Kidnapped - Sequestrada escrita por Amanda Katherine


Capítulo 15
Você só sai daqui num caixão.


Notas iniciais do capítulo

Heeyyy guyssss. Epero que gostem. Beijos.



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POV'S Justin.

    Quando estou subindo para o quarto, encontro o médico no corredor.

    - E então? - perguntei.

    - Quatro pontos... - disse ele.

    - Ah... Ela está acordada?

    - Sim... Ahn... Sugiro que você compre doces a ela. Cupcakes são os melhores doces para balancear o sangue. Entre outro doces. Ela precisa de uma refeição certa e adequada. Conforme a qual ela já estava habituada, no horário habituado.

    - Vou providenciar.

    - Quanto às insulinas, se você quiser posso trazer algumas...

    - Seria perfeito, só restam três.

    - Tá certo! Eu já vou indo. Até mais Bizzle.

    - Lembre-se, nem uma palavra! - ele assentiu.

   Apertamos as mãos e ele foi embora.

   Girei os calcanhares e dei meia volta, indo em direção à saída.

  Peguei meu carro e fui para o mercado.

   Comprei tudo o que era preciso para ela ter a refeição de rainha que ela tinha. Sorte a dela, se não fosse essa doença, a faria passar fome!

   Comprei inúmeros cupcakes, já que eles são os "melhores" para balancear o sangue e fui para casa.

    Quando chego, guardo tudo no armário e geladeira. Agora só falta contratar uma cozinheira.

     Subo até o quarto.

   Ela estava dormindo. Parece que só sabe fazer isso agora... Desde ontem ela não fala comigo. E é melhor assim. Cada vez que abre a boca só me irrita. Deve ter cansado de apanhar.

    Sinto meu celular vibrar.

    - Alo? - atendi.

    - Dude, o cara que roubou a carga na semana passada teve a audácia de aparecer aqui na boate. - disse Ryan - Pegamos ele!

    - Ótimo. Estou a caminho!

   Desliguei e peguei o carro voando pra lá.

POV'S Alessa.

   Fiquei horas sozinha naquele quarto. Já estava escurecendo e eu morrendo de fome.

   Ouço seus paços se aproximarem e me deito na cama fingindo dormir.

   Ele abre a porta e depois de um tempinho a fecha se distanciando.

   Olho pela janela e ele está saindo novamente.

   Saio do quarto e desço até a cozinha. Iria preparar algo mesmo que não seja doce. Ou então desmaiaria de fome.

    Abri a geladeira em busca de algo e quase cai para trás.

    Estava cheia de coisas. Abri os armários e os mesmos também estavam cheios. Sorri pegando um pacote de arroz, macarrão e o de feijão.

    Peguei as panelas e mão na massa.

   Fiz arroz, feijão, macarronada a molho rosé e estrogonofe de carne. Havia até coca cola. Isso é ótimo para balancear meu sangue.

    Me servi e comi como se não houvesse amanhã. Quanto tempo não sei o que é comida de verdade...

    Depois de jantar, fucei o armário em busca de doce. Havia... Cupcakes... Aquele médico. Queria tanto agradece-lo. Ele deu um jeito de me dar um bolo, por menor que sejam os cupcakes, não deixam de ser bolinhos e isso serve para comemorar sozinha meu aniversário.

    Peguei um e comi. Na verdade comi três.

   Estavam uma delícia. Havia um monte deles.

   Subi para o quarto e me deitei feliz da vida em ter matado quem estava me matando.

POV'S Justin.

    Quando chego em casa, o cheiro da comida da minha mãe invade minhas narinas. Entro em casa e vou até a cozinha e haviam comidas gostosas lá. Há quanto tempo não como algo desse tipo. Uma comida de verdade!

     Olhei em tudo com atenção. Eu poderia comer daquilo? Estava de dar água na boca. E se aquela mimada colocou veneno ali? Aliás, foi ela quem fez? A dondoca não é tão dondoca.

   Subi até o quarto e adentrei o mesmo e ela estava deitada de bruços. Que visão maravilhosa. Aquela bunda enorme virada para mim. Me deixava pirado só de olhar para essa garota.

    - Quem fez aquela comida? - perguntei.

    - Eu... - respondeu simples.

    - Garanto que deve estar com um gosto horrível.

    - Só experimentando para saber... - disse olhando para suas unhas.

    -  Colocou veneno lá para me matar? - perguntei irônico.

    - Não. Eu fiz a comida só para mim... Mas se quiser comer... Não pensei que iria querer, mas se soubesse, saiba que eu tinha a intenção de colocar veneno sim. - disse ela cruzando as pernas mostrando a polpa de sua bunda. Além de gostosa é mal criada.

    - Estou pensando em te ensinar bons modos mocinha. - disse chegando perto dela.

    - Ah é? - sussurrou - E por que não ensina? - disse olhando para minha boca.

    O que ela está fazendo?

    Me deitei por cima dela na cama. Céus! Seu cheiro estava me deixando louco.

    - Quer que eu te ensine? - sussurrei mordiscando sua orelha.

    - Quer me ensinar? - respondeu com outra pergunta - Se quiser... Basta pedir e eu aceito. - então é isso? Ela quer jogar?

    - Garota esperta. - disse me levantando e indo para o andar de baixo. Pude ouvir ela rindo.

    Aquela comida estava maravilhosa. A patricinha sabe mesmo cozinhar!

     Depois de comer fui até meu escritório.

POV'S Alessa.

Desci novamente as escadas, não acendi nenhuma luz para não chamar atenção de "Justin".

     Várias horas haviam passado. Já devia ter passado da meia noite. Deveria ser meu aniversário. Entro na cozinha e tentei enxergar no relógio de parede acima da porta que dá para a varanda atrás da casa. Meia noite e dezessete.

     Hoje é meu dia...

    Fui até o armário e peguei um cupcacke o colocando na bancada. Retirei a velinha do bolso da camiseta e a enfiei no cupcacke. Peguei um fósforo e a acendi.

      Sentei em frente ao cupcacke e fiquei o olhando.

    - Enfim dezoito... - suspirei.

   Fechei os olhos e fiz um pedido. Pedi não para sair daqui, mas sim para não me apaixonar. Esse era o maior perigo que eu estava correndo nesta casa.

    Assoprei a velinha e fiquei no escuro, podendo ver apenas sombras das coisas. Peguei um pedaço do cupcacke e o saboreei. Estava delicioso. Um dia tenho que agradecer aquele médico por ter me proporcionado um momento tão especial como este. Pelo menos tive um "bolinho" para comemorar meu aniversário.

    Nunca pensei que um sequestro seria assim. Calmo. Talvez o pior ainda esteja para vir certo?

    Me viro para subir de volta para o quarto e vejo uma sombra parada no batente da porta da cozinha.

    Morro de medo do escuro, mas até na sombra sei que era ele.

    Ele se aproximou de mim. Não fez nada, apenas podia sentir sua respiração perto da minha.

    Ele acariciou meu rosto. O que ele está fazendo? Eu faço pedido para não me apaixonar e ele vem me dar carinho?

    Por que ele tem que ser assim? Hora bom, hora ruim?!

   Eu não suporto isso.

   Saio dos Meus devaneios quando sinto deus lábios nos meus. Por que ele tem que fazer isso? Não pode simplesmente ficar longe?

    Seu beijo era calmo. O calor de seu corpo. Era uma sensação fora do normal quando ele tocava em mim. Era como se eu já o conhecesse a anos. Como se ele fosse um cantor e eu uma fã que esperou por esse momento por anos. Era a mesma sensação.

    Ele me ergueu, me fazendo sentar na bancada.

   Vale lembrar que eu ainda estava com apenas a camiseta dele? E uma cueca? Por que ele me deixou sem sutiã!

    Ele continuava a me beijar, logo começou a acariciar minhas pernas com a ponta dos dedos. Queimava por onde ele passava suas mãos.

    Ele ergueu a camiseta e pôde ter a visão de sua cueca.

    - Quem mandou você pegar? - perguntou ele bravo, mas mesmo assim num sussurro, apertando minha cintura.

    - Quer que eu tire? - sussurrei.

    - Ah... Hm... - gemia ele suspirando. - Não... - disse ele se afastando. Sua respiração descompassada, ele dava pequenos passos para trás, como se não quisesse se afastar, mas fosse preciso.

    - Bem que você poderia me dar algumas roupas né... Algumas lingerie. Sei lá, chamar alguma depiladora também. Cabeleireiro... - disse o seguindo até a sala.

    - Isso aqui não é um salão de beleza!

    - Eu sei... Mas pelo menos roupas e depilação né... - me sentei no sofá.

    - Acha que só porque hoje é seu aniversário que eu vou te dar presentes? - disse ele pelo fato de ter me visto com o cupcacke na cozinha.

    - Não... É só que os seguranças não param de me olhar com essa peça única que tenho que andar para lá e para cá.

    - Como é? - disse ríspido - Qual daqueles filho da puta te olhou?

    - Eu não sei dizer especificamente qual é... São tantos.

    - Escuta aqui... Se eu ver você andando para fora da casa, você vai se arrepender por ter nascido! - disse e subiu as escadas entrando em seu quarto e batendo a porta.

   Me sentei no sofá e liguei a TV. Estava passando jogo de basquete, Cleveland contra Warriors.

    Meu time é o Warriors. Amo o Stephen Curry.

    - Isso! - disse em pé em cima do sofá. Stephen acabara de fazer uma cesta de três. Estava 95 à 115. - Vamos Warriors... Apenas mais vinte e cinco e estaremos na frente! - disse torcendo.

   De repente a TV apaga.

    - Não.. Não, não, não! - disse indo até ela e tentando liga-la novamente. - O que houve com você? Numa hora tão importante!

    - Chega de TV... - disse Justin descendo as escadas com o celular nas mãos.

    - Ela... Ela apagou sozinha... O jogo... - disse sentando no sofá frustrada.

    - Eu desliguei... - me olhou sapeca.

    - Como?

    - Com o celular... Agora sobe e vá dormir. Não é porque está maior de idade que pode fica acordada até tarde.

    - Mas...

    - Anda logo! Tenho que ver o jogo. - disse ele ligando a TV e se sentando. - Isso Cleveland... Estamos na frente!

    - O que?! - disse indignada, ainda por cima ele torce para o time oposto. - É brincadeira... Tem que ser! - disse boquiaberta.

    - Ah, você ainda está aqui? - disse ele me analisando.

    - Por favorzinho, me deixa terminar de ver o jogo?

    - Não...

    - Por favor? Prometo que não peço mais nada, vai ser como se eu nem estivesse nessa casa. Ficarei o dia inteiro no quarto até... Até... - não sei até quando, não sei nem se eu sairia daqui viva um dia. Ele me olhava esperando uma resposta - Até o dia que eu for embora.

    - E quem disse que você vai?

    - Você...

    - Você só sai daqui num caixão. - disse prestando atenção no jogo.

    - Ah... - disse e o encarei, ele não disse mais nada. Subi para o quarto e me deitei.

   Então agora além de tudo, ele é um maníaco controlador que por puro capricho quer me manter aqui eternamente.

   Parei em frente ao meu quarto e olhei para o extenso corredor.

    As únicas partes dessa casa que eu conheço é o jardim, o labirinto, "meu" quarto, a sala, a cozinha e seu escritório. A casa era imensa, havia muito mais o que explorar. E eu iria começar pela parte que mais me dava curiosidade.

   Parei em frente ao seu quarto e girei a maçaneta lentamente.

   Era facilmente fácil de notar que este quarto era muito maior que o quarto em que eu estava.

   A cama era enorme, os lençóis de seda, os edredons que só de olhar já dava vontade de se enfiar no meio deles.

    Havia um closet, uma cômoda e uma prateleira cheia de livros.

   Fui até a cômoda e abri as gavetas, não havia nada, em nenhuma delas.

   Entrei em seu closet. Parecia o meu, de tantas coisas.

   Cremes da Victoria Secret, perfumes da Calvin Klein, uma gaveta cheia de meias e outras três de cuecas. Maioria de suas roupas eram da Calvin Klein e da Adidas. Outras eram roupas formais totalmente alinhadas, smokings, paletós, sapatos sociais.

    Fiquei imaginando Justin em um smoking. Deveria ficar lindo...

    Fui até seu banheiro, a banheira também maior que a do meu quarto, havia sais de banho, shampoos de altas qualidades, cremes. Havia giletes novinhos... Era isso o que eu iria usar!

   Retirei minha roupa e entrei em seu chuveiro.

    Usei de tudo o que havia ali, me depilei. Isso foi um alívio para mim.

   Me sequei e fui até seu closet, coloquei uma cueca sua e peguei uma camiseta, junto de uma calça moletom.

    Cheguei em sua cama e avisto meu sutiã pendurado ao lado de sua cama. O coloquei e me sentei na cama.

    Estava passando seus cremes em minhas pernas quando a porta é aberta.

   Eu não tive reação, parei o que estava fazendo no mesmo instante.

   Eu estava ferrada?

   Justin me olhou e adentrou o quarto, apagando a luz e fechando a porta.


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Notas finais do capítulo

E aae galerinhaaa. Sintam-se a vontade para me dizer o que vocês estão achando, ok? Bjjs ♥



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