Hey! I love you... escrita por Lilissantana1


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Ois!
Não ia postar hoje. Mas o capítulo me motivou a fazer isso. Preciso dividir ele com vcs que estão aqui me acompanhando.
A capa de hoje também é especial e em homenagem a Myrelle. Ela traz não apenas o trio Rich, Lizzie e Fred, mas também as amigas dela, Morgana, Jéssica e Savana respectivamente. Espero q gostem. BJOOOOOOOOOOO



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A tarde chegou, as aulas se foram. Me despedi das garotas como sempre, elas nada perguntaram, e eu nada contei sobre os planos de visitar o apartamento dele, afinal não era a primeira vez que Frederic me dava carona.

Fred e eu caminhamos de mãos dadas até o carro dele e fomos conversando bobagens sobre o próximo jogo que seria antes do final de semana quando ele ingressou na garagem do maior e mais luxuoso prédio da cidade. Deslizou pelos andares de estacionamento subterrâneo, e foi em direção ao ponto mais extremo. Havia um box longo, separado dos outros, com outro carro e uma moto, ele entrou ali. Dizia em cima das vagas: cobertura.

Ele morava na cobertura? Por que estava surpresa? Sempre soube que a família dele é muito rica. Eles tem negócios na China e em mais uma meia dúzia de países no mínimo. Mas na verdade nunca cheguei a vê-los. Nem em apresentações escolares, entregas de notas, feiras de ciências, jogos ou qualquer atividade da qual Fred participasse.

— Seus pais não estão? - perguntei descendo do carro e colocando a mochila no ombro. Precisava dizer algo que aliviasse a tensão.

— Não. - aquele monossílabo saiu com som de não quero falar sobre o assunto. Me calei e respeitei.

Fomos em direção ao elevador. Com surpresa senti a mão dele segurar a minha, ali não havia necessidade de fingir. Mesmo assim não recusei aquele toque, como não recusei o braço dele sobre minha cintura enquanto subíamos para a cobertura.

Quando finalmente chegamos ele foi o primeiro a entrar. Largou a mochila no chão enquanto eu caminhava incerta pelo imenso espaço quase vazio. Olhei em volta. A minha direita havia uma mesa escrivaninha com três telas de computador e um teclado. Acima, na parede, quadros de carros de todos os tipos.

A esquerda uma poltrona daquelas reclináveis, uma TV gigante e um game, igual ao do meu irmão. Jogos e caixas de jogos estavam espalhadas pelo chão junto com o controle.

A minha frente uma parede de vidros que dava para uma sacada, um sofá gigantesco diante de outra TV. No dito estofado havia almofadas, e uma manta jogada junto a um travesseiro.

— A faxineira não veio de novo. - ele reclamou enquanto recolhia a manta e o travesseiro e eu encarava a parede de livros atrás do sofá. Ia de cima até embaixo. De todos os tipos. Fiquei parada ali. Olhando, lendo os títulos mais próximos. Havia de tudo. Ficção. Histórico. Romances, aqueles que mandam a gente ler na escola. Poesia. Arte.

— Quer comer alguma coisa? - perguntou se jogando no sofá – Ou prefere conhecer o resto da minha casa antes?

— Você mora sozinho aqui? - perguntei, mas era óbvio. Ali não havia qualquer sinal de que fosse habitada por adultos também.

— Moro. - explicou passando os braços sob a cabeça e esticando as pernas. - Antes eu tinha uma cuidadora. Agora minha mãe acha que não preciso de alguém me cuidando diariamente. Mesmo assim, um dos advogados dos meus pais serve como tutor, ele controla o dinheiro, as minhas notas – esticou os lábios – meu comportamento... a faxineira.

Fiquei a imaginar se Fred não transformava o trabalho num verdadeiro suplício para o pobre homem. Mas não fiz nenhuma pergunta sobre o assunto.

— E o que há mais para ver? - ele ficou em pé num salto, segurou minha mão e me conduziu por um corredor longo e iluminado com spots.

— Esta é minha sala de cinema. - informou abrindo a primeira porta, entrei e vi a mesma parede de livros, só que agora de filmes. Almofadas gigantes estavam espalhadas pelo chão. Um projetor direcionado para a única parede lisa e branca do lugar. O restante era preto. Devia ser bom ver um filme ali.

— Podemos assistir quando e se você quiser. - ele informou caminhando para a peça seguinte. Um banheiro. Depois um quarto de solteiro também gigante, com uma cama que deveria ser confortável demais. O quarto dele. Mas, pelo visto aquele espaço não era ocupado nunca.

Dali fomos para outras peças, uma cozinha imensa. Repleta de aparelhos modernos, mas com uma geladeira e armários sem qualquer tipo de mantimento.

— Você não come em casa? - perguntei revirando as portas vazias.

— Não tem o que comer aqui! - ele retrucou atrás de mim.

— E como me perguntou se eu queria comer algo? O que ia me oferecer?

Ele deu de ombros.

— Sempre peço comida. - explicou como se fosse normal.

Fred estava apoiado no granito do balcão, no meio da cozinha.

— Você nunca come comida feita em casa? Ninguém cozinha pra você?

Estava embasbacada em imaginar como alguém da idade dele vivia assim, sem dar satisfação a ninguém, sem ter com quem conversar, receber uma bronca, contar coisas. E eu me considerava alguém dona do próprio nariz, que tomava conta de mim. Idiotice!

— Claro! - ele falou firme – As merendeiras na escola.

Se era para rir ou não eu não sabia. Mas acabei rindo. E uma ideia estúpida passou pela minha cabeça.

— Então hoje você vai comer.

Os olhos cor de mel se apertaram naquele gesto que eu já aprendera a gostar. Ele só me olhava assim quando ficava em dúvida quanto ao que eu dizia.

— Nós, eu e você, vamos cozinhar.

Desta vez ele riu.

— E você cozinha bem Beth?

— Você não poderá diferenciar se cozinho bem ou mal... só come comida pronta. - apoiei as mãos no granito também, de frente para ele.

Outro sorriso maroto e... encantador.

— Então está bem! - ele olhou em volta, girando o corpo - Só temos um problema, como você viu, não há comida em lugar algum deste apartamento.

Eu tinha a solução para isso.

— Vamos ao mercadinho no outro quarteirão e compramos.

Fred silenciou por poucos segundos.

— Vai mesmo fazer isso Beth? - ele perguntou se afastando do balcão e vindo ameaçadoramente em minha direção, senti minhas pernas tremerem.

— Vou... você vai ao mercado? - perguntei me movendo tentando descobrir onde as panelas estavam e também esconder o constrangimento.

— Acho que ouvi as palavras: “nós” vamos ao mercado.

— Enquanto você vai eu fico organizando e procurando as coisas por aqui... - ele me olhou desconfiado – adiantando...

A última frase teve o efeito esperado e logo ouvi:

— Me diga o que comprar e eu compro.

— Me dê um papel.

— Tem um bloco pendurado ali. - ele indicou a geladeira.

Fiz a lista, Fred olhou para ela e sorriu.

— Panelas você tem? - perguntei desviando a atenção do rosto dele.

— Acho que tenho. - respondeu indeciso olhando para todos os lados.

— Meu deus Fred! Você não sabe o que tem na sua casa?

— Aquilo que nunca uso não sei mesmo!

Ele foi e eu fiquei ali, procurando as coisas que precisaríamos, travessas para a salada verde, forma para a carne, panelas para os legumes. Pratos, talheres. E quando terminei fiz ainda uma nova incursão pelos espaços vazios, sem fotos, sem referência familiar alguma. Sem nenhum indicativo de que aquele lugar pertencia a alguém.

Perto do quarto dele, havia uma peça com vários instrumentos musicais pendurados na parede e uma bateria perto de um console repleto de botões. Frederic tinha tudo o que qualquer adolescente desejaria. Era o lugar perfeito!

Saí do cômodo sem mexer em nada. O apartamento estava em silêncio, ele ainda não chegara. Talvez demorasse. Eu esperava que demorasse. Entrei no quarto e olhei em volta, as roupas dele estavam metodicamente arrumadas. Montes de bonés diferentes numa prateleira. Patins comuns e patins de gelo num canto. Não era os que ele usava para jogar constatei. Havia perfumes no banheiro. E ali estava o cheiro que eu conhecia. Impregnado em cada objeto, toalha, até na camiseta suja do cesto.

Respirei fundo e sai dali, não deveria estar bisbilhotando, voltei rapidamente para a cozinha, me sentei a espera com a estranha sensação de que ele não levava ninguém naquele lugar. Nunca ouvira falar que a residência de Fred era assim. Se as pessoas soubessem certamente falariam.

Ele chegou alguns minutos depois, me fazendo agradecer por ter retornado a tempo, cheio de sacolas. Largou tudo sobre o granito bufando.

— Está ai Beth! Tudo o que você me pediu.

Remexi nas sacolas. Sim, ele trouxera tudo. Lavei as mãos e comecei a preparar.

— Ainda é cedo para fazer o jantar. - ouvi ele avisar enquanto sentava na banqueta bem na minha frente.

— Não poderei ficar aqui a noite toda, então é melhor começar logo.

— Mas você vai comer comigo? - ele perguntou me surpreendendo.

— Vou. Você acha que me daria ao trabalho de fazer comida apenas para você comer?

Ele sorriu de lado, colocou os cotovelos na mesa e perguntou:

— O que eu faço?

Mandei ele organizar e lavar os legumes. Temperei a carne, coloquei no forno. Depois, nós preparamos os legumes. Estava concluindo a salada verde quando Fred saiu do banco onde permanecera sentado nos últimos minutos, me observando. Em passos lentos veio em minha direção, parou atrás de mim, encostado no meu corpo, tocou meu abdômen delicada e suavemente. As mãos passaram pelo meus seios e eu parei de respirar.

Ouvi a respiração dele bem perto do meu ouvido. Com calma Fred puxou a gola da blusa para o lado. Deslizou os lábios pelo meu pescoço e ombro, arrepiando cada poro dos meus braços.

Larguei as colheres com as quais mexia a salada e ele me virou de frente para ele. Desceu em direção aos meus lábios e me beijou. Circulei os braços no pescoço dele e fui erguida do chão, Fred passou minhas pernas pela cintura e me carregou para a sala ainda me beijando.

A medida que caminhava e eu deslizava meus dedos pelos fios do cabelo dele Fred intensificava, aprofundava e tornava o beijo mais exigente. Fui largada sem muito cuidado sobre o sofá, ele puxou a camiseta pelo pescoço e a jogou no chão mostrando o peito quase sem pelos e a pele leitosa e macia. Abri minha própria blusa sem desviar os olhos dos dele. Frederic veio sobre mim, me beijou mais um pouco depois se afastou, pegou a carteira no bolso da jaqueta e de dentro dela tirou uma camisinha.

As calças foram parar no chão junto da camiseta, da minha blusa, e do restante das nossas roupas. Fred podia ser jovem, mas sabia o que fazer, sabia como provocar, incendiar, meu corpo todo ardia enquanto ele me beijava e afagava. Era tão intenso que mal conseguia respirar.

O sofá era largo, macio e acomodava nosso corpos com precisão. Mãos pernas, braços, cabelos, tudo se misturando naquele transe de sensações. De repente, ele reduziu a intensidade dos beijos, me encarou com os lábios entreabertos por alguns segundos.

Os lábios dele se colocaram sobre os meus, as mãos me ajustaram no seu corpo, ele me invadiu sem cuidado algum produzindo uma tontura boa, um calor gostoso, um gemido alto. Quando Fred finalmente caiu ao meu lado meu peito subia e descia rapidamente impulsionado pela respiração acelerada.

Mil imagens se desenharam na minha mente. Permaneci olhando o teto sem realmente vê-lo. Fred respirava junto ao meu rosto, a mão dele deslizava no meu abdômen.

Rich e eu... bem, Rich e eu sempre marcávamos os horários para nos encontrar, precisava ser assim por causa dos nossos pais. Olhei para Fred, ele também me olhava e eu esqueci o que Rich e eu fazíamos. Só senti os lábios de Frederic sobre os meus novamente.

— Isso é sexo gostoso Beth...- falou colocando o corpo de frente, me puxando para mais perto.

— Chato! - retruquei e ele riu alto, de uma maneira “gostosa” senti meu peito leve, meu coração lentamente voltando ao normal e especialmente os beijos suaves que ele distribuía sobre os meus lábios. Acariciei os cabelos dele, afastando-os do rosto e ouvi o timer do forno.

— Está pronto. - falei me desvencilhando dos braços dele, saltando do sofá e correndo para a cozinha sem me preocupar em estar pelada com meus minúsculos seios de fora. Ele me seguiu do jeito que estava. Quando o vi parado na porta totalmente nu senti vontade de rir.

— Está mesmo pronto? - perguntou recostando o ombro no batente totalmente relaxado.

— Sim. Falei abrindo o forno e puxando a forma para colocá-la sobre o descanso na mesa.

Fred deu alguns passos em minha direção levando meu constrangimento às alturas. Sentiu o aroma da carne, beijou minha nuca e então perguntou:

— Será que vai dar algum problema se gente tomar um banho antes de comer?

— Banho?

— É Lízzie... um banho, juntos.

Droga!

Olhei a carne, o forno e falei:

— Acho que problema nenhum. - afinal, como diria Morgana, se era para foder, vamos foder direito essa bagunça.

Ele puxou o sorriso de lado e estendeu a mão para mim.

— Vamos então.

 


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Notas finais do capítulo

E aí, como ficou?
Espero q gostem.
Obrigada meninas pelos reviews especiais. Amo demais!
Agora o próximo capítulo só terça, desta vez não pularei a data para não fazer vcs esperarem mais do que necessário. BJOOOOOOOOOOOOOOOO