Sempre ao seu Lado escrita por Aquela Trouxa


Capítulo 1
04 de Julho ➶


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oi! Eu to muito animada, para saber o que você poderá achar da fic! ~Na vdd tô é nervosa :v~ Espero que goste, e se tiver algum erro, cara, me avisa!

Boa leitura!



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 Sempre ao seu Lado

          Capítulo 1

As cartas de cobrança não paravam de chegar por debaixo da porta, e o meu desespero mudo nunca parecia ter fim.

  O choro de Hilary me desperta, repouso a xícara de chá na mesa de madeira a minha frente e vou em direção ao quarto da pequena no segundo piso. Entro no quarto rosa e azul com poucos móveis e fico diante do berço branco. A criaturinha estava até vermelha de tanto berrar, visivelmente com fome já que estava com uma das mãozinhas na boca. Sorri.

 

 — O que a minha alegria faz acordada a essa hora hein? — perguntei a ela chamando sua atenção. Olhei no relógio em forma de flor que pus em seu quarto vendo que faltava dez minutos para dar cinco horas, da manhã.

 

 Hilary tirou a mão da boca e sorriu mostrando-me seus dois dentinhos na parte debaixo, me fazendo derreter por dentro, tendo meu coração aquecido por alguns segundos. Ela era a única coisa importante na minha vida, era apenas por isso que eu estava viva, ela dependia de mim, assim como dependo dela.

 Sentei na poltrona de amamentação abaixando o tecido do sutiã expondo meu seio para que ela mamasse, nessas horas Hilary nunca era paciente. Depois de dez minutos mamando, consegui faze-la voltar a dormir, pois eu ainda iria trabalhar, e a babá, a Loren viria em casa para olhar a Hilary, leva-la para creche, busca-la e cuidar dela até que eu voltasse para casa, quase às oito da noite, pois estava fazendo horas extra para conseguir para o aluguel da casa, as contas mensais e a babá, sem contar claro, com as despesas, e uma parte da mensalidade da creche ( consegui uma “bolsa” para a minha filha onde eu poderia pagar apenas trinta por cento da mensalidade total) tinha que trabalhar muito!

 Às seis e meia em ponto Loren chegou com a cara inchada de sono, apenas resmungou um bom dia mau humorado me cobrando sobre seu pagamento atrasado. Pedi desculpas e contei que não estava sendo fácil para mim também, que eu estava me dobrando ao máximo no trabalho para ganhar um pouquinho a mais. Ela apenas assentiu e foi para sala me prometendo que cuidaria bem da minha menina, pois ela era boazinha. Sorri, mesmo ela não vendo, me agasalhei e parti para o ponto de ônibus, indo trabalhar.

Sete e cinco da manhã, eu passei o cartão, e me dirigi a sala da minha supervisora, eu não tinha uma atividade fixa no emprego, eu era tipo a faz tudo, se estão precisando de alguém para limpar os vidros, eu seria a pessoa a limpar.

 

— Que milagre não estar atrasada hoje Amberli. — Quirá falou ao me ver passar por sua porta — Como sei que hoje também irá fazer hora extra, tenho o serviço perfeito para você. — falou com sua voz grossa enquanto olhava para o monitor do computador. Esperei ela continuar. — Hora você ira revisar os documentos de três computadores master. E também verificar se há assuntos sérios nas papeladas vindo do fax. Mas têm que ser importantes mesmo — disse arrastando o ‘s’ da palavra, a frisando. — Pode ir — dispensou-me com um aceno de mão — Há muitas coisas a se fazer.

 

 — Quais são as cabines?

 

— Cabine dezenove, nesse setor; três no setor quinze, e o quarenta no setor dezoito.

 

 — Obrigada. — agradeci saindo de sua sala, indo para a cabine dezenove. Se ela falou esse número primeiro, essa nesse que eu teria que ir.

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  Meus olhos não aguentavam mais, além dele, minhas mãos, minhas pernas, e minha bunda não aguentavam mais! Respirei fundo me inclinando no encosto da cadeira, relaxando um pouco; meu consolo era que esse é o último documento, da última cabine. Olhei no relógio do monitor e vi que já iria dar oito horas da noite. Voltei meus olhos e minha atenção para o documento, e me lembrei que ainda faltava as papeladas. Sufoquei um gemido angustiado.

O setor estava silencioso, noventa e oito por cento da todos que trabalham aqui já haviam ido embora, faltava eu, e alguns funcionários da segurança, e talvez Quirá e Patrick, o chefe dela. Continuei me trabalho.

 Depois de alguns minutos, ouvi o som de passos de aproximando da cabine, mas logo pararam, quero dizer, o barulho sumiu, franzi a testa e continuei meu trabalho, que estava demorando mais do que o esperado. Que horas eu irei sair hoje?! Dez da noite?!

 

 — Amberli!

 

 — Oi! — gritei assustada com a abordagem, poderia apenas ter me chamado, não gritado — Oi. — respondi mais suavemente, ao perceber que era Quirá, com a feição fechada.

 

— Pode desligar o computador assim que acabar e ir para casa, já está tarde. Sobre as demais papeladas, não precisa se preocupar, já deram um jeito. Tem apenas eu e você aqui no prédio, os seguranças estão por aqui dando uma fiscalizada, avisei sobre você.

 

 — Tudo bem, — confirmei acenando a cabeça — Esse está demorando mais do que o esperado.

 

— Certo. Boa noite. — saiu do setor.

 

 — Boa noite.

 

 Sai do prédio oito e vinte e cinco da noite, acenei para os dois seguranças do portão e desci a rua. Olhei de longe e vi luzes e muitas pessoas, e deduzi que a rua estava interditada pela possível festa. Atravessei a rua e virei a esquina indo para a rua anterior onde o ônibus passaria, aqui estava bem silenciosa.

  Ouvi o som de algo vibrando e me lembrei do aparelho quase mais antigo que eu, na minha bolsa. Parei minha caminhada para abrir a bolsa e procurar o bendito tijolinho cinza de teclas, pois eu não sabia fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

   Antes que eu sequer abrisse a bolsa direito, algo se chocou contra mim, me lançando numa parede. Perdi o ar, tentando falhamente  respirar, o que foi aquilo? Olhei ao redor, mas a rua continuava silenciosa, ninguém além de mim.

 

 — Mas, o quê? — murmurei em meio a dor abaixo do meu seio esquerdo. Ouvi o celular vibrar novamente. A única pessoa que tinha meu número além do banco, e a empresa em que trabalho era... — Loren! Ai meu Deus, será que aconteceu alguma coisa com a Hilary?! — me desesperei.

 

 A bolsa estava perto dos meus pés, tentei me inclinar em meio da dor para ver se eu conseguia alcança-la, mas do nada a bolsa foi arrastada para longe de mim.

 

— Quê? —  perguntei a mim mesma— O que ‘ta’ acontecendo hein?

 

 — Você deveria perguntar o que irá acontecer. — alguém me respondeu. Olhei para cima e um homem estava acima de mim sorrindo.

 

— O quê? — perguntei como uma retardada, antes que ele me golpeasse.

 


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Notas finais do capítulo

Bom, até que não ficou tão ruim assim para uma primeira fic, né? NÉ?!
Comentem aqui em baixo o que acharam! Isso me fara, muito, muito feliz, e me ajudará a dar continuidade a ela! Bjs, até o próximo!