Sempre ao seu Lado escrita por Aquela Trouxa


Capítulo 6
10 de Julho ➶


Notas iniciais do capítulo

Olha só quem está de volta! Pois é, sei que demorei! Me perdoem! Eu não tive nenhum bloqueio, mas sim ansiedade! Gente isso acabou comigo! Eu já tinha iniciado esse capítulo no mesmo dia que eu postei a anterior ( é assim que eu faço) e eu não conseguia sair do início pois meus pensamentos não estavam focados na história, e eu preciso de silêncio para conseguir escrever, algo que só a noite, e de madrugada me são permitidos. Bom, espero que aproveitem, e muuito esse capítulo! Agradeço de coração a cada comentário que vocês me enviam, isso me deixa tão feliz! Agradeço também a todos que favoritam e que acompanham! Amo vocês! Sério!! E quero agradecer a amandanagy e a Jenny Cullen Potter por estarem lá comigo na M.P
Aceito com muito carinho cada mensagem que eu recebo! Estarei aguardando vocês nas notas finais para algo muito importante para os próximos capítulos, preciso que todos (ou a grande maioria) compartilhem comigo! BOA LEITURA!



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                                 Sempre ao seu Lado

                                        Capítulo 6

                                

 Minhas mãos estavam suando. E a cada dois segundos eu olhava para o lado procurando algo, ou alguém, sem realmente saber o porquê. Talvez fosse apenas o nervosismo e o medo. Não sei...

        Sequei disfarçadamente minhas mãos em minha calça me focando em Hilary. Me senti mal em estar tão alheia a minha filha, mas não era algo que eu pudesse controlar. Depois de ser acompanhada por Carlisle até a ala infantil buscando Hilary, que mais uma vez recusou meu colo, preferindo até os braços de Carlisle, a enfermeira me acompanhou diretamente até a cozinha do hospital me oferecendo comida de verdade, que havia acabado de preparar, algo que raramente passava pelo meu estômago.  

      Infelizmente, e com um aperto no coração eu recusei aquele prato saboroso a minha frente quando seu cheiro me deixou com náuseas, aceitei apenas um copo de suco, e um de água para não ficar com o estômago tão vazio. Como estava muito tarde para que Hilary comesse algo ela apenas ofereceu uma maçã cortada ao meio e uma mamadeira com água.

       Voltei a raspar a segunda parte da maçã, tirando a mamadeira que estava quase pela metade das mãozinhas de Hilary; enchi a colherzinha e aproximei da boca dela que instantaneamente foi aberta para receber a polpa da maçã.

 

 — Prometo que amanhã  você terá um almoço mais decente. — falei para ela voltando a raspar a maçã ainda inquieta.

 

     Enquanto eu alimentava Hilary, fazia o possível para não ficar olhando ao meu redor, não havia ninguém além de nós duas no local; em poucos períodos de tempo entrava alguma funcionária ali acenando silenciosamente, mexia em alguns armários e saia, ou então ao fundo do meu diálogo com minha bebê dava para ouvir um choro de alguma criança da ala infantil. Durante a pequena refeição eu entretinha tanto a mim quanto a Hillary, fazia aviãozinho com a colher e cantava baixinho para ela algumas músicas infantis que eu ainda me lembrava. Isso estava melhorando aos poucos seu humor, ela estava até sorrindo e tentando cantar. Depois de ter comido toda a maçã restando apenas a casca, que já estava no lixo, permaneci na cozinha aguardando alguma enfermeira para que pudesse me levar até Carlisle novamente, ou na sala de espera, não é legal ficar perambulando por um hospital que eu nem conheço. Continuei a cantar e repetir as curtas canções, batia palmas e fazia gestos engraçados para fazê-la rir. Em meio a sua gargalhada ela ergueu seus bracinhos me pedindo colo, sorri encaixando minhas mãos abaixo de seus braços a aninhando a mim e continuei a animá-la segurando em suas mãozinhas balançando seus bracinhos. Firmando suas mãos em mim ela se colocou em pé sob minhas pernas com meu auxílio, ela passou a analisar meu rosto enquanto falava alguma coisa que eu não entendia, uma sorrindo para a outra, ela ergueu suas mãos até a minha cabeça alisando meus cabelos que ainda estavam com algumas partes úmidas, desceu suas mãos para o meu rosto as pousando na minha bochecha, ela estava séria olhando suas mãozinhas em meu rosto.

 

 — Mamãe... — murmurou com sua voz fina infantil olhando-me nos olhos — Mamãe!... — falou mais uma vez, agora com seus olhinhos cheio de lágrimas e caiu me abraçando chorando alto e dolorosamente.

 

 Me assustei inicialmente, ela estava, até quase agora, sorrindo... Rapidamente meus braços a cercaram firmando seu corpo contra o meu, me levantei num pulo da cadeira mantendo firme meus braços nela, suas mãos estavam firmes em meu cabelos e suas perninhas estavam bem firmes em minha cintura, seu choro era dolorosamente alto, me deixando desesperada.

 

— O que... O que foi filha?! Olha para a mamãe! Olha! Fala o que está acontecendo! — perguntei tentando falhamente ficar calma, passei minha mão em seus cabelos tentando acalma-la e me acalmar — Olha para a mamãe amor — pedi — Ei! — afastei ela do meu ombro me inclinando um pouco para trás para olhar em seu rostinho vermelho, ela ainda estava chorando — Calma, diz para a mamãe o que está te acontecendo, onde dói?!

 

Ela se acalmou rapidamente respirando fundo em meio aos soluços, de seus olhos ainda saiam lágrimas, e logo voltou a chorar com a mesma intensidade de antes.

 

Não mamãe! Não mamãe!... — ela repetia em meio ao seu choro, senti meu coração se afundar e pisquei rapidamente meus olhos quando o senti lacrimejar.

    Peguei sua bolsa e sai da cozinha voltando ao mesmo corredor que passei com Carlisle e a enfermeira procurando por alguém que pudesse me ajudar com Hilary, talvez ela estivesse com alguma dor, já que nunca a vi chorar tanto assim, eu não sei nem o que fazer! Andando rápido pelo corredor eu ia a ninando tentando acalma-la, sem nenhum sucesso; no meu desespero virei em vários corredores diferentes que eu nunca passei, e me desesperei mais ainda por aparentemente ter me perdido num hospital com a minha filha chorando histericamente, juro que estou fazendo de tudo para não chorar junto com ela, eu nunca presenciei tal situação!  Continuei a caminhar pelos corredores olhando para os lados a procura de qualquer pessoa que me ajudasse a me levar até algum médico, ou enfermeira, eu apenas queria  saber o que está acontecendo com a minha filha!

  Parei próxima a parede me agachando ficando de joelhos peguei as mãos de Hilary, que ainda estavam segurando meus cabelos e soltei seus dedinhos deles e a coloquei no chão, ela ainda chorava repetindo “Não mamãe” por todo o trajeto até aqui.

 

 —  Ei, —  toquei seu rostinho molhado com minhas mãos —  olha aqui, eu estou aqui, o que está acontecendo? —  me aproximei mais dela —  A mamãe sempre vai estar aqui com você meu amor, eu estou aqui —  acariciei seus cabelos, seu pequeno corpo tremia conforme ela soluçava, suspirei aliviada quando ela se acalmou um pouco e se jogou novamente em meus braços. Me ergui novamente a ajeitando no meu colo e voltei a caminhar um pouco mais calma, ela ainda estava chorando, mas nada tão alarmante como antes, agora estava resmungando algumas coisas que eu ainda não entendia.

 

 —  ...Mamãe... —  resmungou em meio as palavras que só ela sabia.

 

 —  Hum? —  perguntei olhando os corredores, virei no da esquerda quando ouvi movimentações por lá.

 

 —  Ir embora? —  perguntou colocando a mãozinha em meu rosto.

 

 —  Quer ir embora? — perguntei, senti sua cabeça se movimentando em um não.

 

 —  Não. —  tirou sua mão da minha bochecha e fungou, o choro estava querendo voltar — Ir embora, a mamãe ir embora!

 

— E deixar você meu bebê?! Claro que não! Onde já se viu a mamãe deixar a bebê dela?!

 

 — Ir embora... — murmurou novamente e se aquietou descansando sua cabeça em meu ombro esquerdo.

 

 Continuei meu trajeto pelo corredor sendo atendida por uma enfermeira que estava auxiliando um paciente num dos quartos, simpática até, fez questão de me acompanhar corretamente de volta para a sala do doutor Carlisle e preencheu o silêncio por boa parte de caminho, fez piada, e comentou sobre os pacientes que já se perderam pelos corredores; ousou brincar com a Hilary, mas ela começou a chorar novamente mas desta vez era de sono. Entre nossa conversa furava sobre a fase da adolescência dos bebês, eu percebi que estávamos na recepção novamente, a partir dali eu sabia o caminho.

   Som de sirenes preencheram o local assustando Hilary, que estalou os olhos olhando ao redor procurando a origem do barulho, pelas portas de vidro eu pude ver que havia duas ambulâncias chegando rapidamente, do nada surgiu enfermeiros correndo indo para a entrada do hospital ao aguardo dos feridos, eu ainda me encontrava no meio da recepção com Hilary nos braços e a enfermeira ao meu lado.

     O telefone do local começou a tocar enlouquecidamente, a recepcionista chegou assustada pelo segundo corredor e pegou o telefone com certa brutalidade cessando o barulho irritante, cochichou algumas palavras e afastou o telefone de si o colocando no lugar.

 

 —      Aisha! — chamou. A enfermeira ao meu lado se virou completamente para ela caminhando até o balcão — O doutor Falco te aguarda no P.S, ele pediu para que você estivesse lá o mais rápido possível.

 

— Certo. — acenou — Você sabe como chegar até lá? — se virou para mim, revisei o caminho mentalmente e acenei que sim — Tudo bem, creio eu que ele ainda não esteja em sua sala, por mais que seu turno esteja terminado... — divagou—  Mas se não se lembrar do caminho dê meia volta e aguarde aqui, ou na sala de espera. Tente não se perder novamente. — instruiu e saiu correndo pelas portas de vidro.

 

 Com sua saída continuei o meu caminho até a sala do Cullen, eu ainda aguardava uma resposta dele, desejava que fosse positiva e rápida. Hilary mesmo estando com sono continuava com seus olhinhos abertos ela brincava com as mechas do meu cabelo as passando pelos seus dedinhos, essa era sua mania. Como a enfermeira Aisha havia falado que ele não estava em sua sala me permiti esperá-lo dentro dela para poder descansar meus braços por causa do peso da Hilary, ajeitei a bolsa dela em meus braços me livrando de seu volume em minhas mãos e alcancei o trinco, girei e abri a porta entrando rapidamente no cômodo e fechando a porta me virei para olhar a sala, me assustei quase deixando a bolsa escorregar da minha mão ao perceber que Carlisle estava sim e sua sala, e não estava sozinho. Seus olhos se voltaram para mim sem surpresa alguma e o homem que estava na sua frente continuou na mesma posição de costas para mim, talvez esperando que eu saísse logo da sala para continuarem o assunto, poderia ser algo urgente sobre o diagnóstico de um paciente.

 

 —   Humm... —  comprimi os lábios morrendo de vergonha pela intromissão e ajeitei a Hilary em meus braços me parecendo ainda mais pesada —  Desculpe ter entrado sem bater. É que a enfermeira disse que você não estaria na sala.

 

 —   Não, está tudo bem...

 

 —   Não —   o cortei —   é sério, vocês provavelmente estavam tratando de algum assunto delicado e eu entrei aqui sem cerimônia alguma, me desculpe. —   me virei para sair me acusando do ocorrido mesmo eu não sendo totalmente responsável dele, apenas também pensava que ele não estivesse em sua sala; mas entrar nela sem sua permissão poderia me prejudicar...?

 

 —   Na verdade Amberli —   a voz desconhecida falou. Sua voz era... Uau, muito bela —   Estávamos tratando de um assunto sério sim. Mas era sobre você. Entrou aqui em uma boa hora.

 

 Me arrepiei me lembrando de algo que meu cérebro se recusa a esquecer, “ah, é claro; a gravidez”.

 

—   Contou para ele? —   perguntei diretamente a Carlisle. Soltei a bolsa de Hilary a colocando no chão. Me agachei a colocando no chão também, finalmente descansando meus braços. Voltei a olhar diretamente para ele, ainda sim notando que o moço ao seu lado era notavelmente lindo.

 

 —   Bem. Não é como se não pudesse contar, é claro. —   seus lábios se elevaram rapidamente, como se quisesse sorrir de algo que pensou —   Esse é meu filho, Edward. Ele saberá te ajudar tanto quanto eu.

 

 Filho? Desviei meus olhos deles me lembrando das palavras do doutor Anderson... Pensar em pirulitos? Sério? Como tem gente que consegue criar tantos sabores para uma simples bola cristalina açucarada?

 

—   Filho? —   perguntei olhando para o  rapaz. Mantive meu queixo paradinho mantendo minha boca bem fechada, o rapaz era, com uma palavra simples, maravilhoso, talvez fosse modelo? E como assim filho? A idade máxima de um filho para Carlisle era de cinco anos, ambos são novos, impossível.

 

 —   Adotivo. —  concluiu. —   Amberli, eu gostaria muito de tratar desse assunto agora, já que meu turno acabou, mas está tarde ambas devem descansar.

 

 —   Quando chegar no hotel antes de ir para o quarto faça o check out, —  adicionou Edward. Se eu saísse onde eu iria ficar?— pague o que tiver que pagar depois que estiver descansada e vá direto para nossa casa. Você sabe o endereço.

 

 Assenti concordando e depois me lembrei. Como é que ele sabe que eu sei o endereço? Era tão óbvio assim que todos da cidade incluindo eu, sejam conscientes de onde eles moram? Fiquei envergonhada. Olhei ao redor da sala procurando Hilary, ela estava muito quieta; a encontrei escorada num armário tentando abri uma de suas portas, seria um pouco impossível, já que ela estava se apoiando na porta. Caminhei até ela pegando em seus braços a afastando do móvel e a peguei no colo, voltei para o outro lado da sala pegando sua bolsa a ajeitando em meu ombro e me virei para eles que estavam em silêncio me observando.

 

 — Há algo que queira acrescentar, que esteja notavelmente diferente em seu corpo? — perguntou-me Carlisle. Ponderei em responder ao me lembrar de minha barriga durante o banho, alternei meu olhar entre ele e seu aparentemente filho. Eu não estava tão confortável com a presença dele, me parecia ser confiável, mas ainda sim... — Edward? — Carlisle o chamou, o tom de sua voz já dizia que nós queríamos uma certa privacidade, o mesmo percebendo meu desconforto, o olhou com o rosto sereno e acenou.

 

 — Me desculpe. — pediu a mim e caminhou em direção a porta passando ao meu lado e saiu da sala.

 

 Caminhei com minha filha em meus braços me aproximando do médico. Ele ainda aguardava minha resposta tão tranquilamente, que chegava a ser, de certo modo, perturbador. Ele era tranquilo demais, e eu nem o conheço direito!

 

 — Hoje mesmo, quando fui nos banhar. Ontem, na verdade. — comecei, lembrando-me do ocorrido — Para mim, bem, eu ignoro muitas coisas a minha volta, mas minha barriga, e-eu nem sei como explicar, está com um pequeno volume totalmente firme. Olhe! — como ele é um médico, não seria nada demais examinar, e mais uma vez desfiz meu aperto sobre o corpo de Hilary a acomodando na cadeira estofada, ela reclamou, e muito, mas se comportou ficando sentadinha mesmo estando brava. Me senti culpada. Ergui as camadas de blusa expondo minha barriga, vendo de cima, ela parecia um pouco maior do que estava — Não sei se estou ficando mais inchada, mas ela está um pouco maior que antes.

 

 Ele se aproximou de mim sob os olhares atentos meu e de minha filha, ele se abaixou para ver melhor a barriga, pediu para que eu ficasse de lado nos dois ângulos, para depois eu ficar de frente para ele novamente.

 

— Eu posso? — perguntou indicando suas mãos, ele estava pedindo permissão para tocar-me.

 

 — Claro, não há problema algum — confirmei.

 

 — Apenas quero confirmar sua suposição, disse que o ventre estava muito firme. — ergueu um pouco mais as blusas, mas não senti o toque de suas mãos em mim. — Minhas mãos estão um pouco geladas... — se desculpou e senti seus dedos super gelados tocarem levemente minha barriga, afastei-me por impulso, suas mãos estavam congelantes!

 

 — Ui! — exclamei ao ter me afastado — Estão congelantes! — firmei minhas mãos em meus quadris, olhei na direção da Hilary, que ainda mantinha seus olhos sobre nós — Pode continuar.

 

 Ele me tocou novamente e eu me forcei a manter-me no mesmo lugar mesmo tendo tremido rapidamente com o seu contato, ele apalpou firmemente o ventre, sua testa se franzia, vez ou outra, mas não ocultava uma certa, satisfação em seu olhar.

 

— É algo em relação a gravidez?

 

 —  Sim. A membrana que o envolve é muito grossa como a pele da minha espécie —  ah, claro, havia me esquecido dessa parte —  o que aumenta o volume em sua barriga. —  ele pressionou levemente seus dedos na barriga — Há algo que eu quero que você já fique sabendo.

 

 —  O que?

 

— A gestação. —  elevou seus olhos aos meus — Ela, ela é muito rápida, em um dia ela avança duas semanas, se tudo ocorrer bem, em um mês, ou quase a gestação já está finalizada.

 

 — Duas semanas?! Por dia?!

 

— Isso mesmo. É bem caótico de se tentar imaginar, e... Amberli, eu e minha família iremos fazer o possível para que vocês fiquem bem. Já vivemos isso antes, não iremos falhar com você.

 

 — Obrigada! — agradeci emotiva, transmitindo a verdade em minhas palavras.

 

 — Agora vá. Daqui a algumas horas nos encontraremos.

 

Me ajeitei novamente pegando minha filha adormecida na cadeira. Ele me acompanhou até as portas de vidro do hospital, e não saiu de lá até eu estar fora de estacionamento do local. No meio do caminho Hilary acordou agitada. Parecia que fazia horas que ela esteve dormindo, estava falante, brincando com os brinquedos próximo a ela no colchão. Estacionei na mesma vaga de antes  no hotel e entramos no elevador indo para a recepção primeiro, seguindo a instrução do filho de Carlisle, Edward, Hellen ainda estava ali, me pergunto se ela estava esperando eu voltar para querer arrancar mais alguma coisa de mim, ela estava auxiliando uma senhora, bem velhinha mesmo, que quando me viu arregalou os olhos e cutucou Hellen.

 

— Au! Ai vovó! — resmungou passando a mão no local dolorido e se virou para o balcão olhando para mim surpresa, a velha fez o mesmo prestando muita atenção e mim e na minha filha, a apertei mais em meus braços. — Olá! Como foi lá, conseguiu encontrá-lo? Ah essa é minha avó Jéssica, — apresentou-me a senhora — Não ligue se ela falar coisas estranhas, ela já esta mais do que passada. — cochichou a mim, e riu de suas palavras, a senhora olhou para ela sabendo que o assunto era sobre ela.

 

 — Foi bom — respondi e lhe dei um sorriso fechado — Estou aqui para fazer o check out, ficarei aqui até antes das onze da manhã.

 

— Mais já? Aconteceu alguma coisa? Ou irá ficar hospedada na casa da família Cullen? — perguntou curiosa pegando a prancheta e calculando minha estadia.

 

 — Nada... — respondi sem dar detalhes puxando a prancheta lendo o que deveria preenchido — Você pode pegar minha menina para mim? É um pouco difícil fazer isso com uma bolsa e um bebê nos braços.

 

 — Claro! — disse animada saindo de trás do balcão pegando Hilary de meus braços. Eu continuei a ler o papel e a preencher — Agora assine aqui, e é só pagar.

 

 — Tá. — respondi me abaixando para pegar a bolsa, a abri pegando minha carteira, e me levantei rapidamente e me arrependi quando fiquei com a visão turva, um pouco desnorteada — Opa! — exclamei tendo um breve olhar preocupado da recepcionista — Não foi nada. — esclareci quando ela abriu a boca para perguntar alguma coisa. Abri a carteira pegando a quantidade certa da minha hospedagem ali, e coloquei o dinheiro no balcão, fiz uma careta ao sentir meu estômago se apertar me deixando muito enjoada. — Você pode colocar a Hilary ali na cadeira para mim, não estou me sentindo bem para poder subir, com ela.

 

 —  Claro. —  falou me direcionando um sorriso mal trabalhado preocupada comigo, e não minto, até eu estou.

 

 — Oh — ouvi a senhora ofegar — Os imortais estão aqui!

 

 — Não ligue para ela — Hellen cortou a frase de sua avó caminhando a minha frente — Ela está ficando cada dia mais louca, ela jura que já estudou com os filhos do doutor Carlisle. — riu.

 

 A segui em passos lentos na direção dos assentos, vi quando ela repousou Hilary na cadeira e brincou com ela, a fazendo sorrir. Senti meu coração se aquecer e sorri um pouco.

 

 — Você tem alguém remédio para enjoo? — respirei fundo ao perguntar para Hellen quando ela se afastou da minha filha se virando para mim.

 

 — Creio que devo ter. — assentiu — Por favor sente-se, se acontecer alguma coisa a...

 

 — Não — neguei dando um passo vacilante, me sentindo sem coordenação, pisquei os olhos sentindo minhas pálpebras pesadas, meu corpo estava mais lento  — Não irá... — me esforcei a dizer. As palavras que saíram tortas e emboladas, levantei meus olhos para o rosto apavorado de Hellen e percebi que ela estava ficando ainda mais alta e longe de mim. Ouvi algo pesado cair e meu corpo formigou, pisquei os olhos sem realmente saber se estava o fazendo já que não estava enxergando mais nada. Me senti totalmente pesada e cansada. Me ouvi suspirar.

 

 — Alguém ajuda! — ouvi a voz abafada de Hellen gritar.

 

 — Ela está comigo... — Uma voz nova e conhecida soou ainda mais distante, e não me esforcei para querer ouvi-los, apenas me permiti descansar.

 

 


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam, alguma sugestão de que possa ter acontecido ( não se esqueça de que eu já escrevi um pedaço do próximo rsrs) BEM!
Estou aqui para que vocês possam ME AJUDAR! Sério gente! Eu não defini ainda o sexo do bebê e muito menos o nome! Não sei se será um casal, oou apenas mais uma menininha na vida de Amberli! Quero que vocês me ajudem nisso! CASAL DE GÊMEOS ou uma MENINA? ( menino é complicado gente, cuido apenas de duas bebês não sei lidar com um garotinho!) E QUAL OS NOMES?!
Em seus comentários adicionem "1menina: Nome Tal - Significado" "2casal: Nomes Tal- Significado"
Quem estiver com alguma dúvida me procure! Obg por estarem me ajudando! Amo vcs! Até o próximo capítulo! ;*