The Fox escrita por Lady Joker


Capítulo 17
Capítulo 17 - Circunstâncias e Intimidade


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Vou falar rapidinho aqui, porque estou postando nas pressas antes de sair para a faculdade! Espero que gostem do capítulo! Tentei atender uns pedidos de algumas leitoras que pediram mais momentos do Remus e da Liv, então aí está! Boa leitura!



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No topo da Torre de Astronomia, após a aula, Remus e eu estávamos escondidos embaixo da capa da invisibilidade do James num pequeno vão no corredor antes da escada.

Para quê? Simples... Nos beijarmos sem sermos atrapalhados por ninguém.

— Gentileza do Potter ter te emprestado a capa... – sussurrei contra os lábios dele.

Estávamos nos agarrando há uns bons minutos quando nos afastamos para tomar fôlego e continuamos apenas abraçados, com as testas coladas, apenas curtindo a presença um do outro.

— Não foi de graça – ele riu levemente – Prometi fazer o trabalho de História da Magia dele.

— Ah, sinto muito... Mas se quiser eu te ajudo, já que metade da culpa é minha.

— Agradeço. – Remus agarrou meu pescoço e capturou meus lábios novamente.

Abracei sua cintura para puxá-lo para mim. Sua mão livre foi diretamente para minhas costas e deslizou para minha nuca, me causando arrepios. Eu agarrei seus cabelos, eu adorava fazer isso, eram tão macios e me dava uma sensação de domínio.

Não era nenhuma novidade que eu gostava dessa sensação. Na verdade, gosto. Mas, o que eu gostava mais ainda era de quando o Lupin assumia o controle.

Ele me ergueu do chão pelas coxas para que eu enrolasse as pernas em seu tronco e me prensou contra a parede sem interromper o beijo.

Então nós ouvimos a porta da sala de Astronomia abrindo e congelamos no lugar. Remus colocou o dedo indicador na frente dos lábios, me indicando para ficar em silêncio. Eu mordi minhas bochechas para evitar rir.

A professora Sinistra saiu da sala, olhando ao redor como se tivesse procurando alguém, ela estava apenas há alguns CENTÍMETROS de nós.

— Quem está aí? – ela perguntou em voz alta – Pirraça, é você?

Nós continuamos quietos, Remus estava sério e acompanhando os movimentos da professora com os olhos, sem mover a cabeça. Internamente eu só desejava que ela aceitasse que não era nada demais e voltasse para sua sala.

Ela deu mais uma volta, olhando para baixo da escada, olhou para o vão em que estávamos e eu quase acreditei que ela poderia estar nos vendo. Então, após se convencer que não tinha ninguém ali, ela entrou em sua sala.

— Deus, eu acho que minha vida passou diante dos meus olhos... – Remus soltou a respiração que eu nem notei que ele estava segurando.

— Oh, que escândalo seria o Monitor da Grifinória sendo flagrado aos beijos com uma aluna inocente sob uma capa da invisibilidade na Torre de Astronomia. – sussurrei em tom de provocação.

— Aluna inocente? Onde? – ele ergueu uma sobrancelha e olhou para baixo, mordendo os lábios para segurar o riso  – Espero que não esteja falando da que está completamente agarrada em mim nesse momento.

— Idiota, foi você que me agarrou. – dei um tapa de leve em seu ombro – Agora me coloque no chão, acho que é melhor voltarmos para a Sala Comunal.

— Tudo bem... – ele soltou minhas pernas uma de cada vez – Quando estivermos lá embaixo, tiramos a capa.

— Certo. – concordei e fui o acompanhando até a escada – Incrível que conseguimos ser atrapalhados até quando estamos invisíveis.

— Isso é realmente impressionante, mas eu garanto que vou descobrir um jeito de ficarmos em paz.

— Poderíamos ser um daqueles casais clichês que se agarram no final da biblioteca. – sugeri e ele riu.

— Claro, a Madame Pince iria adorar! – ele respondeu ironicamente.

Nós saímos de baixo da capa quando chegamos ao corredor, dissemos a senha a Mulher Gorda que nos deixou passar de má vontade por causa da hora e entramos.

Sirius, James e Peter eram os únicos lá, estavam numa mesa ao redor de um pergaminho, não acreditei que estivessem estudando.

— Boa noite! – Remus falou um tom mais alto que o necessário, como se para chamar atenção para nossa chegada ali.

Os três rapidamente ergueram a cabeça na nossa direção, Peter dobrou o pergaminho prontamente e o colocou de lado, fingindo não ser nada.

— O que estão fazendo? – questionei.

— Nada demais, só uns deveres... – James falou simplesmente.

— Até parece. – bufei, eles estavam escondendo algo novamente.

— Alguns de nós têm responsabilidades. – Sirius me encarou com um sorriso malicioso – Não fugimos para fazer coisas obscenas.

— Calado, Black. – Remus deu um tapa na parte de trás da cabeça dele e devolveu a capa à James – Obrigado.

— Espero que tenham feito um uso responsável. – o Potter assentiu, tentando parecer sério e então se virou para mim – Vou precisar lavar a capa ou...

— Parem com isso. – o empurrei e ele riu, eu senti meu rosto queimando de vergonha – Não fizemos nada demais. Até mesmo porque a Aurora saiu da sala, por pouco não nos pegou lá.

— Ah, mas se ela não tivesse aparecido... – Sirius falou sugestivamente.

Eu não respondi, de fato não pensei no que teria acontecido se Remus e eu não tivéssemos sido interrompidos. Não parecia que não iria acontecer “nada demais”.

— Ainda assim não teria rolado nada. – Lupin falou sério – Estávamos num corredor, pelo amor de Deus. Ninguém é um maníaco tarado como você, Sirius.

— Vamos ver se você mantém essa opinião daqui duas semanas... – o Black se levantou e se espreguiçou.

— O que tem daqui duas semanas? – perguntei sem entender.

— Lua cheia. – ele respondeu simplesmente – Eu vou indo dormir, crianças, boa noite.

Sirius subiu as escadas em direção ao dormitório masculino, eu tentei deixar de lado as provocações dele, principalmente ao notar o quanto afetaram Remus. Ele fechou a cara imediatamente e desviou o olhar de mim.

— Er, eu também vou indo. – Peter saltou da cadeira em que estava sentado, com o pergaminho na mão – Até amanhã.

— Até. – nós três respondemos.

James também subiu logo em seguida, Remus me deu um selinho antes de acompanhá-lo. Eu subi as escadas em direção ao meu dormitório, estava sem sono algum. Todas as outras garotas já estavam dormindo, então tomei cuidado para não fazer barulho. Felicia estava deitada no parapeito da janela acima da minha cama, ela apenas ergueu a cabeça quando entrei e então voltou a dormir.

Vesti meu pijama e me joguei na cama, estava com a cabeça cheia. Havia muita coisa acontecendo ao mesmo tempo naquele ano. Tanto ao meu redor quanto na minha vida pessoal. Eu sabia que estávamos seguros dentro de Hogwarts, mas um pequeno ponto de paranoia me deixava com medo de acordar no dia seguinte com o castelo em chamas e Comensais matando todos de uma vez, esse medo dobrou depois que meu irmão começou a estudar lá.

Não tinha motivos naquele momento para criar aquela paranoia, mas aconteceu. E foi alimentando essa paranoia que passei praticamente a noite toda em claro.

No dia seguinte eu estava parecendo uma morta-viva. Tinha olheiras tão profundas que era capaz de assustar até os fantasmas do castelo.

— O que aconteceu com você? – Lily me perguntou na mesa do café da manhã.

— Noite ruim... – dei de ombros e olhei a capa do jornal que a Evans estava lendo. Mais ataques foram feitos no dia anterior – Alguém conhecido?

— Felizmente, não. – ela fechou o Profeta Diário e colocou de lado.

— Bom dia, senhoritas. – Sirius sentou ao meu lado e me encarou – Nossa, você está péssima!

— Obrigada, eu não havia reparado. – respondi seca.

— Bom dia, Liv. Oi, Lily! – Remus sentou na minha frente – O que houve?

— Mas...

— Olá, pessoas. – James sentou ao lado dele e lançou um sorriso gentil para Lily – Bom dia, Evans!

— Bom dia, Potter. – ela respondeu sem qualquer emoção.

— Olivia, que cara é essa? – ele virou para mim repentinamente, sem insistir mais na conversa com a ruiva.

— Mais alguém quer comentar sobre minha cara horrível? – coloquei os talheres na mesa e olhei de um para o outro.

Ninguém disse nada, só voltaram a atenção aos seus cafés da manhã. Peter apareceu pouco tempo depois, pela pressa deduzi que ele havia perdido a hora para acordar, mas me enganei.

— Eu acabei de passar por um grupo de alunas brigando no pátio. Está a maior confusão! – ele sentou e já foi pegando um dos sanduíches que estavam na mesa e mordendo um pedaço – Alunas da Sonserina. Não consegui ver quem eram, tinha muita gente ao redor...

Ergui o rosto repentinamente. Estava tão exausta que não procurei a Pandora no Salão quando cheguei. Só naquele momento que percebi que a mesa da Sonserina tinha poucos alunos e nenhum deles era minha amiga.

— Ah não! – levantei rapidamente e saí correndo com os gritos dos garotos me chamando ao longe.

Assim que avistei o pátio de longe, pude ver o grupo de alunos ao redor da confusão como um bando de urubus. Luzes de feitiços emergiam do centro do círculo e o Senhor Filch passou por mim gritando que iria chamar o diretor.

Empurrei algumas pessoas e finalmente pude ver o que acontecia. Era exatamente o que eu temia. Só que a situação estava estranhamente engraçada. Pandora estava em posição de duelo, parecendo estranhamente confiante, mas sua oponente tinha orelhas de burro crescendo nas laterais da cabeça.

— Acaba com ela, Melyssa! – ouvi a voz gritando ao meu lado.

Só então notei que o ser com orelhas de burro era a líder do grupinho que amava me provocar. A garota que gritou era a irmã dela, Alyssa. Mas onde estava a naja principal, ou melhor, Lucy?

Minha pergunta foi respondida quando a avistei erguendo a varinha na direção de Pandora, pronta para ataca-la pelas costas, meu sangue queimou em minhas veias de raiva dela. Eu já estava cansada daquilo. Antes que ela proferisse qualquer encantamento, puxei minha varinha de dentro da minha capa e apontei para ela.

Estupefaça!

E a garota foi jogada para trás, derrubando outros alunos como se fossem pinos de boliche. Todos os presentes se viraram para mim, Pandora arregalou os olhos de choque e um pouco de pânico.

— O que pensa que está fazendo, sua sangue-ruim? – Alyssa, que estava na plateia, me empurrou – Quem você pensa que é?

— Só estava dando um jeito na sua amiguinha covarde...

— Não se meta onde não é chamada, coisa imunda... – ela ergueu a varinha e a apontou no meu rosto.

Expelliarmus! — Pandora a desarmou num piscar de olhos.

— Posso saber o que está acontecendo aqui? – a voz calma, porém firme, do professor Dumbledore fez com que todos se calassem e abrissem caminho para ele.

Os alunos recuaram, apenas Pandora e eu ficamos paradas no lugar.

— Ela me atacou, diretor. – Lucy levantou do chão, fazendo uma voz chorosa – Sem motivos.

— Só porque você ia atacar outra pessoa pelas costas, covarde. – falei entredentes, ainda estava segurando a varinha com força.

— Com licença, professor. – Pandora deu um passo à frente, ela estava séria – Toda a confusão começou porque Melyssa Fawley tentou me azarar no caminho para o Salão Principal, então eu me defendi e o feitiço voltou contra ela.

— Mentira! – a garota com orelhas de burro se exaltou – Isso é ridículo!

— Não interessa quem começou. – o diretor falou calmamente – Pontos serão retirados das duas casas e seus diretores decidirão as punições adequadas. Peço que a senhorita Travers, senhorita Cooper, senhorita Selwyn e as senhoritas Fawley me acompanhem.

— Eu também? Por quê? – Alyssa se fez de ofendida.

— Se meus olhos não me enganaram, e eu acho que não, vi a senhorita com a varinha empunhada contra Olivia Cooper. – ele respondeu simplesmente – Agora, peço que me sigam. Sr. Filch, peça para o professor Slughorn e a professora McGonagall para irem à minha sala.

O zelador assentiu e saiu correndo o mais rápido possível. Nós fomos acompanhando o diretor para o castelo, avistei os garotos e Lily nos observando de longe, Remus e ela pareciam preocupados, mas Sirius e James me mandavam sorrisos encorajadores e divertidos, Peter parecia apenas curioso para saber o fim que a confusão tinha levado.

Nós entramos em silêncio e assim permanecemos até que os professores chegaram. Minerva cravou um olhar em mim que me deu mais receio do que qualquer outra coisa no mundo. Eles ouviram o que o diretor tinha a dizer pacientemente e ao final, Slughorn levou suas quatro alunas consigo para decidir suas punições. Antes de sair, Pandora me lançou um olhar solidário, ela sabia muito bem que a professora McGonagall era rígida.

— Olivia Cooper, fico muito infeliz em dizer que não estou surpresa com esse comportamento vindo de você. – ela vociferou assim que o outro grupo saiu.

— Eu sei, professora. Sinto muito. – abaixei a cabeça, eu na verdade não sentia, mas ainda assim estava triste por decepcionar a McGonagall.

— Me preocupo se esse seu comportamento é resultado dessa aproximação com Potter, Black...

— Eles não têm nada a ver com isso. – a encarei – A senhora me conhece há tempo suficiente para saber que eu não suporto injustiças e covardias... Principalmente contra meus amigos.

— Isso é admirável. – Dumbledore me olhou por cima dos óculos – Definitivamente é preciso muita coragem para enfrentar alguém em defesa de nossos amigos.

— Professor! Não encoraje o comportamento dela! – Minerva ralhou.

— Oh, não estou encorajando. Só ressaltei que as circunstâncias são admiráveis. – ele riu levemente.

— Bom... – a professora voltou sua atenção para mim – Como punição, a senhorita terá que escrever um relatório listando todas as azarações estudadas desde o seu primeiro ano até o atual, com os efeitos e contra feitiços de cada uma. E será supervisionada por um monitor durante todo o processo. Creio que cinco noites serão suficientes para concluir o trabalho.

Eu abri a boca para protestar, mas sabia que se fizesse isso, poderia piorar minha situação. Então limitei-me a assentir. Não seria tão ruim, pelo menos eu teria a companhia de Remus ou Lily... O que me levantou uma dúvida.

— Professora, me desculpe a pergunta, sei que não é da minha conta, mas por que a senhora não aplica mais as detenções?

A professora e o diretor trocaram um olhar sombrio.

— Infelizmente a professora McGonagall anda muito ocupada com outros afazeres. – o professor respondeu – Creio que você pode compreender que no momento em que vivemos, toda ajuda é bem vinda contra as forças das trevas.

— Compreendo. – assenti.

Então a situação estava tão feia que eles precisavam adotar medidas extremas. Não era nenhuma surpresa, mas ouvir aquilo ser dito em voz alta era ainda pior.

— Bom, você pode ir para a aula agora, Olivia. – a professora falou – Vou pedir para Lily Evans que supervisione sua primeira noite de detenção, você começa na sala de Feitiços às 20h.

— Certo, com licença. – assenti novamente e me retirei da sala.

Passei o resto do dia pensando no que o professor Dumbledore havia falado e imaginando o tipo de coisas que eles faziam para lutar contra Voldemort. Me parecia uma luta muito injusta, mas saber que existiam bruxos bons e poderosos como Dumbledore e McGonagall ao nosso lado era mais reconfortante.

Depois de jantar rapidamente, sentindo falta dos meus amigos que não pude ver ou conversar direito durante o resto do dia, fui para a sala de Feitiços. Eu estava duplamente exausta, mas não podia reclamar.

— Ora, ora, se não é minha briguenta favorita. – a voz de Remus me fez erguer a cabeça assim que passei pela porta.

Ele estava sentado em cima da mesa da professora, com um livro nas mãos, me encarando com uma sobrancelha erguida e um meio sorriso.

— O que está fazendo aqui?

— Por um acaso a Lily estava muito ocupada com outras coisas e me pediu para substituí-la hoje. – ele deu de ombros.

Ele pulou da mesa em veio em minha direção.

— Você pediu a ela não foi? – perguntei em tom acusatório.

— Talvez. – ele riu e me puxou pela cintura para me beijar – Eu disse que arrumaria um lugar para ficarmos a sós.

— Bom trabalho, Lupin. – pisquei um olho e o beijei novamente com ainda mais intensidade, deixando de lado o cansaço que estava sentindo.

— Ah! – ele me afastou – Mas nem se anime, você tem um trabalho a fazer... Sorte sua que eu vou ajudar, assim teremos um tempinho livre depois.

— Cheio de segundas intenções... – eu sentei na cadeira e peguei um pergaminho – Quem não te conhece que te compre...

Remus riu e sentou ao meu lado com alguns livros nas mãos, me dando mais um beijo antes de começarmos as pesquisas.


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Notas finais do capítulo

É isso, espero que tenham gostado!
Não tive tempo de revisar, se houver erros me avisem pelo amor de Deus!
Ah e definitivamente haverão consequências para as tretas desse capítulo.
Mais uma coisa! Ontem, dia 31 de outubro, foi meu aniversário (isso mesmo, faço aniversário na melhor data do mundo, Halloween) e eu adoraria receber lindos comentários de presente! Vai me fazer muito feliz!
E só mais outra coisinha! Mais tarde eu postarei uma curiosidade no tumblr da fic, então se você ainda não segue, aqui vai o link!
https://thefox-fic.tumblr.com/
Beijos e até o próximo!