Moonlight escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 30
Capítulo 61


Notas iniciais do capítulo

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— Antes de sairmos os Volturi nos recomendaram que esperássemos a noite cair para não chamarmos muita atenção. Na ante-sala encontramos Heidi que acabava de chegar com um grupo de turistas que iriam servir de alimento para os Volturi. Eu vi aquelas pessoas inocentes, sem saber que estavam indo para a morte e não pude evitar sentir pena delas.

‘Eu sabia que não era racional desperdiçar o pouco tempo que eu tinha com Edward. Eu deveria aproveitar para vê-lo, mas as lágrimas embaçavam meus olhos. Ele poderia me deixar logo que chegássemos em Forks e eu deveria aproveitar cada instante. Por isso não quis dormir, queria compensar de alguma forma ter chorado antes. O tempo perdido não há como recuperar, mas eu queria aproveitar cada segundo e não podia adormecer. Outro dia eu poderia dormir a vontade, não naquele dia.

‘Naquela noite pegamos um voo de Florença à Nova York e depois outro de Nova York até Seattle. Quando chegamos ao aeroporto todos os Cullen estavam à nossa espera. Esme e Carlisle me agradeceram por ter trazido os filhos deles de volta, principalmente por ter me arriscado tanto indo buscar Edward lá na Itália, num lugar tão perigoso que até os vampiros tem certo receio de ir. Jasper disse que eu fui corajosa, como sempre fui. Rosalie também veio falar comigo, pois queria pedir desculpas pela confusão que tinha causado e eu é claro que a perdoei. Qualquer coisa para que ela tivesse um pouco menos de raiva de mim.’

— Eu não odiava você Bella, sabe disso – diz Rose.

— Sim, agora eu sei. Mas naquela época eu não sabia ainda. Ainda não tivemos a conversa que tivemos meses depois.

— É verdade.

— E assim termina mais esse capítulo da historia. Foi um pouco demorado porque é quase um ano, de setembro de 2005 até junho de 2006.

— Não tem problema, irmã. Eu gosto de ouvir uma boa história.

Me levanto, e quando percebo estou indo ao banheiro, pois Bella falou por quase cinco horas. Não que a minha bexiga estivesse doendo, mas demorei mais do que o normal para esvaziar. Ainda bem que eu às vezes ficava três horas sem ir ao banheiro, mas mais de quatro horas quase foi demais. Mais um pouco e eu faria xixi nas calças ou viria correndo para cá.

Seria vergonhoso se eu urinasse no colo da mamãe como um bichinho de estimação; ela não iria gostar nada, talvez me ‘matasse’ fuzilando com os olhos. Ainda bem que eu sou quase adulta e provavelmente viria antes que o pior acontecesse. Meu corpo iria me avisar antes quando não aguentasse mais segurar, eu acho. Só não sei se eu seria rápida o suficiente para chegar no banheiro antes de me molhar. Ai eu iria ter que tomar banho.

Quando saio do banheiro sinto cheiro de comida vindo da cozinha. Esme está preparando o jantar e automaticamente caminho na direção do aroma delicioso. Quando eu passo pela sala Edward olha para mim e sorri. Claramente ele ouviu o que eu pensei:

— Tudo bem, Ed. Eu sei que foi engraçado, mas não conte nada para a mamãe.

— Pode deixar, Carol. Eu sei guardar segredo.

Eu também sabia, tanto que eu consegui pensar em outra coisa perto dele para não lembrar daquele sonho esquisito; a Bella acabou me ajudando a não pensar nisso me distraindo. Ou ela sabe contar histórias muito bem, ou é porque foi a história que ela viveu e por isso ela conta com mais paixão e cor, ou eu é que sou mesmo facilmente distraída. Acho que eu me disperso facilmente. Imagina então quando eu for vampira e puder ouvir até a grama crescendo...

 Se eu penso que Esme já ficaria irritada se soubesse que quase fiz xixi nas calças e a molhei sem querer, imagine se ela soubesse que eu sonhei que mamava como um bebê recém nascido no colo dela, ai ela iria me matar mesmo.

Chego na cozinha e Esme me recebe sorrindo sem nada desconfiar. Ainda bem que nem todos os vampiros podem ler pensamento como meu irmão. Seria muito constrangedor se mamãe soubesse de tudo que eu tenho em mente, tudo que eu penso sobre ela e papai.

...XXX...

 

Depois do Jantar Bella resolveu ficar e me contar mais uma parte da sua história com Edward:

— Obrigada por ficar mais um pouco – ela queria voltar para o chalé, mas também gostaria de me contar mais. Se pudesse terminaria hoje, mas a parte do casamento e o nascimento de Renesmee vai ficar para amanhã.

— De nada Carol, eu é que agradeço que você queira saber do que aconteceu por mim.

— Acho que é necessário, pois somos praticamente irmãs e em breve eu farei parte da família definitivamente. E também porque eu já ouvi um pouco da historia que mamãe e papai me contaram e acho justo saber de você. Não que eu pense que eles teriam mentido, apenas contaram o que aconteceu do ponto de vista deles.

Bella sorri com a minha menção à minha iminente transformação.

— Ainda faltam meses para a mudança, Carol. Não tenha pressa – diz Edward. – É definitivo e irrevogável. Você tem de pensar bastante antes.

— Já pensei bem, jamais vou querer me separar de nossos pais, irmão. Não posso mais me imaginar vivendo longe deles – a sinceridade transborda em minha voz.

— Você não vai poder desfazer depois.

— Sei disso Ed. Não sei porque alguém gostaria de voltar a ser humano...

Escutamos o estrondo de uma porta batendo no segundo andar, tão forte que até eu percebi. Rosalie ouviu, mas que droga! Mas porque ela tem que bater a porta? Se ela queria me assustar não deu certo. Ela sabe que eu quero, não é nada pessoal, mas ela tem que levar como ofensa. Isso é uma escolha só minha e nada tem a ver com ela!

— Não se preocupe com a Rose – diz Edward. – Ela não tem nada particular contra você, é que, bem, ela só não entende alguém gostar tanto da ideia e ansiar se tornar um vampiro.

— Eu não quero ser um monstro eu quero ser vampira para viver para sempre com Esme e Carlisle. Toda pessoa tem o direito de buscar a felicidade, vocês principalmente aqui nos EUA tendo esse direito assegurado na Constituição deveriam entender melhor do que ninguém.

— Entendo você irmã não precisa me explicar. Você sabe que eu não sou contra, Carol.

— Eu sei, Ed. Mas porque então você se absteve?

— Eu vi que meu voto não seria necessário para desempate ou algo assim. Então eu quis ficar neutro.

— Você tinha medo de votar contra Rosalie?

— Não. E eu também sabia que Renesmee iria se abster por causa de Jacob, para não desagradá-lo e então eu também fiquei fora para apoiá-la. Eu sabia qual era o resultado antes de falarmos.

— Você e Alice já sabiam?! – É claro que por causa dos dons deles eles já saberiam, eu não deveria ficar surpresa com isso.

— Sim, nós dois já sabíamos.

— Porque você não votou sim como nossos pais, então?

— Não era necessário. Eles entenderiam que eu tinha que apoiar minha filha.

— Mas a Bella não se opôs.

— Não. E nem me arrependo. Vou adorar ser sua irmã pela eternidade. Eu fui, então, como um voto que valeu por todos nós, disfarçado apenas para não desagradar Jacob – eles podem falar sem receio porque o lobo foi caçar com a filha deles.

 E mesmo se ele estivesse aqui não importaria porque apenas o voto deles não seria o total de todos os votos para que eu mudasse. Para entrar para a família seria preciso mais. Eles não teriam culpa de qualquer forma. Jacob não tinha que se meter e sabia que perderia. Não adianta.

Rosalie também só disse não para não ser como todos. Tem que ser do contra. Sabia que iria perder, mas não quis dar o braço a torcer. Teimosa. Que ela seja como quiser, não preciso dela. Não a odeio como ela me despreza porque eu sou mais eu, e porque Esme não iria gostar. Mas ela que seja como quiser, estou nem ai.

Edward sorri com meu pensamento.

— Vou tentar ser breve porque você tem que dormir.

— Ah! Não precisa se incomodar comigo, Bella – protesto. Ser humana é tão injusto! Só porque eu sou humana tenho algumas necessidades como comer e dormir.

— Se você dormir eu te levo para o quarto, filha – diz papai.

Eu fico emocionada com o gesto de Carlisle porque meu ex-pai não fez isso comigo nunca. Na verdade eu acho que ele nunca me tocou, apenas bateu. Nunca afago, somente surra. Acho que nem quando eu era bebê, só a minha mãe me segurava. Se ele não me pegou no colo antes quando eu era criança e mais leve, agora que eu sou mais pesada e ele mais velho, muito menos.

Ao invés de ele dizer que me levaria para o quarto se eu dormisse quando queria assistir alguma coisa na TV mais tarde à noite, e eu mal conseguia manter os olhos abertos por causa de tanto sono, -eu queria assistir, mas o sono não deixava- meu ex-pai me mandava para a cama então, talvez por dentro ele estivesse sorrindo por eu não conseguir ficar acordada, mas me levar para o quarto se eu dormisse, não levava, eu tinha que ir com as próprias pernas.

— Tudo bem, vamos lá – diz Bella. – Tudo parecia que estava sossegado, mas logo ficamos sabendo que alguma coisa estava acontecendo em Seattle. É claro que a vida não podia ser normal por muito tempo, eu sabia, e já esperava que algo acontecesse. Não sabia o que, mas eu sabia que algo iria acontecer mais cedo ou mais tarde e já estava meio que preparada pra isso.

...XXX...


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