendo que Liam não havia voltado, o mesmo caminha até o quarto de Neilan que ainda estava dormindo quando ouviu as batidas com força em sua porta. O mesmo caminha devagar e a abre, o semblante do soldado vermelho não é um dos melhores.
—Cade o Liam soldado? - pergunta ele bravo.
— Eu não sei - responde Neilan entre bocejos.
— Como assim não sabe você e aquela pirralha estavam com ele - Simão fala ainda sem paciência.
— A Rubi não é pirralha ela já tem dezoito anos - responde Neilan.
— E isso não me interessa quero saber do Liam, eu não ligo para menina - diz ele.
— Você sabe muito bem que é mais fácil esta 'menina' voltar viva do que ele não é? - pergunta o meio anjo.
— Eu sei, mas não quero nem pensar nisto - diz Simão.
— Simão o melhor a se fazer agora é esperar, afinal Liam é um vise capitão e faz por merecer este título se acalme - fala Neilan de maneira gentil.
 Ele balança a cabeça confirmando.
— Você ta certo, vou me distrair até eles voltarem - diz o soldado vermelho.
 O mesmo se despede de Neilan que fecha a porta e volta a dormir o mesmo também esta um pouco ansioso para a volta dos dois, pois ele não suportaria a ideia deles terrem morrido, porém, o sono e grande e logo apaga…