The Fox escrita por Lady Joker


Capítulo 1
Capítulo 1 - A Raposa


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Bom, essa é minha primeira fanfic de Harry Potter, eu não pretendia postá-la, mas até que estava gostando e decidi trazer para vocês. Não quero falar muito aqui, por isso, nos vemos lá nas notas finais, ok? Boa leitura!



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Hogwarts – 1975

 

  Mais uma vez estava atrasada para a aula de Transfiguração. Impressionante como conseguia me atrasar quase todas as manhãs por motivos absurdos! Fosse por derrubar comida na roupa, acabar dormindo mais do que deveria, perder minha gata de estimação pela sala comunal... Sempre acontecia alguma coisa. Já era comum que eu fosse a última a entrar na sala correndo, segurando meus livros de qualquer jeito e sentando nos últimos lugares porque os da frente sempre estavam ocupados, não que eu tivesse alguma preferência pelos lugares da frente, mas estar lá me impedia de divagar tanto durante as explicações.

— Atrasada de novo, Cooper. – a professora McGonagall me repreendeu enquanto eu sentava numa carteira vazia, no canto da sala.

— Me desculpe, professora. – falei sinceramente, afinal, ela tinha todo o direito de me repreender.

— Eu poderia dizer que espero que não se repita, mas seria o mesmo que pedir para Black ou Potter se comportarem. – ela encarou os dois garotos lançando aves de papel na cabeça dos alunos da frente.

  Assim que James e Sirius notaram o olhar da professora, eles largaram os pássaros de origami no chão e guardaram suas varinhas.

— Perdão, professora. – Sirius sorriu sem a menor vergonha na cara.

  A professora Minerva começou sua aula, mais uma vez relembrando a importância dela para os NOM’s que ocorreriam naquele ano e que aquilo iria ter um peso enorme no nosso futuro, essas coisas... Inicialmente, ela começou a explicar teoria, não estava com muita paciência e concentração, tanto que uma conversa à minha esquerda me chamou atenção.

  James e Sirius conversavam em tom baixo e sério, não pareciam estar tramando alguma brincadeira, mas sim buscando solução para algum problema, eles tomavam cuidado para que ninguém os escutasse, olhando em volta em determinados momentos. Eu fingia prestar atenção na aula, com o olhar focado na direção da professora, mas meus ouvidos estavam atentos ao que eles falavam.

— Ele não nos quer mais lá, desde que quase fez purê de Rabicho. – Sirius sussurrou.

— Bobagem – James bufou-, aquilo não foi nada, nós não vamos abandoná-lo. Hoje será mais tranquilo.

— Boa sorte em convencê-lo. Remus sabe ser tão teimoso quanto você quando quer.

— Quem você está chamando de teimoso, Black? Parece até que não se enxerga.

  Eles se calaram após uma série de risadinhas baixas e provocações, saí caçando Remus pela sala com os olhos e não o localizei, ele devia estar doente de novo, além de ser monitor, era um aluno aplicado, nem parecia pertencer ao grupinho de amigos de James e Sirius. Gostaria de saber do que estavam falando, aparentemente Lupin estava em problemas e não queria envolver os amigos... Mas que mundo era esse em que Remus Lupin se envolvia em problemas realmente sérios a ponto de deixar os outros preocupados? Ele não era nenhum santo, claro, mas era consciente.

  Comecei a me perguntar se deveria perguntá-lo sobre o assunto. Não que fossemos super amigos, mas conversávamos em determinadas aulas e eu o passava as anotações quando ele ficava doente, o que acontecia bastante, aliás, pelo o que eu lembrava, acontecia, no mínimo, uma vez por mês. Não era nada surpreendente, ele era magro e parecia estar fraco às vezes, isso sem contar os diversos machucados que não sabia onde ele os conseguia...

— Senhorita Cooper! – a professora me chamou atenção e eu desviei o olhar da dupla ao meu lado, nem tinha notado que estava os encarando – Será que poderia prestar atenção na aula? Você pode observar os rapazes em outro momento.

— O quê? Eu? Não estava... Não! – falei rapidamente, me esforçando contra o calor que queimava minhas bochechas ao notar todos me encarando e rindo baixo.

— Olivia, de olho em quem? Desse jeito eu fico com ciúmes. – Sirius se inclinou em minha direção e piscou um olho.

— Calado, Black. – revirei os olhos.

  Voltei a tentar prestar atenção na aula, que só então descobri que tratava de tentativas de fazer pequenos animais desaparecerem, coisa que eu sabia o básico há um bom tempo, porque sim, eu treinava feitiços, transfiguração e poções durante meu tempo livre na escola, com o máximo de dedicação possível, afinal, eu era de uma família trouxa e não tinha muita facilidade em treinar em casa. Por esse motivo, eu acabava sendo taxada de sabe-tudo. Não me considerava isso, apenas tinha mais facilidade com feitiços porque me dedicava a estudá-los mais à fundo e porque, bem, eu nasci com algo que vamos chamar de “dom”, eu era uma animaga de nascença, mas apenas meus pais, a professora Minerva e, obviamente, Dumbledore, sabiam disso.

  Lembro como se fosse ontem, o desespero dos meus pais em plena manhã nevada de Natal, eu correndo pelo quintal com uma cauda de raposa, bigodes e orelhas da cor dos meus cabelos, parecia uma híbrida, mas era apenas uma transfiguração malsucedida aos 10 anos de idade. Como eu já estava com vaga garantida em Hogwarts, Albus Dumbledore apareceu na minha casa para conversar sobre o fato de eu ser uma bruxa e acabou também explicando aos meus pais o que estava acontecendo comigo, o que desde sempre foi incomum. Meus pais sempre foram muito cautelosos com minha condição e, por sorte, muito compreensivos.

  Mais tarde descobri que eu era ainda mais rara porque não era nem um pouco natural existirem animagos de nascença, até mesmo porque esse é o nome que se dá a quem escolhe se transformar em animal, quem nasce com dons de metamorfo são metamorfomagos, que eu também não poderia ser porque eles podem se transformar na pessoa que quiserem, o que não é meu caso. Eu apenas viro uma raposa. Soava como uma maldição, mas não me parecia ser essa a explicação para minha condição.

— E como dever de casa, quero que treinem fazer seus ratinhos desaparecerem! Iremos começar amanhã! – a professora me puxou dos meus devaneios quando a aula acabou, juntei meus livros rapidamente e os joguei dentro da mochila, mas quando estava prestes a sair...

— Olivia Cooper! – professora McGonall me chamou – Poderia vir até aqui, por favor?

— Sim, professora? – fui até ela, repassando mentalmente as últimas aulas e me perguntando se tinha esquecido de entregar algum dever.

  Minerva olhou por cima do meu ombro, provavelmente para ver se os outros alunos já tinham saído, e então me encarou.

— Eu sei que a senhorita tem uma extrema facilidade com minha matéria, mas seria bom fingir que pelo menos presta atenção nas aulas teóricas, lembre-se que os N.O.Ms não são apenas práticos. – ela falou severamente – E deixe-me perguntar uma coisa, a senhorita é muito amiga do grupinho do Potter?

— Ah, sim... Somos próximos. – falei sinceramente, sem entender o que aquilo tinha a ver com o assunto.

— Hum, me preocupo com a influência que poderiam ter sobre você... Ou vice e versa. – ela ergueu uma sobrancelha – Me diga, tem se transformado ultimamente?

— Não, por quê? – fiquei ainda mais confusa.

— Por nada, só por curiosidade mesmo, afinal, Dumbledore me pediu que ficasse de olho em você uma vez que ainda não é uma animaga registrada. E sabe, quanto a minha preocupação com os garotos é porque eles têm uma tendência desastrosa a querer quebrar as regras e levar os outros a quebrá-las também.

— Então a senhora julga que eu sou influenciável, ainda mais pelas pestes que conhecemos como Black e Potter. – ergui uma sobrancelha e encarei a professora.

— Não só ser influenciada como influenciá-los, a senhorita também tem uma atração por aventura e uma curiosidade enorme, não pense que não notei que estava prestando atenção na conversa deles ao invés da aula.

— E como castigo me fez passar aquela enorme vergonha, certo? – fingi estar chateada, mas acabei rindo.

— Exatamente. – a professora assentiu e eu balancei a cabeça negativamente ainda rindo – Bom, você pode ir. Tome juízo, Olivia.

— Certo. – assenti prontamente e ela voltou a organizar sua mesa enquanto eu saía.

  Os corredores estavam cheios e isso meio que me irritava, as pessoas podiam ser bem barulhentas quando queriam. Logo cheguei na sala de História da Magia, já estava me preparando para dormir antes mesmo que o professor Binns começasse a falar quando senti alguém cutucar meu ombro, olhei para trás e dei de cara com Sirius.

— Vai para casa nesse natal? – ele sussurrou.

  Já estava esquecida que o período de festas se aproximava, mesmo com toda a neve sendo um lembrete constante.

— Esse ano não, meus pais vão para a casa da minha avó e ela... Bom, ela odeia o fato de que sou uma bruxa, acho que se pudesse, mandaria me queimar numa fogueira. – falei tranquilamente – Por quê?

— Estamos querendo fazer uma festinha só nossa na sala comunal logo após a ceia no salão principal, serão poucas pessoas e mesmo assim acho que nem todos que estarão aqui aceitarão participar. – ele falava rapidamente e baixo – Você vai?

— Claro! Quando foi que perdi uma das festas de vocês? Sempre têm as melhores comidas. – eu sorri e então aproveitei que ele iniciou uma conversa para questionar – Ei, cadê o Remus?

— Doente. – Sirius falou repentinamente, quase como se a resposta fosse programada.

— Ah... Que pena... É grave?

— Não, ele vai ficar bem logo, logo. – Sirius voltou a recostar-se na cadeira e eu entendi que o assunto se encerraria por ali, portanto, fui dormir.

—--

  Naquela noite, eu estava sentada bem acomodada em uma das poltronas próximas à lareira da Sala Comunal, lendo um livro para a aula de Feitiços. Sentada à minha frente estava Marlene McKinnon, ela dormia com o mesmo livro cobrindo o rosto... E olha que nem era uma leitura tão entediante assim.

— Ei, Marlene. – chutei seu pé e ela acordou assustada – Por que não sobe para dormir?

— Hum... Eu vou mesmo. – se espreguiçou e levantou da poltrona – Boa noite, Olivia.

— Boa... – cumprimentei de volta, fechando meu livro e me preparando para ir ao dormitório também.

  Arrumei as almofadas que havia bagunçado, diferente da maioria das pessoas ali, não era porque eu sabia que elfos domésticos viriam arrumar tudo de madrugada que eu necessariamente tinha que deixar bagunçado. Quando terminei, escutei James, Sirius e Peter conversando enquanto passavam por mim.

— Não quero nem saber, nós vamos e pronto! – James falava, ele estava segurando algo por baixo de sua capa – Ele não pode nos impedir.

— M-Mas, James... Da última vez... – Peter parecia incerto do que eles estavam prestes a fazer.

— Da última vez a culpa foi sua! – o Potter se virou para o amigo – Você chegou do nada e ele se assustou, foi puro instinto.

  Eles passaram pela porta rapidamente, eu estranhei. Logo daria o toque de recolher e eles estariam com problemas... Mas aquilo não era da minha conta, só foi estranho o modo como pareciam ansiosos e a conversa que tiveram antes de sair. Peguei minhas coisas e fui para o dormitório. Minha gata, Felicia, estava dormindo bem acomodada entre os travesseiros, enrolada parecendo uma bola preta e felpuda.

— Sai daí, preguiçosa. – a empurrei para o pé da cama e ela foi de má vontade.

  Minha cama ficava no canto extremo do quarto, embaixo de uma janela. Não era exatamente bom, a luz acabava me atrapalhando algumas vezes pela manhã, por isso estava acostumada a dormir com as cobertas até a cabeça.

  Nos dias seguintes não aconteceu nada de muito emocionante além da animação das pessoas com as festas, estava cada vez mais frio e a maioria dos alunos evitava sair do castelo, então os corredores estavam sempre cheios.

  Eu estava sentada em um banco próximo à enfermaria, lendo um livro de poções após o jantar, quando um grupo de alunos da Sonserina passou, eles me ignoraram completamente, andando de nariz erguido como se fossem bons demais para ter contato visual com os outros alunos.

— Hum, eu esqueci uma redação na biblioteca. - uma das garotas do grupo falou – Encontro vocês depois.

  O grupo sumiu no corredor seguinte e ela retornou. A garota veio praticamente desfilando, observando com seus olhos verdes se havia mais alguém no corredor, colocando seus cabelos loiros curtos atrás das orelhas e parando na minha frente e cruzando os braços de maneira debochada.

— Qual o seu problema, Cooper? - ela questionou impaciente.

— Vai ter que ser mais clara que isso, Travers. - a encarei e ergui uma sobrancelha.

— Por que não me disse que passaria o natal aqui? - ela sentou ao meu lado e começou a exasperar – Eu achei que você iria para casa e dei meu nome à Minerva avisando que iria... Agora você vai ficar em Hogwarts sozinha!

— Não é como se nós vivêssemos grudadas, Pandora. Também não tive oportunidade de falar com você depois que recebi a carta dos meus pais falando sobre o natal. - fechei o livro e virei para ela, apoiando a mão em seu ombro - Você é minha melhor amiga, mas infelizmente somos de casa diferentes, seus colegas te excluiriam só por vê-la conversar comigo. E eu não quero que isso aconteça, portanto, não faria tanta diferença se você continuasse aqui...

— Eu odeio essa maldita rixa entre nossas casas. – ela revirou os olhos – Ou essa palhaçada de sangue puro! Nem nas férias podemos nos ver!

— Eu sei que é difícil para você e que a maioria das pessoas da sua casa são detestáveis... Mas você precisa de amigos lá também.

  Ela apenas bufou e balançou a cabeça negativamente. Pandora e eu nos conhecemos na loja do Sr. Olivaras no primeiro ano e viramos amigas logo de cara. Ela veio de uma família sangue puro e fiquei encantada com tudo que ela falava sobre magia. Já eu, vim de uma família trouxa e também a deixei intrigada com tudo que contei sobre minha vida antes de receber a carta de Hogwarts.

  Em nossa inocência acreditávamos que seríamos amigas, que ficaríamos na mesma casa e que tudo seria incrível. Mas, assim como a maioria dos puro sangue, ela foi selecionada para a Sonserina e eu fui jogada na Grifinória. Inicialmente achamos que ainda poderíamos ser amigas, mas as pessoas falavam demais. Muitos sonserinos passaram a falar dela pelas costas e a excluir por andar com uma “sangue ruim”. Sem falar nas pessoas da minha casa, que me julgaram como traidora.  Decidimos nos afastar, pelo menos a vista dos outros.

— Eles são até legais... – ela murmurou – Mas alguns me assustam. Não sei em quem confiar, não sei quem pode ser um projeto de Comensal da Morte.

— Eu imagino. – soltei um longo suspiro, no lugar dela eu também manteria distância – Bom, quanto ao Natal, não se preocupe. Eu não estarei sozinha...

  Naquele instante, a porta da enfermaria se abriu e ela pulou do lugar. De lá saiu Remus Lupin, magro e abatido, comendo um pedaço de chocolate. Assim que ele nos viu, parou, encarando Pandora com desconfiança.

— Er... Algum problema, Liv? – ele, como um bom monitor, perguntou olhando dela para mim.

— Ah, não. Só estávamos...

— Vim pegar um livro emprestado, todos os outros foram retirados da biblioteca e a Sra Pince me avisou que o próximo a ser devolvido estaria com Olivia Cooper, da Grifinória. – Pandora falou naturalmente, me estirando a mão.

— Foi isso mesmo... – dei um meio sorriso discreto e a entreguei o livro.

— Hum, obrigada. – ela fingiu desprezo e saiu desfilando pelo corredor.

  Remus continuou desconfiado enquanto a observava sumir de vista. Às vezes aquilo me deixava muito indignada, era ridículo e infantil demais.

— Tem certeza que ela não estava incomodando? – ele me perguntou quando levantei do banco.

— Tenho. – assenti e tratei logo de mudar de assunto – E você? Soube que esteve doente...

— Ah, foi... Mas já estou melhorando, a madame Pomfrey é ótima no que faz. – ele deu de ombros – Vai para a Sala Comunal agora?

— Sim.

  O acompanhei de volta à torre da Grifinória, ele não era muito de falar e parecia bem concentrado em seu pedaço de chocolate.

— Então... – tentei começar um assunto – Você vai querer as anotações das últimas aulas?

— Ah, com certeza! – Lupin sorriu para mim – Você vai ficar em Hogwarts para o Natal? Posso pegá-las amanhã...

— Vou sim. Eu posso te encontrar na biblioteca, preciso me adiantar em Poções. – puxei um pequeno pedaço de pergaminho no meu bolso para conferir quais os seguintes assuntos que eu precisaria estudar – E Feitiços...

— Não sei como consegue. – ele me olhava com uma mistura de surpresa e admiração – Nem eu sou assim... E olha que sou chamado de sabe-tudo!

— Bom, eu não posso estudar em casa... Meus pais aceitam bem, mas moramos em um condomínio de prédios, os vizinhos poderiam ver...

— Condomínio de prédios?

— Sim, são vários prédios um ao lado do outro. Não é o tipo de moradia mais privada do mundo. – dei de ombros.

— Hum, eu nem consigo me imaginar num lugar assim. – ele riu sombriamente – Ah! Mas que modos os meus, aceita chocolate?

  Remus tirou outra pequena barra do bolso de sua capa e estendeu para mim.

— Obrigada. – eu peguei e continuei o encarando. Ele parecia estar pensando em várias coisas ao mesmo tempo. Um sorriso irônico tentava escapar de seus lábios, como se tivesse pensado numa piada sarcástica.

  Remus Lupin era muito misterioso. Não misterioso intencional, que fazia aquilo propositalmente para jogar charme, como Sirius. Ele realmente tinha algo escondido e aquilo o assombrava constantemente. Se eu notei aquilo tudo do nada? Não mesmo! Eu gostava de observar as pessoas de longe, analisar seus comportamentos.

  Eu sabia que ele tinha um segredo e que seus amigos estavam envolvidos. Sabia que era algo bem forte, já que Sirius e James levavam a sério... Talvez tivesse relação com o fato dele estar doente o tempo todo. Será que ele tinha alguma doença mágica severa? Mas se era isso, por que era um problema e ele tentava afastar os amigos? Essas foram minhas perguntas iniciais.

  Larguei os devaneios de lado quando passamos pela Mulher Gorda e o barulho das conversas aleatórias da Sala Comunal me chamaram atenção. Logo os três amigos de Remus vieram até nós.

— Ei, já estávamos indo te buscar, cara. – James falou sorrindo – Mas parece que a Liv chegou primeiro, deve ser a telepatia dos sabe-tudo!

— Pois é, Potter. Algo que seu cérebro não pode compreender. – dei um tapa de leve na lateral da cabeça dele – Quem sabe se você se esforçasse mais para parecer inteligente e menos para ser arrogante, eu conseguisse convencer minha grande amiga Lily a te dar uma chance.

— Nem brinca com isso. – ele me encarou seriamente – Faria por mim?

— Claro que não, coitada! – revirei os olhos e os outros riram – E nem somos tão amigas assim.

— Bom, agora que sabemos que o Remus está bem, podemos voltar aos nossos... Negócios! – Sirius juntou as mãos – Temos que programar tudo para a festa de Natal, já que teremos um a menos...

— Quem? – Lupin perguntou.

— E-Eu vou para casa... – Peter Pettigrew falou, agarrado no tecido da própria capa.

— Bom, já que vocês vão organizar seus meios claramente ilegais, que não compreendo, mas adoro, para fazer a festa, eu vou me retirar. Boa noite, meninos.

  Me despedi deles e subi as escadas em direção ao dormitório das garotas, ele estava vazio naquele momento, nem mesmo minha gata estava lá. Peguei alguns livros no pé da cama e os organizei por matéria, tinha livros demais ali... Quando separei os meus dos que havia pego na biblioteca, um deles me chamou atenção: Focinho Peludo, Coração Humano.

  Por que raios eu tinha um livro sobre o sofrimento de um homem que tinha licantropia? Ah sim! Porque eu adorava assuntos que, de alguma forma, se relacionassem com metamorfose e que poderiam me ajudar a descobrir o que eu era exatamente.

  Não que algum tenha me dado alguma resposta, mas não custava procurar.

  Algumas garotas entraram no quarto e eu guardei o livro para me preparar para dormir, satisfeita por saber que no dia seguinte o dormitório seria inteiramente meu.


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Notas finais do capítulo

Bom, o que acharam? Espero que tenham gostado! Podem me dizer o que precisa melhorar e tudo mais.
O próximo capítulo já está sendo escrito, tenho algumas partes adiantadas, mas vai depender do retorno que terei nesse primeiro capítulo. Normalmente não sou de pedir comentários, mas dessa vez a opinião de vocês é EXTREMAMENTE importante.
Bom, é isso, até o próximo!



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