Moonlight escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 2
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

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 – Oi Carol, eu me chamo Bella, e esta é minha filha Renesmee – ela diz em português, indicando a menina que trás consigo pela mão.

— Oi Bella! Oi Renesmee! – agora eu me sinto mais calma apesar da estranheza desse momento: acho que Jasper me ajudou um pouco nisso.

A garotinha avança para mim e coloca a mãozinha no meu rosto. Seu toque não é tão frio quanto o de Esme, mas é diferente.

Sorrio maravilhada ao ver as imagens que ela viu da minha chegada: o avião pousando, eu e meus pais desembargando e por fim quando nos encontramos.

— Você está bem Carol? Me desculpe se Renesmee assustou você – diz Bella um pouco constrangida pela atitude da filha.

‘Não era para ela fazer isso?’  Fico confusa, mas não tem problema.

I’m fine. Eu sabia que ela poderia fazer isso. Eu estou bem.

— Não se preocupe, meu amor – diz Edward aparecendo ao lado da esposa de repente. – Nossa filha nunca mostrou nada que não devesse a Charlie, não se preocupe, ela vai ficar bem.

— Sim, Bella, não se preocupe por minha causa - digo.

— Se ela ficar mal eu saberei o que fazer – socorre Carlisle. – Não se preocupe, Bella.

— Se ela ficar doente por causa disso eu não vou ficar bem comigo, vou me sentir culpada - retruca minha irmã.

— Ela vai ficar bem, querida – diz Esme para Bella. – Não se preocupe. Charlie nunca teve qualquer problema.

— Mas ele é meu pai, tem a mente parecida com a minha – responde Bella. – Se a Carol passar mal eu vou ficar chateada por ter feito isso.

— Mamãe, a culpa será minha – diz Renesmee compreendendo a gravidade da situação. – Se acontecer alguma coisa a vovó pode ficar brava comigo.

— Jamais poderia ficar brava com você, minha querida – diz Esme afagando a cabeça da neta.

‘Nem eu gostaria de ser um motivo de discórdia na família.’ Penso, mas é claro que Edward leu meu pensamento e sorri gentilmente.

Então Carlisle pega a neta no colo e tudo se repete:

— O que ela está mostrando agora? – Esme pergunta para Bella.

— Acho que ela está dizendo tudo que aconteceu nesse ano. Depois ela vai lhe mostrar também.

Mamãe assente ao ouvir as palavras da nora.

Instantes depois Renesmee procura tocar o rosto da avó. Carlisle então passa a neta para a esposa.

Não parece que Esme tem idade para ser avó de alguém, ela tem idade só para ser mãe.  Bem, fisicamente ela tem 26 anos, mas na verdade tem mais de 112 anos de existência. Não vou pensar muito nisso para não ficar tonta.

Seguimos em direção ao estacionamento do aeroporto onde estão três veículos à nossa espera: dá para perceber porque eles estão parados no canto longe dos outros carros dos passageiros e suas famílias.

Um Volvo prata reluzente estacionado ao lado de um BMW conversível vermelho, pouco discreto, e um Jeep enorme esverdeado.  A cor até que é normal, mas o tamanho é constrangedor.

Logo eu fiquei sabendo de quem era cada carro, embora fosse quase evidente. Estava na cara que o carro vermelho só poderia ser da loira, combina com a exuberância dela. Dizem que as coisas têm muito da personalidade de seus donos e isso já deu para notar.

O Jeep  também é evidente que é do grandão e o carro prata ou é do menino loiro ou do menino de cabelos cor de bronze.

 [Eles têm tantos carros! – e esses que eu vi nem eram todos.]

Acho que vamos ter de pegar um táxi, pois todos esses carros são chamativos demais para mim. Não consigo me imaginar em nenhum deles. Talvez no Volvo. Mas eu também não quero que papai gaste mais dinheiro comigo. Estou dividida.

[Nessa época eu não sabia exatamente como os Cullen são ricos. Claro que eu percebi que eles tinham posses (não sou cega e nem burra): o carro de papai, a ilha (que nem conhecia ainda) e o colar de diamantes que papai deu de presente de aniversário para mamãe.]

Penso comigo e quando eu vier de novo ano que vem ver meus irmãos já serei uma vampira, provavelmente não voltarei mais para o Brasil, porque não é muito discreto para nós vampiros viver em países tropicais. Mesmo que no sul não seja tão ensolarado quanto no restante do país devido à região ser subtropical.

Não quero apenas ser uma vampira, quero ser uma vampira boa, uma Cullen. Não quero matar ninguém nunca. Ser praticamente imortal para mim já será ótimo. Não é necessário nenhum dom a mais, pois nem todos os vampiros têm. Já serei feliz de poder viver para sempre ao lado de meus pais.

Também não vai ter nenhum problema com a escola porque ano que vem já estou no terceiro ano do ensino médio e irei me formar.  Já no mês de outubro eu estou com nota suficiente para não repetir a série. A não ser que eu reprove por faltas depois da minha transformação. Eu vou ter que ficar em casa e não poderei ir à aula para não ficar perto das pessoas, para segurança delas e minha própria. Eu não quero machucar ninguém e não me arriscarei a nada que me coloque em tentação. - mas as provas poderei fazer em casa, eu estarei 'doente' de atestado pelo meu pai.

Talvez Esme e Carlisle consigam que os professores não me reprovem apenas por faltas já que eu tenho notas que garantem meu aprendizado. Eu já estou apta a receber o diploma. Eu não poderei nem ir para a formatura no teatro municipal então meus pais terão de pegar meu diploma. Minha formatura no ensino médio de verdade provavelmente será só em 2012, já numa escola nos Estados Unidos.

Vou fazer ainda melhor e estudar ainda mais para já estar passada no terceiro trimestre do ano para ganhar meu presente de aniversário. Mamãe prometeu que até meu aniversário de 17 anos eu serei imortal. Eu não deveria acreditar assim tão cegamente, pois ela é uma vampira e vampiros são bons em mentir. Mas eu confio nela, ela já fez tanto por mim. Tenho mais motivos para acreditar do que para desconfiar.

Eu espero que ela não me desaponte. Agora é apenas questão de tempo para ver se ela disse a verdade. Se ela não cumprir a sua palavra não será tão ruim, o pior que acontecerá será eu envelhecer e morrer. Ou eu iria me suicidar como eu tentei fazer antes de conhecê-la? Ela me salvou, por isso a minha vida é dela.

Eu não deveria estar tão feliz nem tão ansiosa para ser transformada em uma vampira. Eu sei que vai ser muito doloroso, mas acho que posso lidar com isso. Não me sinto abrindo mão de algo, não estou perdendo muita coisa por deixar da ser humana. Na verdade, eu me sinto ganhando mais do que perdendo.

Eu vou me preparar bastante, o quanto puder. Não sei exatamente como será e não posso me preparar para algo que não sei ao certo. Sei que vou gritar e vou me preparar para não gritar, pois ouvir meus gritos deixaria Esme triste por ter me feito sofrer, mesmo que indiretamente e por minha própria vontade.

Eu não quero morrer e perder meus pais. Eu estou tão feliz com eles! E também não quero que eles fiquem tristes com a minha morte.  Suponho que eles não gostariam de me deixar morrer como humana e me perderem para sempre. Nem eu quero perdê-los. Demorei muito para encontrar-los, na verdade, eles é que me encontraram, quero ser feliz; e se for para sempre melhor ainda. Não consigo me imaginar vivendo sem eles. Como eu vivia antes? Não vivia, eu sobrevivia.

Esse sacrifício vai valer à pena. Sofrer um pouco, muito na verdade, para depois nunca mais sentir dor. Eu já senti dor sem nenhum motivo, apanhava sem saber por que, sem alguma razão, apenas por respirar, eu acho. Eu estava totalmente a mercê da vontade do meu pai. E ele se prevalecia sobre mim por ser meu pai, ele achava que era meu dono e podia fazer o que quisesse comigo. Eu era sua propriedade. Me sentia como uma escava.

Além disso, ele tinha mais força do que eu, obviamente por ser homem e também por ter trinta anos a mais do que eu. Era uma covardia sem tamanho que beirava a maldade. Se não era a própria maldade.

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