Toská -Angústia escrita por Tia Lina


Capítulo 32
Desenhos, promessas e uma troca justa


Notas iniciais do capítulo

Olááááá, meus caramelinhos, tudo bem com vocês?

Estou postando hoje porque eu precisava dar alguns avisos, então, lá vai:

Estava trabalhando no plot de PLELETA (parece uma palavra esquisita, mas é só a sigla da Stucky fluffy msm huahauhaua) e eu conclui que ela não será tão longa. Não sei se chegará aos 30 capítulos, mas vou vendo conforme for trabalhando ^^ No entanto, escolhi os dias de postagens e quis trazer para vocês.

Às segundas eu postarei Toská. Para quem não lê, é a minha Stucky da sofrência.

Às quartas nós usamos rosa ~zueirinha~ às quartas eu postarei Papeis, Livros, Eu-lírico e Eu te Amo, que para quem não lê, é a minha Stucky fluffy.

Hoje estou postando excepcionalmente as duas porque eu queria que vocês soubessem direitinho ♥ Preparados? Então

BoA leitura ^^



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— O que tá desenhando, Stevie? – Bucky sentou-se ao seu lado na árvore, passando um dos braços pelo ombro do loiro.

Os últimos dias foram difíceis e bagunçados, mas naquela manhã tudo parecia ter encontrado o caminho para voltar ao eixo no qual a vida deveria acontecer. Ou, pelo menos, o mais próximo disso. O Rogers estava concentrado em seu caderno enquanto o Barnes ouvia música em seus fones, porém, diferentemente das últimas vezes, ele balançava a cabeça e dublava as canções, parecendo bem mais leve que antes. Ele só desistiu de suas músicas quando viu o esboço do loiro. Parecia ser uma pessoa. Steve riu soprado antes de responder.

— Você vai saber quando estiver pronto.

— Por acaso está me desenhando?

— E o que te fez pensar isso?

— Você tá me devendo um desenho, oras. – Deu de ombros.

— Eu não disse que eu iria fazer.

— Você está me dizendo que não vai cumprir uma promessa, seu delinquente? – Ele o encarava com falsa descrença. – Eu sempre soube que não deveria confiar em você, seu tratante.

— Eu também não disse que eu não iria fazer. – O loiro arqueou uma sobrancelha, rindo soprado logo depois. – Tenha mais fé em mim, Buck.

— Eu sempre tive, garoto. – O Barnes sorriu levemente.

E era tão bonito poder vê-lo sorrir de novo. Sorrir de verdade, como aquele garoto de sete anos outra vez, como se os problemas tivessem sido apenas um pesadelo estúpido. Steve gostava tanto daquele sorriso que chegou a se surpreender quando percebeu o quanto sentia falta dele. Seus olhos pousaram nos lábios rasgados que exibiam a fileira de dentes brancos e sentiu a própria boca formigar. Aquela era uma sensação nova, mas ele já não se surpreendia mais com ela, não fora a primeira vez que acontecera afinal. Ele sabia exatamente porque a sentia, e sabia exatamente o que deveria fazer para mandá-la embora. No entanto, ele sorriu de volta e desviou atenção para seu caderno outra vez, ouvindo o amigo rir soprado ao seu lado.

Acontecia que Bucky também conhecia aquela sensação de formigamento. Fazia realmente muito tempo que a sentia, pelo menos desde que regressara ao Brooklyn. Movendo-se para deixar o loiro à vontade, ele voltou a se ajeitar no tronco da árvore e a dar atenção às suas músicas outra vez, reduzindo o contato físico a apenas suas pernas encostadas. Steve pigarreou e voltou a dar atenção ao seu desenho em seguida. Ele não sabia quanto tempo ainda tinha com o Barnes, mas definitivamente “algumas semanas” passaram rápido demais.

Nenhum dos amigos questionara o que houve, mesmo que Steve soubesse que haviam dúvidas demais a serem esclarecidas. No final, ele imaginava que não queriam invadir sua privacidade e apreciava o fato. Bom, pelo menos a maioria de seus amigos não fazia ideia, uma vez que Natasha sempre olhava para os dois com aquela expressão que dizia claramente que entendia muito bem o que estava se passando ali, principalmente naquele momento, no qual ela não tirara os olhos dos dois.

Ela não perguntaria, Steve sabia que sim, mas não era como se Steve não fosse lhe dizer, ele sempre contava tudo à Natasha. Ou quase tudo.

Steve suspirou e se recostou na árvore também, desistindo de vez de seu desenho e roubando um dos fones do Barnes. Instintivamente, seus pés começaram a balançar no ritmo da música, acompanhando as batidas dos de Bucky. A brisa refrescava o ambiente, as férias de verão começariam muito em breve e o moreno continuava a usar todos os moletons de seu guarda-roupa. Ele se recostou no Barnes e suspirou, sentindo-o rir soprado, o que também o fez rir.

— O que foi? – Questionou o loiro.

— Desde quando fica assim tão carente em público, Stevie?

— Cala a boca, Barnes. – Steve sorriu.

— Posso passar o dia na sua casa hoje? – Ele falava baixinho.

— Seu dia de folga?

— Sim.

— Tudo bem, não tenho treino de qualquer forma. – O loiro deu de ombros. – Podemos jogar vídeo game a tarde toda.

— Beleza. – Bucky sorriu.

A aula seguinte seria de educação física e o Rogers parecia mais desanimado que das outras vezes para esta. Assim que o intervalo acabou, ele demorou muito mais que o necessário para se levantar e seguir até o ginásio. Bucky o acompanhou em silêncio, sabendo que o motivo da demora era aquele teste de aptidão que eles eram obrigados a fazer todo semestre. O teste da corda era sempre o mais difícil para o Rogers. Ao passo que chegaram no vestiário, metade dos garotos da turma já não estavam mais lá.

Steve se sentou no banco, começando a se desfazer de seus All Star para se preparar para aula. Bucky permaneceu encostado em seu próprio armário, ele estava sempre de moletom, não tinha que se trocar, o que economizava tempo – principalmente quando o Rogers enrolava daquele jeito. Steve se levantou e abriu o seu armário, tirando sua calça, tênis de corrida e sua camiseta de dentro, guardando os seus pertences. Jogou suas jeans e sua camiseta limpas e se trocou demoradamente, suspirando com frequência. O Barnes riu soprado, era engraçado assisti-lo tão contrariado afinal. Quando Steve finalmente terminou de amarrar seus tênis, já não havia mais ninguém com eles.

— Desta vez você se superou, Stevie. – Barnes arqueou uma sobrancelha. – A essa hora, metade da turma já subiu naquela maldita corda.

— Eu duvido que três pessoas tenham subido. – Ele revirou os olhos. – Bosta de teste de aptidão! – Ele bufou.

— Ei, vai dar tudo certo, você ganhou uns músculos depois do karatê, quem sabe não consegue sair do chão dessa vez? – Ele zombou, passando um dos braços sobre os ombros do loiro, caminhando para fora do vestiário.

Mas Steve parou, o que obrigou o Barnes a encará-lo com uma expressão duvidosa.

— Buck, sério, cara, você não tá com calor dentro disso? – Ele apontou para a blusa de moletom preta.

— Não muito. – O Barnes deu de ombros.

— O verão tá quase aí, não seria melhor se você tirasse logo de uma vez? Sabe, não é como se pudesse esconder pra sempre.

— Não quero chamar atenção, Stevie. – Bucky suspirou, recostando-se num dos armários.

— Se continuar pensando nisso, jamais tirará esse moletom em público.

— Talvez eu não precise. – Arqueou uma sobrancelha, de maneira brincalhona.

— Por que não tenta fazer isso hoje? Sabe, não é como se a sala toda estivesse presente, e estamos dentro da escola. – Steve deu de ombros.

— E então a notícia sobre o meu braço mecânico se espalharia como fogo em palha? – Bucky voltou a arquear a sobrancelha, soltando um riso nasalar.

— Não é como se você realmente se importasse com o que os outros vão pensar de você. – Steve cruzou os braços, devolvendo o arquear de sobrancelha.

— Não incomoda você a possibilidade de te chamarem de “o amigo do esquisito com o braço mecânico”? – Bucky também cruzou os braços, buscando algum respaldo no improvável.

— Alguma vez eu realmente me importei com algum dos apelidos idiotas que algum adolescente babaca me deu nessa escola? Qual é, Buck? Nem parece que me conhece há dez anos! – Steve riu soprado. – Vamos, que tal testar?

Bucky ficou dividido.

Steve tinha razão quando disse que ele não era de se importar com a opinião alheia, e também tinha razão quando sugeriu que não teria nada a perder. Ele suspirou derrotado quando percebeu que a razão era novamente do loiro ao dizer que o verão logo chegaria, o moletom realmente não era sua melhor opção, Bucky não aguentava ficar usando aquilo naquela época do ano, principalmente porque seu ombro parecia estar em chamas o tempo todo. Aquilo era uma pequena dose de tortura diária para ele. Bucky suspirou novamente.

Enquanto o Barnes parecia aéreo, ponderando suas palavras, o Rogers perdeu a paciência e se adiantou, pousando as mãos na barra da blusa que o garoto vestia. Barnes despertou de seu devaneio quando sentiu seu moletom começar a subir, o que o fez unir as sobrancelhas e descruzar os braços por instinto. Steve mantinha a expressão confiante, tentando passar um pouco de segurança para o moreno, enquanto continuava a puxar a blusa para cima.

Bucky suspirou e apenas deixou que Steve o despisse, erguendo os braços para o ajudar. Assim que se livrou do moletom, Steve ajeitou a camiseta vermelha que ele usava por baixo, e que havia subido um pouco quando começara a tirar sua blusa. Encarou Barnes com um sorriso ameno no rosto, mas ele o encarava com semblante sério. Steve sabia o que aquele olhar queria dizer, ele preferia fingir que não, mas ele o conhecia muito bem. Num momento de descuido, seus olhos foram parar nos lábios do Barnes por instinto. Seus olhos andavam fazendo muito esse caminho nos últimos dias.

Se Steve fosse sensato, teria sorrido de canto e puxado Bucky para a quadra. Se Steve fosse sensato, teria ignorado o que os seus instintos mais urgentes berravam em sua cabeça e teria saído com o amigo dali. Se Steve fosse sensato, teria se lembrado que já haviam perdido boa parte da aula. Mas Steve não era sensato, por isso mesmo encurtou a distância e fez exatamente o que deveria ter feito não muito tempo antes, ainda no intervalo, quando seus lábios formigaram pela primeira vez naquele dia.

Bucky ficou um momento sem reação, mas segurou-o gentilmente pela cintura com seu braço esquerdo no seguinte. As mãos de Steve foram parar na face do Barnes, segurando-o firmemente enquanto a direita do moreno foi parar na nuca do loiro. Encostados no armário de um desconhecido, no ginásio da escola, no meio de uma aula de Educação Física, Bucky finalmente recebia aquele beijo perfeito que almejava tanto receber. No meio de seu teste de aptidão, Steve trocara aquela maldita corda pelos lábios do Barnes, no que fora – ao seu ver – a melhor decisão que tomara naquele ano.


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Notas finais do capítulo

Não sei o que dizer aqui, vou deixar o comentário com vocês ^^

Obrigada pela companhia e por terem tanta paciência para esperar por esse beijo de cinema ♥ Até segunda-feira, meus caramelinhos ♥ XoXo ;*



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