Qual seu Destino - Destinada escrita por Mah


Capítulo 17
Capítulo 16- O passado batendo à porta


Notas iniciais do capítulo

A la EUUU. Nos vemos lá nas notas finais :D



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Estava nos aposentos reais, Monique estava na minha frente sentada em seu trono, tinha de admitir ela estava péssima, suas roupas outrora elegantes agora estavam sujas e pobres por assim dizer, por quê? Bem porque ela estava com um vestido branco simples de cetim, nem seda era. O vestido provavelmente estava com um rasgo de V de cabeça para baixo. Com o objetivo de deixar suas asas livres, que a propósito estava com as penas caindo aos poucos, e elas também aparentavam estar se partido. Ela estava descalça. Seus cabelos platinados, antes sedosos estavam emaranhados. Muito similar a um ninho de pássaros. Embaixo de seus olhos havia bolsas enormes de olheiras, seus lábios antes convidativos estavam ressecados e rachados. Mas Monique ainda estava com a coluna ereta, o seu olhar continuava esnobe e com um ar superior. Apesar de tudo ela ainda era uma cretina.

— Uau, sem querer ofendê-la, mas você está péssima – eu disse com a voz amarga. Não me importava mais do que ela se dizia capaz de fazer. Apenas sabia que o rapaz que se dizia meu amigo e companheiro de muito tempo, havia me traído e estava com a única irmã que me restara já que eu não havia encontrado os outros... Ainda.

— O que você quer Michael? Não percebe que não estou para visitas hoje, nem sei por que o deixei entrar – ela me disse com seus olhos ardendo em ódio.

 - Porque, você precisa de mim, e eu preciso de você. Sei que sabe disso, e também por isso – Joguei o bilhete que eu havia encontrado na floresta para ela, que agarrou o papel no ar.

Ela leu o bilhete com uma sobrancelha erguida, e então ergueu o olhar para mim.

— Onde encontrou isso Michael? – ela perguntou e pela primeira vez seus ombros vacilaram e ela perdeu sua postura na minha frente. Eu estaria mentindo se dissesse que não me impressionei quando vi o acontecido.

— Na floresta. – eu respondi apenas. Eu saberia que ela iria entender com apenas essas duas palavrinhas.

— Temos muita coisa que conversar querido – me disse ela recobrando sua postura e dando um sorriso que eu julguei como verdadeiro.

                                                  ***

Várias tentativas falhas de fazer o carro ligar depois, eu ainda estava presa naquele lugar do qual eu nunca vira antes. Saí de dentro do carro frustrada.

Olhei em volta e além do celeiro, havia árvores mortas espalhadas a esmo por todo o lugar, algumas com galhos quebrados, troncos no chão como se fossem para serem usados de bancos, e outras árvores estavam como se tivessem sido atingidas por raios em uma grande tempestade. Caminhei um pouco mais, agora no sentido contrário que Karol e Josias foram, avistei mais para frente uma casa, de dois andares. Obviamente era abandonada assim como o celeiro, pois à medida que me aproximava eu consegui ver ainda mais os resquícios de que em tempos antigos aquela casa tinha sido linda. Mas agora a tinta estava descascando com uma cor verde musgo e apenas resquícios da cor original que seria uma cor de branco gelo. Cheguei ao pátio da casa e notei uma velha varanda, com uma cadeira de balanço perto da porta. As janelas estavam desgastadas pelo tempo, porém nenhuma estava quebrada, desviei o olhar da casa e me vi ao lado de uma árvore – essa, porém estava viva – com um balanço no galho mais alto, seja quem for que tinha morado nessa fazenda, tinha morado com crianças e tido uma ótima vida.

Adentrei mais no pátio e decidi ir até a varanda, a cadeira de balanço apesar de estar intacta, ou seja: sem nenhum pedaço faltando. Mas estava comida por cupins e cheia de mofo e musgo, com um ruído claro de enjoo que senti subitamente, fui até uma das tantas janelas e olhei para dentro da casa, com suspiro frustrado me afastei, pois não deu de enxergar nada que havia lá dentro.

Fui até a porta e mexi na maçaneta, por um momento achei que iria acontecer como nos filmes: a porta ia emperrar e quando eu conseguiria abri-la algum monstro, ou outro ser sobrenatural me atacaria e eu lutaria avidamente por minha vida. Mas nada disso aconteceu, a porta apenas abriu, como um silencioso convite, com relutância entrei na casa.

Por dentro a casa – apesar de toda ação do tempo – era elegante, seu carpete era claramente branco antes, mas agora estava mofado e encardido, tinha uma escada bem na minha frente, era a única coisa que parecia não ter sofrido com o tempo. No topo dela, por assim dizer ia para o lado direito e esquerdo, era como aquelas escadas de casarões de filmes antigos, havia um tapete vermelho por toda sua extensão, e ela provavelmente levava até os incontáveis quartos. Eu ainda estava parada em frente à escada, olhei para o lado e vi uma porta grande que abria para o lado, decidi ir para esse lado antes de seguir para o outro.

Era uma cozinha, com uma grande pia de madeira pintada em verniz, uma geladeira não muito antiga no canto direito. E no lado esquerdo havia uma pequena mesa, com seis cadeiras, todas elas tinham cores diferentes com tonalidades não muito distantes do que seriam rosa e azul. Uma delas era uma cadeira de bebê. Aproximei-me da mesa inconscientemente e coloquei minha mão sob aquela cadeira. Senti um pequeno choque de reconhecimento, tirei minha mão rapidamente. Meu coração acelerando-se aos poucos. Dei um passo para trás e saí da cozinha ás pressas.

Decidi ir para o lado que eu ainda não havia ido ao andar de baixo. Era uma sala de jantar bem espaçosa com uma janela enorme no lado direito, que dava vista para um lago e levava a uma pequena varanda. A mesa também era com seis cadeiras, mas eram estofadas e muito elegantes bem mais atrás dessa mesa havia mais uma porta que provavelmente ia até a sala de estar. “Essa sala era muito mais usada para jantares sociais do que para almoços em família” eu pensei. Como eu sabia disso? Não tinha a mínima ideia. Na parede no lado esquerdo tinha uma enorme pintura. Cheguei mais perto para ver do que se tratava. Era uma pintura dessa mesma casa, mas a pintura era muito alegre, a palheta de cores fora bem escolhida, os detalhes eram sutis e elegantes, e tinha assinatura no canto, por conta de um pequeno estrago nessa linda pintura não pude ler quem havia sido o incrível artista que havia pintado tal pintura.

Fui para a porta que estava atrás da mesa, e minha hipótese havia sido certeira. Era uma sala de estar com um sofá “branco” que tinha tudo para ser lindo, se não fosse essa casa que estava em péssimo estado e levando os moveis elegantes a ficarem piores do que a própria casa. O carpete aqui estava mais manchado em apenas dois lugares concentrados, andei para perto dessas manchas e tranquei minha respiração, era claramente sangue antigo e seco, mas uma das manchas não era um sangue normal, era aceso, vivo demais para ser sangue humano. Já a outra mancha dava para notar que era um sangue humano, pois estava bem seco, estava tecnicamente fundido ao carpete e obviamente era sangue de alguém que ha anos já havia morrido. O cheiro daquela sala era de morte e desespero, talvez a vida das pessoas que moraram aqui não tenha sido tão boa quanto eu havia imaginado. A mesa de centro que tinha ali estava estilhaçada, e tinha mais uma pintura acima de uma lareira que se encontrava na frente do sofá, mas a pintura era menos sutil e elegante que a outra era como se fosse feito por uma criança incrivelmente talentosa. Também havia uma assinatura no canto de tal arte, me aproximei mais do quadro para ver o desenho e a assinatura. O desenho era uma mulher morena e com cabelos platinados de costas, e com asas elegantemente pretas com toques azulados saindo de suas omoplatas, essa pintura lembrava muito Monique, mas não dava para dizer se era ou não ela, já que seu rosto não aparecia. E a assinatura:

   Michael Le’ Roy.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Talvez, tipo assim apenas talvez esteja um pouco curto, mas é a vida... Enfim, só queria avisar, que não vai demorar muito mais para eu postar a minha outra fanfic, entããããão a continuação dessa provavelmente vai demorar, no momento estou focada nos meus anjos, mas vou tentar não demorar tanto com a continuação de Destinada! Isso é tudo pessoal! (Looney Tunes ♥) Espero que gostem c:



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