Sempre ao seu Lado escrita por Aquela Trouxa


Capítulo 3
08 e 09 de Julho ➶


Notas iniciais do capítulo

Bom dia galera, como estão?! Tá um frio danado por aqui, a situação não está fácil kkk Gente, agradeço a todos que estão acompanhando, comentando e favoritando, vocês fazem ficar meu dia totalmente feliz!

Bora ler mais um capítulo, gente! Boa leitura.



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Sempre ao seu Lado

  Capítulo 3

 

 Naquela tarde, ele voltou para me dar alta, e repetiu a mesma coisa cinco vezes para que tudo ficasse gravado direitinho na minha memória. E me pediu para voltar ainda naquela noite para me dar o que seria preciso.

 Peguei o taxi que estava me esperando fora do hospital, dei o endereço de Loren, e peguei minha menina. Meu coração estava aflito, eu precisava vê-la. Minha bolsa havia sido entregue à mãe de Loren, e com um dinheiro que eu havia guardado em casos de emergência  que havia dentro da minha carteira eu paguei Loren. Me despedi dela logo depois de ter dado um longo abraço em Hilary que ficou muito feliz em me ver, talvez essa fosse a última vez que eu veria a garota que foi por uns bons meses a babá da minha felicidade.

 

Quando chegamos em casa Hilary estava quase dormindo, mas tentava afastar o sono para que eu não saísse de perto dela, como amo a minha filha!, meus olhos se encheram de água ao me imaginar sem ela. Fiquei em seu quarto por alguns minutos me perguntando por onde eu começaria, e fui tomar um banho rápido, vendo que em muitos lugares de meu corpo estava roxo, e com algumas manchas amareladas e vermelhas; ajeitei Hilary dentro da banheira e tomei banho no box.

  Depois que sai foi a vez de Hilary, Loren havia me avisado que ela já havia jantado e que estava de banho tomado, mas não havia sido eu ao lava-la, então dei banho nela, usando o seu sabonete. A deixei bem agasalhada, pois partiríamos ainda hoje. Por mais que eu estivesse uma pilha de nervos e incerta sobre tudo, eu iria mesmo assim. Nunca se sabe o que é real ou não.

    Coloquei minha pequena no berço com alguns brinquedinhos barulhentos e sai pela casa pegando as melhores roupas da minha pequena, de preferência as maiores, seus estoques de fraldas, os lenços, e tudo que eu sei que seria totalmente necessário para ela nos próximos dias, fui colocando tudo arrumadinho no porta-malas do carro, que eu pouco usava, espero que ele funcione essa noite!  Peguei nossos documentos, álbuns de fotos, não sei porque mais peguei; muitas roupas de frio, cobertores, minhas roupas largas, que eu usei na gravidez, se eu estou gravida novamente, é claro que terei que usá-las.

  Peguei uma folha de papel e uma caneta e escrevi uma carta, me direcionando à prefeitura, que faria uma viagem de emergência, que estava sem celular isso que eu tenho, não é mais considerado um, e sim, uma relíquia e que não estaria na cidade por um bom tempo. Eu sabia que eles pegariam meus móveis para pagar minhas dívidas, e o dono colocaria a casa para alugar mesmo. Depois de rever o que eu havia pegado, acordei a Hilary, peguei seu colchão e arrumei um lugarzinho para ela nos bancos de trás, deixando um espaço para a sua cadeirinha ao lado, e parti para o hospital.

   Quando cheguei na recepção com Hilary toda agasalhada em meus braços, pedi para a atendente chamar com urgência pelo doutor Anderson. Por um milagre, ela fez exatamente isso, e em menos de dois minutos ele estava na minha frente, me direcionando para o estacionamento.

 

  — Aqui está o dinheiro que eu achei necessário para você Amberli, peguei uma boa quantidade que passasse desapercebido pela minha família. —  me entregou um pacote assim que ajeitei a bebê em meu colo— Sei que conseguirá a ajuda dele.

 

  — A tal gravidez, ela é de risco?

 

—  A criatura que irá nascer de você, é metade vampiro. No quê vampiros são famosos?

 

 — Beber sangue, matar, e serem fortes. — respondi revirando os olhos.

 

 — É isso que ele será capaz de fazer. — nos olhamos. Pela primeira vez entendi, mais ou menos o que ele quis me dizer. Olhei para a minha barriga. Respirei fundo — É por isso que precisa de ajuda sobre-humana com isso. Quem sabe daqui alguns anos, eu não veja você viva. — tentou brincar. Não deu muito certo. — Boa sorte Amberli. Olá bebê — cumprimentou-a quando ela ficou agitada em meu colo— Você deve ser a Hilary. Sua mamãe te chamou várias vezes quando esteve desacordada. — riu — Bom, Amberli, acho que está na hora de você ir, não é bom para sua menina ficar por muito tempo em local aberto.  Adeus.

 

  — Adeus. — murmurei vendo-o entrar.

 

 

 

 ➶

 

 

 

 

 

  Dirigia o mais rápido e sensato que eu podia em plena madrugada, alguma vezes ouvia meu estômago roncar, e eu o enganava com algumas balas que ainda tinha dentro do carro. Eu ainda estava pasmada com o tanto de dinheiro que o doutor Anderson havia me dado, mais de cinco mil. Nunca alguém me deu tanto por livre e espontânea vontade, sem que eu tenha pedido.  E isso me tocou, não nego, meus olhos se encheram de água. Atrás de mim, Hilary dormia tranquilamente, foi um pouco difícil fazê-la dormir estando no volante, mas tive que dar um jeito, a cidade que Anderson me falou ficava bem longe de onde eu morava, talvez hoje a noite eu chegaria lá, sem que eu precisasse me hospedar em algum hotel antes que eu pudesse achar o moço, Carlisle. Que também era médico.

 

 

 

 ➶

 

 

 

   Passei pela placa de bem-vindo de alguma cidade. Minhas pernas estavam doloridas por serem mantidas por muito tempo na mesma posição, olhei para o relógio em meu pulso, vendo que são cinco e treze da manhã. Estacionei o carro no acostamento e desliguei.

    Descansei minha cabeça no encosto e fechei meus olhos, era muita coisa para uma pessoa só. Senti minha garganta se apertar e minha respiração sair entrecortada, mesmo com meus olhos fechados as lágrimas se acumularam nos cantos transbordando pouco a pouco.

 

 — Essas merdas só acontecem comigo. — lamentei em meio ao choro.

 

 Abri os olhos limpando meu rosto, ajustei o retrovisor apenas por costume e avistei minha única razão para estar procurando por alguém que não conheço, nunca a abandonaria. Ela é tudo que eu tenho.

  Destravei o cinto, e me inclinei para trás afim de observa-la melhor, toda vez que meus olhos repousavam sobre ela, eu me apaixonava novamente. Ela estava crescendo tão rápido. Sorri.

   Depois de minutos a olhando eu sai do carro para fazer xixi me afastei por alguns metros do carro entrando no mato ao redor da pista, mas rapidamente voltei para o carro. Peguei um lenço umedecido e limpei minhas mãos antes de voltar para a estrada.

   Dirigi por mais alguns minutos antes de achar uma lanchonete movimentada próxima a rodovia, Hilary já havia acordado e estava sentada quietinha no colchão olhando o percurso pela janela. Peguei algumas notas trocadas, uma bolsa pequena dela, coloquei meu kit higiene dentro e sai do carro a pegando no colo e tranquei o veículo.

  Entrei no estabelecimento, olhei ao redor procurando uma mesa vaga. Uma garota uniformizada pareceu ao meu lado sorrindo.

 

  — Olá bom dia, precisa de ajuda?

 

 — Na verdade sim, eu estou viajando, e preciso de um lugar para trocar minha filha, se aqui tiver algo que dê certo para ela tomar banho seria melhor ainda.

 

A garota sorriu me entendo e saiu andando me chamando com a mão para segui-la.

 

— Parece que a ideia do gerente deu certo! — pareceu comemorar — Ele fez uma pequena reforma nos banheiros disponibilizando trocadores, aqueles que tem uma banheira embaixo sabe? — assenti, aliviada — ele fica no fundo do banheiro, na parte separada. Fique à vontade, irei reservar uma mesa para vocês. — abriu a porta do banheiro para mim e saiu.

 

 — Obrigada. — agradeci e fechei a porta.

 

  Caminhei para o fundo enquanto Hilary puxava alguns fios do meu cabelo, a deitei no trocador e abri a torneira de água quente já anexada na banheira, tirei a fralda dela que já estava bem cheia e retirei sua roupa rapidamente já retirando uma limpa de dentro da bolsa.

  Peguei o sabonete liquido e o deixei ao meu lado no balcão de pedra. Peguei Hilary no colo e desencaixei o trocador, a água estava quentinha, a coloquei devagar na banheira e comecei a ensaboar seu corpo rapidamente.

 Depois de estar limpinha, deixei ela dentro da banheira e fui lavar meu rosto e escovar os dentes, peguei um pente que tinha no bolso da bolsa e penteei meu cabelo fazendo um rabo de cavalo bem apertado, tava um pouco feio mas eu não tinha tempo.

  A tirei da água antes que ficasse enrugada, a sequei e troquei, dei uma penteada em seus cabelos que estava grande, sempre tenho vontade de corta-lo e até fazer uma franjinha, mas não tenho coragem de realmente fazer, então deixava do jeito que está, pois continua lindo da mesma forma.

  Saí do banheiro depois de esvaziar a banheira e guardar tudo dentro da bolsa. Procurei a garçonete que me ajudou olhando ao redor, e a achei acenando em minha direção. Caminhei até ela arrumando a bendita bolsa em meus ombros e Hilary vinha brincando com a gola do meu casaco.

 

  — Reservei essa mesa para a senhora. — disse assim que parei em sua frente. — Ela tem uma cadeira para a bebê, é bem melhor do que ela continuar em seu colo, — sorriu pegando em sua mãozinha — ela parece ser pesada.

 

  — Um pouco — concordei — Obrigada por reservar para mim...

 

 — Desiree.

 

 — Obrigada Desiree. Sou Amberli. — me apresentei antes de me sentar e ajeitar a Hilary na cadeira dela ao meu lado.

 

  — Então Amberli. O que irá querer?

 

 — Pode me trazer um café da manhã simples, chá, não café. E uma fruta cortada ao meio, de preferência, pera.

 

 Ela assentiu  anotando no bloquinho em sua mão e saiu.

Olhei para a janela a minha frente, pensando em nada além do que eu faria se encontrasse o tal doutor, isso é, se eu encontrasse.

     Hilary me despertou, ao dar um grito e bater as mãos na madeira da cadeira. Ela olhava para mim brava, ou seja, com fome.

 

 — Você tem que aprender a esperar pela comida mocinha! — me virei para ela pegando suas mãos dando beijinhos — eu também estou com fome.

 

  Enquanto nós esperávamos pelo desjejum, eu brincava com ela usando o guardanapo da mesa e cantava algumas musiquinhas que ela gostava mesmo não entendendo muita coisa. Era minha dose de alegria vê-la feliz, e tê-la ao meu lado.

 Depois de dez minutos brincando com ela, Desiree voltou com uma bandeja em mãos com nosso desjejum, havia chá, torradas com manteiga, um prato com ovos fritos e bacon, um copo de suco de laranja e a pera cortada ao meio com uma colher ao lado.

 

 — Aqui está, bom apetite.

 

  Peguei a pera e com a colher comecei a raspa-la para dar para ela como uma papinha, como a criança estava com fome, em menos de cinco minutos acabou com a primeira metade. Dei uma pausa para ela e comecei a comer o meu antes que esfriasse, estava uma delícia; peguei a outra metade da fruta e dei para ela, que comeu quase tudo.

 Ergui minhas mãos para cima, chamando a atenção da Desiree, que veio rapidamente para a mesa.

 

 — Mais alguma coisa?

 

— Na verdade, apenas um copo d’água, depois traga-me a conta. — pedi. Ela assentiu e saiu rapidamente voltando com uma garrafa de água.

 

 — Sei que pediu um copo, mas como provavelmente irá passar um bom tempo na estrada, trouxe uma garrafa. Aqui a conta.

 

 Paguei um pouco mais, dando uma gorjeta para ela e deixei uma observação na nota, ressaltando seu bom desempenho, e sai do estabelecimento com Hilary sorrindo para ela acenando um tchauzinho super fofo.

 


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar galera, é muito bom saber o que vocês estão achando!