Capítulo 29- O fim de tudo.

Belatrix Lestrange estava caída, aparentemente desacordada.

–Minha senhora! –gritou Neville. –O que vocês fizeram com ela? –ele gritou e apontou a varinha mais uma vez para seus amigos e então quatro pares de varinhas apontaram para ele ao mesmo tempo e a Varinha das Varinhas caiu ao chão. Rony, Harry e Draco se preparavam mais uma vez para atacar.

–Não! –gritou Hermione, que também mantinha a varinha erguida, pois ela acabara de ajudar a desarmar Neville. –Não façam nada. –ela disse desesperada. –Neville não é você aí... Por favor, Neville volte, eu sei que está aí dentro e que você está tentando resistir. Você precisa ser forte, não por você, nem por mim e nem por ninguém... Mas pelos seus pais, Neville. –disse Hermione olhando diretamente nos olhos do garoto. –Você vai mesmo permitir que a bruxa que colocou seus pais dentro de um hospital prevaleça? Você vai deixá-la vencer? Acorde não é você que está aí! –disse ela e Neville fazia cara de sofrimento.

Ele lutava, lutava contra tudo que passou durante os últimos meses. Ele sempre estivera ali tentado se sobressair e acabar com aquela bruxa, mas os feitiços dela eram muito poderosos contra ele, mas ele nunca desistiu e agora ele via que conseguiria e forçava sua mente a voltar ao comando e então em sua mente veio à imagem de seus pais olhando-o com carinho no dia de seu décimo sétimo aniversario e todas as barreiras que o mantiveram trancado até o momento se romperam e ele caiu de joelhos segurando sua cabeça com força.

–Me desculpem. –ele sussurrou.

Durante a breve luta interna de Neville todos estavam muito concentrados nele e não perceberam Belatrix se deslocando em direção a Pedra da Ressurreição e no momento em que ela a pegou em mãos se reergueu gargalhando.

–Seus estúpidos! –gargalhou ela e todos olharam amedrontados para ela, olhando principalmente em sua mão onde se encontrava a Pedra da Ressurreição. –Acharam mesmo que esse momento de ‘Superação Pessoal’ servisse para algo? –ela girou a pedra uma vez em sua mão, todos prenderam a respiração. –Esse garoto estúpido não passou de um boneco inflável em minha mão, fazendo tudo o que eu mandava... Logo eu! Eu mandei seus amados pais para um hospital de loucos. –ela girou a pedra pela segunda vez. –Ah... Ainda me lembro dos gritos de terror deles, são como musica para o meu ouvido, se vocês pudessem ouvir também saberiam do que estou falando. –disse ela com a voz de quem aprecia algo muito bom.

–Eu vou matar você. –gritou Neville se jogando contra ela, mas ele foi preso por Harry e Rony que tentavam controla-lo a todo custo.

–Não adianta tentar nada contra mim, por que agora o Lorde das Trevas retornará e todos vocês viraram pó. –disse ela girando a pedra pela terceira vez e fechando seus olhos.

Todos haviam prendido a respiração. Uma nuvem de pó negro apareceu ao lado de Belatrix Lestrange e aos poucos a nuvem foi tomando forma, cada vez mais densa e sólida e então a nuvem sumiu, dando lugar a Voldemort. Que estava vestido em um manto branco sujo de fuligem, ele abriu os olhos e a visão foi assustadora. Grandes orbes negras, orbes sem vida em um rosto branco, branco como um pergaminho. Ele não tinha expressão alguma em seu rosto. Era de se esperar que ali fosse visto gloria, satisfação e até mesmo alegria. Mas o que era visto ali era de dar a mais profunda pena. Rendição.

O rosto de Voldemort estava cheio de sabedoria e uma expressão profunda de pena. Aquilo foi o mais assustador ainda. Aquela era uma expressão que nunca ninguém esperaria ver no rosto dele.

–Mi lord. –disse Belatrix se ajoelhando aos seus pés descalços e beijando-os.

–Bela... O que você foi fazer? –perguntou a voz sem emoção.

–Como? –ela perguntou sem acreditar. –Eu cumpri o nosso pacto, fui fiel a você e lhe trouxe de volta Mi Lord, eu fiz como você havia me pedido.

–Eu sei. –disse ele. –Mas agora eu realmente entendo a verdade sobre tudo. Durante toda a minha vida quis ser forte e poderoso e sobrepujei e exclui todo o resto de mim. Eu poderia sim ter sido um grande bruxo, mas não era necessário toda a crueldade e atrocidades que cometi. Eu poderia ter sido grande de outras formas, me dilacerei por dentro, matei minha alma e já era tarde demais para mim eu nunca tive um futuro, não depois de eu próprio o ter negado a mim...

–Mas mi lorde agora você está de volta e poderá ser grande mais uma vez. –disse ela.

–Não Bela, meu lugar não é aqui e nem o seu. –disse ele.

–Mi lord... –choramingou ela a seus pés.

–Não se humilhe tanto, você terá tempo para entender, mas agora chegou à hora de partir. –disse ele tocando em seus ombros. –Levante-se e vamos, o que tiver de ser será. –ela o fez como foi pedido levantando-se ao lado de seu senhor. Ela olhou mais uma vez para todos ali e gargalhou terrivelmente, feliz por estar ao lado de seu senhor. Então mais uma vez a nuvem negra cobriu Voldemort e segundos depois, o que restava ali eram somente memórias. Havia acabado, para sempre.

O mundo bruxo nunca mais seria atormentado por eles dois. Vivas e uivos de alegria foram ouvidos por todos os lados enquanto os alunos de Hogwarts e seus professores comemoravam o fim.

–Harry. –disse a voz de Neville. –Me desculpe.

–Não tem pelo que se desculpar Neville, afinal não era você. –disse Harry colocando uma mão amiga no ombro de Neville.

–O que faremos com isso? –perguntou Rony que segurava enojado a Varinha das Varinhas.

–Creio que poderemos destruí-la. –disse Neville.

–Como? –perguntou Hermione.

–Se todos nós, nos juntarmos para fazermos isso juntos... Creio que nem a Varinha e muito menos a Pedra poderão resistir a tantos feitiços juntos. –explicou Neville um tanto envergonhado ainda.

–Tudo bem. –disse Hermione depositando a Pedra da Ressurreição ao lado da Varinha das Varinhas no chão.

Rony, Neville, Gina, Harry, Luna, Dino, Simas, Hermione, Draco e vários outros alunos de Hogwarts se juntaram em uma fileira lado a lado, todos eles apontando as varinhas para os objetos que foram esculpidos pela própria Morte e gritaram ao mesmo tempo vários feitiços. “Reducto” “Estupefaça” “Expelliarmus” ouve uma voz que gritou até mesmo “Avada Kedrava” essa voz foi à voz sonhadora de Luna Lovegood.

Ao fim de tudo todos olharam para os fragmentos do que um dia foram artefatos poderosíssimos.

–Avada Kedrava Luna? –perguntou Rony e todos caíram na gargalhada.