Sempre ao seu Lado escrita por Aquela Trouxa


Capítulo 12
12 de Julho ➶


Notas iniciais do capítulo

Oi Gente do meu ♥ ! Nossa gente eu estou tão feliz em finalmente conseguir terminar esse capítulo, porque olha! Não foi fácil! Mas estou tão, extasiada, e orgulhosa Aaaaah ♥ Obrigada a todos os 92 USUÁRIOS que estão acompanhando a trajetória de Amberli e Hilary ♥, mesmo que não estejam comentando, favoritando ou recomendando ( :v ) Vocês estão me dando uma vitória, sério Obrigada!
~~~E GENTEE, AMANHÃ A HISTÓRIA FARÁ O SEU PRIMEIRO ANINHO! NOSSA, EU ME SINTO UMA MÃE ♥ MEOSENHOR! TO MUITO FELIZ, VOCÊS FAZEM PARTE DISSO GALERA, Mano, eu tenho só que agradecer, Nossa to muito feliz
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(Ps: A mulher do meu pai ta grávida de gêmexs!! Gente, mais experiência para guardar no coração, nossa, socrr ♥ )

♥ ♥BOA LEITURA! ♥ ♥



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Sempre ao seu Lado

Capítulo 12

 

 

 —  Você não entenderia. E eu não posso te explicar, ficaria uma resposta vaga e sem nexo, então nem tente insistir. —  essa foi a resposta que Rosalie me deu quando eu tentei abordar sobre o assunto com o homem que possivelmente ainda estava em sua casa, Embry.

 

 Eu aceitei sua resposta, e me forcei a me por em meu lugar. Eu não era nada de ninguém aqui, não poderia cobrar algo do qual eu não fizesse parte. Me senti muito estúpida.

 

 —  Me desculpe Rosalie! —  pedi —  É que é difícil para mim saber que estou envolvida em coisas diferentes, e que eu nem sei o que são. Eu estou um pouco nervosa, pois daqui a pouco eu terei que me submeter a uma dieta aterrorizante pelo meu próprio bem! —  exclamei colocando a ponta da minha unha na boca contendo a ansiedade, eu estava me sentindo uma garota de catorze anos novamente. Senti meus olhos começarem a se encher de água.

 

 —  Sim, como você disse; para o seu próprio bem. Tente pensar apenas no bem-estar de por quem você está fazendo isso. —  segurou minhas mãos entre as suas super geladas e se inclinou em minha direção —  Apenas não mencione nada quando alguém que não seja da minha família estiver aqui. —  sussurrou de forma quase inaudível, mesmo estando com seus lábios próximos de minha orelha. Ela se afastou ajeitando suas pernas cruzadas em cima da cama na minha frente, acenei um sim com a cabeça e me calei para não a irritar novamente.

 

 Ficamos muitos minutos assim, apenas olhando uma para cara da outra em silêncio. Confesso que cheguei a dormir. Quando acordei Rosalie ainda estava na mesma posição, o quarto estava sendo iluminado apenas pela pouca claridade que a lua conseguia proporcionar por causa das altas árvores envolta da casa. Caramba! Eu dormi muito!

 

—  Porque não me acordou? —  perguntei a ela quando me sentei na cama e coloquei minhas mãos nas costas para tentar me alongar. Eu estava sentindo um forte desconforto no baixo ventre e a tentativa de alongamento poderia dar uma aliviada.

 

 —  Eu tentei. —  me respondeu descruzando as pernas indo para a beira da cama —  Mas você apenas reclamou e voltou a dormir. —  saiu da cama e acendeu a luz. Coloquei minhas mãos próximas ao meu rosto para tapar um pouco a claridade —  E deixe-me te contar! —  exclamou alisando seus cabelos loiros perfeitos —  Pode parecer algo um pouco estranho até... —  começou a falar animada. Para o pouco tempo de convívio com ela, até estranhei, mas comecei a prestar a atenção em suas palavras —  Mas teve uma hora que você acordou dizendo que estava com muito calor e arrancou o moletom do seu corpo. Como sua blusa já está justa na barriga ela levantou um pouco. E como eu já estava aqui para velar o teu sono eu comecei a reparar na sua barriga. A alteração foi sutil, e como você não se mexe muito foi ainda mais fácil para que eu percebesse!

 

 —  O que aconteceu? —  perguntei incentivando para que ela continuasse. Só depois que ela mencionou o moletom foi que eu percebi que só estava com a blusa mesmo, e que minha barriga estava totalmente à mostra ainda contendo algumas manchas.

 

 —  O bebê! O bebê estava crescendo! —  seus olhos reluziram ao exclamar. Rosalie estava tão feliz, era como se ela tivesse presenciado a melhor coisa em sua vida. Isso me deixou um pouco assustada. —  Você pode até não notar agora, mas há uma alteração de quase quatro centímetros!

 

 —  Eu não sei, isso... O bebê... O bebê se desenvolvendo? —  perguntei um pouco perdida em minhas palavras. Ela havia presenciado o crescimento da minha barriga? A expansão por causa do desenvolvimento do bebê?!

 

—  Sim! Eu disse que isso poderia soar estranho...

 

Acenei com a cabeça um pouco incapaz de responder, talvez por ter acabado de acordar e estar mais lerda que o normal. Meu silêncio não durou nem quarenta segundos quando eu comecei a sentir o desconforto no baixo ventre novamente, como se fosse uma cólica chata. Coloquei minhas mãos no local as mantendo ali firmes contra minha pele mais resistente que o normal.

 

 —  É... —  concordei com Rosalie e ergui minha cabeça para olhá-la e ela fez o mesmo —  É algo estranho... Muito estranho. —  sorrimos e logo cai na gargalhada. Percebi que Rosalie começou a rir logo depois de mim.

 

—  Não faz muito sentido de como é possível você ter percebido isso, sabe? —  falei depois de ter conseguido cessar o riso.

 

 —  Você se esquece facilmente do que eu sou, —  chamou minha atenção—  isso não é uma grande coisa. Apenas prestei bastante atenção em você enquanto dormia. —  ergueu os ombros como se isso não fosse nada demais. —  Que tal você se levantar desta cama, tomar um banho para despertar e então iniciaremos sua nova alimentação? —  sugeriu em forma de comando —  Temos que aproveitar que Carlisle ainda está em casa para que ele nos instrua corretamente.

 

Assenti dando um sorriso fechado e me levantei da cama devagar. Olhando para o belo rosto sem nenhuma manchinha de Rosalie que alisava uma mecha de seu cabelo em suas mãos, me lembrei. Onde estava meu carro, e minhas outras coisas?

 

 —  Rosalie? —   chamei sua atenção.

 

—  Sim? —  respondeu-me soltando a mecha, prestando a atenção agora em mim.

 

—  Onde está meu carro? —  perguntei, enquanto pensava nos documentos, e nos álbuns de fotos da Hilary.

 

 —  Na garagem de casa. —  respondeu, agora pegando outra mecha do cabelo loiro, brilhante e hidratado dela —  Achou que Edward havia deixado onde? —  me perguntou. Antes que eu fizesse questão de lhe perguntar sobre o porquê de Edward ser mencionado ela completou —  E é claro, Edward te seguiu pouco tempo depois de você ter saído do hospital, apenas para garantir onde estava hospedada. Ele chegou bem a tempo de te socorrer.

 

 —  Não sabia... —  cocei a cabeça. Nem me passou pela cabeça que havia sido ele a estar entrando na recepção quando eu desmaiei. Na verdade, eu não tive muito tempo para ter pensado nisso. —  Por isso perguntei. —  levantei os ombros.

 

Ela sorriu para mim de um modo engraçado, difícil de descrever. Seus olhos miraram para algo além de mim, e mesmo hesitante ela se aproximou abrindo seus braços e me envolveu neles. Seu abraço era leve, ela mal estava encostando em mim, mesmo assim me senti com frio ao ficarmos tão próximas. Demorou poucos segundos para que eu correspondesse seu gesto e me emocionasse com isso. Fazia muitos anos que eu não recebia um abraço involuntário sem que eu tivesse pedido por um. Meus olhos se encheram de água e eu correspondi de maneira fervorosa, me entregando de todo coração ao seu abraço tentando transmitir através dele toda a minha gratidão. Nos braços de Rosalie eu chorei, como a muito tempo eu não chorava. Eu estava chorando pela a oportunidade, boa vontade e gratidão à essa família que estavam se dispondo a ajudar a mim e a minha filha. E pela falta de um certo abraço que nunca mais voltaria.

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Ficamos assim por vários minutos, acho que ela também não queria se desfazer do nosso abraço, que continuava na mesma intensidade. A contragosto eu fui afrouxando meus braços do corpo dela até nos soltarmos. Enxuguei meus olhos que até poucos segundos atrás estavam transbordando lágrimas e olhei para Rosalie. Seus olhos estavam marejados, mas não havia sinal de que ela havia chorado, por mais que ela tivesse soltado alguns soluços e seu corpo se balançava como o meu.

 

—  Ah, Amberli! —  ela exclamou quando suas mãos, agora um pouco mornas tocaram minhas bochechas, ergui meus olhos em direção aos seus marejados e aguardei sua próxima fala. —  Você ainda é sim especial. Você está sendo especial para mim. Especial para minha família. Minha vida estava se tornando pacata mesmo com a presença maravilhosa da minha sobrinha em minha vida, mas você estando aqui agora... Você é especial... —  suas mãos desceram para os meus ombros — Você é! —  voltou a me abraçar, me apertando em seus braços gelados e eu correspondi de bom grado.

 

—  Obrigada Rosalie! Muito... Obrigada... —  murmurei com meu rosto colado em sua blusa tentando apertar seu corpo assim como ela estava fazendo com o meu, mas não estava obtendo sucesso.

 

—  Eu que te agradeço por você ter nos procurado. E por favor, a partir de hoje, pode me chamar de Rose. —  sorriu para mim e desfez o abraço, mas continuou com suas mãos em meus ombros. Seus olhos se apertaram e ela piscou várias vezes seguidas tentando apartar as lágrimas. Quando ela obteve algum resultado ela retornou a falar —  Você disse que o doutor Rodham te mandou até aqui, mas não disse ao certo de onde você veio. Carlisle disse que é um pouco distante... De onde você é?

 

Ah, é mesmo! Eu não havia dito a eles de onde eu era. Talvez Carlisle tivesse noção de onde seria, mas os outros não. Havia me esquecido deste detalhe.

 

—  Verdade. Me desculpe. —  pedi —  Eu sou de Casper. Em Wyoming.

 

—  Em Wyoming?! —  se espantou —   Mas essa cidade deve ficar a mais de mil milhas daqui!

 

—  Sim. —  concordei. Rosalie retirou suas mãos dos meus ombros e me analisou. Me senti desconfortável com o seu olhar em meu rosto por muito tempo. —  O que foi? —  perguntei na defensiva.

 

—  Você é um bebê na vida ainda... Há muitas coisas para acontecer na sua vida. E... Eu espero que eu consiga te ajudar a conquistar isso. —  comprimiu os lábios —  Acho melhor te deixar tomar o banho, antes que fique mais tarde. Tente não molhar o cabelo para que não venha pegar friagem. —  aconselhou. —  Estaremos no andar de baixo. —  assenti para ela e Rosalie saiu do quarto fechando a porta.

 

Me virei e segui em direção ao banheiro, mas parei no meio do trajeto ao perceber que eu teria que prender o cabelo. Voltei até estar perto da cama e procurei pelo laço que eu sempre uso para prender meus cabelos; quando o achei eu voltei a caminhar em direção ao banheiro.

 Depois de ter tirado a roupa eu fiquei parada em frente ao espelho. Percebi que meus seios estavam maiores e agora, doloridos por estarem em um sutiã que não estava cabendo mais em mim. Minha barriga, eu ainda não tinha muita certeza se ela estava maior ou não, mas pelo menos as manchas amareladas estavam ficando cada vez mais claras, mas eu não dizia o mesmo sobre as que ainda estavam rochas. Pelo menos os locais não estavam doloridos. Suspirei cansada por me inspecionar na frente do espelho resolvendo tomar logo o banho. E depois de ter apertado de novo o coque alto, feio e bem preso em minha cabeça, eu entrei no chuveiro. A água estava indispensavelmente quente, o que fez com que meu corpo conseguisse relaxar um pouco. Pouco, pois a cólica chata ainda continuava a latejar, agora, pela lateral do baixo ventre, nos quadris... E a água estava até que ajudando. Manter a cabeça fora da água quentinha foi um grande sacrifício.

 

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 Depois que eu tomei banho, eu penteei meus cabelos com uma escova que estava no banheiro e fiz um coque um pouco mais baixo, menos feio e escovei meus dentes. Como eu já havia percebido que minhas calças jeans já não fechariam, eu coloquei uma calça moletom preta e uma blusa azul de mangas compridas, dispensando alguma blusa de frio. Nos pés eu me dei a liberdade de vestir uma meia grossa e uma chinela preta com a tira felpuda da mesma cor, deixando o chinelo azul básico de lado. Sai do quarto fechando a porta e caminhei até a escada descendo os degraus.

  Quando cheguei na pequena sala que há no mesmo ambiente que a cozinha todos estavam reunidos, Carlisle, Esme, Rosalie e Emmett que estava com minha princesa em seus braços enormes.

 

 —  Pensei que você se tornaria a primeira Bela Adormecida grávida que eu já vi! —   exclamou Emmett quando me viu ainda descendo os últimos degraus da escada.

 

 —  Olá, boa noite! —  saudei sendo correspondida por todos logo depois. —  Ainda bem que isso não se tornou uma realidade. —  respondi Emmett ao caminhar até a um dos sofás. Antes que eu me sentasse Hilary me chamou erguendo suas mãozinhas para mim —  Oi meu bebê! —  exclamei feliz ao tê-la em minhas mãos e a enchi de beijos —  Eu te amo muito sabia?! —  perguntei a ela, que balançou a cabeça em um sim e sorriu tendo apenas seus dois dentinhos. Me sentei no sofá tendo consciência de que eles estavam nos observando com um sorriso discreto em seus rostos.

 

 —  Hilary até tentou te acordar também, mas nem mesmo ela foi capaz de poder te despertar. Mas ela desistiu e fomos jantar.—  pronunciou Esme depois que eu me ajeitei no móvel.

 

—  Ela esteve no quarto? —   perguntei —   Você tentou me acordar?! —  perguntei para Hilary dando-lhe um sorriso bobo. Ela apenas olhou para Esme e apontou sua mão para ela. —  Esme te levou para lá?

 

 —  É. —  Hilary respondeu movimentando a cabeça e logo depois o corpo como se estivesse dançando sentada em minhas pernas. Sorrimos para ela, ao percebermos que ela estava fazendo graça para nós.

 

 Logo que Hilary parou de dançar eu comecei a prestar a atenção percebendo que Carlisle estava quieto. Quando todos ficaram em silêncio, ele se curvou para frente descansando seus cotovelos em suas pernas e começou a falar.

 

 —  Já que você começou a não conseguir comer, creio que já podemos iniciar a nova dieta. —  pronunciou —  Quando testamos a digestão do sangue usamos um copo para Bella beber, mas não sei se você prefere fazer o mesmo que ela, ou se você preferiria se alimentar de uma maneira mais hospitalar. Eu estive pensando em uma sonda nasoenteral iniciando uma dieta nasogástrica. Um pouco alterada, claro.

 

 —  O que seria essa sonda e esse tipo de dieta? —  perguntei não tendo entendido quase nada sobre esse procedimento.

 

 —   Em poucas palavras —  Carlisle me respondeu —   É uma sonda inserida pelo nariz e vai até o estômago.

 

 Estremeci só de ter pensado em como ela é colocada e o quanto deve ser incômoda, mas por outro lado eu não teria que beber o sangue, ele já iria direto para o estômago. Eu não teria coragem o suficiente para beber um copo com sangue como se fosse um shake de vitaminas saboroso. Disso eu tenho certeza, é bem melhor não arriscar.

 

 —  Acho que a sonda não é uma má ideia. —   pronunciei depois de alguns minutos pensando sobre isso. —  Eu não quero dar uma de corajosa como sua nora foi. Mas, o sangue humano não fará mal para mim?

 

 —  Não nesse caso. Pois a maior parte digerida será apenas para o bem-estar do desenvolvimento saudável do bebê. —  explicou Carlisle em uma postura reta e profissional — Ele não precisará retirar os nutrientes necessários para a sua sobrevivência de sua própria mãe. Não que ele de fato queira fazer isso, mas é a única opção que seu próprio corpo faz para manter o feto vivo dentro de si. Se tudo ocorrer certo, você conseguirá se alimentar normalmente; a única alteração é o sangue humano que alimentará o bebê e que te ajudará a manter a porcentagem ideal de ferro necessário em seu corpo. —  me explicou com calma, me permitindo absorver tudo o que dizia.

 

 —  E já podemos iniciar essa dieta nasogástrica hoje? —  perguntei ansiosa. Para tentar me acalmar um pouco eu levei uma de minhas mãos para a cabeça de Hilary afagando seus cabelos.

 

—  Quanto mais cedo, melhor! —  reforçou. —  Se você quiser, podemos fazer agora mesmo ou talvez, amanhã.

 

 —  Eu acho melhor já começarmos. —  concordei com a primeira sugestão —   Eu só não estou me sentindo confortável com a maneira que o tubo é colocado, mas isso é o de menos na minha situação... —  calei-me soltando um riso nervoso apertando minha filha em meu braço ainda tendo minha outra mão deslizando sobre seus fios de cabelo.

 

 —  Você não é a primeira a se sentir assim quando é necessária a utilização da sonda. Mas é a única maneira disponível e te garanto, é indolor. —  me tranquilizou.

 

Após suas palavras eu consegui suspirar um pouco mais calma.

 

—  E como foi a recuperação de Isabella ao beber o sangue? —  perguntei para eles, me esforçando para não engasgar ao dizer sobre a preferência que ela teve de como ingerir o líquido.

 

 —  Acredite, milagrosa. —  me respondeu Emmett. Eu até me espantei por ter sido ele o primeiro a se pronunciar. —  Ela estava deplorável, seus olhos fundos por não conseguir dormir... —  franziu a testa, talvez tentando se lembrar de suas lembranças do ocorrido —  Bella emagreceu muito por não conseguir comer, ela não conseguia nem beber um copo de água! Ela continuava a falar, mas até para isso ela fazia um grande esforço. Quem teve a ideia do sangue foi o seu melhor amigo, que através de um pensamento doloroso e amargurado conseguiu ver o que não havíamos percebido! Se a criança é metade vampiro, é óbvio que sua refeição preferida seria sangue! A súbita melhora de Bella veio em poucos minutos após ela começar a beber o sangue. Posso até compará-la ao Popeye quando come o espinafre. —  comparou Isabella com alguém. Eu já tinha ouvido falar neste nome, mas fazia muito tempo... —  Você não conhece Popeye?! —  me perguntou incrédulo ao perceber minha cara, possivelmente de paisagem —  Meu Deus! Ela não conhece Popeye Rose! —  exclamou para a sua esposa, como se eu tivesse negado algo impossível.

 

 —  Sim Emm. Poucos hoje em dia sabem da existência desse desenho. —  o consolou afagando seus ombros largos. Juro que Emmett me lançou um olhar magoado depois que Rosalie lhe disse isso! —  Não ligue para isso Amberli, Renesmee também não saberia se o grandão aqui não houvesse apresentado a ela toda a sua coleção desse marinheiro.

 

 —  É um dos melhores desenho do século XX! Vocês precisam assistir Amberli! —  exclamou Emmett com convicção. —  Se você quiser, eu procuro os DVDs, assim podemos fazer uma maratona maravilhosa, com direito a melhor pipoca feita pelas mãos mágicas de Esme para você! —  ofereceu com seus olhos reluzindo em expectativas. Acho que desta vez todos presentes, incluindo minha filha que não entende muita coisa não se seguraram e gargalharam comigo. Emmett era único!

 

 —  Tudo bem! Tudo bem! —   acatei ao pedido eufórico de Emmett —  Apenas espero não me decepcionar com este desenho super antigo!

 

 —  Te garanto que não irá! —  ele afirmou —  Mãe, —  direcionou para Esme—   por favor, me diga que ainda tem pipoca!

 

 —  Posso te garantir que não. —  respondeu Esme sorrindo para ele —  Você nunca deixou que faltasse querido. —  o lembrou.

 

 Emmett assentiu para ela, encerrando o assunto sobre o desenho que eu nunca assisti e sobre pipocas. Com isso Carlisle voltou a centralizar a nossa conversa em mim e na minha gestação, que ouso dizer: sobrenatural; e com todas as letras concretizou:

 

 —  Bem, então vamos iniciar sua dieta hoje mesmo. —  levantou-se do sofá —   Amberli, Esme, vamos para o escritório. —  pediu e caminhou até as escadas, sumindo da minha vista segundos depois.

 

  Eu só acatei o seu pedido quando senti uma mão gelada me tocar. Desviando meus olhos da escada, olhei para o outro lado percebendo que Esme me aguardava. Me levantei com Hilary em meus braços e dei um beijo em suas bochechas; deixei que Emmett a pegasse de meus braços e segui Esme até o escritório lindo, com uma prateleira linda cheia de livros, e quadros de pinturas maravilhosas que decoravam a parede. Eu já sabia para onde eu deveria ficar, e sem cerimônias eu caminhei até a maca, e utilizando a pequena escadinha de apoio eu me sentei, aguardando Carlisle iniciar o procedimento. Observando os aparelhos, percebi que havia mais coisas montadas ao redor, e algumas maletas parecidas com aquelas que Rosalie e Emmett haviam trazido estavam presentes, e uma delas estava sendo aberta por Carlisle. Eu não conseguia ver o que há dentro da maleta pelo ângulo que eu estou, mas logo senti o cheiro de álcool no ar, e as mãos de Carlisle se movimentando uma na outra, ele estava higienizando suas mãos, o procedimento está começando. Ele mexeu em mais algumas coisas da maleta e retirou de dentro uma bandeja prateada e caminhou em nossa direção estendendo a bandeja para Esme, que prontamente pegou por baixo. Olhei para o objeto analisando o que estava sobre ele, havia um cartuchinho que era semelhante a uma seringa, nele estava escrito Xilocaína Gel, uma embalagem lacrada com uma sonda, um par de luvas, uma seringa, um estetoscópio, fita adesiva hipoalergênica e uma toalha pequena.

 

—  Agora estamos realizando oficialmente sua dieta temporária Amberli. —  anunciou Carlisle colocando as luvas de uma maneira que apenas os profissionais tinham a manha —  Agora eu irei explicar o procedimento. Eu irei aplicar em uma das entradas do seu nariz esse gel, —  indicou a Xilocaína —  e iremos aguardar poucos minutos para que ele adormeça a região, assim evita que cause o desconforto desnecessário em você. Logo após isso eu passarei o restante do gel para lubrificar os primeiros dez centímetros da sonda para facilitar a introdução dele para dentro do seu corpo, eu peguei essa sonda branca para ocultar um pouco a cor do que estará passando dentro dela. Quando o sentir perto de sua boca, quero que me ajude tentando engolir, assim agiliza o procedimento. Preciso que fique com seu corpo todo na maca, —  pediu. Recuei minhas pernas e me ajeitei na maca tentando relaxar—  Isso, você ficará nesta posição semi sentada. Agora erga a cabeça deixando a passagem o mais acessível possível para que não venha haver resistência. —  instruiu. —  Você tem algum lado preferível para a introdução da sonda? —  me perguntou ao pegar o cartuchinho de Xilocaína.

 

 —  Não. Pode ser deste lado mesmo. —  indiquei meu lado esquerdo onde ele estava. Ele assentiu aproximando o recipiente com o gel em minha narina esquerda o apertando, o gel entrou no meu nariz estando gelado e tapou minha respiração. Isso me deixou um pouco aflita, por mais que eu confiasse no trabalho de Carlisle. —  Esme. —  chamei sua atenção —  Você se importa? —   estendi minha mão esquerda para ela, perguntando se ela poderia segurar.

 

 —  Claro querida! —  exclamou mantendo a bandeja com apenas a sua mão direita se dispondo a segurar a minha. Com a minha outra mão livre, a pousei encima da minha barriga, alisando o tecido estufado por conta da barriga que estava grande demais para tão poucos dias de gravidez. Apertei a mão gelada de Esme contra a minha, não me importando de não ter sentido maciez nenhuma por mais que aos meus olhos sua pele fosse muito macia.

 

Enquanto o gel agia ele rasgou a embalagem que envolvia a sonda  e a esticou, medindo-a na ponta do meu nariz, até no lóbulo da minha orelha, e depois até abaixo dos meus seios, acima da barriga. Depois de três minutos em que o gel fez afeito, Carlisle pegou o cartucho aplicando o gel pela sonda. Soube que agora seria o momento em que ele colocaria isso em meu nariz.

  Apertei a mãos de Esme, e soltei um gemido baixo e sôfrego quando o tubinho se aproximou de mim. Senti Esme fazer carinho na costa da minha mão, tentando me acalmar.

 

 —  Amberli, erga a cabeça, como eu havia pedido. —  disse Carlisle pondo delicadamente sua mão em meu queixo, me auxiliando ao seu pedido. Quando fiquei na posição correta, ele colocou a sonda rapidamente dentro do meu nariz.

 

 Como eu não estava preparada o suficiente para estar tranquila com isso, minha primeira reação foi fechar os olhos e me afastar dessa investida, mas isso não foi possível, pois eu já estava com a cabeça encostada na maca. Carlisle continuou com sua mão debaixo do meu queixo, não deixando que eu fizesse algum movimento brusco para que o sonda ficasse no lugar certo.

 

    —  Amberli, quero que me ajude com a sonda. Tente engolir. —  quando ele disse isso, eu senti, havia algo passando bem perto do começo da minha garganta e por mais que meu corpo me pedisse ao contrário, eu fiz o que ele pediu, e me forcei a engolir.

     Mesmo com meus olhos fechados eu senti as lágrimas se acumulando nos cantos. Quando a sonda passou pela garganta eu consegui relaxar e afrouxei meu aperto sobre a mão dura como pedra de Esme, e respirando o mais lento e controlado possível, eu fui me acalmando. Senti que Carlisle parou de movimentar a sonda e hesitante eu abri meus olhos, Esme me olhava com um sorriso se formando no canto dos lábios, sua expressão me dizia silenciosamente que eu havia ido bem, e com essa afirmação sem palavras ela afagou minha mão. —  Agora só falta fixar a sonda na entrada do nariz... —   murmurou Carlisle pegando a fita adesiva, que tinha cortes semiprontos e colando a fita em meu nariz e posicionou o restante do tubinho na curvatura da minha orelha. —  Prontinho! —  finalizou —  Agora só falta anexar essa parte do tubo na bolsa de sangue e você poderá se dispor a alimentar seu bebê. Mas você terá que se locomover bem devagar para que nada venha se soltar. Se isso acontecer, teremos que trocar a sonda. —  alertou. Assenti lentamente e deixei a mão de Esme livre. Assim que a soltei, Carlisle pegou o estetoscópio e ela se afastou da maca levando a bandeja de volta para dentro da maleta, a fechando e saiu para fora do escritório. —  Você prefere voltar para o quarto, ou deseja ficar na sala? —  me perguntou enquanto ajeitava o estetoscópio em seus ouvidos e retirava suas luvas e pegando as embalagens as jogando no lixo mais próximo.

 

—  Obrigada Carlisle! Obrigada mesmo! Mas acho melhor voltar para o quarto. —  o respondi. —  Não é seguro que eu ande até o andar debaixo  apenas para ficar por poucas horas na sala e ter que voltar para o quarto.

 

 —  Tem razão, mas não fique tão preocupada com isso. Você ainda poderá ficar com a Hilary em seus braços, claro sem que ela tente arrancar a sonda e poderá caminhar pelo quarto. As demais coisas nós poderemos adaptar conforme for preciso, mas fique tranquila quanto a isso. Bem... Pode voltar a se sentar. —  me pediu. Coloquei minhas pernas para fora da maca e me sentei ficando de frente para ele. —   Com licença —  me pediu e colocou sua mão dentro da gola da minha blusa posicionando o aparelho em meu corpo. —  Respire fundo, —   instruiu. Acatei seu comando e respirei. —  Hmm... Mais uma vez. —  pediu, e respirei novamente. Ele assentiu e retirou o aparelho gelado de minha pele e sorriu para mim. —  Está tudo em ordem dentro de você Amberli! Bem, pelo menos até onde eu posso saber, sim. Como eu havia feito a coleta do seu sangue, eu soube qual é o seu tipo, para poder colher o ideal para a alimentação saudável do bebê. Confesso que fiquei surpreso com o seu tipo sanguíneo, ele é bem raro, foram poucos os pacientes que eu soube ter AB+ correndo por suas veias, então eu recolhi algumas bolsas de O+, B+ e A+, elas serão suficientes para te sustentar. Você está bem o suficiente para ir Amberli. Apenas segure aqui —  me indicou uma parte do restante do tubo —   e o mantenha erguido. Quando chegar no quarto, Rosalie ou Esme estarão disponíveis para te auxiliar a anexar o tubo na bolsa de sangue.

 

 —  Certo. —  concordei —  Vou indo então. —  desci devagar da maca e ele me deu o tubo, mostrando o lugar correto para o segurar.

 

 Sai do escritório e caminhei até o quarto em que estou dormindo. Quando abri lentamente a porta e entrei, vi Esme já estava lá dentro acompanhada de Hilary, que já estava dormindo no berço, com Rosalie velando seu sono. Fechei a porta mais devagar ainda e sorri para Rosalie a agradecendo e caminhei até a cama me aproximando de Esme que estava terminado de arrumar o suporte, onde estava pendurado uma bolsa coberta em um tecido branco, mas eu já sabia o que continha ali. Ao me ajeitar na cama eu percebi estar mais cansada que antes e não demoraria para que eu adormecesse. Enquanto Esme terminava de ajustar o suporte o mais próximo da cama possível, Rosalie se achegou pegando gentilmente de minha mão o tubo e ajudou Esme a conectá-lo no pequeno tubo que a bolsa de sangue tem. Poucos segundos foram necessários para que eu percebesse que o líquido significantemente encoberto estava descendo pela sonda, e estaria em poucos minutos sendo depositado em meu estômago.

 

 —  Obrigada Esme. Obrigada Rose. —  Levantei meu rosto e as agradeci. Elas olharam para mim e sorriram, e como uma mãe faz com uma filha, ambas se curvaram em minha direção e beijaram com carinho a minha testa. Senti meu coração se aquecer de uma maneira diferente, mas familiar e sorri para elas.

 

 —  Você não precisa ficar nos agradecendo a cada momento que nos vê. —  disse Esme.

 

 —  Amanhã você estará bem melhor. Esme está certa, não há necessidade de agradecer toda a hora. Agora descanse, e não se preocupe com a Hilary, cuidaremos bem dela, se por algum motivo ela acordar no meio da madrugada. Agora, descanse. Boa noite Amberli.

 

—  Sei que cuidarão bem da minha filha. Mas é impossível não agradecer à sua família, pela compaixão que estão tendo comigo e com a minha filha. Eu agradeço de coração. —  a respondi para elas —  Boa noite. —  desejei, encerrando esse assunto.

 

Elas em silêncio caminharam em direção a porta do quarto e saíram. Antes que Esme fechasse a porta ela se virou o olhou para mim.

 —  Boa noite Amberli. —  desejou e fechou a porta.

 

Quando ela saiu eu fechei meus olhos, e desejei que eu realmente pudesse estar melhor quando acordasse, ao fundo do meu desejo eu ouvi um uivo de um lobo, ou cachorro do mato; mas era como se ele também estivesse clamando pelo mesmo pedido que eu: Que por essa noite tudo ficasse bem.

 


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Notas finais do capítulo

E então? Me contem aqui abaixo o que vocês acharam! É um prazer imenso receber os comentários ♥ Nos vemos mais tarde, até o próximo capítulo! Bjs, bjs ;* ♥