Moonlight escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 51
Capítulo 81: Hora do almoço da humana


Notas iniciais do capítulo

fotos do capítulo 81:
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Minha irmã conclui: 

— Depois de dois dias e meio eu acordei – diz Bella.

Interrompendo minha irmã meu estômago roncou tão alto fazendo um som tão oco como se estivesse vazio e eu não tivesse comido nada durante dias e não apenas algumas horas. Antes que eu houvesse me dado conta mamãe já havia saído da sala e foi até a cozinha preparar alguma coisa para que eu comesse.

Até o momento constrangedor do barulho feito pela minha barriga eu não tinha sentido fome de tão imersa que eu estava ouvindo minha irmã contar sua história com meu irmão. Papai me disse que eu não precisava ficar envergonhada por causa disso, pois todos eles sabiam que isso era normal e que meu corpo humano ainda tinha necessidades e precisava ingerir alimentos com mais frequência do que eles. Não era nenhum motivo de vergonha e eu não deveria ficar acanhada por causa disso.

Eu queria ser vampira logo também para não precisar comer tantas vezes seguidas (na época eu ainda não sabia que a gente tinha uma ardência quase constante na garganta que só se aplaca quando bebemos sangue, e depois vai se intensificando cada vez mais até precisarmos ingerir nossa bebida novamente, quando nossos olhos estão escuros como a noite e pretos como as sombras - de onde somos, mas nós Cullen não somos maus, escolhemos ser da luz, do bem.)

— Pausa para o almoço da humana agora – diz Bella. Tenho a sensação de que ela sempre quis dizer isso. Edward deve ter brincado com a necessidade dela comer várias vezes quando ela era humana também. É como se ela estivesse se desforrando, só que precisava ser em mim? Eu não tenho culpa.

Ai, esqueci: Edward.

— Bella, meu amor. Carol não gostou muito da sua atitude. Se eu brinquei com você ela não gostou de ser alvo de piada. Você deveria acertar comigo não descontar nela.

— Não me interprete mal Bella. Mas eu não gosto de brincadeiras comigo. Geralmente não gosto que riam as minhas custas ou façam qualquer piada sem que eu saiba sobre mim. Não me envolva nisso. Não estou brava, mas não se ofenda. Não foi justo Bella. Se meu irmão fez algo com você discuta com ele não me envolva nisso. Resolvam vocês dois.

Pobre de mim, nem sabia eu que Emmett adora rir a custa dos outros!

— Tudo bem Carol, eu não quis ofendê-la. Me desculpe, mas eu não poderei nunca revidar para Edward o que ele me fez porque ele não é humano. Ainda bem que não. Será impossível me ‘vingar’.

— Tudo bem Bella, já passou. só peço que não faça isso novamente.

— Me avise se eu fizer algo que não devia e incomode-a sem querer. eu não tenho intenção de ofendê-la.

— Na verdade querida, você já se desforrou quando eu não podia ler seus pensamentos. Ainda não posso, só quando você quer me mostrar algo. E ainda assim o que você escolhe. Você tem o controle sobre o que eu posso ler, as outras pessoas não têm.

Eu que o diga. Reviro os olhos discretamente.

— Sim, eu sei. Às vezes também é ruim ter essa capacidade de bloquear você. Mas geralmente é bom, dessa maneira Aro não pode saber por que você não sabia do plano que eu tinha para salvar Renesmee.

— Era perfeito, pois ele não acreditaria se todo mundo não tivesse a mesma dificuldade comigo, dessa forma ele aceitou que você não poderia saber assim como ele também não conseguia ler meus pensamentos.

— Não se preocupe Carol que à tarde continuamos. Não precisa ter pressa, coma devagar, não vá se engasgar – ela diz antes de desaparecer com Edward. Provavelmente eles foram para o chalé que é a casa deles.

Agora meu pensamento está seguro estou quase certa, pois Edward já está longe ou não está prestando atenção em mim.

Quem ela pensa que eu sou? Sem querer depreciá-la, mas eu não sou tão desastrada quanto dizem que ela era quando humana.

Os Cullen podem até pensar que eu desisti da ideia de ser uma vampira. Mas eu quero. Eu decidi. Porque eu não posso e Bella pôde. É porque ela era amiga de Jacob e por isso ele permitiu que os Cullen rompessem o tratado abrindo uma exceção. Isso não é justo! E se Jacob não permitisse que eles transformassem Bella, os Cullen não iriam para longe? Então isso pode valer no meu caso. Por que não?

Tenho que pensar em alguns detalhes porque não quero que Esme se machuque ou que sofra por minha causa. Eu sei que eu vou sentir dor, mas essa dor eu vou suportar porque sei que depois eu vou viver para sempre. Vai ter um objetivo, não como quando eu apanhava do meu pai apenas por apanhar. Muitas vezes sem saber o porque, era só para ele se divertir às minhas custas.

— Renesmee querida você vai ficar? – ouvimos a voz de Esme vinda da cozinha.

— Sim vovó.

Ainda acho difícil conciliar o fato de que Esme é avó, mas ela tem mesmo idade para ser minha bisavó até.

— Então vou fazer bastante comida. Provavelmente o Jacob vai chegar logo da patrulha. Não sei porque ele gosta de fazer ronda mesmo em tempo de paz.

— Ele gosta de correr vovó – responde Renesmee indo para a cozinha e eu também vou para ver ser mamãe precisa de ajuda.

...XXX...

 

Depois do almoço eu ajudo Esme a secar os pratos. Claro que ela lava a louça muito rapidamente e eu também sou muito lenta. Ela termina de lavar tudo antes que eu acabe de secar a segunda peça. Talvez porque eu fique pensando e me distraia facilmente (o que será um problema quando eu for uma vampira, pois vampiros se distraem muito fácil devido aos sentidos apurados).

Porque ela não lava na lavadora? Será que ela é mais rápida? Ou quer ter esse momento comigo? Mas se fosse por isso então ela deveria ter ido mais devagar. Porque tão veloz? Por motivo de economia de eletricidade que não é porque os Cullen não têm problema com dinheiro. Será que são tão preocupados com o meio ambiente e queiram economizar água evitando o desperdício? Eu aprovo essa atitude.

Além de economizar água poupam também energia. E acabam também economizando dinheiro, não que seria problema, eles tem bastante recursos, ao que parece são muito ricos. Não vou pensar muito nisso senão eu vou me sentir mal, deslocada, por ser de origem menos afortunada.

Ela vira para ver que eu ainda não terminei nem de secar o segundo prato e estou com cara de espanto:

— Oh honey me desculpe, podemos colocar o restante da louça na secadora.

— Está bem mãe – digo acordando do transe. – não precisa pedir desculpas por ser quem você é – digo colocando a toalha de volta no cabide quase seca.

— Vá querida, Bella já está esperando por você lá na sala. Eu já vou, vou guardar a louça na secadora e já estarei lá.

É claro que eu nem iria perceber quando Bella retornasse e mamãe teria que me avisar. Caminho até o sofá, automaticamente.

— Pronta Carol?

— Sim, eu estou pronta – respondo e sorrio me sentando no sofá.

— Carol, você sabe que Esme só fez isso para ajudá-la. Ela sabe que você quer vir para cá.

— Mas eu também queria ficar com ela – digo ainda cabisbaixa. Não sei se eles podem entender meu dilema.

Antes que eu terminasse de me arrumar, mamãe chega e me puxa para junto de si. Eu já me acostumei e ela também faz tudo com tanta delicadeza que mal sinto seu toque em minha pele.

— Oh sweetie— Esme diz segurando minhas mãos. Ela é rápida, claro. Eu deveria saber que o dela era realmente .

— Você não pode ter tudo ao mesmo tempo.

— Eu sei Edward. Não importa onde, o importante é estar com a mamãe.

— Minha filha, eu amo muito você – ela me abraça.

Se eu disser, Edward vai ficar com ciúmes de mim. Mas Esme já disse e se eu não responder vou magoá-la e se ele for ter inveja já terá independente do que eu disser. Então não custa nada responder.

— Também amo muito você, mãe.

— Não se preocupe Carol, não sinto ciúmes – diz meu irmão.

— Cada um de vocês tem lugar no meu coração – diz Esme conciliadora.

— Sim seu coração cabe todos nós. Se coração de mãe humana sempre cabe mais um, imagine de mamãe vampira.

— Carol, você não parece levar tão a sério o fato de que eu sou mais do que parece.

— Eu tenho consciência disso, mãe. Eu sei que você não quer me machucar.

— Mas eu poderia, e isso seria muito doloroso para mim. Lembra quando eu quase ataquei você? Isso me deixou muito mal.

— Não se preocupe mais, mamãe – afago o rosto dela.

— Carol você é uma menina muito especial.

...XXX...


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