Qual seu Destino - Destinada escrita por Mah


Capítulo 2
Parte 1 - Vida Com Espinhos (Capítulo 1 - Um começo)


Notas iniciais do capítulo

E lá vaamos nós



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  A vida tem espinhos, a juventude não perdura.

  E nos indignarmos por quem temos amor

  É para a mente a mesma coisa que o efeito da loucura.

          – Samuel Taylor Coleridge, “Christabel”.

                                                 ***

 Dia 10 de agosto (01 mês atrás)

— BIANCA SAI DESSE BANHEIRO AGORA ANTES QUE EU... - Fui interrompida antes que terminasse minha frase super “educada” e “amorosa” para minha irmã mais velha Bianca, que abriu a porta do banheiro tão subitamente que lhe dei um soco bem no meio de sua testa.

— SUA LOUCA EU AVISEI QUE... - Parou por um segundo para se recompuser enquanto bloqueava a entrada para o banheiro – eu avisei que eu não ia demorar – falou ela com uma calma forçada. – não precisa ficar berrando de manhã cedo e dando socos nessa porta vai acabar acordando nossos pais... - falou ela esfregando sua testa que já estava começando a ficar vermelha por culpa do soco.

— Mas não me deixou muita escolha não é mesmo? – falei – é só ouvir o meu despertador tocar que você corre mais rápido que a velocidade da luz para ir até o banheiro e demora tanto que parece que o vaso sanitário esta tentando matá-la afogada – disse sem muita paciência.

— Ah saia da minha frente Kath se não vou me atrasar para a faculdade por sua culpa. E então que eu vou demorar no banheiro maninha – ela disse.

   Sai da frente dela e finalmente entrei naquele bendito banheiro, pensando que por mais Bianca fosse linda, com cabelos ruivos como fogo, com olhos bem incomuns da cor lilás e suas belas maçãs no rosto, o mau-humor dela não ajuda muito em sua beleza, mas ela poderia ter qualquer menino que quisesse aos seus pés em qualquer momento. Queria poder ter a mesma beleza que ela. Sou totalmente o oposto da minha irmã tem cabelos negros que ficam constantemente emaranhados, e que são mais negros do que a noite e meus olhos também são incomuns tudo devido a uma mutação genética eles são da cor prateada e bem luminosos como as estrelas, mas queria ter pelo menos as maçãs salientes no rosto, ou nariz perfeitinho como ela, no mínimo isso.

 Balancei a cabeça para afastar esses pensamentos. Quando meu celular tocou com uma mensagem de texto da minha melhor amiga perguntando onde diabos eu estava, olhei as horas 07h50min ah não estou atrasada, me arrumei o mais rápido que eu pude e corri para a escola. Quando estava para atravessar a rua da escola, veio um carro na maior velocidade que já vi em toda minha vida, quase que não fui rápida o bastante, e acabei pisando na cauda de um cachorro de rua que estava ali perto o cão me atacara, porem não me importei muito com isso, pois os portões da escola estavam se fechando, por sorte cheguei a tempo na sala de aula.

Onde você estava?   -Karol

  No banheiro, briga feia com Bianca e após disso me perdi dentro dos meus pensamentos... -Kath        

Não me diga que ficou pensando que queria ser bonita como ela? Por quê? Olha vou-te falar amiga que por mais que ela seja bonita o mau humor e a cara carrancuda dela estraga. -Karol

   Quando recebi esse bilhete ignorei irritadiça por Karol estar certa e tiver trazido meus pensamentos inacabados de mais cedo à tona... E também porque a professora mais rabugenta da escola estar notando que tem alunos que não estão prestando atenção na aula e mandando-os irem explicar a matéria no quadro. Quando a rabugenta da Srta. Geller se distraiu com o palhaço da turma respondi ao bilhete dela:

PARE, parece que sou previsível, e não, não estava pensando nisso...-Kath

Claro que estava, mas não vou insistir nisso para nos poupar discussões. Mudando de assunto que AUULA chata, não melhor ainda que professora CHAAAATA - Karol.

— Srta. Mark e Srta. Greene vocês gostariam de compartilhar conosco esses bilhetes? Provavelmente são mais interessantes do que o assunto de nossa... – salvas pelo gongo, ou melhor, pelo sinal, pois o mesmo tocou bem na hora.

— Quase que ela viu o bilhete que eu te mandei e estaríamos... – falou Karol, mas não completou a frase por se lembrar de espontaneamente de algo. – Aí por que sua irmã esta dormindo na casa de vocês durante a semana? – perguntou ela.

— Porque parece que rolou um assassinato por lá, pelo o que eu ouvi corpos mutilados e irreconhecíveis, e então para “proteger” os estudantes todos foram mandados para suas respectivas casas. Só não entendo uma coisa: por qual motivo não suspendem as aulas de uma vez? – disse eu enquanto íamos para o vestiário.

—não sei, mas por que seus pais não a tiram daquela faculdade? – perguntou Karol.

—sei lá. Eles nunca me contam nada – disse eu com um suspiro exasperado.

—sabe ás vezes fico pensando se... PARA TUDO KATH – ela disse e ficou parada como uma porta. – Ar... Ar... Kath – gaguejou diante de sussurros

—que foi Karol? Karol? KAROLINE GREENE acorda você esta começando a me apavorar – saindo do transe Karol finalmente falou:

— aquele garoto com uma pinta de galã de novela e bad boy têm os mesmos olhos que você, e, e, é incrivelmente... – ela não terminou a frase porque quando eu olhei para onde ela estava olhando, completei:

—parecido...  Com... Comi... Comigo.

   Ficamos as duas olhando para ele boquiabertas. Até que o segundo sinal soasse, não sabíamos o que falar, até mesmo porque não tinha o que falar, o choque ficou conosco pelo resto de nossas aulas.

                                               ***

   

   De madrugada a noite estava linda. Não sabia direito o porquê, se tinha sido por ter finalmente aparecido em publico para que todos me vissem, por ter me passado por uma pessoa normal sem precisar me esconder pelas sombras ou por tê-la visto, ela estava como imaginara, não, não como eu imaginara, como eu a havia visto, pois sabia todos os seus passos, a vigiava, protegia-a, estava tão submerso em meus pensamentos que não vira a figura escura no meio das sombras se aproximando.

—Creio que vistes Esmeralda não é mesmo Michael? – falou a figura interrompendo os meus pensamentos

— Precisamos conversar – respondi.

                                               ***

   De noite Karol decidiu dormir na minha casa.

—... Talvez você seja adotada, ou talvez você faça parte de uma família de aliens... Uh, uh, ou...

—KAROL – interrompi – pare com isso parece uma “perturbada”, olhe, foi apenas uma coincidência só isso... Além do mais foi uma mutação genética meus olhos serem desta cor, assim como dizem que o cabelo ruivo é uma mutação genética, não é muito comum, mas pode acontecer... Não é impossível.

— não é muito comum – repetiu ela com desdém.

Apenas revirei os olhos, olhei as horas e disse:

— é hora de irmos dormir, quero acordar bem cedo amanhã de manhã e já é quase três horas e vê se para de pensar nesse guri ninguém merece isso muito menos eu.

   Ela resmungou um boa-noite meio mal-humorado enquanto eu apagava a luz. Em seguida fechei os olhos pensando em quem é aquele rapaz misterioso, por que ele é tão parecido comigo? E por que de alguma forma ele pareceu tão familiar para mim? E esses pensamentos me rondaram a cabeça até sucumbir à escuridão e aos sonhos, com as cores negras e prateadas participando do sonho.    

           


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Notas finais do capítulo

Espero que gosteeem



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