Moonlight escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 34
Capítulo 65: Sonho


Notas iniciais do capítulo

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Capítulo 65

Eu tive um sonho estranho naquela noite, eu sonhei que fui convidada para a formatura dos alunos da Forks High School mesmo ainda não estando lá. Eu tinha sido convidada porque meu pai trabalhava com o pai de Bella na delegacia e nós duas já nos encontramos algumas vezes. Inclusive ela já cuidou de mim e de meus irmãos mais novos. Ela é quatro anos mais velha do que eu praticamente e enquanto ela está concluindo o curso secundário eu ainda nem terminei o primário. Mas logo vou me formar, pois sou uma ótima aluna e adiantaram-me um ano.

Apesar de a festa ser para alunos mais velhos, meus pais me deixaram vir por ser realizada em uma casa de família e eles acreditam que nada de ruim possa acontecer, nem aconteceu. O Dr. e a Sra. Cullen estão supervisionando tudo e cuidarão para que tudo ocorra na mais perfeita ordem, é uma festa, mas não permitirão exageros. Diversão sim, mas na medida certa. Eles dois também ficaram responsáveis por mim. Minha mãe pediu para que a Sra. Cullen ficasse comigo, tarefa que ela cumpriu quase impecavelmente, o tempo todo.

Não posso reclamar porque ela é uma ótima companhia. Embora a festa não fosse dela a casa era dela então ela era uma das anfitriãs. A principio eu fiquei um pouco receosa por estar em uma casa tão luxuosa, jamais eu tinha estado em lugar assim tão requintado, eu me sentia literalmente um peixe fora da água, totalmente deslocada, mas Esme é muito agradável e me fez me sentir à vontade. Além disso o fato de eu precisar ter uma babá, afinal eu tinha apenas catorze anos. Quase quinze, mas ainda catorze. Mas ela foi muito legal comigo e me acolheu super bem.

— Boa noite, que bom que você veio, sweetie— ela disse ao me receber na porta de entrada, olha para meus pais e complementa. – Obrigada Joseph e Elizabeth por confiarem em nós, vamos cuidar muito bem de sua preciosa filha, como se fosse nossa.

 Nunca me senti tão querida em toda a minha vida! Jamais meus pais foram tão afetuosos comigo desse jeito. Mesmo que minha mãe quisesse dar mais terna meu pai não permitia que ela demonstrasse. Tive que me esforçar muito para não chorar com as palavras de Esme.

— Vamos cuidar dela – diz Carlisle afagando o topo da minha cabeça. – Tudo bem, criança?

Eu sorrio e levanto o rosto para vê-lo. Como ele é alto! Meu coração dá um salto quando ouço ele me tratar assim afavelmente. Por que meus pais não são assim comigo?

Não acho que seja só porque eles são meus pais e Carlisle e Esme não, eu vejo os pais dos meus colegas na escola e eles não aterrorizam os filhos. Na verdade eu mal posso suportar quando vejo um pai ou uma mãe acariciando, dando um beijo ou abraço no filho ou filha. Eu não sei, não é inveja, mas eu sinto que me falta isso e é como uma punhalada no coração. Não que eles tenham culpa, na verdade a culpa toda é dos meus pais. Sempre eles, mas a culpa nesse caso é sim deles e de mais ninguém. Eles que escolheram me tratar dessa forma, eu não pedi, e tenho certeza que jamais pediria para ser maltratada.

Os filhos não têm medo dos pais, geralmente, só eu. E isso é errado. Não deveria ser assim, eu sinto que não deveria ser assim. Temos que respeitar os pais é claro, mas eles não tem que ser assim, apavorar, amedrontar os filhos. Nós somos indefesos pois temos que nos submeter aos pais que a vida nos deu, bons ou ruins. Não podemos escolher a família em que nascemos, mas podemos escolher a que faremos.

Nos despedimos e então Esme e Carlisle me conduzem para dentro. Ainda vão demorar a chegar os formandos para a festa, pois ainda estão na cerimônia e enquanto isso nós conversamos na sala.

Observo e ela é mais branca do que eu, mas ainda assim uma cor que não é muito incomum por aqui nessa cidade fria e chuvosa.

 - Sra. Cullen... – ela me interrompe.

— Me chame apenas de Esme, querida. E você como se chama?

— Caroline. Eu... meu nome é Caroline – gaguejo timidamente.

— Tudo bem Carol, não fique com medo.

Eu tinha mais motivos para ter medo do que eu imaginava. Os motivos que eu tinha não eram nada em comparação com o fato deles dois serem vampiros. Todos os Cullen são vampiros e Bella já sabia. Só os moradores de Forks, quer dizer, os outros não sabiam de nada. Se não acolheram os Cullen tão bem, ao menos não foram hostis, imagine se eles soubessem o que eles realmente são.

Os Cullen em si podem não ser perigosos para os seres humanos, mas outros da nossa espécie não tem o mesmo apreço pela vida humana como papai.

— Você não mora há muito tempo aqui, não é, querida?

— Não. Há alguns meses nós nos mudamos para cá. Antes minha família morava em Toledo.

Toledo, Washington.

— Ah, por isso que nunca vi você antes no hospital, eu trabalho lá – diz o Dr. Cullen. Eu sabia que ele é médico e só há um hospital na cidade, então ele certamente trabalha lá.

Ainda olho para os lados apreensiva, e Esme percebe:

— O que foi, querida?

— Não gosto muito de festas. Na verdade, eu me sinto como... sei lá, como se eu não devesse estar aqui. Não me entenda mal vocês têm uma bela casa, confortável e luxuosa, mas eu não sei, me sinto estranha. Eu ainda nem estudo na Forks High School.

— Está tudo bem, querida. Você foi convidada porque é vizinha da Bella.

— Eu nem conheço ela tão bem assim. Sou mais amiga da Ângela colega dela. Ela cuidou de mim algumas vezes, na verdade, dos meus irmãos, porque eu não preciso de babá. E um dia Bella estava junto também e ajudou.

Fiquei com medo de que ela se assustasse com a minha revelação repentina de algo sobre a minha vida que ela nem perguntou e talvez nem quisesse saber, mas ela foi muito gentil:

— Você é uma boa menina sweetie— ela toca delicadamente com a ponta dos dedos frios meu rosto como se eu fosse muito frágil como uma porcelana.

A sensação gelada de seu toque provoca um arrepio em mim, meus olhos se arregalam e meu coração dispara como se eu estivesse diante de algo muito perigoso. Tento controlar a reação, mas não consigo, pois é involuntária, instintiva.

Ela se arrepende ao ver meu choque:

— Me desculpe, filha.

Meu coração agora bate por uma emoção completamente diferente da anterior, parece querer sair voando. Ela é tão fofa! Tento me dominar mais uma vez e segurar a emoção. Tantos anos praticando em casa porque não podia demonstrar alguma emoção que meus pais usavam para me ferir, então eu aprendi a me proteger.

— Vamos descer um pouco, querida? – Esme me convida.

— Está bem – digo me colocando em pé ao seu lado.

Descemos as escadas para o andar térreo onde a sala foi preparada para ficar parecida com uma boate como aquelas da televisão. Os convidados começam a chegar e Bella acena ao me ver. Eu retribuo o gesto.

Esme me conduz até um canto e depois de alguns minutos me diz:

— Preciso sair um pouco querida, não vou demorar. Você vai ficar bem sem mim?

— Eu acho que sim Esme, fique tranquila – antes que eu terminasse de falar ela já havia sumido e eu já estava sozinha.

Eu sei me cuidar. Muitas vezes fiquei em casa sozinha ou cuidando de meus irmãos mais novos enquanto nossos pais estavam trabalhando.

‘Como ela desapareceu tão depressa?’ um arrepio de pavor percorre minha espinha. Não estou com medo dela, estou? Ela não me fez mal nenhum e nem faria, ela sabe que minha mãe saberia que foi ela se algo me acontecesse. Mas será mesmo que se algo acontecesse comigo Esme estaria mesmo encrencada? Ou será que eu não seria muito para lhe causar algum problema?

‘Carol, não se apavore’- digo para mim mesma. ‘Ela deve ter apenas passado mal.’

Como, se eu não a vi comer nada desde que eu cheguei? E, se ela estivesse passando mal não daria tempo de pedir licença.’ raciocino.

‘Ela pode ter sido educada se segurando para pedir para sair. Ela pode ter passado mal, sentido ânsia de vomito ou algo assim e segurado até pedir licença. Ela é jovem pode ser que esteja grávida.’

Não posso evitar de sentir meu coração se enternecer com o pensamento. Jamais poderia imaginar que para ela seria impossível conceber um filho, mas eu pensei nisso apenas com boa intenção, eu não sabia que ela não podia mais gerar uma criança. Seria um bebê muito feliz com pais tão maravilhosos. Os jovens Cullen tem sorte por Esme e Carlisle terem os adotado. Foi uma pretensão minha, um longo tiro no escuro. Mas era apenas suposição da minha cabeça para tentar explicar para mim mesma o comportamento estranho dela.

‘Não, provavelmente não. Não que eu costume ouvir fofocas, mas aqui na cidade todo mundo comenta que a Sra. Cullen não pode ter filhos. E se ela pudesse mesmo ninguém melhor do que o Dr. Cullen marido dela desmentiria esse boato. Se ele deixa o rumor é porque tem um fundo de verdade. Por isso eles dois adotaram os jovens. Eu não gosto muito de fofoca, mas essa não é bem uma fofoca, é um fato. Em si essa notícia não é nem boa nem ruim; é neutra, apenas é.’

A música era tão animada que vibrava no chão e quase me fazia dançar, mas eu sou uma péssima dançarina e então o máximo que me arriscava era a balançar no ritmo do som.

Ainda bem que eu estava em um canto onde era menos tumultuado, pois as pessoas estavam todas espremidas no meio da sala, tão apertadas que pareciam uma massa apenas. Fiquei mais a vontade ali livre e sozinha, até Bella veio conversar comigo um pouco.

Minutos se passaram até a campainha tocar e quase me matar de susto devido ao barulho inesperado e repentino. Tocaram de novo e eu me perguntei ‘Porque Bella não vai atender?’ Vejo ela hesitando e pensando se recebe ou não os convidados que acabaram de chegar e me indago qual o motivo. Então três meninos com pele acastanhada e cabelos pretos - o que me diz que só podem ser índios da reserva indígena local – aparecem, entrando mesmo sem serem admitidos. Dois deles hesitam na porta como guarda-costas do terceiro que se aproxima de Bella. Eles eram todos bem grandes e intimidadores, contrastando com a juventude que seus rostos  aparentavam, apesar da expressão fechada e severa. O que eram eles, Meu Deus? Logo agora que Esme sumiu e nem sinal do Dr. Cullen, e se eles forem alguma gangue que invade festas de jovens? E se eles matarem alguém? Cade os adultos da casa? Eles não podem ter desaparecido simplesmente e deixado um monte de adolescente sozinhos. Não podem. Não, eles não fariam isso, fariam? Não creio. – Quase caio de joelhos e aos prantos de puro pavor.

Não eles não são nada disso que eu estou pensando, eu só estou assustada. E mesmo se eles forem algo, eles são apenas três e se nós todos nos unirmos venceríamos eles. Claro, com algumas perdas, mas isso não significaria muito alguns se sacrificariam para que outros sobrevivessem, senão todos morreríamos.

‘Carol não bóia’ – eu me autocensuro em meu delírio. ‘Eles não farao mal nenhum, são apenas outros amigos de Bella.’

‘Pela reação dela quando eles chegaram acho que não são bem vindos.’

Vi que enquanto Bella conversava com um deles ela não estava gostando nada. Quando me recuperei do susto quase fui até lá ajudá-la a se livrar dos indesejáveis ‘convidados’ ou penetras, não sei. É claro que se eu tivesse mesmo ido eu não seria de muita ajuda, talvez apanhasse também. E eu resolvi ficar quieta em meu canto, pois eu não quero levar uma surra de graça. Já basta as que eu levo em casa do meu pai por culpa dos meus irmãos. Eles sabem que eu vou apanhar e aprontam de propósito para me ferrar.

O rapaz que conversava com Bella, agora parecia que de forma mais amigável, deu para ela uma pulseira com um pequeno pingente dependurado que eu não vi direito o que era, pois eu estava muito longe. Ela, no entanto, parecia agitada e quase indiferente ao rapaz, como se estivesse procurando por alguém que não encontrava de jeito nenhum. Eu também estou começando a ficar preocupada com Esme. É claro que ela é adulta e sabe se cuidar e deve estar bem, mas ela se comprometeu a zelar por mim e onde ela esta? Sumiu sem deixar nenhuma pista. Ela disse que voltaria logo, mas até agora não a vi novamente.

Não ouvi o que eles disseram devido ao volume estridente e ensurdecedor da música, mas seus rostos tinham uma expressão preocupada.

‘O que está acontecendo? Será que foi por isso que Esme sumiu e me deixou aqui sozinha, ela foi resolver alguma coisa, algum imprevisto? O que está havendo?’ – caminho em direção de Bella automaticamente, ela é a única pessoa da festa que eu conheço além do Dr. e da Sra. Cullen.

‘Não Carol, não vá. Fique onde está. Não se mova’ – diz minha consciência ‘se Esme a deixou aqui é para você ficar aqui. Ela não quer que você vá atrás dela procurá-la. Ela não iria quer que você se machucasse.’

‘Mas eu preciso saber se ela está bem.’

‘Apenas espere, fique aqui onde ela a deixou. Ela disse que vem então ela vem, acredite, e ela vai procurar por você aqui onde a deixou. Imagine se você se perdesse no meio de tanta gente e ela tivesse que procurá-la?’

‘Não, não quero dar trabalho para ela’ – recuo um passo para trás.

Quando eu levanto os olhos eu vejo que os três rapazes acuaram Bella na parede. Eu conhecia muito bem esse olhar, possivelmente era o olhar que eu tinha no rosto todas as vezes que meu pai vinha para cima de mim. Medo. Ela pedia socorro com os olhos agoniados, eu não podia deixar de prestar ajuda mesmo que fosse inútil. Eu deveria fazer algo, minha mente não me deixaria em paz se eu não interviesse. Não posso ficar impassível, ninguém esteve ali para me dar socorro, mas eu não posso me furtar de auxiliar alguém que passe pela mesma situação. Eu sei como se sente. E o pior eu sei como se sente quando ninguém vem ajudar. Todos parecem indiferente. Mas eu não vou ficar assistindo, não vou.

Bella estava olhando ao redor atordoada e procurando por ajuda. Eu ajudaria, mesmo que fosse apenas distração, afinal eu tenho apenas catorze anos e ela dezoito. Mas eu vou, mesmo que seja apenas para apanhar não vou deixá-la sofrer enquanto eu vejo a tudo calada. Talvez fosse melhor que eu fosse buscar ajuda, mas não há tempo. Não dá. Vai ter que ser assim. Não me preocupo comigo, não posso deixar Bella sozinha.

Eu estava indo ao seu encontro, tudo parecia em câmera lenta, como em um filme na cena de tensão, quando Alice apareceu descendo a escada.

— Alice! – gritou Bella eufórica, ela nem viu que eu estava indo ajudá-la.

‘Obrigada Deus’ agradeço por não ter sido necessária minha intervenção. Ainda acho que eu não seria de muita ajuda e poderia causar problemas para Esme se eu me machucasse e isso eu não queria. Volto para meu lugar onde ela possa me encontrar quando voltar. Aliviada que o momento grave passou.

As duas foram também encurraladas pelos índios, até que o namorado de Alice, Jasper, apareceu. Parecia que eles iriam brigar, mas Bella se interpôs entre eles e apaziguou os ânimos. Eles estavam conversando muito sérios e isso significava que alguma coisa estava definitivamente errada, mas o quê?

Se todo mundo corria risco porque deixaram que a festa ocorresse? Eles têm medo que ocorra um incêndio? Mas se pode mesmo acontecer foi imprudência deixarem a festa acontecer também. Creio que eles tomaram as precauções necessárias para isso e não iriam arriscar a vida de jovens inocentes, iriam?

Os rapazes seguiram Bella, Jasper e Alice rumo a outro cômodo e a festa continuou normalmente. Eu estava ficando com sono quando de repente Esme apareceu do meu lado como que por encanto:

— Já são 10 horas da noite, vamos para casa querida?

— Sim, vamos – eu concordo, pois estou mesmo cansada. Ela deve ter percebido pela minha expressão abatida.

Eu bocejo:

— Foi uma noite longa... se divertiu sweetie?

— Sim Esme. Há algo errado? Você está bem?

— Não se preocupe comigo querida, eu estou ótima – eu não sabia o quanto em perigo ela estava ela poderia morrer no confronto com o exército de recém-criados.  Ela me envolve colocando um dos braços nas minhas costas. – Venha, eu e meu marido vamos levar você para casa.

— Obrigada mais uma vez por tudo Esme.

— Oh meu bem, eu é que tenho que agradecer você por ter se comportado na minha ausência. Você é uma mocinha muito sensata.

Eu ruborizo um pouco com o elogio.

Fico aliviada por sair dali. Espero que nada aconteça, mas feliz por sair.

Não que a casa dos Cullen seja mal assombrada, muito pelo contrário. Mas os jovens costumam fazer coisas bizarras quando bêbados e agora é hora de as crianças como eu irem para casa. Não que os Cullen permitirão alguma coisa muito atrevida, mas é hora de me retirar.

Encontramos Carlisle a nossa espera em outra sala. Ele trocou de roupa e agora está com um terno cinza que lhe cai muito bem. Contrasta com os olhos dourados e destaca a cor da pele. Não posso negar que ele está lindo!

Ele percebe minha admiração levanta os olhos para mim:

— Carlisle podemos levar Carol para casa?

— Claro, querida! – ele se levanta e toca meu rosto de leve ao passar por mim.

Minha pele fica queimando onde ele encostou em mim. Quase desmaio mas tento me concentrar e digo para mim mesma ‘Não desmaie Carol, não desmaie.’

...

Após alguns minutos chegamos onde moro. Eles dois me deixam em casa como prometeram aos meus pais:

— Obrigada por trazerem a Carol para casa – diz minha mãe ao ver eu sair do carro.

— De nada Elizabeth – diz Esme me ajudando a levantar. – sua filha é muito educada, você e seu marido tem sorte por terem uma menina tão linda como ela.

Levanto a minha cabeça incrédula. Ela não tem culpa, ela não sabe e nem teria como saber. Eu fui educada por medo. se eu tivesse sido criada de outra forma acredito que também obedeceria. Mas não foi assim, infelizmente.

Meu pais tem sorte? Eles nem reconhecem o tesouro que eu sou. Sou mais preciosa que uma pedra valiosa... mas sobre o meu comportamento. Ai de mim se eu não me comportasse, se meu pai ficasse sabendo meu couro iria arder. Isso se ele não arrancasse com a surra que iria me dar. Mas eu me portei bem porque fui bem tratada.

— Obrigada novamente Sra. Cullen – diz minha mãe corando um pouco.

— Me chame apenas de Esme.

— Tudo bem então, obrigada mais uma vez Esme e obrigada Dr. Cullen.

— Foi um prazer. Sabemos como é difícil sermos novos numa cidade e não conhecer ninguém, ficamos felizes em poder ajudar – responde Carlisle. Eu nem havia percebido que ele também havia descido do carro e estava ao lado da esposa.

{Com todas as mudanças de cidade os Cullen tem certa prática nisso, eles sabem como agir quando chegam a uma cidade nova.}

— Boa noite Carol – Esme se despede de mim com um olhar afetuoso.

— Boa noite Esme – beijo seu rosto. Ela não esperava, ninguém esperava, mas eu não me importo com  o que os outros pensem ou falem. Eu fiz o que meu coração mandou, e isso é o certo.

Mesmo pega de surpresa, ela não se afasta de mim, provavelmente pensando que seria pior para mim se o fizesse do que sentir que ela é fria. É diferente, mas eu não estranho. Atribuo a sensação à brisa gelada da noite.

— Boa noite doutor – ele se abaixa para que eu possa beijar o seu rosto também.

— Boa noite criança, durma bem.

— Sonhe com os anjos, sweetie.

Se eu sonhar com eles dois será como estar sonhando com dois anjos. Eles são anjos que Deus colocou na minha vida, tomara que eles me salvem do inferno em que eu estou presa.

Esme me dá um abraço e os dois entram no carro escuro que desapareceria na noite se não fossem os faróis que permitem que eu o aviste ao longe.

'Será que vou encontrá-los novamente?'

Quando eu não consigo mais ver o automóvel viro para entrar em casa. Exausta vou direto para o quarto e me deito na minha cama.

...XXX...


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