Pati zero escrita por Gannimedes


Capítulo 7
Rebeca




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Então o dia de descanso chegou, e após uma dura semana, é domingo de manhã. Patrícia estava sentada em sua cama, se preparando para o dia que viria pela frente, pintando as unhas ao lado de sua irmã mais nova. Rebeca era literalmente uma versão mais jovem de patrícia, por admirá-la de uma forma fora do normal. Ela se considera fã de sua própria irmã, e por conta disso a cor de seu cabelo, olhos, e pele são idênticos. Contudo, ela possuía uma característica que a diferenciava de Patrícia: mesmo sendo um ano mais nova, seus seios eram bem maiores que os de Patrícia, o que fazia sentir muita inveja. Enquanto se assemelham em aparência, elas se diferem bastante em personalidade, sendo rebeca mais tímida, humilde, enérgica e feliz… muito feliz. Sempre agindo com muita energia, quase sempre de bom humor, mantendo seu sorriso brilhante, ao contrario de Patrícia que sempre anda com um olhar tedioso, e apenas sorri em certas situações.

Patrícia pintava suas unhas com um esmalte púrpura, e rebeca pintava as suas exatamente da mesma cor, tentando saciar sua vontade por ser sua irmã. Enquanto estava perdida em pensamentos, foi pega desprevenida por sua irmãzinha:

—Irmã, você é tão bonita... Os garotos de sua escola devem te encher a bola, não é mesmo? _Rebeca fala com toda inocência, sem perceber que essas palavras eram fatais para Patrícia.

—Há... claro!! Eles sempre pedem meu telefone, haha_ Forçando um sorriso, ela não se importou de mentir para sua irmãzinha

—Então você já tem um namorado?!!! _ela pergunta muito agitada, se sacudindo na cama

—Há.... Ainda não!! _Patrícia responde tremendo, com a sensação de que uma faca perfurava seu delicado coração

Sem perceber que estava tocando em sua ferida, rebeca não entendeu o porquê de repentinamente, patrícia se atrapalhar toda, sujando a sua mão de esmalte. O choque daquela pergunta repentina, fez com que cada um de seus membros se estremecessem completamente. Patrícia se apressou em se limpar com um algodão.

—Não encontrou ninguém que te mereça ainda, certo? Eu entendo! _ela fala cruzando os braços, acenando a cabeça exageradamente

Patrícia permaneceu em silencio ainda se limpando

—Mas eu sei que você é experiente nesse assunto, então eu queria que você me ajudasse com uma confissão! _ela fala reduzindo gradativamente o tom de sua voz, juntando seus delicados dedos, muito envergonhada

Patrícia novamente se assusta, deixando o pedaço de algodão em suas mãos, cair no chão. Após quase enfartar duas vezes, ela decide que não seria uma boa idéia pintar suas unhas, considerando o rumo que a conversa estava tomando. Patrícia guarda todos os materiais que estavam em sua cama na estante que ficava do seu lado, e da atenção total ao que Rebeca tinha para lhe dizer.

—Confissão?!! Uma confissão de amor?!! Um homem disse que te ama?!! _Patrícia não queria acreditar que sua irmãzinha já estava vários passos a sua frente no amor

—Sim… foi tão fofo! Eu meio que gosto dele também, então eu queria aceitar desta vez _ela fala bem inquieta

—“Desta vez”?!!! Então você já tinha recebido outras declarações?!!! _patrícia começa a subir o tom de sua voz, e a sacudia com violência

—Bem, sim... Na verdade, desde que começaram as aulas cerca de dezesseis meninos me pediram em namoro... (se eu não estiver enganada) _ela cobria seu rosto com as mãos, muito envergonhada

—Cof cof cof!!!

Patrícia se engasga ao ouvir aquilo. Ela não podia acreditar sua irmã mais nova já estava apta para lhe dar aulas de como conseguir um namorado. Suando friamente enquanto a tremedeira de seu corpo aumentava cada vez mais, Patrícia tentava entender como ela conseguiu isso, sendo um pouco tímida.

—Mas, este numero deve ser pequeno, se comparado com a quantidade que deve ter se declarado para você, não é mesmo, mana?

Rebeca novamente fere patrícia sem se dar conta disso. Sempre seguindo seus paços, por melhor que ela faça algo, em sua mente cria a ilusão de que sua irmã já fez melhor, e é isso que criou esta situação.

—....         Então você gosta dele e quer namorar, certo? _patrícia demora um pouco para responder

—Sim. Eu o conheci na internet, em um jogo. Ele não mora aqui, porem virá para me encontrar em breve, e também disse que se fosse necessário ele se mudaria para nosso país!

—Nossa... Acho que também devia jogar com você! _por um momento Patrícia quis tentar encontrar seu príncipe online

—Tem outra coisa que queria te falar: eu consegui transferência para seu colégio! Agora podemos ir para a escola juntas. Isso não é incrível? _ela fala com muita felicidade levantando os braços com energia

—Claro, vamos ficar sempre juntas agora _Patrícia fala com um tom cansado. ainda não tinha se recuperado do assunto anterior.

Na segunda feira, as duas foram para a escola juntas. Rebeca estava extremamente feliz, e Patrícia desanimada como sempre. Ela se preocupava um pouco de rebeca perceber que tinha mentido sobre ser popular, e que sua irmãzinha deixasse de admirá-la. Isso estava a deixando cada vez mais nervosa, conforme se aproximava do colégio. Patrícia não tinha coragem de admitir que é um fracasso nem pra ela mesma. Ao se aproximarem da massa de alunos que estavam entrando pelo portão principal, Patrícia já notou algo de estranho: muitos alunos estavam olhando para sua direção, algo muito incomum. Para todas as direções que espiava, percebia vários alunos com o mesmo comportamento. Enquanto distraída, um dos alunos cria coragem para ir ate ela para cumprimentá-la adequadamente:

Ele era bem alto, cabelos loiros, olhos azuis e um sorriso radiante

—Bom dia, seu nome é Patrícia certo? Eu me chamo bruno, e bem... Eu queria saber se poderíamos conversar a sós quando tiver um tempo, sabe... _ele sorri para ela

Patrícia se atrapalha um pouco para responder, mas depois de muito esforço, palavras saem de sua boca. Apesar do nervosismo, ela tenta responder mantendo seu chame, jogando seus longos cabelos escuros

—A claro, eu adoraria! _ela responde com bastante firmeza

—Isso é ótimo! Então nos vemos mais tarde...

Após se despedir dela, ele vai para a sua sala feliz da vida. Esse acontecimento era tudo que ela precisava para retomar sua postura convencida, e confiar mais em si mesma. Antes que pudesse recuperar seu fôlego, sente algo a cutucando no ombro, e ao se virar, percebe que era outro aluno que chamava sua atenção. Este tinha o cabelo preto, liso, era mais alto e encorpado que Bruno.

—Er.. Bom dia, se não me engano você se chama...

—Patrícia! _ela responde antes que ele acabe sua frase

—Sim... hehe, então...Eu me chamo marcos e tem algo que eu gostaria que você soubesse, mas eu não posso falar aqui, então se você estiver interessada, poderíamos conversar a sós qualquer hora?

Os olhos de Patrícia brilharam como estrelas naquele momento, sua emoção era tão grande que mal podia conte-la em seu coraçãozinho. Com muito esforço conseguiu manter sua postura convencida, o respondendo com tranqüilidade, como se aquilo fosse a coisa mais comum em sua vida:

—Claro, eu te ligo _ela apenas sorri, mas a vontade que tem e de sair gritando rua a fora

—Oh, isso é ótimo! Então nos vemos. _ele se despede dela, e segue seu rumo, após passar seu numero para ela

Patrícia conseguiu manter sua pose, porem quem não podia se conter era rebeca, que estava mais radiante que o sol de meio dia. Ela estava inquieta, pulando repetidas vezes no lugar! Seus batimentos cardíacos estavam super acelerados, e sentia que naquele momento seria capaz de voar.

—Irmã!!! Dois alunos querem se confessar para você, no mesmo dia!!! Eu não esperava menos de você. Eu fico agitada apenas de poder te ver em ação... _rebeca se expressava com muita energia, falando bem alto

—Claro né... Eu sou demais!

Com o seu ego sendo alimentado naquele nível, patrícia tinha vontade de subir pelas paredes, contudo, uma coisa em que ela era muito boa era em se conter, pelo menos para os outros ela conseguia passar a impressão de que era fria e calculista. Agora só resta esperar ansiosamente pelo intervalo.


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