Sempre ao seu Lado escrita por Aquela Trouxa


Capítulo 10
11 de Julho ➶


Notas iniciais do capítulo

Olá gente como vocês estão. Demorei um pouco, mas foi por uma boa causa! Apenas quero que aproveitem o capítulo, e não se esqueçam de comentar, isso é super, muito importante para mim.



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Sempre ao seu Lado

Capítulo 10

 

 

Na manhã seguinte eu não consegui me levantar da cama. Acordei com as mãos de Carlisle me examinando mais uma vez, eu estava com 38,9°C de febre; algo perigoso quando se está grávida.

Carlisle pediu para que eu ficasse na cama a maior parte do tempo. Esme e Rosalie ficaram a minha disposição, deixando que o quarto ficasse arejado, com as janelas que havia entre a parede de vidro ficassem abertas para que o vento fresco entrasse dentro do quarto. Esme me ajudou no banho morno enquanto Rosalie cuidava de Hilary que havia acordado antes de mim e eu nem ouvi. Mesmo estando com frio, tive que colocar roupas frescas para ajudar meu corpo a abaixar a febre, quando estava na cama novamente, Carlisle voltou e trazia em suas mãos coberta por luvas, uma seringa e um tubo de coleta de sangue.

 

 — Precisarei coletar seu sangue — falou o óbvio mexendo a seringa em suas mãos — Não será em muita quantidade, apenas preciso saber a causa da febre.

 

— Não preciso ir para o hospital? — perguntei esticando meu braço direito para ele.

 

 — Não é a melhor opção. — me olhou balançando levemente a cabeça negando — Mesmo que eu ficasse responsável por você, eu seria obrigado a fazer um ultrassom, e todos os demais procedimentos que você já conhece. —  colocou a seringa no criado mudo ao lado da cama—  Sabemos que um ultrassom não mostrará nada, e como você ainda está de poucas semanas a primeira suspeita seria de gravidez ectópica. Que eu sei que não é.

 

 Com suas mãos frias ele foi pressionando seus dedos ao longo do meu braço que ficou arrepiado e procurou um ponto onde tinha uma melhor punção, quando o achou, entre o local mais óbvio, na dobra do braço, ele amarrou um garrote um pouco acima e pediu para que eu abrisse e fechasse a mão. Virando-se para o criado mudo, ele pegou uma gaze passando ela úmida de álcool na parte onde coletará o sangue. Suas mãos voltaram para o móvel pegando a seringa e uma pequena embalagem, o qual rasgou tirando de lá uma agulha. Tendo tudo rapidamente pronto ele aproximou a agulha do ponto que ele marcou a pressionando rompendo facilmente minha pele colocando a agulha na minha veia. Tendo o tubo anexado na seringa, o sangue foi rapidamente o preenchendo, quando percebi, a agulha já estava sendo retirada do meu corpo, o garrote não estava mais em meu braço e ele me pedia para pressionar o algodão no local, o procedimento não durou nem um minuto.

 

— Preciso que pressione só por alguns segundos. — se referiu ao algodão — Mas permaneça com o braço estendido por um pouco mais de cinco minutos, por favor.

 

— Tudo bem. — assenti.

 

Em silêncio ele recolheu todos os objetos que usou para a coleta e saiu do quarto deixando a porta aberta. Passados poucos minutos, eu já fui me sentindo melhor, e percebi estar mais acordada, como se eu nem estivesse doente.

 Ainda pensando sobre a pouca e significante melhora repentina, percebi Rosalie e Esme com Hilary em seus braços entrarem no quarto, levantei meus olhos para olha-las, suas roupas lindas e caras pareciam estar combinando com as que Hilary também estava usando, percebi que a roupa era nova. Atrás dela percebi uma movimentação, olhei para a porta, mas só havia algumas sacolas e os equipamentos fotográficos, franzi a testa. Como aquilo estava ali? Ninguém apareceu com estas coisas aqui dentro!

 

 — Quem trouxe estas coisas para o quarto? — perguntei apontando minha mão para as sacolas e os equipamentos. Seus rostos deram uma leve alterada antes que olhassem para o lugar que minhas mãos indicavam. Hilary não parecia prestar a atenção no que eu falava, apenas olhava ao redor.

 

 — Você deveria estar bem distraída mesmo! — disse Rosalie ao me direcionar um leve sorriso e ergueu a sobrancelha. — Não percebeu Emmett junto de nós quando entramos? — perguntou enquanto passava seus dedos pelos cabelos claros brilhantes.

 

 — Hm... Não? — respondi confusa. Não vi ninguém com elas.

 

 — Tudo bem. — sorriu, aceitando a resposta.

 

 — Subimos para saber como está se sentindo. — falou Esme se aproximando de mim inclinando Hilary em minha direção, a mesma abriu seus bracinhos para mim pegá-la. Automaticamente ergui os meus a trazendo para mim, ela se aninhou em mim colocando sua cabecinha cheia de cabelos em meu ombro. Mantive meus braços nela, a sustentando para que seu peso não ficasse tanto em cima da minha barriga, que já estava maiorzinha. Com esse gesto, Hilary acabou percebendo que meu ventre estava maior do que ela estava acostumada a ver. A cara que ela fez ao perceber isso foi bem cômica. Ela desfez o abraço que mantinha ao meu redor e saiu do meu colo para sentar ao lado de minhas pernas.

 

— ... E claro, — continuou Esme, o que estava falando — Ela queria estar com você.

 

 — Estou estranhamente bem agora. — lhe respondi olhando para a minha filha que sentou em minhas pernas, ainda olhando para meu ventre. — Acho que a roupa, e as janelas abertas, realmente foi uma boa ideia.

 

 — Estávamos contando com essa resposta!  — Comemorou envolvendo seus braços em redor de Rosalie, que riu graciosamente da reação de sua jovem mãe. — Por isso Emmett trouxe os equipamentos para nós aqui no quarto. — caminhou para perto dos objetos que ainda estavam no chão, e os pegou —  Para ter ótimas recordações não precisa estar em uma sala, contando que tenha uma boa iluminação o quarto se torna um ótimo lugar.

 

 — Você ainda está com a carinha um pouco abatida, —  manifestou-se Rosalie — mas o que uma maquiagem não faz? Você e Hilary terão ótimas recordações. Nas sacolas têm várias roupas lindas para o ensaio de hoje, Amberli você ficará linda, nenhuma pessoa falará que esteve doente no dia.

 

 — Não acho necessário usar roupas novas e sem uso apenas para esse ensaio. —  dei olhada para as sacolas perto de Esme. —  Pode ser as mesmas de ontem.

 

—  Não seja absurda! Isso é porque você não conheceu ainda a Alice. Ela já teria te colocado em pé com um salto enorme. —  dizia quando puxou o lençol que me cobriu o dobrando rapidamente de forma impecável — Sem contar que ela já teria feito um... — dizia rápido enquanto continuava a ajeitar as coisas ao redor mesmo tudo estando arrumado, me deixando um pouco irritada com isso, de repente ela parou sua frase, seus olhos brilharam como ontem. Antes que eu piscasse ela já estava ao lado de Esme. Voltei meus olhos rapidamente para o lugar onde ela estava próxima a mim, e olhei para onde estava agora, como ela fez isso? — O que acha de já começarmos a fazer um álbum gestacional dela? — perguntou agitada, e ambas olharam para mim, Esme parecia se desculpar pela filha, e Rosalie estava muito empolgada com a ideia que estava tendo. Me senti como uma boneca. — Sei que não sou a Alice. — segurou as mãos da mãe suplicando. Achei engraçado sua atitude, mas quem seria fotografada era eu, não?

 

 — Você não deveria perguntar para mim querida. Estou aqui para ajudá-la, faça essa pergunta para a pessoa certa. — Esme movimentou sua cabeça em minha direção.

 

 Rosalie caminhou em minha direção, seus passos eram determinados, mas ao mesmo tempo estavam tensos com medo da minha resposta. Tive vontade de rir, mas apenas continuei a admirá-la caminhar até estar agachada ao meu lado.

 

 — Sei que não sou a Alice, — fez o mesmo gesto que em sua mãe, segurou minhas mãos, com as suas frias e duras. Reprimi a vontade de me afastar —  me desculpe por estar parecendo uma criatura maluca, mas, isso é uma ótima oportunidade, tanto para você quanto para nós. — seus olhos brilharam, um pedido, um clamor mudo por essa oportunidade. Oh, será que nenhuma delas, além da mulher de Edward pôde ter filhos? — Amberli, você permitiria que nós fizéssemos o melhor álbum possível para você e seus filhos?

 

 — Sim. — sussurrei aceitando o pedido. Ela sorriu e se levantou, Rosalie tem um sorriso tão lindo que a deixou mais perfeita ainda. Senti um pouco de inveja da beleza dela. Me recriminei pela atitude inconsciente que tive, a beleza era merecida. Hilary continuava sentada em minhas pernas, olhando para nós duas; quando percebeu que eu estava a olhando ela olhou para a minha barriga. — Vocês vão começar agora mesmo, não é?

 

 — Sim! — respondeu Esme.

 — Ainda pergunta? — disse Rosalie ao mesmo tempo que Esme.

 

Enquanto elas ainda arrumavam os equipamentos, eu voltei a prestar a atenção em Hilary, ela estava bem curiosa com o tamanho da barriga. Devagar, eu peguei em suas mãozinhas e as levei para lá. Ela levantou sua cabeça e me encarou, era claro as perguntas que ela fazia através deles.

 

 — Sim. — respondi a ela. Como pode ser tão inteligente? — A mamãe vai te dar um bebê. O que você acha?

 

 De início ela não reagiu muito às minhas palavras. Apenas voltou a olhar para a minha barriga e ergueu um pouco mais a blusa pondo suas mãos novamente.

 — Bebê? — me perguntou.

 

— Sim, para cuidarmos, juntas. — me inclinei para ela. — O que você acha?

 

 Ela sorriu e fez um breve carinho na minha barriga.

 

Não. Hilary, a bebê.

 

— Sim. — respondi divertida, mas um pouco decepcionada com sua resposta. — Você é minha bebê, mas este é diferente de você. Você vai gostar. Um irmãozinho, ou irmãzinha. Para brincar com você!

 

 Ela não voltou a me responder, mas vi que sua feição mudou quando mencionei sobre brincar. Suas mãos não se afastaram da minha barriga depois disso, mas ela teve que tirar quando tudo estava pronto para começar a nos fotografar. Rosalie me deu a primeira peça de roupa e pegou a de Hilary dando para Esme. Antes que eu começasse a vestir a peça que me foi dada, eu fui abordada pela loira, ela iria me maquiar primeiro. Com insistência minha eu pude colocar o vestido branco listrado de preto, para então ela começar a me maquiar.

 O processo da maquiagem foi rápido e preciso, as mãos de Rosalie fizeram milagre em minhas atuais olheiras, elas haviam aparecido a uns quatro meses, e não desaparecerão tão rápido da minha vida, foram muitas noites mal dormidas por causa da minha preocupação com o dia de amanhã que eu teria com a minha linda menina, mesmo tendo conseguido um emprego, eu sabia que ele duraria poucos meses; nem que eu fizesse todo o serviço disponível eles me manteriam, por mais que precisassem, era difícil dormir tendo esse fato martelando em sua cabeça todos os dias. Meu maior medo era que eles tirassem minha filha de mim, quando eu chegasse em uma situação terrível por falta de ajuda.

  Pisquei meus olhos rapidamente me lembrando de onde estava atualmente. Rosalie ainda esfumava seu pincel em algumas partes do meu rosto e pescoço, eu ouvia Esme conversando, ou tentando conversar com Hilary, mas ela apenas resmungava uma coisa ou outra. Quando a maquiagem ficou pronta, eu ainda me reconhecia; ela era leve por ainda estar de dia, não estava carregada, por mais lindo que meu rosto estivesse, o ar natural estava ali. Eu ainda não sabia bem como agir na frente das câmeras à minha frente, então eu tentar ignora-las ali, ficava apenas brincando com Hilary, a erguendo abraçando tocando seu rostinho, ela correspondia, tocava o meu rosto, a ponta do meu nariz com seu dedo pequenino, me dava beijinhos pelo rosto. Nossa, como eu amo a minha filha!

 Senti meu corpo se aquecer e meus olhos ficarem mais úmidos, eu sorri mais uma vez para ela, meus olhos refletidos nos seus. Nunca fiquei tão feliz por eles serem idênticos aos meus, eu a amo demais, não suportaria me ver longe do meu bebê.

 

— Oh, tente não chorar meu bem. — pediu Esme.

 

— Não percebi que estava quase chorando —  olhei para ela levando meus dedos para o canto dos olhos impedindo as lágrimas de saírem. — É que, eu estou feliz por estar fazendo isso com ela. Por vocês estarem me ajudando com tudo. Não tenho como agradecer.

 

 — E não precisa Amberli. — reforçou. Rosalie estava quieta, a maquina ainda estava em suas mãos, ela continuava fotografando. — Vamos continuar com as fotos está bem? Acho que já podemos mudar a roupa, temos boas fotos com esta.

 

 Assenti me levantando devagar, Hilary já havia corrido para perto da cama onde estavam as outras sacolas ainda lacradas. Com os olhinhos curiosos ela tentava pegar algumas que estavam quase ao seu alcance. Me aproximei dela pegando uma aleatória retirando o lacre e dando a sacola para ela. Quando eu ouvi o som de exclamação sair de sua boca eu olhei curiosa.

  Dentro da sacola haviam dois vestidos rosas muito brilhantes e armados, me lembraram até dos vestidos de uma boneca centenária que continuava firme nos sonhos de muitas meninas, o vestido era muito bonito.

 

 — Você quer vestir esse? — perguntou Rosalie antes de mim se aproximando.

 

Hilary olhou para mim mostrando a sacola, senti os olhos de Rosalie moverem para a mesma direção. Eu peguei a sacola de modo gentil das mãozinhas delicadas dela para examinar o vestido que eu colocaria. Rosa, totalmente brilhante, sem alças, uma saia bem rodada e armada, a mesma valia para a versão minúscula para Hilary, apenas havia um tule bege que camuflava na pele, o fazendo parecer um vestido sem alças, muito bem feito.

 

 — Vai ficar parecendo uma princesa com ele, não é? — perguntei para Hilary, que em resposta sorriu — Seremos duas princesas, o que você acha?

 

 — Oba mamãe! — exclamou levantando os braços. — sorri.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 As poucas fotos que eu havia conseguido ver haviam ficado lindas. Nem pareciam ser mesmo eu nelas, o jeito que eu reajo não parecem as mesmas capturadas! Acho que elas realmente fazem milagres com as coisas.

 Durante o almoço elas receberam outra visita. Eu não vi quem eram, mas percebi serem homens, uns sete talvez, percebi que alguns deles estavam um pouco estressados. Estranho. Quando Esme voltou para a sala de jantar seu rosto estava tenso, quando se sentou novamente para me fazer companhia como os outros apenas disse:

 

 — Renesmee e seus pais voltarão mais cedo para casa.

 

 — Você quis dizer que os amiguinhos do cachorrinho dela ordenaram isso. — falou Rosalie irritada.

 

 — Eles gostariam de saber quem é o visitante humano que estamos recebendo. — deu uma olhada para mim.

 

 — Eles sabem que ela não veio sozinha. — disse Emmett.

 

 — Sim, estão curiosos. — confirmou Esme.

 

 — Quem são estes? — perguntei acomodando os talheres no prato.

 

 — São, nossos vizinhos. — me respondeu Esme — Eles... De certa forma protegem a cidade, e a tribo que eles pertencem. Estavam preocupados.

 

 — Há uma tribo indígena por aqui? — perguntei admirada.

 

 — Sim, eles estão aqui a o que você pode considerar como muito tempo. Temos um tratado de paz com eles, por causa do que nós somos.

 

 — Um tratado? — perguntei confusa, mas rapidamente me lembrei — Ah, sim... E quem é o cachorrinho que Rosalie falou?

 

 — Ele é o melhor amigo da Bella. — respondeu Rosalie para mim — Que consequentemente também virou o de Renesmee — revirou seus olhos, percebi que Emmett segurou o riso. — É óbvio que eles estão os mandando para cá apenas para que saibam em primeira mão o que Amberli está fazendo aqui. Nisso, eles não mudam. — disse ela em um fôlego só, sua postura mudou para uma mais bruta. Não entendi muito bem o que seus vizinhos tinham a ver com esse moço, mas não me intrometi. Pelo jeito ela não gosta deles.

 

 Continuei a comer minha comida em silêncio, as vezes eles continuavam alguma conversa pendente entre eles, e a maioria do tempo eles estavam paparicando a Hilary, mas acabei percebendo o desconforto que os visitantes causaram neles. Fiquei um pouco preocupada com isso, sou eu que estou causando este atrito?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Logo depois do almoço, em que eu descansei um pouco na sala apenas com Hilary, eu perguntei a Rosalie se podíamos continuar com as fotos. O sorriso que ela me deu, feliz com a minha iniciativa pela continuação do ensaio no mesmo dia foi enorme, de todos os sorrisos dela direcionados a mim, esse, foi o maior. Me pergunto se há alguma moça loira tão linda quanto ela. Espero que eu ainda seja abençoada com mais beleza como ela foi!

 As próximas fotos foram diferentes das que eu posei para elas, o foco não era apenas eu e Hilary, e sim eu, a gravidez e a Hilary. Eu não sei o nome das peças que eu usei para as fotografias, mas em todas eu estive com um tipo de top e saia. Desta vez elas utilizaram um painel de fundo branco maior, e me deram vários tipos de coroas para enfeitar minha cabeça. Usaram acessórios nos cabelos de Hilary para que eles ficassem com cachos nas pontas, aqueles que não agrediam os fios, e nos meus usaram um modelador elétrico, já que não havia problema. A maquiagem também foi levemente alterada, mas o aspecto suave continuou. Hilary achou divertido passar o dia trocando de roupas e sendo fotografada, é claro que para elas não poderia faltar um álbum solo da minha princesa.

 

 

 

 

 

 

 Depois que as sessões acabaram eu fui tomar um banho para me livrar da maquiagem, e consegui dar um banho na minha filha também; isso me deixou feliz.

 Durante o jantar eu preferi comer alguma coisa leve, apenas alguns legumes, mas não consegui comer todos que estavam disponíveis em meu prato. Estava sem fome, como se a comida não estivesse me agradando. Deixei que Hilary comesse a maior parte. Antes que eu terminasse nosso jantar Carlisle chegou, amanhã seria seu dia de descanso do hospital, e eu sabia que ele estaria completamente a minha disposição.

 Uma brisa leve atravessou meu corpo, me dando um frio repentino, achei ridículo essa reação do meu corpo já que eu estava de moletom e meias. Eu fiquei com frio do mesmo jeito.

 

   — Boa noite Amberli. — cumprimentou Carlisle chegando-se a mim —  Como passou o dia?

 

 — Boa noite Carlisle. — lhe respondi dando um sorriso. Esperei que ele se sentasse a minha frente, ao lado de Esme para continuar — Bem, logo depois que se retirou do quarto eu comecei a me sentir bem. A ideia de Esme pareceu surtir efeito em mim. Melhorei rapidamente, mas já estou com frio de novo. Será que posso estar piorando novamente?

 

 — Sua saúde com o passar dos dias vai se tornar cada vez mais instável. E me desculpe lhe dizer, mas com os dias ela só irá piorar. — me esforcei para não fazer uma careta descontente; vi que ele juntou os lábios pensando. —  Não tenho certeza na verdade... Tenho que ver quando iniciarei sua dieta gestacional.

 

 — O sangue, você quis dizer? — perguntei.

 

— Sim, — confirmou — será a única coisa que você conseguirá digerir. — completou.

 

 Eu não tinha muito o que falar com Carlisle sem que mencionasse a gravidez, e a gravidade que ela trazia a minha saúde, e isso me deixava um pouco abalada, depois de poucos minutos Hilary quis vir para o meu colo, e essa foi minha deixa para fazer com que ela se despedisse de todos para que fôssemos dormir. Por mais que não parecesse, nosso dia foi exaustivo. Quando cheguei no quarto, ele estava frio, me fazendo estremecer e percebi que as janelas ainda estavam abertas. Deixei Hilary no berço pegando sua manta para cobri-la e caminhei na direção das paredes de vidro para fechar as janelas e cessar a corrente de ar frio que entrava no quarto o congelando. Ao tê-las fechado eu prestei a atenção nas árvores que preenchiam a minha vista; olhei para baixo não enxergando muita coisa, mas continuei movendo meus olhos para todos os cantos, como se estivesse procurando algo que não estivesse conseguindo enxergar. Cansada de procurar o nada, eu descansei meus olhos sobre a escuridão por entre as árvores sentindo meu nariz coçar. É, acho que irei espirrar. Mal tive esse pensamento o espirro veio, rapidamente aproximei minhas mãos do meu rosto chegando a tempo.  Ainda bem que meus espirros são baixinhos, pois senão, eu teria acordado Hilary, que já estava dormindo. Ouvi um barulho abafado fora da casa, olhei assustada para a vegetação densa, mas não encontrei nada que eu pudesse ver, ergui os ombros e me afastei da parede de vidro caminhando em direção ao banheiro.

 

Ah, suspirei ao deitar na cama macia que este quarto me proporcionava, espero um dia ter dinheiro o suficiente para comprar um colchão decente para que eu pudesse dormir bem. Sei que não será um igual a este que deve custar muito caro, mas há muito bons de preços acessíveis para mim. Me acomodei mais na cama, puxando o cobertor fofo até o meu rosto aspirando o seu cheiro gostoso; fechei meus olhos tentando livrar minha mente de pensamentos aleatórios, buscando pelo sono. Demorou um pouco, mas eu consegui.

 A única coisa que me lembro antes de cair no sono profundo era de estar sonhando com a minha turbulenta gravidez de Hilary, e foi nela que eu me firmei desde então.

 


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Não se esqueçam de me dizerem o que estão achando na trajetória da história gente ♥ Aguardo-lhes no próximo, bjsb bjs ;*