Moonlight escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 25
Capítulo 56


Notas iniciais do capítulo

fotos do capítulo 56:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1417726728262606&set=pcb.1417727248262554&type=3&theater



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/734954/chapter/25

27 de dezembro de 2007

Depois do almoço eu encontro Bella na sala e peço que ela continue:

— Continue contando a história irmã, por favor.

— Claro que continuo. Você já foi escovar os dentes? – ela pergunta como uma mãe.

— Já – minto e ela percebe que eu estou dizendo uma inverdade. Ela percebe porque também era uma péssima mentirosa.

— Pode ir, eu estarei aqui na sala esperando quando voltar. Mas não vá com pressa se não eu vou ter que contar para Esme.

— Contar o que para mim? – mamãe aparece ao meu lado.

— Nada ainda mãe.

— O que foi? Podem me contar - ela pede como se não estivesse ouvindo. Garanto que ela já sabe só quer ver se vou ter coragem de falar para ela.

— Carol não quer ir escovar os dentes antes de ouvir a continuação da minha história – Bella me entrega e eu tenho que resistir muito para não olhar para ela furiosa.

— Não é bem assim, mãe – digo me defendendo. – Eu não fui é verdade, mas se eu voltasse muito depressa aí sim Bella iria contar pra você.

— Não se preocupe querida vai fazer a sua higiene e eu seguro Bella aqui na sala para você. Prometo que daqui ela não sai sem falar para você mais um capítulo da história dela com meu filho.

Bella e Esme se entreolham divertidas. Esme não vai precisar segurar Bella, pois ela não vai a lugar nenhum e ela quer mesmo contar para mim o que aconteceu. E contar para Renesmee de novo. Ela adora tanto ouvir a história dos pais quanto eu amo ouvir a história de Esme e Carlisle.

...XXX...

 

Cinco minutos depois eu retorno a sala e sento ao lado de Esme, Renesmee já está de volta ao lado dos pais, e digo:

— Pode falar irmã – peço quase exigente demais e Bella sorri.

— Então depois que voltamos do Arizona fui ao baile mesmo com a perna quebrada. Edward me ajudou a dançar porque eu era uma péssima dançarina. Era o baile dos alunos e deveria ser também da turma que estava se formando aquele ano. Logo seríamos nós que terminaríamos o ensino médio.

— Irmã, se você tinha 18 anos quando terminou o colegial, quer dizer, você reprovou algum ano?

— Não, querida. O ensino médio é diferente aqui e no Brasil, por isso você vai terminar os estudos com 17 anos. Ou iria.

— Ah! – aceno que entendi.

Eu prefiro que eu nem chegue a completar dezessete anos, tudo depende de Esme. Eu acredito nela e sei que ela vai fazer. Deve estar se preparando para isso. E eu tenho de ser paciente e esperar ela estar pronta, afinal eu não quero morrer e nem ela gostaria se me matasse. Eu quero ser transformada em vampira e não morrer nunca mais.

Esqueci que Edward pode ver o que eu estou pensando, mas não é tão grave assim. Não cometi e nem estou planejando cometer um crime. Eu acho que isso não é um crime. A vida é minha e eu dou para quem quiser. Quero dar para mamãe o melhor que eu posso dar. Mais do que uma ilha... Como eu poderia superar isso? Não que eu queira superar papai e nem competir com ele, não é o caso, mas... Pensei e decidi que vou dar o maior presente que eu posso para ela. Vou me dar. Só vai faltar o embrulho... Mas nem precisa.

Edward olha para mim e sorri ao ler minha mente. Um sorriso calmo, nada hostil como eu temia e fico mais tranquila.

Bella relata:

 - Na festa de meu aniversário de 18 anos que os Cullen fizeram para mim, mesmo sem eu ter pedido e nem esperava que eles fizessem, eu me machuquei quando fui abrir um dos embrulhos de presente. Cortei meu dedo com o papel, vê se pode!

— Ai Bella você deveria ter tido mais cuidado! - fico admirada.

Ela sabia que estava numa casa de vampiros, sabia que sangue ainda mais exposto para eles não é muito bom. Eles podem até se controlar quando o sangue dela estava dentro das veias e artérias, mas fora aí já é demais. Claro que isso não é muito, não justifica eles terem agido como se fossem recém-criados, mas fazer isso com eles não foi nada bonito da parte dela. Não digo que foi culpa dela, mas ninguém merecia, nem eles e nem ela. Foi um acidente.

— Concordo com você irmã, mas eu era assim.

‘Como eu era uma humana muito desastrada! Para meu próprio bem eu não deveria ter nascido para ser tão frágil... Ainda bem que agora sou uma vampira. Mesmo que foi apenas um pequeno corte, mal havia sangrado direito, foi o suficiente para Jasper se lançar sobre mim sedento. Ele iria me atacar caso Edward não tivesse me repelido rapidamente para trás.

— Isso não era necessário! – posso imaginar a violência.

— No momento foi preciso sim, eu compreendo – prossegue Bella. – Mas eu caí sobre a mesa com os pratos que se quebraram e me machucaram ainda mais, e um pequeno corte no dedo se tornou um grande corte em meu braço que sangrava muito. Não sei, provavelmente foi o vaso de flores que me feriu tão alto.

Porque Edward não viu onde estava jogando Bella? Porque ele não foi mais cuidadoso?

Edward me olha inquisitivamente, tenho certeza que escutou o meu pensamento, mas não disse nada. Não teria o que dizer.

‘Carlisle tentou segurar Jasper, mas ele não conseguiu, então Emmett passou os braços em sua cintura e o conteve. Mas se antes era apenas Jasper que estava querendo avançar em mim agora eram seis vampiros atiçados. Digo todos, incluindo Edward, menos Carlisle é claro.

‘Rapidamente Carlisle estava ao meu lado me examinando. Quando levantei a cabeça  vi todos com vontade de me devorar. Carlisle pediu então para que todos saíssem, apenas Edward hesitou, mas por fim o pai dele o convenceu a ir conversar com Jasper.

Carlisle sorri orgulhoso de si mesmo. Ele fez o que deveria ter feito. Papai levou 200 anos de esforço para conseguir resistir ao cheiro de sangue humano e se tornar o melhor médico do mundo. Eu me sinto honrada que ele tenha me escolhido e aceitado como filha.

‘Então Carlisle me levou para seu escritório e costurou meu braço machucado mais rapidamente do que eu imaginava que fosse possível. Eu sabia o quanto poderia demorar porque eu fui várias vezes ao pronto socorro, pois era uma humana propensa a acidentes. – ela sorri. – Perguntei como ele conseguiu resistir enquanto todos os outros não podiam.

— Anos e anos de prática – comenta Carlisle que veio da biblioteca se juntar a nós. – mais precisamente dois séculos. Nenhum dos meus filhos tem sequer duzentos anos de idade, por isso é compreensível que ainda não tenham tanto autocontrole para lidar com sangue exposto. Por isso também foi bom Edward ter impedido a van de esmagá-la, Bella. Poderia ser muito ruim caso seu sangue ficasse esparramado. Vimos como poderia ter sido no dia do seu aniversário.

— Após esse incidente Edward não era mais o mesmo comigo. Parecia que eu tinha feito algo errado - diz Bella.

— Não foi sua culpa, querida – diz meu irmão.

Os dois se entreolham e ela continua:

— Até que um dia ele me convidou para dar um passeio pela floresta e lá mesmo terminou tudo comigo. Eu acreditei, era mentira, agora eu sei, mas na hora eu acreditei por mais absurdo e sem sentido que era, eu acreditei.

— Você acreditou tão facilmente, querida – diz Edward.

— Nunca fez muito sentido que você me amasse. Você sempre achou absurdo. Mesmo que eu o amasse, talvez você não sentisse o mesmo por mim. Essa foi a razão que me fez acreditar em você tão rapidamente - ela justifica.

— Eu não deveria ter feito aquilo – Esme olha para Edward como se ele não devesse mesmo ter feito isso. Ela não o educou assim. Foi muito errado o que ele fez. Acabar o namoro com uma menina nesse lugar é assumir o risco de que ela se perca. – não deveria ter deixado você no meio da mata. Eu deveria saber que você tentaria me seguir. Você era assim eu deveria saber, me desculpe.

— Tudo bem, amor. Mas eu acabei mesmo me perdendo andando a esmo pela floresta tentando em vão ir atrás de você. Até que por fim eu tropecei num galho e cai no chão. Adormeci ali mesmo encolhida como uma bola. Não sabia que Charlie faria uma busca por mim, não sabia que iria me dar por desaparecida tão cedo, mas ele fez. Eu deveria ter pensado que meu pai seria capaz disso. Sam, um dos rapazes Quileutes me encontrou e levou até ele.

‘Foram os piores seis meses da minha vida. Quando Edward se foi e todos os Cullen também eu fiquei totalmente perdida, entorpecida. Parecia um zumbi. Eu tinha pesadelos todas as noites e acordava sempre gritando. Meu pai não aguentava mais e ameaçou me mandar de volta para a casa da minha mãe em Jacksonville, na Florida. Mas eu disse que a minha casa é aqui em Forks e ele então retrucou que Edward (falar o nome dele e até mesmo pesar me doía como se fosse uma punhalada no coração) não iria voltar.

'Não era apenas por isso que eu queria ficar, menti, eu disse que tinha amigos aqui. Charlie respondeu que eu não saia mais com meus amigos, mas eu repliquei que tinha marcado de sair com uma amiga para assistir um filme. Se bem que amiga não é bem a palavra, ela era mais uma colega, não era tão chegada. Nem éramos tão íntimas. Jessica na verdade tinha ciúmes de mim por ter conseguido ficar com Edward e ela não. E ainda porque seu namorado atual, Mike tinha uma queda por mim. não sei porque os meninos todos gostavam de mim. eu era a menina nova da cidade, acho que foi por isso.

‘Na saída do cinema eu vi um grupo de homens de moto estacionados em frente a um bar e fui ao encontro deles. Enquanto eu caminhava na direção deles apareceu uma alucinação de Edward que me dizia para voltar. Eu parei chocada e virei as costas, mas só até a imagem desaparecer e depois continuei andando, decidida para quem sabe vê-lo de novo. mas a minha vida não importava para ele se ele me deixou. Eu não era obrigada a cumprir a promessa se ele não cumpriu a dele. não era como ele disse que seria como se ele não tivesse existido. Ele deveria ter mexido com minha memória antes de partir, eu lembrava de tudo. Eu não podia esquecê-lo.

— Espera um pouco irmã, alucinação você disse, como assim?

— Provavelmente minha mente que criou essa visão devido ao meu forte desejo de vê-lo.

— Mas por quê?

— Antes de desaparecer Edward havia me feito prometer que não faria nada imprudente ou arriscado. Se não por mim, por meu pai. Ele em troca prometeu que seria a última vez que o veria e seria como se ele não tivesse existido.

— Mas isso é impossível! – protesto. – a não ser que ele apagasse suas memórias, as lembranças ficam para sempre.

— Isso e outro porém, acho que ele não podia. Mas tinha outra coisa além disso, a vampira companheira de James queria minha cabeça. E me capturar e matar era infinitamente mais fácil do que pegar Edward.

— Sinto muito por ter deixado você desprotegida – diz Edward. - Eu não sabia que Victoria estava atrás de você.

— Ah, sente mesmo? Mas ela não ficou desprotegida, porque nós Quileutes a protegemos – diz Jacob.

Por um momento eles dois trocam um olhar hostil, mas por fim Jacob desvia o olhar. Ele perderia muito mais, pois sabe que poderiam lhe proibir de ver Renesmee e isso ele não suportaria.

— Muito bem, cachorro – diz Rosalie que chegou bem quando os dois se encaravam.

Jacob a fuzila com o olhar e mostra os dentes.

— Eu prometi que seria a última vez que você me veria – diz Edward. – e eu cumpri a promessa até certo ponto, até você ir me buscar em Volterra... Mas continue contando amor, estou gostando de saber como você pensava.

— Você já pode ler minha mente várias vezes depois da mudança, querido.

— Sim, mas é bom saber de toda nossa história pelo seu ponto de vista.

...XXX...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Moonlight" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.