Sempre ao seu Lado escrita por Aquela Trouxa


Capítulo 14
16 de Julho ➶


Notas iniciais do capítulo

Pois é, quem é vivo sempre aparece! E eu acabei de escrever esse cap a dois minutos!! Finalmente né TuT
Obrigada a todos, por tudo!!! Aproveitem o capítulo! ♥



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Sempre ao seu Lado 

 

Capítulo 14 

 

As horas ainda pareceram se arrastar para mim. E não há nada que eu pudesse fazer além de folhear a revista de decoração de semana passada que Esme me ofereceu quando me acompanhou até a sua sala depois de algum tempo que os rapazes estiveram aqui. Era algo engraçado, Rosalie os odeiam, mas Esme os tratam como se fossem seus sobrinhos; talvez isso fosse apenas ciúmes, mas não seria eu a perguntar a ela sobre isso.  

 

 Aos poucos eu vou aceitando e me acostumado com essa gravidez sobrenatural, ao menos é isso que eu digo a mim mesma. Meus pés começaram a inchar, o que me obrigou a ter que ficar de meias, sem contar que eu estou definitivamente proibida de estar na cozinha quando alguma refeição estiver sendo preparada. O que me deixa sem opções de alimentação, tendo que estar acompanhada do suporte com a terceira bolsa de sangue de hoje que já está pela metade, essa eu prefiro apelidar de sobremesa. 

 Virei mais uma página da revista, agora analisando sem interesse algum as decorações de um quarto infantil. Descansei minhas mãos colocando a revista sobre minhas pernas cruzadas no sofá, ergui minha mão esquerda para ajeitar uma mecha do cabelo que estava enroscada na sonda e isso incomodava. 

O som de um carro se aproximando me chamou a atenção, deixei a revista ao meu lado para esperar que algum residente descesse para recepcionar quem quer que fosse a pessoa que estivesse se aproximando. Esperei que Esme e Rosalie aparecessem com minha filha, ou até mesmo que Emmett estivesse no térreo em uma velocidade impressionante, mas nenhum deles apareceram e eu continuei sentada no sofá encarando a revista pensando se continuaria a olhar para as decorações caras e simples que estavam estampadas em cada folha ou esperando que alguém aparecesse logo nesse cômodo.  

 

Não fiquei ponderando muito, peguei logo a revista e virei a página com certa brutalidade, tentando ignorar que alguém estava estacionando seu carro a poucos metros dessa mansão e que logo estaria aqui dentro. Minhas mãos estavam começando a ter um leve tremor. Meus olhos se moviam da revista para a escada rapidamente, minhas unhas estariam todas roídas se eu tivesse o costume de roê-las! Só eu estava ouvindo duas portas de um carro se fecharem? E o alarme ser acionado?!     

Joguei a revista de novo no sofá e um pouco mais lenta do que eu esperava descruzei minhas pernas e me coloquei de pé ouvindo as pessoas passarem pelo hall da casa, agora estavam subindo a escada. Segurei o suporte da bolsa, na verdade estava mais era me apoiando nele, não estou tão segura de mim por estar com meus pés doloridos e inchados para conseguir caminhar e muito menos correr se for necessário, talvez gritar é minha única opção de defesa já que ninguém apareceu ainda. Será que estão mesmo dentro da casa? Talvez estejam nos fundos, eu nunca estive lá atrás, mas talvez tenha um deck. 

  

Uma cabeleira escura começou a surgir, era um homem moreno de olhos castanhos escuros como os que já haviam aparecido por aqui, mais um nativo? Ele não parecia tão surpreso por me ver no meio da sala, talvez um pouco desconfiado. Logo atrás dele apareceu uma garota de cabelos acobreados, seus olhos castanhos analisavam a sala procurando por algo, ou alguém. 

Foi fácil perceber que assustadoramente ela era muito semelhante a Renesmee, filha de Edward. Pensei que ela pudesse ser mais jovem... É impossível que ela seja a filha, deve ser sua irmã; não é possível que seja a mesma menina. Apertei mais ainda minhas mãos no suporte, eu estava abraçada a ele agora. Dei mais um passo para trás e esperei que eles se aproximassem. Agora estando lado a lado, eles pareciam me avaliar, seus lábios pareciam se movimentar, mas eu não conseguia ouvir nenhum som; a garota sorriu com algo que o homem pode ter impossivelmente dito, mas logo o sorriso desvaneceu e ela franziu a testa dando um passo mais largo ficando por poucos centímetros a frente dele e sorriu para mim. Seus olhos iam da bolsa de sangue para a sonda anexada no meu nariz, depois desceram para a minha barriga, sua boca se abria e fechava por não conseguir formar nenhuma frase, sua testa e as bochechas começaram a ficar vermelhas e em um pedido de socorro ela olhou para trás e puxou o homem para que ele ficasse ao seu lado, seus olhos transbordavam expectativas e suas mãos apertavam as mãos do homem como se através disso ela pudesse lhe incentivar a dizer alguma coisa. 

 

 — Quando nos pediram para voltar, não estávamos esperando encontrar o motivo logo na entrada. — ele respondeu para ela. Sua voz era rouca, não parecia à vontade em respondê-la comigo aqui — Me desculpe, eu nem sei se você é o motivo. Mas Carlisle não costuma atender seus pacientes aqui. Eu sou Jacob, essa é Renesmee, neta de Carlisle e Esme. 

 

Eu não consegui respondê-lo. Como assim, essa era mesmo a filha de Edward? Mas essa que está a minha frente é uma adolescente, Edward não é tão mais velho que ela! Eu apenas o ignorei e olhei para a escada novamente esperando que pelo menos a Rosalie pudesse descer e me amparar.  

 Não estava dando muita atenção para a garota e nem para o homem ao seu lado, eu já havia até me esquecido do seu nome. Eles mantinham uma conversa distante enquanto me observavam, era óbvio que a conversa fosse sobre mim. Eu não queria contar para eles tudo novamente, não esperava ter que recepcionar a possível neta de Esme, poderiam ter me deixado consciente disso, ou a eles.   

Senti meus pés pesados formigando, a meia já estava apertando o tornozelo me obrigando a ter que tirá-la antes que a circulação fosse ainda mais afetada. Caminhei mais lenta que antes em direção ao sofá e me sentei puxando o suporte para perto. Puxei meus pés para cima do sofá com esforço, retirei a meia e massageei a região avermelhada causada pelo aperto. 

 

 — Oh meu Deus! O que houve com seus pés?! — exclamou a garota se abaixando tocando seus dedos quentes em meu pé. Até estranhei sua temperatura já que todos os toques que recebo são frios. 

 

— Quentes? — sussurrei pensando alto. 

 

 — O quê? — perguntou-me ao não compreender o que eu havia sussurrado.  

 

 — Pés de grávidas incham, isso é normal, mas eles precisam de espaço para incharem, a meia estava atrapalhando. — respondi sua primeira pergunta. — Você é quente, já estava me acostumando com os corpos frios da sua família. Talvez seja o clima desta cidade. 

 

— Sim... —respondeu um pouco confusa — Principalmente pela localização em que essa casa se encontra, minha família prefere casas que se adaptem ao relevo natural do terreno, sem contar que próxima à mansão passa o rio... 

 

— Há um rio por aqui? — perguntei arqueando a sobrancelha direita. 

 

— Sim. — me confirmou — Por isso aqui está mais frio do que em qualquer outra casa da cidade. — acenou com a cabeça fazendo seus cabelos de cor intrigante balançarem. 

 

— E onde estão? — me referi a sua família. — Deveriam estar aqui para te recepcionar não? 

 

 — Sim... — concordou inspirando — Meu tio Emmett está com a minha tia Rose, e... Hum... — interrompeu sua frase — Meu avô provavelmente está no hospital e minha avó deve estar no jardim dos fundos cuidando de suas preciosas plantas. Ela ama jardinagem. Eles queriam te dar privacidade, por isso não estão dentro de casa e como chegamos sem avisar... Acho que não havia tanta necessidade de eles fazerem as boas-vindas para alguém que nasceu nesta casa. — elas sorriu e se levantou. Seus olhos analisaram o cômodo e fiz o mesmo, percebendo que o homem que estava com ela, não estar presente, vi ela revirar os olhos.  — Você ainda não me disse o seu nome. — sua voz suave tornou a tagarelar. — Na verdade não sei nada sobre você; nem eu e nem o Jake. Você me pareceu estar surtando quando nos viu, não que ainda não esteja apreensiva, mas; não sei... O que acha de sairmos daqui de dentro um pouco? Experimentar o ar verde, puro e intenso de Forks, minha avó e meus tios estão por lá mesmo.  

 

— Claro. Meu nome é Amberli — concordei com sua falação.   

 

— Ótimo! É um prazer te conhecer Amberli. — comemorou e me ajudou a me levantar do sofá e segurou o suporte me guiando para fora do cômodo por uma porta de vidro que nos levaria ao deck, que eu não havia percebido existir ali. — Por um momento pensei que você recusaria sabe, as pessoas se assustam por eu falar muito, não que eu ache que eu fale muito, apenas a pessoa ouvinte que está muito calada... Você não acha? 

 

— Talvez você esteja apenas animada com o assunto. — comentei escolhendo as palavras. — Ou seja apenas mania sua de se entusiasmar assim, há alguém na sua família que também é agitada? — continuei a falar com ela enquanto atravessávamos o deck, percebi haver mais um deck que ligava ao andar da cozinha, acima de nós. 

 

 — Oh sim, — confirmou balançando a cabeça e me ajudou a descer os degraus da escada para adentrarmos no quintal da mansão— Minha tia Alice, se você acha que estou sendo animada, espere para conhecê-la. É sério, —olhou em meus olhos — espero que você a ame, é quase impossível alguém não a amar.  

 

 — Não vejo a hora de poder conhecê-la então. — sorri. 

 

 Caminhamos por mais alguns metros no gramado até que pudéssemos realmente ver as diversas flores que o jardim de Esme possuía, esse é o primeiro jardim arquitetado que eu já tinha visto pessoalmente, nunca em minha vida que eu imaginei um jardim tão perfeito quanto este; “Com certeza essa é uma das vantagens de se ter uma boa conta bancária”, pensei olhando encantada para tudo ao meu redor.  

 

 — Pois é, quem diria que no meio de uma floresta tão densa quanto a desta cidadezinha, nós pudéssemos ter um jardim magnífico quanto este da minha avó, não acha?! —perguntou-me Renesmee tocando em umas das flores ao nosso lado — Eu não me canso de admirar. 

 

 — É o jardim perfeito. — concordei olhando ao redor procurando por Esme enquanto ainda caminhávamos, até que a encontrei, sentada com suas mãos inundadas na terra, vestindo um avental, com os equipamentos de jardinagem ao seu lado, e a minha princesinha tentando ajudá-la com uma pá. Sorri ao vê-la, estava tão lindinha, mesmo estando suja de terra. — E Esme está com a melhor companhia do mundo! — comentei a Renesmee, tendo a atenção delas. Hilary ao nos perceber, soltou a pá e correu em minha direção e abraçou minha perna direita. Renesmee sorriu ao vê-la. 

 

 — Olá pequena. — Renesmee se abaixou para conversar com ela, Hilary a olhou e sorriu. — Quem é esta aqui? — perguntou para minha filha apontando para mim. 

 

 — É a mamãe! — respondeu ao seu abraçar em minha perna novamente. Sorri sentindo meu coração pulsar mais forte com seu simples gesto. 

 

 — Oh, ela é mesmo a sua mamãe? — Renesmee tornou a perguntá-la, Hilary não tornou a respondê-la com palavras, apenas acenou um sim com a cabeça e sorriu mostrando seus dentinhos, Renesmee tornou a sorrir para ela e se ergueu.  — Uma mãe maravilhosa. — aprovou sustentando meu olhar. Sua mão direita tornou a segurar o suporte e retomamos nossos passos em direção a Esme que nos observava. 

 

 — Vovó! Parece que é quase impossível viver longe de vocês, não que eu esteja reclamando, é claro. — indagou aproximando-se de Esme e afagando seus cabelos e acariciando seu rosto. Esme olhou para cima admirando o rosto de sua neta, enquanto ainda continuava a manusear suas mãos na terra— É incrível que independente da situação, sempre há alguma surpresa nos aguardando por aqui.  

 

— Não seria Forks se isso não voltasse a se repetir. —Esme a respondeu amável ao interromper sua tarefa com as plantas pegando um pano entre as ferramentas, para limpar superficialmente suas mãos —  Além do mais... — parou sua frase ao se levantar e começar a recolher os equipamentos que estava usando. Hilary foi até ela tentando ajudá-la, recolhendo as pás menores — Temos todo o material e experiência para auxiliar Amberli com sua gestação; Sabemos o que pode acontecer querida. Sabemos onde não iremos errar. Ou pelo menos temos grandes possibilidades de que nada venha acontecer com ela ou com o bebê... Obrigada princesa — Hilary parou o diálogo de Esme com sua neta, para entregar as cinco pás que havia recolhido. — Isso é o que nos importa. —dizendo isso ela ajeitou as ferramentas em seus braços — Eu vou guardar os utensílios na garagem e já volto.  

 

 Vendo Esme se afastar, enquanto ia para a garagem de sua mansão, me lembrei de que meu carro e meus pertences estavam lá também... Não que eu tenha certeza de que sua família não confia em mim, mas eu poderia mostrar a todos meus pertences pessoais para que a interação seja mutua. Para que saibam mais sobre mim e minha filha. 

 

 — Esme, espere! — a chamei. 

 

 — Sim? — parou de caminhar e olhou com seus olhos amarelos para mim — Deseja alguma coisa? 

 

 — Não... Quero dizer, sim! — balancei a cabeça um pouco confusa — Eu preciso pegar algumas coisas no meu carro para mostrar a vocês. A todos  vocês. 

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? (Além da minha gigantesca demora, mas né...) Comentem o que acham, as vezes penso que ninguém está gostando e isso me desanimava demais... E agradeço de coração ás pessoas que ainda acompanham a trajetória da Amberli e da Hilary ♥
♥ I ♥ 3000 ♥



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