Muitas penas e plumas flutuando em nossas cabeças Monique a havia atacado pela Pedra e para proteger seu trono, as duas começaram a rolar, teria sido cômico em outra ocasião. Uma toda com roupas cinzentas por baixo de uma túnica e a outra com roupas vulgares e saltos, sem pensar e sem olhar muito para as duas brigando pela pedra. Saí correndo em direção a Kath, mas ela balançou a cabeça e berrou para eu ajudar America primeiro que ela tentava se soltar sem ajuda. Corri até America, mas senti alguém me puxando pelos ombros, esqueci de Josias, ele me jogou para o lado com uma força inumana, eu bati com as costas em uma árvore escutei barulho de madeira se rachando. Sangue metálico explodiu em minha boca. Minha visão embaçou. Apenas deu tempo de ver Josias pegar algo afiado e brilhante de dentro de sua túnica e perfurar alguém com aquilo, eu berrei temendo que tivesse sido grave, não consegui enxergar em quem foi que Josias havia enfiado a faca minha visão estava muito turva. Logo em seguida algo passou zunindo por mim com precisão e acertando Josias bem no ombro e o jogando para trás com força. Olhei para trás e Larissa estava bem atrás de mim com um arco e flecha em suas mãos habilidosas.

— Ninguém, ninguém me escutou seu insignificante? Joga meu namorado em uma árvore desse jeito a não ser eu! – ela berrou. Encarei estupefato – tenho meus truques – ela respondeu a pergunta que estava em meus olhos com um pequeno sorriso. Assim que Josias começou a se levantar ela puxou outra flecha de suas costas e o acertou bem no peito, e rapidamente pegou outra flecha e acertou bem do lado da outra, e mais uma flecha o acertando bem no olho antes de ele sucumbir e cair.

Levantei-me rapidamente. – Quem ele esfaqueou Lari? – perguntei com medo da resposta não importaria seria horrível de qualquer jeito, mais horrível do que descobrir de Karol, a minha irmã que se perdeu no meio do caminho.

—America – ela respondeu. Saí correndo assim que ela disse, e me vi gritando para a Lari ajudar Kath.

Cheguei até ela, e vi sangue saindo de seu peito, ela também estava engasgando, tirei o pano que estava em sua boca, rasguei um pedaço da minha camisa e coloquei em seu peito para estancar o sangue, ela soluçava baixinho, ela abriu a boca como que para dizer algo.

— Não. Não diga nada, fique quietinha eu vou conseguir te ajudar – olhei ao redor Monique e Karol ainda brigavam pela pedra, ambas muito machucadas, agora quem parecia estar com a pedra era Monique, elas lutavam perto de um rio que havia ali que eu nem havia notado antes, olhei para o outro lado Kath se levantava e esfregava suas mãos umas nas outras enquanto falava com Larissa, sua expressão era de pura dor e ódio. Berrei por ajuda para as duas, e elas correram até mim.

— Ela está bem? – Kath perguntou com os olhos carregados de tristeza.

Olhei para baixo America estava com os olhos arregalados olhando para todos um por um, ela fez um som gorgolejante antes de consegui dizer tais palavras que tanto lutava para dizer:

— Veneno, a... A lâmina... Na- não adianta... Obrigada por lutar. – ela respirou profundamente, um ruído saiu do fundo de sua garganta, e havia espuma saindo dos cantos de sua boca, aquilo significava que seus pulmões provavelmente foram perfurados. As últimas palavras saíram com uma voz firme e agradecida talvez:

—Eu me lembro Mike, e Esme – então ela morreu, pude ver exatamente o momento em que a vida deixou seu corpo, ela se debateu embaixo de meus braços, e fez mais um som no fundo de sua garganta, então seus olhos lentamente saíram de foco e ficaram vidrados.

Escutei Kath respirar fundo e seus olhos se encheram de lagrimas, foi onde eu notei Lari e eu também estava chorando.

Não teve muito que fazer fora o veneno. A adaga de Josias estava com veneno.

Escutamos uma explosão, todos nós pulamos de susto, olhamos para trás, Karol e Monique – que ainda lutavam pelo “direito” delas – foram jogadas com força para trás, para dentro d’água, saímos correndo atrás delas chegamos perto da água e era como se elas nunca estivessem ali, o único vestígio que tinha ali era uma lantejoula do salto de Monique boiando na água, e as penas flutuando na água e ainda caindo no chão. Todos nos entreolhamos, confusos, e soubemos que ali elas não estavam mais, a questão agora era: “onde elas estariam?”

No fim Larissa fez uma denuncia anônima para a polícia sobre um duplo assassinato em uma fazenda abandonada, e logo em seguida entramos no carro para ir embora.

— Espera – berrou Kath como se tivesse se lembrado de algo subitamente e com os olhos arregalados. Eu e Lari a encaramos como se ela fosse uma maluca. – esqueci uma coisa – disse ela colocando seu cabelo para trás da orelha um movimento automático e tão característico dela de quando ela ficava envergonhada. Eu assenti para que ela fosse buscar seja lá o que ela queria. Então ela saiu correndo do carro, e entrou na mansão. Olhei confuso para Lari que apenas deu de ombros com os olhos desconfiados, rapidamente Kath voltou correndo abraçada em alguma coisa que parecia uma porta retrato, respirei profundamente, soube na hora o que ela fora buscar.

—Podemos ir agora – ela disse entrando ofegante no carro.

— O que você foi buscar Kath? – perguntou Lari com o olhar azul dela curioso. Então a Kath relutantemente soltou o porta retrato e entregou para Lari ver, então a Larissa olhou para mim, com os olhos um pouco arregalados. E me entregou porta retrato, o segurei e respirei fundo quando vi o casal na fotografia.

—Devia isso a você Mike – Kath disse suavemente – isso é seu por direito

Balancei a cabeça em negativo com os olhos cheio de lagrimas e olhei para ela – é nosso Kath, não meu. Mas sim nosso. – falei para ela que sorriu ao ouvir minhas palavras.