Toská -Angústia escrita por Tia Lina


Capítulo 52
Mais Uma Droga de Festa do Maldito do Stark


Notas iniciais do capítulo

Oláááááááááááááááá, enfermeira! Tudo bem com vocês? ^^

Tava prontinha pra postar o capítulo ontem quando... Minha irmã precisou do notebook e, bem, regras são regras e o notebook é dela, então ela tem preferência. Por isso mesmo estamos saindo da rotina pra que vocês não fiquem sem capítulo essa semana ♥

Preparados para o que vem a seguir? Então apertem os cintos e...

BoA leitura ^^



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Natasha: Casa do Stark às 20h30. Nem se dê ao trabalho de se negar a ir, passarei na sua casa às 20h em ponto. Estejam prontos. Você e o Barnes.

Aquela foi a primeira coisa que brilhou em seu celular naquela manhã de sexta-feira. Steve suspirou pesadamente e se arrastou para fora de sua cama, caminhando preguiçosamente até o seu banheiro e se apoiando na pia enquanto observava o seu reflexo no espelho. Os cabelos bagunçados pela noite de sono bem dormida era um dos indícios de que estava de muito bom humor para se deixar abalar por aquela mensagem, então resolveu que talvez seria uma boa ideia divertir-se em uma festa ao lado de seus amigos. Isso e também o fato de que Bucky também estava precisando se divertir, vinha trabalhando muito desde que um dos garotos deixara o seu cargo como atendente na terça-feira.

Lavou o rosto e escovou os dentes antes de se preocupar em fazer suas necessidades fisiológicas. Saiu do banheiro pronto para colocar alguma camiseta e calça jeans quando o encontrou sentado na sua costumeira poltrona. Steve sorriu assim que o viu, caminhando até lá e se sentando em um dos braços, observando a página do livro que lia. Steve riu soprado antes de falar.

— Não era você que ficou me zoando só porque decidi ler Crepúsculo?

— É que eu descobri que Lindsey se amarra nessa história. – Ele zombou, ainda sem tirar os olhos do livro. – Eu ainda não entendi o que foi que as pessoas viram nesse livro.

— Eu também não. – Deu de ombros. – Mas pelo menos posso falar mal dele com propriedade. – Riu soprado.

— E então? Pronto? – Steve arqueou uma sobrancelha em sua direção e o Barnes riu soprado. – O que?

— Ainda estou de pijamas, Buck, em que mundo isso parece “estar pronto” para você?

— Você quer mesmo a minha resposta? – Bucky arqueou sua sobrancelha e sorriu, puxando-o para seu colo em seguida.

— Se for me segurar aqui, nós dois nos atrasaremos e isso não é muito legal.

— Cinco minutos?

— Seus cinco minutos nunca condizem com a contagem cronológica dos cinco minutos do mundo real. – Steve arqueou a sobrancelha outra vez, mas acabou rindo e deixando um selar nos lábios do moreno antes de se levantar. – Vou me trocar e nós descemos para comer alguma coisa antes de partirmos para mais um dia sufocante de aulas infindáveis.

Bucky riu outra vez, mas aguardou pacientemente até que o loiro estivesse vestido e pronto para descer. Os pais de Steve ainda estavam em casa quando chegaram à cozinha e, embora tenha sido um pouco constrangedor ter aparecido do andar de cima – não que nunca o tivera feito antes, mas agora a conotação era completamente diferente do habitual,  – nenhum deles chegou a comentar o ocorrido. Tomaram café da manhã entre risos e comentários sobre o dia, como se aquela fosse uma cena comum na casa dos Rogers. Bucky sentiu um calor gostoso na boca do estômago porque sentia que era exatamente daquilo que precisava naquela manhã. Dormira mal naquela noite, como em quase todas as outras, precisava daqueles minutos para se sentir querido e acolhido mais uma vez.

Steve esperou até que estivessem próximos à escola para contar que Natasha os buscaria para ir até a festa que Stark daria e seu humor mudou com a notícia. Primeiro porque não gostava de festas, segundo porque era uma festa de Stark. Não era segredo para ninguém que não era lá grande fã do playboy milionário, também não era segredo que só o aturava porque Steve era seu amigo, mas naquele momento, sua única preocupação era a possibilidade de encontrar Dylan naquela maldita festa idiota. Depois do encontro que tiveram com o garoto naquele sábado, Bucky e Steve nunca mais tocaram no nome daquele encrenqueiro, e mesmo sem pronunciar aquele nome, Steve entendera a mensagem nos olhos esverdeados.

— Relaxa, cara, eu duvido que ele vá aparecer por lá. Tony deixou bem claro que ele não era mais bem vindo em suas festas e acho que ele não seria tão idiota de não ouvir esse recado. Esse babaca pode ser qualquer coisa, mas não é louco de aparecer nos lugares quando a pessoa que não o quer por perto tem tanto poder quanto os Starks.

— A verdade é que não me sinto confortável em saber que ele ainda tá por aqui. – Bucky estalou a língua.

— Relaxa. – Steve riu soprado e pousou a mão em seu ombro, apertando-o levemente.

Bucky riu soprado e deixou aquela conversa para uma outra oportunidade, mesmo sabendo que não dariam tanta atenção a ela depois, e então seguiram para a primeira aula do dia. Nenhum dos tópicos discutido em nenhuma das aulas foram suficientes para distraí-lo daquela maldita festa, Bucky aprendera há um tempo que não se dava bem em ambientes fechados e cheios de gente, talvez reflexos de sua vida como lutador clandestino ou mesmo da época que passou no hospital, ele não sabia dizer ao certo. O que ele sabia era que sua vontade de ir era zero, mas Steve parecia empenhado em levá-lo. Fosse pelo motivo que fosse, Barnes faria isso por ele. Suspirou derrotado quando o sinal bateu pela última vez naquele dia, jogou o material dentro da mochila e a mochila nas costas.

Steve o aguardou ao lado de Sam, discutiam algum assunto sobre a aula de biologia quando Bucky chegou próximo aos garotos, e parecia tão engraçado o modo como a mão do Rogers o buscava sempre que estava por perto, como se o sentisse vindo e começasse a implorar por contato. Era imperceptível e incontrolável, um reflexo novo do qual o Barnes jamais reclamaria. Sorriu contido antes de alcançar aquela mão e, só então, saíram em direção aos armários. Natasha e Clint os aguardavam recostado em armários que não os pertenciam, atitude que eles nunca se importavam em repetir diariamente. Quando Natasha sorriu, Bucky se recordou da festa e suspirou outra vez, se esforçando para não esboçar o desagrado com a situação. A ruiva parou ao seu lado.

— Animado, Barnes?

— Sempre. – Respondeu com tédio.

— Às 20h, não se atrasem. – Ela arqueou uma sobrancelha.

— É, tô sabendo. – Colocou os livros no armário e jogou alguns papéis antes de trancá-lo. – Mais algum recado especial pra hoje?

— Tenta fingir que tá realmente animado pelo menos. – Clint interferiu. – Você mente muito mal.

— Beleza. – Revirou os olhos.

O dia pareceu uma tortura interminável, mas nada se comparou aos minutos que antecederam a chegada de Natasha. Bucky não conseguia se acalmar, não conseguia, sequer, focar no que Steve dizia. Ele certamente parecia mais empolgado naquele momento e Bucky começava a se sentir culpado por não compartilhar daquela animação toda. Chegou a rir soprado de alguns comentários quando o via rindo e soltar alguns monossilábicos para indicar que estava ali, mesmo que não estivesse entendendo uma palavra que saía daqueles lábios bonitos. Sua perna parecia ter vida própria e não parava de se mover, sentia o coração batendo aceleradamente e dificuldade em respirar. Tentou pela milésima vez focar em Steve quando a buzina do carro ressoou do lado de fora.

Bucky sentara na ponta, ao lado de Steve e atrás de Sam – que viajava no banco do passageiro naquela noite. Clint e Steve falavam animadamente de alguma série televisava enquanto Bucky focou os olhos no céu noturno. Fechou-os por um breve momento quando o carro começou a se mover e sentiu, repentinamente, seu estômago revirar em uma velocidade descomunal. Abriu os olhos rapidamente e sentiu dificuldade em respirar outra vez, sua cabeça girava e tudo parecia um borrão de faces. Os sons pareciam se misturar e ele não conseguia mais entender o que estava acontecendo ao seu redor. Seu coração parecia querer fugir do peito e seus pulmões ardiam como se estivessem enchendo de água muito depressa.

— Pare.

Conseguiu sussurrar, mas duvidou que alguém ouviu, os sonos continuavam se misturando na sua cabeça e sua vista começava a embaçar. Havia suor escorrendo pelo seu rosto e sentia os dedos úmidos quando enterrou as unhas nas palmas. Tentou puxar o ar mais rapidamente, mas não sentiu o oxigênio fazer o trabalho que deveria ter feito, então veio as tonturas e as imagens. Primeiro um clarão, depois um sorriso familiar e saudoso, então uma poça de sangue enorme e alguns sussurros, em seguida veio os sons de ambulância e tudo voltou a girar mais depressa. Bucky precisava respirar, precisava sair dali.

— PARA A MERDA DESSE CARRO!

Tudo ao seu redor ficou em silêncio de repente, mas sua cabeça continuava a trazer imagens e vozes e barulhos. Sentia cheiro de ferro e de água sanitária, também havia cheiro de neve e de gase. Todos os aromas pareceram se confundir e sua cabeça voltou a doer. Então sentiu o carro parar e alguém falar consigo. Sabia que era Steve porque reconhecia aquele timbre e sentia algo tocar seu braço, mas só teve forças para pular para fora no momento em que Sam ergueu o banco para o Barnes. Assim que atingiu a calçada, Bucky começou a vomitar.

Os outros três permaneceram em silêncio enquanto Steve se movia para fora do automóvel o mais rápido possível. Os quatro aguardaram Bucky se sentir melhor para decidirem o que fazer, mas quando Steve percebeu que ele não se sentiria melhor tão cedo, passou o braço pela cintura do moreno, obrigando-o a apoiar-se em seus ombros e sorriu para os amigos.

— Vão pra festa, eu vou ficar com Bucky.

— Nós não precisamos ir pra festa, sabe? – Clint falou.

— Tá tudo bem, vou leva-lo ao hospital e depois mando notícias. Vão aproveitar a noite que eu ficarei cuidando dele.

— Mande uma mensagem. – Sam disse.

— Ligarei mais tarde para ter certeza de que tudo está bem. – Natasha deu partida, ainda observando Bucky, que não parecia se sentir melhor.

— Pode deixar. Tenham uma boa festa.

Em seguida partiram. Primeiro lentamente, e Steve conseguia vê-los olhando para trás, depois Natasha acelerou e desapareceu. O Rogers suspirou e ajeito o braço de Bucky em seu ombro.

— Estraguei sua noite. – Foi a última coisa que ele disse antes de perder a consciência.


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Notas finais do capítulo

Antes de mais nada e para desencargo de consciência, meu povo, eu caí na febre Crepúsculo, ok? Digo, curti os livros na época que li, mas eu tinha 16 anos e sempre tive uma quedinha estranha por histórias de vampiros (tá aí Brad Pitt que não me deixa mentir).

E quanto a esse colapso do Barnes... Deixo os comentários com vocês ;D huahuahau

Obrigada pela companhia e até o próximo ♥ XoXo ;*



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