Moonlight escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 26
Capítulo 57


Notas iniciais do capítulo

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— Bem, continuando... Eu subi na garupa de um dos motoqueiros e dei uma volta com ele. Isso com certeza me faria ver Edward e foi exatamente o que aconteceu. À medida em que acelerava a moto ele aparecia até que o vi bem na frente e pedi para parar. O homem ficou confuso e brecou imediatamente. Ele deve ter achado que eu era doida, mas naquele tempo eu estava mesmo fora se meu juízo perfeito.

— Você não deveria ter ido com um estranho, amor – diz meu irmão para a esposa. – Ele poderia ser um assassino ou estuprador.

— Eu sei disso querido, eu sei bem por causa da minha experiência em Port Angeles. Mas na época eu nem me importei com isso, a única coisa que eu queria era ‘ver’ você.

Eles trocam mais um beijo. E como eu sou tímida, eu desvio os olhos para lhes dar privacidade.

Depois de dez segundos ela retorna:

— Andar de moto me deu uma ideia... Comprei duas motos em um ferro velho e levei para meu amigo mecânico consertar.

— Esse sou eu – diz Jacob presunçoso apontando para o próprio peito.

— Ainda não entendo como você pode fazer isso Jacob – diz Edward.

— Você sabe, só não quer admitir. Naqueles dias eu só pensei em ficar quanto tempo fosse possível perto da Bella, não me preocupei em que as motos depois de consertadas seriam um perigo. E esse era, afinal de contas, o objetivo dela. Por que eu iria recusar esse favor? ela era a adulta e eu a criança.

Na mente dele ele diria ainda mais, ‘Eu não tinha que fazer nada pra você sanguessuga. Você sabe que eu odiava vocês naquela época.’ Jacob não fala em voz alta mas deixa assim na cabeça para só Edward ler.

— Jake! – exclama Renesmee.

— Agora você sabe que eu só tenho olhos para você minha mons... – Edward rosna e Jacob compreende que é melhor não terminar a frase se não quiser morrer. De verdade, não no sentido figurado.

— Sim era ele, meu melhor amigo – Bella prossegue para desfazer esse momento tenebroso. – e ainda bem que tudo deu certo no ‘final’. Ele conseguiu arrumar as motos para meu espanto Jacob conseguiu, eu fiquei muito satisfeita. Aconteceu exatamente o que eu imaginava quando eu subi em uma delas para tentar dar uma volta, mas eu não soube pilotar direito, não lembrei das instruções de Jacob e acabei caindo e batendo a minha testa numa pedra. A pele fina se rompeu e eu não pude evitar pedir desculpas para ele por estar sangrando.

— Isso que deu viver tanto tempo perto de vampiros – diz Rosalie que acabava de chegar em casa com Emmett, vindo de uma incursão.

— Na verdade, eu nunca tive tempo para dizer isso para vocês.

É claro. e eu diria o mesmo em situação semelhante.

— Eu sempre soube que era isso que você diria só não tinha tempo – retruca nossa irmã.

— Claro que a desculpamos, Bella – diz Esme se interpondo na conversa antes que as filhas briguem. – Você não poderia evitar, nós sabíamos que você era humana e isso poderia acontecer, você sangrar. É normal.

— Mesmo assim eu quero que saibam o que eu pensava.

— Nós é que devemos pedir desculpas a você querida. Não deveríamos ter agido daquela maneira na sua festa de aniversário. Nenhum de nós.

— Vocês só agiram como vampiros normalmente devem agir. Não há nada de mais nisso. Eu fui desastrada em me machucar sabendo onde estava.

— Deveríamos ter embalado o presente em outro tipo de embrulho...

— Vocês não sabiam que eu era tão descuidada.

— Deveríamos supor e ter cuidado com você. Nós vivemos tanto tempo evitando o sangue humano, deveríamos ter um controle melhor...

— Não seja tão dura consigo mesma, querida – diz papai chegando do escritório. – eu levei duzentos anos de esforço excruciante para conseguir resistir a tentação que o cheiro de sangue nos provoca. Compreendo vocês. Até que não foi tão mau como poderia ter sido... Se todos vocês viessem para cima eu não sei, talvez eu teria que correr com Bella para outro lugar, algum hospital onde eu pudesse cuidar dela, claro. Não foi uma falta indesculpável, é compreensível. Digo, nenhum de vocês tem mais de 200 anos, não podia exigir tanto auto-controle de vocês naquela época – Carlisle ergue a sobrancelha para Bella.

— Exceto a mamãe – comemora Renesmee.

— Sim, Bella é extraordinária, fora do 'comum'. Mas não sei se isso é devido à preparação dela ou devido ao seu dom. Depois que a Carol mudar poderei dizer com mais certeza.

Eu fico surpresa com a referência dele a minha transformação de forma tão natural como se eu fosse trocar de roupa. Na verdade é assim mesmo que eu gostaria que vissem, não como algo ruim, apenas normal. Se Carlisle e Esme são meus pais é ‘natural’ que eu me torne uma vampira também. Eu me transformaria em qualquer coisa que eles fossem: elfos, fantasmas...; só para ficar com eles para sempre.

No entanto parece que nenhum deles reagiu de forma hostil à ideia da minha iminente conversão. A minha transformação é algo certo como a chuva que cai quase todos os dias aqui em Forks.

— Voltando... – Bella chama a minha atenção ao perceber que eu estou dispersa. – Mas depois de alguns dias eu não o via mais e então decidi procurar pela campina em que ficamos sozinhos pela primeira vez.

— Esse lugar é muito especial para vocês não é, irmã?

— Sim, você está certa. Mas eu não diria que é o único; também tem a Ilha, mais exatamente a praia.

— Mas a ilha é o lugar preferido da mamãe e do papai, não pode ser seu e de Edward também!

Esme abaixa a cabeça como se fosse ruborizar.

— A Ilha é bem grande tem lugar para nós todos - diz Edward.

— Na verdade, eu e sua mãe temos outro lugar lá na Ilha - diz papai.

— Carlisle! – diz mamãe quase morrendo de vergonha.

— Esme, não tem porque ficar assim. Você não se envergonha de me amar, ou sim?

— Claro que não querido, mas esse lugar é só nosso.

— Tenho certeza que nossos filhos já sabem onde é.

— Tudo bem – Esme levanta a cabeça mais altiva do que nunca. – Isso não tem importância, que eles saibam, mas o que faz do local especial somos nós.

 - Isso, assim é que se fala, amor – aplaude papai. – Continue, por favor, Bella.

 - Bem, mas qual não foi a minha surpresa ao chegar lá e ver que ela não estava do mesmo jeito que eu me lembrava! O verde havia sido substituído pelo tom amarelo queimado. Sim, eu gostava da cor marrom, é uma cor que eu considerava quente; mas agora parecia tão triste, tão diferente de quando o visitamos na primavera, tão florido e tão bonito. Sim, eu estava sentindo falta do verde, mas talvez principalmente porque aquele lugar não era mais o mesmo sem a presença de Edward. Eu esperava vê-lo na campina, pois na casa não tive nenhuma lembrança dele.

‘Eu estava imersa em meus pensamentos quando percebi que não estava sozinha ali. Para minha surpresa Laurent estava na outra margem da floresta, diante de mim. Eu não deveria mas fiquei feliz ao ver um vampiro. Ao menos isso comprovava que ele foi real. Eu jamais poderia ter imaginado, minha mente não era assim tão boa.

— Laurent? – fico confusa ao ouvir o nome dele – Ele não era do clã de James? Aquele que quis matar você?

— Sim ele era, mas Laurent não participou da perseguição a mim. Talvez ele previu que eles não iriam conseguir vencer dessa vez mesmo se ele tivesse lutado. Seriam 3 contra 7 e nem assim poderiam vencer. Naquela época ele foi esperto, porém voltou atrás depois de ter morado alguns meses com nossos primos no Alaska e teve um breve affair com Irina.

‘Laurent perguntou para mim se os Cullen tinham viajado e eu menti como a alucinação de Edward me disse para fazer. Eu apenas o via quando estava correndo perigo e agora eu estava sim, pois demorou alguns instantes, mas percebi que ele não veio fazer uma visitinha. Laurent viera verificar se eu ainda estava sob proteção dos Cullen. Não estava mais, mas eu estava sob outra guarda.

Jacob solta um uivo presunçoso. O que é estranho, pois ele está na forma humana mas mesmo assim faz isso.  

 Bella continua:

— No começo eu não fiquei assustada, pois ele tinha ido morar com nossos primos em Denali. O outro clã de vampiros que valorizam a vida humana a ponto de não beberem mais seu sangue para sobreviver.

— Sim, eu lembro deles. Eles são bons como nós, vocês – eu me inclui mas lembrei quase simultaneamente que apesar de ser uma Cullen ainda não sou vampira. Não sou completamente uma Cullen.

Edward me encara, me olhando de uma maneira que me diz que eu sou sim parte da família, então não tem nada de mais falar ‘nós’. Mas eu ainda não bebo sangue e não gosto nem de ver, será que eu serei uma vampira boa? Edward esboça um sorriso ao ouvir minha dúvida.

É natural pensar assim porque os humanos não precisam se alimentar de sangue para viver. somos os produtores/fornecedores não os consumidores.

— Isso não será obstáculo – ele diz em voz alta para mim.

Nossa família não se incomoda mais que ele diga coisas que parecem sem sentido, pois sabem que a conversa é apenas entre nós dois. E não conversamos mentalmente, não ainda. Ele pode ouvir meus pensamentos, mas eu preciso ouvir ele falar. Ainda; mas espera eu me tornar uma vampira. Pelo que Eleazar disse, eu poderei conversar telepaticamente, vai ser muito legal!

— Você já é uma Cullen – diz papai. Ele não sabe o que eu pensei, mas acertou.

— Eu ainda sou apenas humana...

— Eu também era humana quando conheci os Cullen – diz Bella. – E eles me consideravam parte da família, como eu os considerava e me considerava parte da família deles.

— Verdade querida – diz Esme afagando meu rosto. – Você é uma de nós.

— Não quero que se arrisquem por minha causa, é perigoso. Sou frágil e outros podem me caçar como fizeram com Bella.

— Todo o risco valerá a pena, filha. Faremos de tudo para protegê-la – diz Carlisle.

— Eu não sei se valho tanto... Eu nunca me senti tão querida em toda a minha vida – escondo meu rosto no colo de Esme.

— Você vale, criança. Lembra do que Eleazar disse, mas mesmo que você não fosse ter nenhum dom. Você é especial porque você é você e só há uma e nunca haverá outra – diz papai.

Sweetie— mamãe afaga minhas costas. E diz no meu ouvido. – Nós te amamos, querida.

— Mesmo quando eu ainda nem admitia que você era minha companheira, amor – diz Edward olhando para a esposa.

— Bella sempre foi sua companheira, filho – diz Carlisle para ele.

— Vocês já sabiam e eu demorei para ver o que estava bem diante dos meus olhos.

— Para mim sempre foi evidente - diz mamãe. – Bella nasceu para ser sua parceira eterna.

Tem alguns que conseguem ver muito além do agora.

— Obrigada Esme – diz Bella emocionada, eu sinto que ela estaria chorando se pudesse.

— Eu fui tão cego! – Edward diz quase exasperado consigo mesmo.

—Mas você conseguiu ver a tempo, meu amor – diz Bella.

— Quase perdi você – retruca meu irmão.

— Mas não perdeu, eu estou aqui. Como disse que estaria para sempre.

— Ainda bem – conclui Edward, para não dizer mais, pois eu percebi que eles dois poderiam passar horas discutindo, mas meu irmão resolveu colocar um ponto final. Ao menos por enquanto.

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