Harry Potter e a Senhora do Tempo escrita por Mimis


Capítulo 2
Família Weasley




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— Mattews Weasley!! Seu chato, por que você não mandou o Hórus dizendo que viria hoje?! Pensei que você só fosse vir na Quinta... – Melissa dizia enquanto abraçava o amigo. Mattews era da mesma idade da garota e era um dos mais populares da escola. De um ano pra cá tinha mudado: estava alto, com um corpo forte para a idade, com ombros largos e alguns músculos despontavam (isso graças aos treinos de quadribol não só na escola como nas férias também). Tinha cabelos castanhos escuros encaracolados, iguais aos da mãe, olhos azuis acinzentados e um rosto reto e bondoso, como do pai. Era um dos melhores alunos da escola e goleiro do time da Grifinória, casa a qual Melissa também pertencia. Ele e Melissa eram amigos desde que se conheciam por gente, afinal seus pais eram grandes amigos, e viviam grudados em Hogwarts. Melissa sempre achou que fora apaixonada pelo amigo, e eles até haviam ficado bem íntimos uma vez, mas eles ultimamente chegaram a conclusão que eram só amigos.
Ela e Matt se abraçaram demoradamente, afinal fazia 1 mês que não se viam. Por um segundo seus rostos ficaram bem perto, ela sorriu e ele desviou o olhar. 
— Claro que mandei o Hórus Mel! Mandei no domingo, assim que ele trouxe sua carta...Ele ainda não chegou?
Melissa o olhou intrigada. Como Hórus não tinha chegado se já era Terça? Ela era uma coruja muito veloz...Seus pensamentos preocupados logo foram interrompidos por uma ruivinha que subia apressadamente as escadas. Sempre sorridente, a garota abraçou-lhe, dando um beijo estalado na bochecha. - Saudades de você Mel!
— E eu de você Anne!
Anne Virgínia Weasley era um ano mais nova que Melissa, irmã mais nova de Mattews. Tinha longos cabelos ruivos lisos e finos – da mesma cor dos do pai – e apesar de ter herdado os olhos cor violeta da mãe, tinha uma fisionomia diferente, embora muito familiar. Era pequena e magra, mas de uma vivacidade incrível. Todos diziam que ela era a versão em miniatura da tia, que morrera quando tinha apenas 17 anos. Era a melhor amiga de Melissa. Assim que se abraçaram ela pegou na mão da amiga e a puxou pra baixo.
— Vamos, papai e mamãe querem ver você!
Os 3 desceram as escadas, todos muito felizes de estarem juntos. Entraram na sala de estar da casa, cuja decoração era muito bonita e clássica, com as cores vermelha e dourado predominantes, com duas portas que se abriam para a varanda. Na parede oposta havia uma enorme lareira, onde algumas pessoas estavam reunidas em sua frente, conversando distraídamente. Ao verem os 3 chegando, pararam de conversar.
— Oi Mel! Não vai dar um abraço no seu padrinho?
— Claro, claro tio Rony!
Melissa precipitou-se e se jogou nos braços de um homem da mesma idade da mãe, bem alto e magro, cabelos e sobrancelhas bem ruivos, olhos azuis escuros e uma feição bondosa e, naquele momento, imensamente feliz. Aquele era Ronald Wesley, seu padrinho e “tio” Rony, que ela conhecia e gostava como pai, afinal ele era um dos melhores amigos da mãe, pois haviam não só estudado juntos em Hogwarts como enfrentado muito mais coisas. Ele adorava esses homem alegre e brincalhão, que sempre tirava sua mãe do sério e adorava quadribol quase tanto quanto ela. Rony era a figura masculina que mais se assemelhava com um pai, alguém que nunca teve.
— Desde as férias passadas não veio nos visitar tio, porque?
— Ah Mel, aquele Ministério vai me levar à loucura com essa Maldita Copa de Quadribol!! O departamento de Esportes Mágicos está um caos, quase matamos uns aos outros pra poder organizar tudo, ainda mais que o Bargman resolveu tirar férias justo nesse período, e me colocou em seu lugar...
— Mas ele é um irresponsável Rony! Largar tudo nas suas mãos... – A mãe de Melissa disse, seu olhar se tornando estreito, coisa que sempre acontecia quando ela não concordava com alguma coisa.
— Hei, você está me chamando de irresponsável é? Eu fiz praticamente toda a parte burocrática, contactei todas as delegações, e recebi listas de jogadores, você não imagina o trabalho que dá! Pelo menos não vou estar de serviço durante a Copa...
— Que bom Rony! Assim você toma conta das crianças... Viv, você ficará aqui com as gêmeas, não vai?
— Claro, claro. Você bem sabe que ainda não sou louca de ir num lugar assim com tantos bruxos. Minha pouca sanidade iria sumir, com certeza! – Uma mulher, que até então ficara calada observando a cena, disse em tom maroto, apesar da dureza das palavras. Era uma mulher de uns 30 e poucos anos, quase tão alta quanto Rony, olhos de um azul-violeta bem vivo, lábios carnudos, pele branca e cabelos castanhos escuros curtos e lisos, dona de um corpo esguio e ar aristocrático. Tinha uma face calma e divertida. Vivian era a mulher de Rony, na verdade ela não era uma trouxa e descobrira que seu marido era um bruxo só quando estava no pé do altar, quando os seus futuros cunhados Fred e Jorge enfeitiçaram o frade que celebrava o casamento, fazendo ele levitar, mostrando suas roupas íntimas. Mas não havia mais volta, já estava grávida e apaixonada por aquele ruivo desajeitado.
Ela abraçou a afilhada calorosamente e abaixou-se atrás do sofá, coisa que ninguém achou estranho. Saiu de lá segurando pela mão duas garotinhas de 7 anos de idade, completamente idênticas desde a ponta do cabelo ruivo até as sardas no rosto. Cada uma segurava uma pequena vassoura na outra mão, davam sorrisinhos pra todos, estavam com a cara mais simpática e angelical possível. Porém a mãe tinha um “quê” de descontentamento e Rony cochichou para a mãe de Mel:
— Cada dia que passa essas duas ficam mais parecidas com Fred e Jorge, o que me dá um medo tremendo...Aurora, Flora! Venham aqui! – As duas garotinhas vieram correndo e abraçaram a mãe de Mel, brincando com algumas mexas do cabelo dela que se soltavam do coque.
— Vamos, vamos! Todos pra cozinha Eu fiz... – e olhou para a filha, timidamente, como se fosse uma criança pronta pra contar uma arte. Mel sorriu e balançou a cabeça, fazendo a mãe corar ligeramente – Quer dizer, eu e a Dottie fizemos um almoço delicioso. E de sobremesa temos tortinhas de morango e canela. Fiz porque sei que meu afilhado adora...
Matt sorriu para a madrinha, os olhos cintilando. Todos seguiram para enorme sala de jantar, onde havia uma mesa muito bonita de mogno no centro, e um espelho muito bonito na parede do lado esquerdo. Durante o almoço o assunto predominante era o final da Copa de Quadribol, que Rony contava com todos os detalhes, algumas vezes se vangloriando da organização quando ele tinha feito algo, outras vezes falando mal do Sr. McMillian, seu companheiro no departamento. Mel, Matt e Anne estavam muito ansiosos com a possibilidade de ir ver a Final da Copa, no Sábado. Eles iriam com Rony e Fred e Jorge, que eram donos de duas lojas de logros e brincadeiras, as famosas “Gemialidades Wesley”. No começo a mãe de Melissa não queria deixar que a filha fosse, muitas vezes tento discussões horríveis com Rony. Mas, e até hoje Melissa não sabe que feitiço Rony colocou nela, ela deixou a filha ir, afinal Mel era a apanhadora do time da Grifinória, e a garota tinha um talento natural para o quadribol.
— Bom...Agora que comemos a deliciosa comida da Dottie...E da mamãe também – apressou-se em dizer, vendo o olhar de indignação da mãe – eu, o Matt e a Anne vamos subir tá?
Os 3 subiram calmamente, conversando sobre as desastrosas incursões da Sra. Granger na cozinha quando ouviu uma pequena discussão começando a explodir na sala da jantar: “ Ela não pode ir Rony! Eu não quero que ela vá, está decidido!”. “Você é louca Hermione Granger??! Vai deixar sim a Melissa ir! Ela é louca por quadribol! Ela é excelente apanhadora!!” “Eu sei Ronald, eu sei! Mas a Mel simplesmente não pode ir...” . “Ela vai sim!!. “Certo, certo...Não vou ser tão tirana assim de não deixar a menina ir, mas você sabe minha opinião...” .Parecia que a discussão entre os pais de Mel e Matt estava terminando, pois as vozes começaram a baixar. Mas quando eles retrocederam o caminho, para poderem ouvir melhor a conversa, Dottie apareceu na porta da sala de jantar, assustando de ver os 3 imóveis ouvindo a conversa, e disse, com sua voz de gralha, apontando uma espátula como se fosse uma varinha:
— Ai, ai, ai! Srta Granger não pode ouvir conversa de adultos. Suba e converse com meninos amigos de Srta. Granger! Se Sra Granger vê a senhorita aqui não deixa Srta. Granger ir ver a Copa. Suba, suba, suba!
Enxotados pelo elfo doméstico, eles subiram em silêncio até o quarto de Melissa, a garota ainda pensando nas palavras das discussões da mãe com o tio Rony. Ela nunca entendeu essa aversão ao quadribol. Estava certo que a mãe nunca jogou e nem voava muito bem, mas ela sempre implicava com o esporte, a ponto de enviar uma carta à profª. Tonks, responsável pela Grifinória, pedindo que a tirasse do time quando ela finalmente havia conseguido sua vaga como apanhadora.
— Mel, Mel! Meu pai vai me comprar uma vassoura quando formos na final da Copa! – Matt disse assim que entraram no quarto da garota, ele passando as mãos pela Firebolt da amiga. Apesar de antiga, estava muito bem conservada, parecia que havia sido enfeitiçada para não estragar. Era rápida, leve, e parecia que obedecia os pensamentos de Melissa quando esta voava. – Vai Ter um “stander” da “Artigos de Quadribol” lá no estádio da Copa, meu pai que me disse, e ele falou que vai me comprar uma Dreamwood!! Você acredita nisso?! Depois que minha Nimbus Alpha bateu no Salgueiro Lutador eu precisava de uma nova não é?!
— Verdade Matt, verdade... – Mel estava distante, deitada em sua cama, Anne cochilando do seu lado. Na verdade a garota olhava pela janela, olhando para um pontinho avermelhado no céu. Quando seus pensamentos se confirmaram, ela saltou de repente da cama, correndo até a janela. Matt veio ao seu encontro.
— Hórus! – A garota gritou assim que uma bela coruja de plumagem avermelhada entrou pela janela, largou duas cartas na mão da dona. A coruja se equilibrou por alguns instantes no ombro direito de Melissa, que acariciou-a levemente e depois foi empoleirar-se no espaldar da cama da garota, fazendo Anne acordar assustada.
— Olhe Mel, minha carta chegou! – Matt disse, e Melissa abriu a primeira carta, que dizia, numa letra apressada mas bem caprichada, que Matt e a família iriam chegar na terça na hora do almoço. – Descobrimos porque a Hórus demorou, trouxe outra carta...
Os 3 olharam um envelope púrpura nas mãos de Melissa. Ela olhou para os amigos, igualmente intrigada. Abriu então delicadamente o envelope. Nele havia apenas um pedaço de pergaminho antigo, onde havia escrito, numa caligrafia rebuscada: “A lua trará o seu novo tempo Melissa Granger. Cuidado com seus desejos e seus pesadelos. Eles sempre se tornam realidade. S.T”


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