Moonlight escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 28
Capítulo 59


Notas iniciais do capítulo

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— 'Um dia eu resolvi pular de um penhasco na praia de La Push como eu tinha visto alguns meninos fazerem. Estava tudo bem eu tinha conseguido voltar a tona mas então veio uma onda e me submergiu e eu não consegui mais voltar para a superfície da água. Eu não pensei propriamente em me afogar para ver Edward, eu pensei que ele iria aparecer apenas  por me ver me arriscar. Ele apareceu, sim, mas também quando eu estava me afogando. Evidentemente ele iria aparecer porque eu estava em perigo. Ele me disse para não desistir, mas eu não tinha mais forças para lutar. Até que eu senti que alguém me tirou da água.

Esme levanta a cabeça. Talvez foi por influência do que ela fez que Bella tenha feito isso. Acabou tendo essa ideia.

— Parece um pouco com a minha história – diz mamãe baixinho como se tivesse receio de que interpretasse mal o que ela diz. – mas eu não pulei na água. Me desculpe eu não queria incentivar ninguém a fazer o mesmo.

Edward e Alice olham para a mãe, não de uma forma furiosa, mas apenas compreensiva. Alice deve ter ficado apavorada quando viu Bella pulando do precipício assim como Esme (e mais tarde eu soube que a mãe humana dela também morreu dessa forma então faz sentido como Alice ficou preocupada ao ver Bella pulando).

Não que Bella deveria ter essa tendência suicida, mas eles deveriam prever que depois que Edward foi embora e com ele todos os Cullen, ela não ficaria nada bem. Esme alertou, disse que também ficou muito arrasada quando Carlisle foi embora em 1911 depois de tratar sua perna, e isso que eles nem tiveram nenhum envolvimento, ela só tinha imaginado que eles teriam, imagina a pobre Bella após tudo que viveu com Edward! Não poderia ser como ele queria que fosse como se ele não tivesse existido. Nada pode mudar o passado. A não ser que ele apagasse a memória dela, mas isso ele não pode fazer. Nem se ele pudesse seria capaz de mexer na mente dela, pois nunca pode sequer ler o que Bella estava pensando.

Porém ninguém levou muito a sério o que mamãe disse. E deu no que deu. Bella poderia ter morrido mesmo naquele salto, se não em Volterra onde meu irmão quis ir se matar (por que vampiros só podem morrer por outros vampiros). Poderia ter dado tudo errado e Bella não ter conseguido salvar Edward e eles estariam todos mortos: Edward, Alice e Bella. Ou mais exatamente talvez todos tivessem sido capturados e se tornado Volturi. Seria muito difícil para Esme perder três filhos de uma vez só. Se ela já ficou daquele jeito ao perder um filho e pulou do penhasco, imagine se tivesse perdido meus irmãos! Mas ainda bem, graças a Deus, que Bella conseguiu resgatá-lo.

— No entanto, Alice não viu quando Jacob me resgatou do mar porque ela não conseguia ver através dos transmorfos. Rosalie ficou sabendo e resolveu contar para Edward e ele foi para Itália para pedir que os Volturi o matassem por pensar que eu tinha morrido. Mesmo que as visões não são totalmente precisas, mas naquela época era difícil acreditar que eu não tivesse morrido. Os Cullen ainda não sabiam sobre os lobisomens, quer dizer, não pensavam que eles voltariam porque eles voltaram. Carlisle e os mais velhos sabiam, menos Alice e Jasper que se uniram à família depois do tratado. Ninguém poderia adivinhar que Alice seria incapaz de ver através dos lobos, então minha morte era quase certeza.

 ‘Mais tarde naquele dia quando Jacob foi me levar para casa nós vimos o carro de Carlisle estacionado e eu fiquei muito feliz.

‘Ele está aqui! Talvez também Esme. Será que eles vão voltar? Mesmo que não fosse quem eu esperava ver, Edward, ainda significava que eles estavam por perto.

Eu também ficaria assim ao ver a Mercedes. Ela significa que eles dois estão aqui! OMG! Entendo Bella perfeitamente. É claro que papai pode emprestar o carro para um dos filhos ocasionalmente, mas geralmente é ele quem dirige e mamãe o acompanha.

‘Jacob ficou nervoso e não queria me deixar sair do carro, pois podia ser uma armadilha. Mas eu disse que não tinha perigo. Ele retrucou que não podia me proteger aqui se um deles estava aqui, pois esse território era deles. Eu que voltasse sozinha. Eu voltei para casa sozinha então.

 ‘A casa estava escura e por um momento eu senti medo. E se fosse mesmo uma armadilha como ano passado? Não podia ser. Minhas mãos tatearam a parede até encontrar o interruptor e acender a luz. Quando a claridade iluminou a sala eu percebi que não era Carlisle ou Esme, quem estava ali era Alice. Eu pulei no colo dela.

— Você foi tão esfuziante que eu quase cai para trás – diz Alice atrás de Bella.

— Você sabia que eu sempre amei você.

— Sim, é verdade. Mas eu fiquei espantada ao ver você viva. Eu estava confusa como eu podia ter errado? Onde eu havia falhado? E eu estava feliz por você estar aparentemente bem, mesmo estando errada.

— Aparentemente, exatamente essa palavra. Aparentemente porque por dentro eu estava um caco.

— Sentamos no sofá e conversamos. Tínhamos muito para dizer uma para a outra. Eu disse o que aconteceu esse tempo e ela me disse como estavam todos. Edward não estava morando com eles, estava na América do Sul viajando sozinho. Eu contei sobre os lobos. Eu achei justo porque eu falei dos Cullen para eles e então eles deveriam saber deles também. Contei sobre Victoria e que ela estava atrás de mim e os ‘lobisomens’ estavam me protegendo. Por isso o cheiro de cachorro molhado que eu tinha. O cheiro deles não é agradável para nós, como o nosso também não é bom para eles, mas eu ainda era humana naquela época e não percebia o cheiro como agora, para mim eles dois tinham aromas normais, um perfume sutil que só agora depois da transformação eu percebo que não estavam exagerando quando falavam.

‘Ela teve que sair por um instante e eu fiquei com medo que ela fosse embora, mas ela prometeu que não iria. Não deveria acreditar na promessa dela, pois vampiros mentem. Ela precisava caçar e eu não poderia impedi-la. Não queria segurá-la, mas também não queria que ela fosse. Sabia que seria difícil ficar perto de mim se ela não se alimentasse. Eu não queria fazer ela sofrer ainda mais do que ela já sofreu por minha causa. Deixei ela partir rezando para ela voltar. O que eu poderia fazer? Se ela fosse embora aí sim que eu iria morrer, já estava prestes a sucumbir, eu não iria aguentar um abandono novamente. Pior do que terem me deixado seria se ela tivesse aparecido e fosse embora de novo. Eu não iria resistir.

— Não seja tão dramática, Bella – diz Alice ironicamente sorrindo e revirando os olhos.

— Sabe que é verdade, Alice. Não aguento ficar muito tempo longe de você.

— Eu sei, nem eu. Foi tão difícil para mim quanto foi para você. Acredite.

— Logo depois que ela saiu ouvi baterem na porta. Fiquei surpresa ao ver Jacob. Ele entrou sem pedir licença e estão o telefone tocou e ele atendeu. Alguém perguntou sobre Charlie e Jacob respondeu que ele estava no enterro. Depois a pessoa do outro lado da linha desligou na cara dele e ele ficou furioso e colocou de volta do gancho o telefone. Eu pedi quem era, Jacob me respondeu que era Carlisle. - Impossível, Carlisle não iria desligar o telefone na cara de alguém, jamais. Penso e Edward sorri ao ver.— Eu questionei porque Jacob não me deixou falar com ele. Jacob respondeu que ele não havia pedido por mim e encerrou o assunto.

Acho que essa traição do Jacob foi uma das razões que influenciaram Bella a ficar com meu irmão e não com o lobo. Acho que se fosse Edward no lugar de Jacob tinha permitido Bella falar. Jacob foi tão mesquinho! Talvez mesmo inconscientemente essa traição pesou contra Jacob e a favor de Edward.

Meu irmão sorri ao ler minha mente.

— Alice entrou de repente e me informou que não era Carlisle e sim Edward que tinha ligado. Ele queria confirmar se eu estava bem e foi convencido que eu estava mesmo morta pela resposta de Jacob ao telefone. Eu fiquei zangada, furiosa por ele ter atendido o meu telefone na minha casa, mas isso não iria adiantar nada. Ficar nervosa ou brava não iria adiantar. Teríamos que correr para tentar impedir que Edward se exibisse.

Edward presumiu que fosse o meu enterro ao qual Charlie fora, não o de seu amigo Harry Clearwater, e foi para Volterra.

— Harry Clearwater, ele era parente de Seth e Leah?

— Sim, ele era o pai deles.

— Oh! – levo a mão à boca.

Fico sensibilizada e então Bella aproveita a pausa para voltar a contar:

— Eu precisava desfazer o mal-entendido e mostrar para Edward que eu não estava morta e ele não precisava se matar por pensar que eu estivesse morta. Mesmo que ele não me quisesse mais, eu não podia deixar ele morrer por minha causa – Bella olha para Esme e depois papai. – ele não podia deixar a família. Eu não poderia viver sabendo que causei tanta dor.

— Obrigada(o) – mamãe e papai dizem ao mesmo tempo.

— De nada.

‘Eu deixei um bilhete em cima do balcão para meu pai e fui com Alice para a Itália, mesmo com Jacob insistindo para que eu não fosse. Ainda bem que eu tinha passaporte, pois minha mãe quase se casou com Phil no México. Ela desistiu na última hora, mas eu já tinha feito os preparativos necessários.

‘Durante o voo Alice me contou tudo sobre os Volturi. Ela me explicou como era extremamente perigoso e ela se sentia péssima por me colocar em tamanho risco. Se houvesse outra maneira em que eu não precisasse me arriscar certamente que faria. Acho que foi o mesmo que Esme lhe disse sobre eles, suponho – Bella olha para mim diretamente.

— Sim, ela me disse quem são os Volturi – um tremor percorre meu corpo e todos percebem meu medo.

— Eu não vou permitir que eles a machuquem – mamãe me estreita contra o peito num abraço de lado.

— Você sabe então que Aro queria ter Edward na sua guarda? E que foi por isso que ele hesitou atender seu pedido, ainda esperava que reconsiderasse – Bella diz olhando para o marido.

— Mas você sabe que eu não poderia viver em um mundo em que você não existisse, querida – diz Edward para a esposa. – Claro que antes eu vivi, mas porque não a conhecia. Agora que a encontrei, não suportaria perde-la para sempre.

Aro iria ter dois Marcus. Um já basta.

— Eu não poderia deixar você se matar por minha causa, pensando que eu estava morta quando não era verdade. Minha consciência não me deixaria tranquila, eu precisava ao menos tentar. Se não conseguisse ao menos eu tentei. Minha consciência ficaria em paz sabendo que ao menos eu fiz algo, não fiquei de braços cruzados. E depois eu poderia morrer se falhasse, certamente não escaparia dos Volturi. Eu sabia demais, mas eu não iria querer mais viver sabendo que Edward não estava mais vivo. Não importa que ele não estivesse comigo, contanto que eu soubesse ao menos que ele estivesse vivo em algum lugar.

— Obrigada Bella, querida – diz Esme novamente. – Nunca poderei agradecê-la o suficiente.

Troca um olhar com Edward que só posso entender como dizendo se ele não tivesse sido tão imprudente. Ainda bem que ela pode salvá-lo.

— Estamos quites Esme, não precisa se sentir obrigada a nada. Vocês me deram muito mais do que eu poderia imaginar. Eu é que agradeço, se não fosse você e Carlisle eu não teria conhecido meu marido.

Esme e Bella se entreolham e sorriem, pois são gratas uma à outra. As duas têm muito em comum. São mães. Eu também tenho muitas semelhanças com mamãe, mas ela tem com Bella outras características em comum. Não tenho ciúme, é normal. Toda mãe parece com suas filhas. Somos quatro e não há espaço para ciúmes. Rosalie não parece se importar, mas algumas coisas ela tem em comum com Esme. Todas nós temos.

Rosalie poderia ser maternal, ela foi uma segunda mãe para Renesmee, mas ela é mais ressentida por não poder ter filhos. Ela gostaria de poder sentir o bebê dentro dela e isso ela jamais poderá. Por isso ela culpa Carlisle por ter tirado isso dela. Posso entender um pouco o que ela sente, pois o meu pai humano também me tirou algo que nunca poderei ter de volta. Ele tirou minha infância, meu direito de ter um pai carinhoso.

Mas não é justo, Carlisle não foi quem a matou. Ele poderia ter deixado ela morrer e ela não iria ter filhos igual. Talvez fosse melhor mesmo ter deixado ela morrer, ao menos ela não ficaria magoada por causa disso, pois mortos não reclamam. Ela deveria agradecer a chance que papai lhe deu, ela era muito jovem para morrer e ainda tinha muito o que viver. Papai é muito bom, mais do que ela merecia.

Mas a imortalidade, o tempo de vida distendido não a fez ficar alegre. Muito pelo contrario. Exatamente por isso que ela é tão amargurada. Mas ela não entende que se não fosse vampira não teria conhecido Emmett? Ela não deveria querer ter filhos com ele. Ela queria passar pelo mesmo que a Bella passou? Talvez a resposta seria sim.

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