Qual seu Destino - Destinada escrita por Mah


Capítulo 16
Capítulo 15- Revelações Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Sim sim, eu sei, eu falei que só ia postar dois capítulos, mas desculpe, minha mão estava coçando para postar um próximo capítulo (tenho que parar com essa mania). Então...... vamos para meu bordão: Nos vemos nas notas finais



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Estava ao telefone falando com Josias. Pelo o que ele havia me dito Monique estava trancafiada em seus aposentos, como se estivesse com medo ou vergonha de algo, mas algum súdito dela poderia muito bem estar com a Kath. Porém Josias disse que não estava sentindo falta de ninguém lá. Como ele conhecia todos muito bem e era a mente mais influente daquele lugar ninguém havia saído, e nem recebido ordem para tal.

Encontrava-me na mesma floresta que Kath esteve com a Rainha, resultado disso: péssima conexão de celular.

Percebi o estrago que Monique havia feito. Pelo visto Kath havia realmente saído de tal floresta rapidamente, pois ela provavelmente não teria sobrevivido. Árvores caídas e partidas ao meio, galhos espalhados para todos os lados... E uma parte intacta a não ser pela marca em forma de circulo, como se algo muito pesado esteve ali por muito tempo, e também havia penas ali. Aproximei-me para ter uma visão melhor. Penas pretas azuladas de todos os tamanhos. E um bilhete no meio do circulo.

                                              ***

Eu tentei falar, mas com uma mão em meus lábios ficava um pouco difícil.

Fui puxada bruscamente pelo braço, o aperto em volta dele era tão forte que eu imaginei as marcas que ficariam ali. Senti que o aperto ficava mais forte à medida que nos deslocávamos.

Paramos bruscamente, escutei um barulho, um ranger de madeira velha. Imaginei que fossem portas de uma casa bem antiga se abrindo. Logo em seguida fui empurrada para frente tão forte que cheguei a cair. O barulho de novo. E então mais nada.

Por estar amarrada e vendada, foi um sufoco para fazer uma coisa considerada tão simples: sentar-me. Após conseguir fazer isso me concentrei em ao menos escutar algum barulho anormal – se não escutasse nada, eu iria tentar me desamarrar novamente. E claro dessa vez não falharia – fiquei por algum tempo quieta e não escutei nada, mas percebi um cheiro estranho lá dentro, como se houvesse animais morando ali por muito tempo, a ponto de terem morrido nesse mesmo lugar e alguém ter deixado eles abandonados e apodrecendo. Resumindo: o cheiro era uma mistura de esterco e carniça. Tive ânsia de vomito.

Não aguentava mais ser feita de fantoche, bem... De volta ao trabalho de tentar fugir daquele lugar. Fiquei tão cega por sair, que esqueci completamente da dona daquela voz.

                                              ***

Abaixei-me e peguei o bilhete, aquela caligrafia não me era estranha, arregalei meus olhos quando a reconheci, não podia ser... Era a caligrafia de Josias. Mas eu havia acabado de falar com ele. Chega, já era hora de ter uma conversinha com a tirana.

Amassei o bilhete e saí correndo da floresta. O quanto antes encontrasse Monique, mais rápido eu encontraria Kath.

                                              ***

Depois de muitas tentativas falhas, consegui me desamarrar, mas não tive tempo de tirar a venda que cobria meus olhos, ouvi a porta, ou melhor, as portas rangerem como uma velha senhora com dores. E consegui perceber que havia duas pessoas na minha frente. Respirei fundo e arranquei a venda. E me deparei com uma luz repentina em meus olhos, pisquei algumas vezes para me acostumar com a claridade até que consegui focar meus olhos e dei de cara com dois pares de olhos, os dois pares oculares possuíam uma mutação genética que deixavam a cor de um dos olhos diferente do outro. Parei de focalizar apenas nos olhos e notei que era uma garota e um rapaz, a garota tinha cabelos longos e castanhos claros, quase loiros, uma boca elegante, um olho era azul e o outro castanho esverdeado. Eu a conhecia. Uma sensação de ódio e traição repentinos tomou conta dentro do meu peito, era a minha melhor amiga. Karol, ela estava com roupas que normalmente usava uma calça jeans rasgada nos joelhos, e uma camiseta do supernatural, uma série que nós duas perdíamos o horário assistindo durante a madrugada. Olhei para o lado e vi um olho dourado e outro violeta acinzentado, outra sensação me tomou, a diferença era que essa sensação era de nojo total, ao encarar aqueles olhos magníficos, aquele cabelo escuro como a noite, e aquela boca... Seu sorriso não era mais acolhedor, como eu vira da primeira vez, mas sim frio e calculado, lembrei daquele sorriso na hora, ele era o cara do beco que me perseguira em minha própria escola, que eu vira falando com Karol. Josias estava com o olhar calculado pra cima de mim, tentando adivinhar qual seria o meu próximo passo, que eu sinceramente não sabia que ia dar.

A coragem inflou em meu peito e eu peguei um pedaço de madeira que vi perto de meus pés e acertei os dois de uma vez, não soube como fiz isso, só sei que fiz. Então larguei o objeto que estava em minhas mãos e saí correndo enquanto os dois se levantavam rapidamente.

Quando eu saí de lá de dentro olhei para trás e notei que antes estava dentro de um velho celeiro, que poderia muito ser confundido com um galpão. Olhei ao redor e vi que estávamos numa fazenda muito provável abandonada, tinha apenas um carro e ele estava na minha frente, escutei berros vindos de dentro do celeiro, me dei conta de que Josias e Karol deviam sair de lá dentro a qualquer momento. Sem pensar corri até o carro e por pura sorte a porta estava aberta, mas o carro estava sem a chave, me abaixei de modo que não desse para me ver, e comecei a tentar fazer ligação direta. Nunca havia feito algo parecido antes, só tinha visto pessoas fazerem isso em filmes e em seriados, meu desespero era maior, do que a preocupação de fazer o carro explodir.

Ao longe escutei Karol aos berros com Josias, notei que os dois estavam ficando distantes pelas suas vozes ficando menos distinguíveis. No silencio de uma fazenda abandonada, dentro de um carro antigo me permiti chorar baixinho pela traição e por ter perdido minha melhor amiga. Então me dei conta, talvez ela nunca tenha sido realmente minha amiga.


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Notas finais do capítulo

Então, por hoje é só, eu juro, palavra de alguém aspirante a escoteira. Então desculpe os erros prováveis, e esse capítulo e o anterior eram um só quando eu escrevi, mas tive de separar em duas partes, por Raziel. Enfim espero que gostem e please, comentem, se gostaram, odiaram, e se a indiferença for predominante escreve qualquer coisa só para me informar que está lendo, porque apesar de eu não gostar de ficar pedindo reviews e com toda certeza não vou parar de postar, só que me dá a sensação de estar escrevendo apenas para o ar, que pode ser o caso, talvez? Quem sabe, não é mesmo? . Tá vou parar de mendigar e eu não gosto de ser chata assim... (quem me conhece talvez diria o contrário hasushus). Espero que gosteeeem. E de novo escrevi demais nas notas finais, méus déuses.



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