Never Say Never escrita por Drix


Capítulo 2
Lost Control


Notas iniciais do capítulo

Os primeiros capítulos são um pouco dramáticos mas importantes pra conduzir a história.
A impressão de Elena e Katherine sobre a morte dos pais e como elas vão lidar com isso vai fazer diferença mais pra frente.
Espero que curtam. ;)

Toda a história vai ser contada do ponto de vista dos personagens.



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POV Elena.

Hoje é o primeiro dia oficial de férias.

Apesar disso, acordei esta manhã com uma terrível sensação. Meu peito ardia, e um sentimento aterrorizante tomava conta dos meus pensamentos. Levantei, meio trôpega, olhei pela janela, o dia estava lindo.

O telefone começou a tocar, estridente. Demorei a atender, pois não achava o aparelho. Parou de tocar assim que atendi. Se for urgente, ligam de novo. Imaginei. Ligo o celular pra ver se não era mamãe dizendo que esqueceu algo.

Ela tem essa mania de sair de casa e esquecer de dizer alguma coisa, ou dar um recado de 3 dias atrás. Ela e papai foram passar uns dias na casa do lago, saíram ainda de madrugada. Faz tempo não faziam isso. Estavam bem animados.

Entrei no banho, tinha marcado com Bonnie de visitar sua avó. Ela estava animada. Mas a angústia que eu sentia invadia meu corpo sem nenhuma explicação.

Ouvi a campainha, e o telefone novamente, mas, estava dentro do chuveiro, não tinha como atender, nenhum nem outro.

Saí, olhando o celular novamente. Não é a mamãe. Um número estranho. Não vou retornar, deve ser algum paciente do papai que descobriu meu celular.

Me vesti. Logo Bonnie vai estar aqui. O telefone tocou novamente, junto da campainha.

Meu Deus, o que tanto estão procurando hoje? Por isso papai precisou fugir, ninguém deixa eles em paz!

Atendi o telefone e fui abrir a porta e a partir deste momento meu mudo parou de rodar.

— Elena? Oi, docinho.

— Kath! Que saudade, irmã! Era você ligando? Um minuto, vou atender a porta. - Abro a porta e dou de cara com o Xerife – Bom dia, xerife. Meus pais não estão...

Mal termino de falar e ele me interrompe com um olhar de pena, como se precisasse me consolar de algo.

— Elena, querida, posso entrar?

Ouço os gritos de Katherine do outro lado da linha e volto o telefone pro ouvido.

— Lena, baby, eu tô indo praí, fica firme. - me arrepio com essa frase. Ficar firme por quê? O que tá acontecendo? As palavras não saem. Minha boca treme, o xerife pega meu braço. Ainda ouço a voz da minha irmã me chamando. - Lena, você taí ainda? Me responde!

— Oi. - respondo fraca.

— Baby, eu tô no avião, não se apavora. Passa o telefone pro xerife, me deixa falar com ele.

Meu corpo dói. Eu olho pro xerife com os olhos marejando. Essa angústia que eu senti, era um presságio. Meus pais. Aconteceu alguma coisa com eles.

— Xerife... - tento perguntar, mas, o medo da resposta que virá a seguir me deixa estática. Mantenho o telefone ainda no rosto, ouvindo Katherine falando. Entrego o telefone.

— Sim. Oi Katherine. Sim. Está bem, estou aqui com ela. Pode ficar tranquila. Tudo bem, vou pedir pra alguém te buscar no aeroporto. Sim, claro, não tem problema.

Ouço tudo com o espaçamento. Mas o que diabos está acontecendo? O que é tão grave que Katherine está vindo pra Richmond?

Ele desliga, e me entrega o aparelho. Entra e me conduz até o meio da sala. Eu tenho consciência de tudo o que acontece, porém, minhas palavras não saem. Eu não consigo perguntar nada, falar nada. O medo me acomete. Ele me coloca no sofá, e senta na poltrona ao lado. Segura minha mão, e começa um discurso.

O tempo que me conhece, quando me viu nascer, e isso tudo eu estou cansada de saber. Quando vem a parte do que aconteceu com meus pais?

— Xerife... - finalmente consigo dizer algo – Onde estão meus pais? O que houve com eles?

Ele engole seco, buscando palavras. Começo a chorar involuntariamente. Meu medo é real.

— Um acidente na estrada. - ele responde, tentando ser eficiente. - Um animal atravessou a pista, seu pai perdeu a direção.

Começo a tremer. Eles não viajam juntos há séculos, por que logo agora isso acontece. Justo quando estavam mais felizes? Katherine acabou de ficar noiva, conseguiu o cargo que buscava há meses, eu, em breve, vou pra faculdade falta só mais esse ano, tudo estava indo bem. Por que, logo agora? O xerife me oferece um lenço e volta a falar.

— Eles estão no hospital. Estamos tentando falar com você a manhã toda. Sua irmã está vindo. Você quer esperar ela chegar, ou quer que te leve pra lá?

— É grave? - só o que consigo perguntar. Por toda essa comoção, eu tenho certeza que é, mas, achei necessário confirmar.

— Os médicos não informam pra quem não é familiar, querida. Não sei dizer. - sinto que ele está sendo sincero.

— Então eu vou. Preciso saber como eles estão. - Quando estou fechando a porta, Bonnie aparece, preocupada com o carro de polícia estacionado.

— Elena, o que houve?

— Meus pais. Estão no hospital. Estou indo pra lá.

— Vou com você.

— Sua avó, Bonnie... - consigo lembrar.

— Não importa agora, eu vou contigo. Vovó vai entender.

Aceno positivamente com a cabeça e seguro sua mão. Ela é minha melhor amiga, depois da minha irmã. É bom tê-la do meu lado neste momento.

Chego no hospital e ninguém me diz nada. Estou quase dizendo que Katherine sou eu, só pra poder ter alguma informação, mas, ela me mataria por isso. Não por fingir que sou ela, e sim por mentir. Minha irmã odeia mentiras.

Desde pequena, sempre foi tão sincera, que doía. Ela fala o que pensa, e azar de quem não gostar. Mas não é rude, muito pelo contrário. Eu admiro muito isso nela. Mamãe adora contar as vergonhas que passava com a sinceridade de Kath.

Sento com Bonnie ao meu lado, e não consigo parar de chorar. Ela me abraça e me conforto no seu colo. Tento pensar em momentos bons com minha família pra hora passar mais rápido. Logo Katherine chega e teremos notícias.

POV Katherine

Acordo com o barulho do telefone, ainda nem amanheceu. Olho pro lado, Damon dorme igual uma pedra. Quem será uma hora dessas? Reconheço o prefixo da Virgínia. MEUS PAIS. Atendo apreensiva.

— Senhorita Katherine Gilbert?

— Sim, sou eu. - levanto da cama, e saio do quarto. Tremendo.

— Senhorita, aqui é do hospital geral, infelizmente, a senhorita é o contato do Doutor e da Sra Gilbert. - sinto minhas pernas falharem e busco a cadeira mais próxima.

— O que houve? - verbalizo, quase sem som.

— Eles deram entrada essa madrugada, senhorita. Em estado grave. A senhorita pode vir pra cá, ou tem alguém mais próximo que possa ser contatado? Eles precisam de transfusão.

— Chego em duas horas! É suficiente, dá tempo? - pergunto receosa ela diz que sim, desligo e vou correndo pro quarto.

Abro a porta tão forte que Damon pula da cama.

— O que é isso? - quando me vê chorando, fica preocupado. - Baby? O que houve? - ele levanta e vem pra perto. Sinto minhas pernas fraquejarem de novo, e caio em seus braços.

— Meus pais... - gaguejo. - Sofreram um acidente, grave. Preciso ir pra lá! Meu Deus, Elena! Está sozinha. Como vou avisar pra ela?

— Calma, arruma suas coisas que vou tentar comprar a passagem. Vamos juntos. - agradeço todo dia por ter esbarrado esse homem naquele café.

Arrumo uma muda de roupa, os documentos na bolsa, e seguimos pro aeroporto já com as passagens compradas. Ele conseguiu um voo fretado, chegarei mais rápido do que esperava. No caminho ligo pra minha chefe, que maravilhosa, me deu uns dias de folga. Mais calma, ligo pra minha irmã. Ela não atende. Deve estar dormindo ainda.

Chegamos no aeroporto, tento de novo, e nada dela atender. Começo a ficar preocupada. Será que ela estava junto? Não, minha caçula, com tanto pra viver ainda. Damon percebe meu nervosismo.

— Hey, liga pro xerife, pede pra ele bater lá, de repente, ela ainda está mesmo dormindo.

Sério, eu realmente não sei o que fiz de bom na vida pra merecer esse homem do meu lado. Mas agradeço sempre por isso. Ligo pro xerife. Depois de um tempo ele me retorna dizendo que ela não atende. Peço que insista.

— Senhorita, vamos levantar voo e os celulares precisam ser desligados agora. Se for urgente, a senhorita pode usar este telefone ao seu lado, por satélite.

Olho confusa. Bom, ainda posso tentar falar com Elena de novo, antes dela receber a notícia pelo xerife. Tento ligar pro celular de novo. Meu Deus, onde essa menina se meteu? Continuo tentando, ela atendeu! Ufa. Estava quase infartando. Tento manter a calma.

— Ei, não, me ouve antes, não atende essa porta! Eleeeeenaaaaa! - grito mas já é tarde, ouço a voz do xerife. - Merda!

Damon me olha nervoso. Não tenho tempo de explicar, só digo o que me vem a mente pra Elena não ficar nervosa, sem sucesso. Peço pra falar com o Xerife, alguma coisa ele tem que dizer agora. Já chego lá. Damon segura minha mão. Me sinto amparada.

— Xerife, sou eu de novo, por favor, fica com a minha irmã até eu chegar, já estou a caminho, chego em no máximo uma hora e meia. Diz pra ela que nossos pais estão no hospital, e não sabemos nada ainda. Sofreram um acidente na estrada de madrugada, um animal cruzou a pista, papai perdeu a direção. Mas, tenta acalmá-la primeiro, por favor. Ah, ótimo, agradeço. Vou precisar desligar.

Respiro.

— Calma, vai ficar tudo bem, tudo não vai passar de um susto, você vai ver. - Damon tenta me consolar.

— Assim espero. - seguro a mão dele com força e olho pra fora. O céu tão azul de primavera. Não sei o que fazer sem meus pais. Eles são meu norte nessa vida. Tudo que sou, tudo que aprendi, foram eles que me ensinaram. Me sinto um pouco perdida. Damon passa o braço pelo meu ombro e me conforta num meio abraço.

Percebo as lágrimas escorrerem livres pelo meu rosto.

Mas rápido do que pensei, chegamos no aeroporto e um oficial nos aguardava pra nos levar ao hospital. Chego, e antes de qualquer coisa, sigo pra área de doação. Damon vai comigo, decide doar também, seu sangue raro e difícil, O negativo, é sempre bem vindo. Elena ainda é menor de idade, não pode doar, não sem autorização. E eu não queria mesmo que pedissem pra ela.

Logo estamos bem e saio a procura da minha irmãzinha. Ela está abraçada a Bonnie, e me sinto aliviada por não estar sozinha.

— Lena, docinho. - ela levanta a cabeça e corre ao me ver. Meu coração dispara. É uma menina ainda. Me abraça, chorosa. Que maldição nos encontrarmos dessa forma. Há quase um ano não nos vemos, nem pude vir pro Natal por causa da minha promoção recente, e lamento muito por isso. - Deram alguma notícia? - pergunto, tensa.

— Não, nada. Só que foi grave. Acho que estavam aguardando você chegar. - ela me fala, aflita.

— Oi, Bonnie, querida. - a abraço, quase agradecendo por estar aqui.

— Oi Damon. - Elena o cumprimenta e as palavras saem tão fracas da sua boca que me preocupa. Ele acena com a cabeça e a abraça, pressionando os lábios num sorriso misturado com lamento. Tadinho, tá meio perdido. Mas o amo por estar aqui comigo.

— Você comeu, meu bem? - passo a mão no seu rosto. Está tão pálida.

— Comi, antes disso tudo. Estava indo encontrar a Bonnie quando o Xerife apareceu. - ela me responde, procurando se sentar.

Acompanho Elena, e sento-me ao seu lado.

— Baby, posso levar nossas coisas pra casa dos seus pais? Quero tentar alugar um carro, pra podermos ter mobilidade... - Damon pergunta, tentando resolver as coisas práticas, como sempre.

— O carro da mamãe tá na garagem. - Elena responde. - As chaves estão na cozinha, perto da porta. Toma aqui, a chave de casa. - ela entrega quase automático. Aceno com a cabeça. Não faço ideia de quanto tempo ficaremos aqui.

— Se precisar de algo, me liga. - ele diz, me dando um beijo carinhoso na testa e afagando meu cabelo. Seguro sua mão, agradecendo e sussurro. - Eu te amo. - ele mexe os lábios dizendo o mesmo e sai.

Um médico se aproxima me chamando.

— Senhorita Gilbert? - me levanto, Elena também. - Ele olha pra ela, tão menina, tão frágil e se mostra receoso.

— Tudo bem. - respondo – ela também precisa saber. - Ele nos pede pra sentar e não diz nada de bom.

As palavras sambavam na minha cabeça como se não fizessem o menor sentido. Meus pais, à beira da morte, não. Diz que isso é um pesadelo. Que eu vou acordar na minha caminha em New York e isso tudo não passou de uma ilusão.

Elena segura minha mão tão forte que percebo que não estou mesmo dormindo. É real, e uma realidade muito cruel. Eu quero gritar, mas, não posso, preciso ser forte por Elena.

— Eles não tiram férias há anos. - é só o que ela diz e me abraça, inconsolável. Meu bebê. Tão frágil. Minha menininha, eu queria poder tirar essa dor do seu peito, mas, só o que eu sinto é dor também. Afago sua cabeça, e as lágrimas acabam me entregando.

Me lembro quando mamãe chegou com ela do hospital e a colocou no meu colo. Eu chorava de emoção por finalmente ter uma irmãzinha. Eles quiseram e tentaram tanto. Após anos, desistiram, então, ela veio. Seis anos depois de mim. Praticamente acabou de fazer 16. Está se preparando pra ir pra faculdade, com a vida toda pela frente e esse peso nos ombros. Papai e mamãe, vocês precisam sobreviver pra ver sua caçula se formando. Por favor, não nos deixe, eu imploro.

O tempo se arrasta como uma eternidade e ninguém nos dá notícia. Estou ficando impaciente e faminta. Damon volta com algumas sacolas. Ele pensa em tudo, é comida. Eu sou uma sortuda mesmo. O dia que ele me pediu em casamento foi um dos dias mais felizes da minha vida. Engasgo em pensar na possibilidade de não ter meu pai me acompanhando até o altar.

Damon senta do meu lado, e me faz um cafuné. O telefone toca, ele atende impaciente. Estão ligando do escritório querendo notícias. Ele se afasta, mas vejo que se aborrece com algo. Volta sorrindo.

— Baby, preciso enviar uns relatórios pro escritório, vou ter que voltar na sua casa. Vocês precisam de algo mais? - ele me informa. Aceno com a cabeça. Só os meus pais. Quero dizer, mas, isso é óbvio.

Ele sai novamente e fico com minha irmã. Tento puxar algum assunto, distraí-la.

— Hey, querida, e aquele menino que você namora, Tommy, certo? Onde está?

— Terminei. Ele deu umas crises de ciúme quando disse que ia te visitar nesse verão, não gostei disso. - ela me conta com detalhes e me enche de orgulho. Se tem uma coisa que aprendemos com nossos pais é respeito.

— E a faculdade, fez as inscrições? Não nos falamos essa semana. Harvard, Yale? Último ano, né?!

— Sim, as duas, Cornell também, e Columbia, principalmente. - ela me responde feliz. Sei o motivo, além de ter sido onde me formei, ela ficará perto de mim. Sorrio de volta.

— Isso é ótimo! Todas Ivy, que bom! Suas atividades, como estão?

Elena se distrai me contando como está na escola, as atividades extracurriculares e suas aspirações. No meio disso, vejo alguns médicos passando correndo, e identifico o que veio falar conosco indo apressado, com cara de preocupado. Sinto meu sangue gelar e meu coração quer sair pela boca. Tento fingir entusiasmo pra minha irmã, mas minha cabeça começa a rodar, e acabo levantando, querendo notícias.

— O que está acontecendo? - paro uma enfermeira que me olha assustada.

— Senhorita, por favor, sente-se e acalme-se. O médico já vem falar com a senhora.

Começo a surtar. Não aguento mais essa espera e ninguém nos diz nada. Grito com ela, Seguro nos seus braços e a encaro, forçando a me dizer algo. Ela pede ajuda e dois homens me seguram. Começo a me debater, e vejo minha irmã nervosa, também brigando com eles. Olho pra ela e me dou conta do que tô fazendo e começo a me acalmar. Paro e puxo meu braço pra eles me soltarem. Sento novamente, estou chorando, Elena também.

— Desculpe. Me descontrolei. Não aguento mais essa espera. - Digo, tentando confortá-la. Ela me olha com cara de cachorro que caiu da mudança, meu coração aperta. E sorri em seguida.

— Eu gostei. Assim alguém vem falar com a gente, antes que você enlouqueça de novo e saia quebrando tudo. - Ela diz. Tive que rir. Que mau exemplo que eu dei.

Damon reaparece, e encontra a gente rindo e não entende nada. Conto pra ele meu ataque.

— Puxa, eu perdi isso. - ele comenta e nos faz rir de novo. Bonnie ainda tá um pouco assustada, mas ri também.

Mal eu sabia que essa seria a parte mais leve do meu dia. O médico volta com péssimas notícias. Sinto um abismo sob meus pés, minha cabeça gira, seguro a mão da minha irmã e parece que o mundo parou de girar. “Eles não aguentaram” Foi só o que eu ouvi. Damon me segurou quando senti minhas pernas bambas. Bonnie apoiou Elena.

Eu queria ter forças pra ampará-la, somos só nos duas agora, mas, não tive. Se não fosse ele, eu teria desabado no chão como uma manga podre. Elena chora compulsivamente. A seguro em meus braços, e as lágrimas se misturam. Não sei o que faremos daqui pra frente, pelo menos, ainda temos uma a outra.


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