Moonlight escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 22
Capítulo 53


Notas iniciais do capítulo

~~ Bella conta a historia dela e Edward para a irmã mais nova
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— Eu e meu marido nos conhecemos na escola durante a aula de biologia – começa Bella. – A cadeira ao lado dele era a única da sala vaga e agora eu entendo porque ninguém queria ter um vampiro como colega de laboratório. Todo mundo se mantinha longe dele nem que fosse poucos metros, instintivamente é claro porque ninguém sabia qual a razão dessa reserva. Mas me coube esse lugar por sorte ou destino.

Ela olha para Edward e ele sorri.

— No meu primeiro dia de aula ele não foi muito receptivo. No entanto isso me deixou ainda mais curiosa em descobrir qual era o problema dele. Quando eu passei perto do ventilador que havia na sala ele fez uma careta como se eu estivesse cheirando mal, mas eu sabia que não podia estar. Quando me sentei ao lado dele eu tentei ser o mais discreta que pude quando cheirei o meu cabelo. Não tinha odor ruim, mas o cheiro de meu shampoo de morango. Um perfume bem gostoso.

— Eu não reagi ao cheiro do seu cabelo querida, foi ao cheiro de seu sangue que me atingiu como uma bola de demolição – diz ele em sua defesa.

— Hoje eu sei disso, amor. Mas naquela época eu pensei que fosse porque eu não tivesse tomado banho, embora eu tinha certeza que naquela manhã eu tinha me lavado.

— Bella, minha Bella – diz Edward maravilhado pela esposa. – Como você podia duvidar de si mesmo?

— Sempre fui uma humana insegura...

Edward olha para Esme, claramente dizendo com um olhar que eu sou tão insegura quanto Bella. Ela olha para ele como que respondendo que sabe disso. Agora eu percebo, mas naquele dia eu não vi assim. Para mim os dois apenas se olharam, nada mais.

 - ...eu não confiava em mim mesma, sabia como eu era e por isso mesmo desconfiava de mim mesma.

— Oh amor, você é maravilhosa – Edward beija Bella.

— Deixa eu continuar contando para a Carol, querido – pede ela.

— Claro, meu amor – ele diz se afastando.

— Bem, Carol, depois disso nos encaramos e ele me olhou tão agressivo que eu fiquei ainda mais perplexa. Mais tarde, no final do dia eu vi ele tentando trocar o horário da aula de biologia por qualquer outro só para não ter de me encontrar. Eu fiquei ainda mais embaraçada que eu poderia ser a causa disso. Porque ele faria isso? Como ele podia me odiar assim tão imediatamente? Eu não fiz nada para ele agir desse jeito. Por quê ele agia assim? Por que?

— Bella, querida eu não a odiava, eu apenas nunca tinha sentido tanta vontade, tanto desejo pelo sangue de um humano. Em quase 100 anos eu nunca havia encontrado a minha cantante.

— Êpa, é isso que eu sou para mamãe - intervenho e Bela sorri quando eu uso a mesma palavra que ela.

—  É verdade, mas isso não significa que você vá morrer  - assegura Bella.

Se não for atacada eu morrerei de qualquer forma. Mesmo se eu permanecesse humana eu morreria um dia. Tomara que Esme não faça nada que se arrependeria, ela ficaria muito mal se me machucasse. Me preocupo mais com ela do que comigo.

— Jamais permitiremos que isso ocorra, Esme não vai te matar irmã – diz Edward me confortando, respondendo aos meus pensamentos mais uma vez. – Sabemos o quanto ela ficaria mal se isso acontecesse e por isso estaremos sempre cuidando, vigiando em alerta.

— Mas e quando eu não estiver aqui? - pergunto pensando em quando eu estiver lá no Brasil.

— Se eu não puder cuidar tenho certeza que Carlisle vai vigiar - reafirma Edward.

—Ah! – suspiro aliviada. – Continue, por favor, Bella.

— Onde eu estava mesmo?... Ahh, lembrei! Depois que ele me encarou. Aquela semana ele desapareceu sem nenhum motivo aparente e só retornou na próxima segunda. Hoje eu sei a causa, mas naquela época é claro que eu não tinha sequer a mais remota ideia. Jamais iria pensar que o motivo era meu sangue.

‘No final da aula ele me salvou de ser atropelada pela van desgovernada de um colega nosso que havia derrapado no gelo e iria me esmagar contra a lataria de meu próprio carro. É claro que eu não sofri nenhum arranhão, foi apenas um susto porque Edward apareceu bem a tempo de me salvar. Eu poderia ter ficado assustada, mas na hora não fiquei, eu estava mais curiosa  em saber como ele havia feito aquilo.

Pensando se eu estivesse no lugar dela eu teria ficado com muito medo.

'É claro que alguém tinha ligado para a emergência e acabei indo para o hospital. Edward recusou-se a usar a maca dele alegando estar bem, eu queria fazer o mesmo, mas é claro que não consegui. Ao menos ter ido ao hospital foi bom por um motivo, dessa forma eu pude conhecer Carlisle antes de vir a casa dos Cullen e assim, a única que eu não conheci antes foi Esme. Mas não fiquei surpresa quando finalmente nos encontramos. Não sei o que eu esperava, mas ela era incrível. Ainda é. Linda como conhecer um conto de fadas, a Branca de Neve em pessoa.

— Oh, obrigada querida! – Esme agradece.

Bella sorri e prossegue seu relato:

— Eu insistia que tinha visto Edward parando a van com a mão e ele persistia em dizer que eu tinha batido a cabeça. Mas não me deixei iludir. Eu sabia o que eu tinha visto. Depois de ter me salvado da morte, ele começou a me ignorar e isso foi o pior. Porque então ele não havia simplesmente deixado a van me prensar para poupar tanto arrependimento?

— Bella, eu não me arrependo de ter salvado você.

Carlisle sorri ao ver o filho dizendo as mesmas palavras que ele disse sobre Edward.

— Mas foi o que eu pensei da sua atitude naquele tempo. Qual poderia ser a explicação para você agir daquela forma comigo?

‘Os dias passaram, foram semanas até que de repente sem nenhuma razão aparente ele voltasse a falar comigo. Ele tinha ouvido que eu pretendia ir a Seattle e se ofereceu para me dar uma carona preocupado com o gasto de gasolina da minha picape.

‘O baile de primavera estava chegando e algumas amigas me convidaram para ir com elas a Port Angeles ajudar a escolher alguns vestidos. Eu concordei em ir com elas mesmo que eu não iria ao baile. Podia ajudá-las não custava nada e eu também queria ir a uma livraria lá. Estávamos na loja escolhendo as roupas de festa quando Angela percebeu que eu não estava me sentindo bem. Não que eu estivesse mal, mas não estava confortável. Pedi para sair e disse que as encontraria mais tarde no restaurante.

‘Fui até o endereço da livraria que eu vi no site e comprei o livro que eu queria sobre as lendas Quileutes e sobre os Frios. Porém quando eu sai  de lá já estava escurecendo e eu poderia me perder na cidade que eu não conhecia ou algo pior. E como eu era uma humana com tendência de atrair problemas foi exatamente o que aconteceu. Alguns rapazes me encurralaram em um beco. Eu achei que iria conseguir escapar, mas eles conseguiram me enganar.

‘Eu tentava me lembrar de alguns golpes de defesa pessoal que eu tinha aprendido na esperança de poder ao menos incapacitar um deles para poder fugir dali... Quando de repente, vindo não sei de onde apareceu o volvo prata de Edward para me resgatar. Mais uma vez ele me salvou. Essa e outras muitas. Ele parou o carro bem no meio de nós e gritou para que eu entrasse. Eu estava assustada, mas grata por ele ter aparecido. Se ele não tivesse aparecido naquele instante não sei o que teria acontecido...’

— Por nada, querida – intervém Edward.

Esme e Rosalie se entreolham sabendo perfeitamente o que poderia ter acontecido. As duas poderiam tremer. Eu também sei o que poderia ter ocorrido. Esme me salvou de dois rapazes que por pouco não nos atacaram mês passado. Eu e Bella tivemos sorte, sorte que infelizmente Esme e Rosalie não tiveram.

Se bem que no meu caso não foi exatamente sorte eu estava em boa companhia.

— Então ele saiu furioso com o carro e me levou para o restaurante em que eu havia prometido encontrar Jessica e Angela. Chegamos e as encontramos saindo, pois já haviam jantado. Edward então se comprometeu a me levar para casa depois de me fazer comer alguma coisa e então dispensei a carona das minhas amigas. Ele mal conseguia se conter e queria voltar ao beco e acabar com aqueles marginais. Ele me disse que eu não sabia o que eles estavam pensando, que coisas repulsivas. Fiquei admirada e então Edward me disse que podia ler a mente das pessoas ao redor.

‘Eu ainda não sabia o que ele era, mas eu sabia que ele não era humano. No caminho de volta para casa encostei na mão dele e percebi como era fria. Vimos no caminho os carros de nossos pais estacionados na delegacia e então paramos. Um amigo do meu pai tinha morrido e Carlisle havia examinado o corpo, por isso estavam no mesmo lugar. Edward ficou com o pai dele e eu com o meu.

‘Ao sair eu vi o corpo do defunto sendo levado para a ambulância e tive então um lampejo, uma revelação. Edward era um cadáver! Mas isso não me deixou com repulsa apenas ainda mais curiosa e então naquela noite eu pesquisei mais com meu novo livro e também em alguns sites na internet.

— Ainda bem que você não foi pesquisar nos filmes de Hollywood, querida – diz Edward. - Eles tem muita invenção e alguns mitos dos Volturi.

Sei que a intenção de Edward não foi me assustar, mas quando ele menciona os vampiros italianos um arrepio corre meu corpo e eu tremo tanto como um galho chacoalhado pela brisa noturna.

— Desculpe irmã – ele diz sinceramente arrependido.

— Tudo bem Edward, eu sei que não foi sua intenção – Ou será que ele não pode fazer nada sem querer? Ou por causa do dom dele aumenta ainda mais o risco de atos falhos como esse?

Esme me abraça:

— Querida, não fique assim. Sabe que nós não deixaremos eles te machucarem.

— Mas eu ainda tenho medo. Não deveria ter? Vocês não têm?

— Claro que nós temos irmã – responde Bella ao meu olhar angustiado e apavorado.

— Você está certa irmã, os Volturi não devem ser provocados a menos que se queira morrer – diz Edward simplesmente.

— Mas não se preocupe criança que eles não virão atrás de nós se não infringirmos as regras – diz papai.

Mas eles estão infringido a regra porque eu sou humana e os humanos não devem saber sobre a existência de vampiros. E mesmo sem os Cullen terem cometido algum crime eles quase foram destruídos pelos Volturi ano passado.  Mesmo depois de saberem que Renesmee não era uma Criança Imortal, que foi  apenas um mal entendido.

— É esse o problema, pai. Eles podem se irritar e as regras pouco valem nesse caso.

— Na verdade, não é bem assim - diz Jasper e eu sinto uma onda de calma me dominando. -  Eles zelam muito pela ordem e o cumprimento das leis.

— Como você soube de nós, irmã? – pergunta Bella para mim desviando o assunto.

— Esme, mamãe, me contou. Ela foi magnífica!

— Você quis dizer magnânima... – comenta Edward num aparte.

— Isso é mesmo incrível. Eu tive que descobrir sozinha porque Edward jamais teria coragem de me falar. Mas assim tão tranquilamente, não é segredo? – agora Bella olha diretamente para mamãe.

— Eu a estimulei a fazer isso – diz Carlisle em socorro da esposa. – Eu disse que ela deveria contar o que era para Caroline e se ela realmente nos amava, como nos ama, ela não iria correr. Mas Esme deveria deixá-la livre para ir embora se ela quisesse.

— Foi difícil para mim - conta Esme. - Eu não queria perder Carol, mas sabia que era o que eu deveria fazer. Deveria ser sincera e lhe contar a verdade. Acontecesse o que acontecesse.

— Eu não iria fugir. Eu também não vou contar para ninguém - eu me defendo.

Duvido que os Volturi aceitariam isso. Eles prefeririam ter certeza de que eu não diria para ninguém, estando morta ou se eu me tornar uma vampira também e ficar tão dependente do segredo que não ousaria revelar.

Mas alguém acreditaria se eu contasse? Pouco provável, no mundo atual as pessoas não creem muito no sobrenatural. Mas por garantia os vampiros italianos preferem me silenciar para sempre de algum dos dois modos.

— Eu sabia disso, criança. Por isso falei para minha esposa que seria melhor contar a verdade para você, assim você poderia decidir sabendo o que estava escolhendo. Mesmo assim você quis ficar e isso nos encheu de alegria. Não esperávamos.

— Eu também já sabia - comenta Alice.

— Ah papai! – lhe dou um beijo e um abraço. — Para onde mais eu poderia ir? Eu estava saindo de casa depois que meu ex-pai tentou me assassinar. Eu iria morar onde, na rua?

— Talvez a rua fosse melhor – diz Rosalie cáustica.

Faço de conta que nem ouvi seu comentário.

— Não poderia ficar na rua quando tinha a opção de viver a vida que eu sempre quis com você e mamãe - digo olhando para papai, respondendo minha irmã.

— Argh! – Rosalie bufa de desprezo.

Eu sei que é inveja, pois ela também queria ter um filho que a chamasse de mamãe como eu faço com Esme. Rosalie já é linda, mas ainda tem o que cobiçar. Ela já não tem tudo que uma mulher gostaria? A resposta é clara: Não. Ela não poderá nunca ter um filho com Emmett.

Por mais que nós sejamos filhos adotivos de Esme e Carlisle  e eles nos considerem filhos legítimos, eu sei que não somos seus filhos biológicos, quer dizer, não somos filhos de Esme com Carlisle.

...XcontinuaX...


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Notas finais do capítulo

~~ Bella vai contar tudo resumidamente que aconteceu quando conheceu o marido. vou tentar fazer em um apanhado geral um resumo dos livros da saga. vai ficar maior do que eu imaginava. acho que dois capítulos para cada livro. eu vou tentar e vou fazer o melhor que puder.



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