Ao seu lado escrita por nanacfabreti


Capítulo 17
Despedida




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Aquela casa de praia já era meu lugar preferido no mundo, e estávamos indo para lá.Enquanto Ian dirigia, o vento soprava com força e bagunçava os meus cabelos, coloquei meus braço para fora, queria curtir aquela sensação de liberdade.

—Você fica linda assim... –Ian gritou.

—Descabelada? –Sorri olhando para ele.

—Não...Feliz.

Realmente, eu me sentia muito feliz, e estava conseguindo esquecer que logo ficaríamos separados.

O sol já começava a se por e a paisagem estava alaranjada, parecia um cartão postal, estávamos tirando nossas coisas do carro e as colocando na varanda. Distraída, me surpreendi quando Ian me tomou em seus braços.

—O que é isso? –Comecei a rir agarrando-me em seu pescoço.

—Enfim... sós. –Ele falou sério. –Não é assim que fazem nos filmes?

Balancei a cabeça rindo.

—É...mas tem alguma coisa errada nesse enredo.

—Eu sabia, estou me saindo um péssimo gênio. –Ele fingiu preocupação.

—Se essa é nossa lua de mel,tínhamos que ter nos casado, certo? –Arregalei meus olhos.

Ian coçou a cabeça, parecia pensar mesmo no que eu acabava de dizer.

—Espere um pouco... –Ele cuidadosamente me devolveu ao chão, depois, abaixou-se e começou a revirar sua mochila.

Eu acompanhava com os olhos cada ato seu.

—O que está fazendo Ian? –Indaguei confusa.

Ele levantou-se assim que encontrou uma caneta, depois, se colocou em minha frente.Segurou minha mão esquerda, começou a rabiscar alguma coisa em meu dedo anelar.Observei em silêncio e então entendi o que ele estava fazendo quando entregou a caneta para mim.

—Não pensei nisso antes...então, se não se importar que nossa aliança seja feita de tinta de caneta esferográfica –ele estendeu-me sua mão –estaremos casados.

Talvez eu tenha parecido boba, mas não contive minhas lágrimas enquanto desenhava aquela fictícia aliança.Aquilo significou tanto para mim, e Ian percebeu o quanto,ele não riu,e nem disse nada mais.Com seus polegares tocou meu rosto secando-o,depois me beijou.

—Eu te amo...e é pra sempre. –Sussurrou em meu ouvido quando novamente eu estava em seu colo.

Claro que seria para sempre, afinal, eu nunca poderia me esquecer de nada o que vivemos juntos, nunca, inclusive daqueles três dias só nossos.

Naquela primeira noite, saímos para jantar naquelas barracas á beira da praia, seguimos para o lugar mais movimentado, onde a noite era um ponto de encontro dos jovens. Estávamos as vésperas do natal, todos de férias e sabíamos que encontraríamos conhecidos ali, isso não nos incomodou.

—Você vive a base de batata frita Liv? –Ian divertiu-se quando fiz o meu pedido.

—Não...também gosto de batata assada, cozida... –Brinquei. – é que não como carne, então...

—Verdade! Eu nunca a vi comendo um lanche... Então isso significa que amanhã nossa ceia será sem peru?

Fiz uma careta.

—Esqueça...vamos ter uma ceia alternativa.

—Você vai cozinhar? –Ele ergueu as sobrancelhas e segurou minha mão.

—Sou sua esposa...acho que é minha obrigação. –Apontei para meu dedo que ainda tinha os rabiscos, desbotados, mas ainda ali.

Ian piscou para mim sorrindo, e era quando ele ficava ainda mais bonito.

Voltamos muito depois da meia noite e fomos caminhar na areia.

—Vou deixar as chaves da casa com você...Quando sentir muita saudades você vem para cá.

Eu estava sentada entre suas pernas com a cabeça encostada em seu peito,as ondas estavam calmas, e a lua cheia havia deixado a noite clara, quase como dia, respirei fundo e senti uma pontada em meu coração.

—Acho que vou ter que vir morar aqui então...não imagino uma forma de não sentir sua falta.

Ian afastou os cabelos da minha nuca e começou a beijar toda a extensão do meu pescoço, aquilo me causou um arrepio.

—Pense que serão seis meses e que nesse meio tempo, você vai me ver. –Ele continuou roçando os lábios em minha pele. –Vai ser sua primeira viagem para o exterior , não é?

Balancei a cabeça positivamente.Já sentia a perturbação que seria fazer aquela viagem, eu estava certa de que minha mãe tentaria me impedir a todo custo.

—Se eu pudesse iria com você, ficaria lá até que tudo terminasse. –Me virei para encará-lo. –É uma pena que eu ainda seja menor de idade e precise de autorização para fazer o que eu quiser.

—Falta pouco para seu aniversário...março não é?

—Isso, 13 de março. –Animei-me pensando que em três meses seria dona do meu próprio nariz.

—Imagine se puder passar seu aniversário comigo? –Ian também se empolgou.

—Seria perfeito. –Virei meu corpo totalmente de frente para o dele.

—Liv... –Ele me repreendeu quando passei a beijar seu pescoço.

—Não tem ninguém aqui. –Falei baixinho colando minha boca na sua.

Ian correu os olhos em nossa volta e depois passou as mãos pelo rosto. Antes que eu precisasse usar algum outro argumento ele , num ato rápido e certeiro já estava sobre mim, seus olhos nos meus como se quisesse enxergar minha alma, havia tanta paixão ali, mais do que em qualquer outra vez.

—Acorde... –Eu estava ao lado de Ian com o café na cama,mesmo sem muitos dotes culinários eu havia improvisado algo para comermos.

—Eu não acredito...Ele esfregou os olhos e sorriu. –Está levando essa coisa de esposa a sério mesmo.

—Digamos que eu tenha instinto de sobrevivência. –Sentei-me ao seu lado na cama.

Estávamos comendo quando Ian de repente parou e ficou pensativo.

—Vou sentir tanto a sua falta, falta disso ... –Ele respirou fundo.

—Eu sei.Eu estava pensando a mesma coisa e é engraçado porque, antes , eu odiava o ronco da sua moto quando chegava no prédio e depois que nos conhecemos melhor, esse barulho é o que  traz nossas melhores memórias. –Comentei algo me ocorreu enquanto eu preparava o café.

Ian cruzou os braços contra o peito.

—Então odiava o barulho da minha moto? –Ele fez uma carranca.

—Muito!Nem imagina quantas vezes o praguejei por atrapalhar meu sono. –Confessei, e era verdade.

—Que bom que eu a incomodava, afinal, de um jeito ou de outro eu já fazia parte de sua vida.

Olhei pra cima pensativa.

—É, Ian sodier, de um jeito ruim, mas sim, fazia. – Deliberei.

—Estou pensando numa coisa... –Ele já estava em pé.

— O que é? –Me animei.

—Eu não demoro muito. –Ian me deu um beijo rápido e sumiu em seu carro.

Nem tive tempo de questioná-lo, e sozinha ali aproveitei para comunicar-me com o mundo lá fora.Liguei para meu pai, era véspera de natal e ele ficaria sozinho, isso me deixou muito chateada.

—O que acha de vir até aqui pai?Vou fazer a ceia. –Tentei convencê-lo embora aquele argumento não fosse o melhor.

Ele riu deliberadamente do outro lado da linha.

—Pobre Ian... Se quiser, eu conheço bons restaurantes aqui aos arredores que entregam , mesmo na véspera de natal. – Ele acabou comigo com uma só frase.

—Vou relevar porque eu o amo demais, mas tudo bem, se vier passar o natal conosco eu peço comida ou deixo o senhor cozinhar.

—Liv, não se preocupe comigo...Como eu já disse antes, aproveite,colecione muitas boas lembranças porque no final, é isso que vai dar a vocês forças para superar a distância.

Como sempre, meu pai, mais uma vez dizendo a coisa certa.

O sol brilhava com toda a força, eu não tinha ideia do que Ian estava aprontando então resolvi ir para a beira do mar.Caminhando ali sozinha, doeu imaginar que seria daquela forma, só mais um dia e eu teria que seguir sem ele ao meu lado, mesmo que temporariamente.Estava distraída deixando as ondas quebrarem em meus pés quando um barulho chamou minha atenção, senti meu coração disparar e com a proximidade do som tive certeza de que não era minha imaginação.Com minhas mãos fiz sobra em meu olhos e voltei minha atenção para a avenida.Era ele, Ian estava de volta, agora com sua moto, usando mesma jaqueta de couro de tempos atrás, e aquilo pareceu-me um déjà vu.

—Eu não acredito que você foi buscar sua moto! –Gritei enquanto ele se aproximava.

—Vamos dar uma volta. –Ele segurava um outro capacete nas mãos, aquele que usei por diversas vezes.

—Nossa, eu não acredito que fez isso. –Levei as mãos a minha boca.

Ele tirou a jaqueta e a colocou em mim, depois começou a ajeitar meu cabelo para receber o capacete.

—Me lembro da primeira vez que fiz isso.

—Eu também– ri – estava com tanto medo de subir na sua garupa.

—E eu fui tão burro.Devia ter feito isso... –ele se inclinou para me beijar.

—Devia mesmo. –Assenti já subindo na sua garupa.

Ninguém pode voltar no tempo, mas, como aquele estava sendo nosso universo paralelo, nós pudemos.Estávamos como há meses atrás, revivendo e recordando nossos melhores momentos.

A noite, depois do jantar comprado, Ian entregou-me uma caixinha pequena.

—Meu presente pra você.

—Não vale...eu nem comprei nada pra você. –Choraminguei envergonhada.

Abri a caixa e me deparei com um par de chaves.

Ian ficou me encarando por um tempo enquanto eu tentava entender o que aquilo significava.

—Não vai me dizer nada?

—Essas chaves...são daqui?

—Não. –Ele permaneceu sério. –São da moto,da sua moto.

Franzi a testa entendendo menos ainda, a única coisa que tinha motor e eu sabia ligar era um secador de cabelos.

—Como assim, a minha moto?

—Eu estou dando de presente pra você, de verdade, e já até avisei lá em casa. Amanhã, vou ensinar você a pilotar.

Comecei a rir.

—Você só pode estar louco Ian, primeiro que se meu pai sonhar com isso, vai ser ele a proibir nosso namoro.

—Essa moto é mais segura que um carro, além do mais, não é para a senhorita ficar saindo por aí, mas quando quiser ouvir o ronco, vai saber como fazer, e logo estará maior de idade, pode até tirar carteira de motorista.

Eu nunca tinha pensado em pilotar uma moto mas pareceu-me tentador ter Ian como meu instrutor.

Antes de irmos deitar, olhei para o relógio e faltava pouco para meia noite, não vou mentir que não pensei em minha mãe. As noites de natal costumavam ser sagradas para nós, sempre juntas esperávamos até a meia noite e só então íamos dormir.

Imaginei que ela deveria estar sozinha naquele momento e aquilo me entristeceu ainda mais.

—Hoje quando foi ao prédio, como estavam as coisa por lá? –Perguntei recostada no peito de Ian.

—Quer saber sobre sua mãe? –Ele me conhecia bem.

Balancei a cabeça confirmando.

—Não consigo deixar de pensar nela, ainda mais porque é noite de natal.

—Eu sei como se sente Liv, e não pense que estou diferente, mas,hoje em minha passagem relâmpago em casa tive provas de que a melhor coisa que fiz, foi decidir passar esses dias longe, minha mãe insiste em me tratar como caso perdido e acho que as duas, a minha e a sua mãe estão contando os segundos para que  eu viaje.

—Então a viu?

—Não...mas vamos mudar de assunto –Ele me puxou para mais perto –veja, é meia noite...feliz natal!–Ele me beijou.

—Feliz natal . –Sussurrei ainda em seus lábios. –Esse é,apesar de tudo, o melhor natal da minha vida.

Ian adormeceu antes de mim, e se há pouco eu estava conseguindo controlar minhas emoções, naquela madrugada de natal, tudo acabou se misturando e todos os sentimentos que me perturbavam acabaram explodindo em lágrimas.Levantei-me com cautela, não queria que Ian me visse naquele estado, na varanda me permiti chorar, eu precisava daquilo, estava sendo muito difícil me manter forte.

Voltei para o quarto uns vinte minutos depois,Ian continuava na mesma posição, deitado de lado, ergui seu braço com cuidado e me coloquei sob ele.Das poucas certezas que eu tinha em minha vida, uma delas era que Ian Sodier era meu ar, e sem, ele eu não podia existir.

Ian me preparou para minha primeira aula, capacete, calça grossa, e sua jaqueta.Pacientemente começou a me explicar a diferença entre o acelerador e o freio,como trocar as marchas, dar seta e tudo mais.Quase meia hora apenas de instruções.

—Vamos lá, agora você vai ligar a moto. –Ian estava sentado atrás de mim, ele era meu carona.

Olhei pelo retrovisor e seus olhos estavam nervosos.

—Está com medo? –Zombei acelerando o motor com toda sua potencia.

—Não leve na brincadeira Liv... –Ele me repreendeu. –Agora com calma, como expliquei...

Meu coração acelerou de um jeito bom, eu estava gostando daquela adrenalina.

Ian Permanecia com as mãos sobre as minhas no guidão da moto, e seguindo suas instruções, coloquei a moto em movimento.

—Ai meu Deus!!! –Sibilei enquanto pilotava. –Isso é muito bom.

—Agora troque a marcha. –Ele mandou. –Você está se saindo bem.

—Tenho um ótimo professor. –Gritei para ele.

Por mim, ficaria sobre aquela moto com Ian em minha garupa, pelo resto do dia, ainda mais porque eu realmente havia pegado o jeito, e mesmo aquela moto sendo grande e pesada, eu estava no comando, aquilo era bom.

—O que acha de irmos ao parque mais tarde? –Ian sugeriu .

Estávamos requentando o que tinha sobrado da nossa ceia, para almoçarmos.

—Ótima idéia, mas eu vou pilotando. –Me animei.

Ian balançou a cabeça.

—Nem pense nisso, seu pai confiou em mim e,uma coisa é dirigir aqui, nessas ruas quase desertas, outra é em uma rodovia.

Dei com os ombros, estava me achando uma piloto profissional,no entanto sabia que ele tinha razão, meu pai nem podia sonhar que eu tinha passado a metade do meu dia sobre aquela moto, e  pior, dirigindo-a.

Era nossa segunda vez ali, mas naquele dia, haviam o dobro de pessoas, todos os brinquedo tinham filas que desanimavam até a mais paciente das pessoas.Demoramos quase meia hora para conseguir um algodão doce.

—Olha, a fila da cabine fotográfica não está tão grande. –Apontei animada.

Trocávamos beijos açucarados e nossa vez chegou muito rápido.Nos sentamos de frente para a câmera e depois de algumas poses estávamos com nossas fotografias nas mãos.

—Você fica com uma e eu com outra. –Ian sugeriu.

—Esse lugar me traz ótimas recordações. –Falei enquanto olhava para a roda gigante. –Foi a primeira vez que você me disse "eu te amo".

Ele sorriu, parecia estar relembrando aquele momento.

—Mas saiba que queria ter dito muito antes...só tive medo de assustar você.

Fiquei olhando para ele por alguns instantes, e assustadora era a forma que meu corpo reagia quando ele me tocava, ou quando ele se declarava para mim, como acabava de fazer.

—Naquele dia eu não consegui dizer aqui, mas hoje, se eu pudesse, gritaria em um megafone que eu amo você, muito, mais a que a mim mesma. –Admiti me entregando ao seu abraço.

E assim, cheio de juras, promessas, entrega e amor, como meu pai mesmo havia sugerido, colecionamos nossos melhores momentos, enchemos nosso coração dos melhore sentimentos.Aqueles dias perfeitos os quais Ian me proporcionou, seriam meu combustível para suportar meus dias sem seus abraços, sem seu sorriso e sem meu ar.

Arrumamos nossas coisas na manhã do dia 26 e partimos em cima daquela moto, de volta para nosso prédio e assim também, de volta para nossa realidade.

Eu sangrava por dentro a cada volta que o relógio dava, a passagem do tempo era como um fio que puxava Ian para longe de mim.

Naquele mesmo dia falei com meu pai , ele me levaria até o aeroporto para que eu ficasse com Ian até o último segundo, e mais do que isso, eu precisaria dele com nunca.

Quando pisei em meu apartamento ela estava lá, sentada no sofá, fingido que assistia TV, minha mãe correu os olhos por mim e o rancor estava estampado em seu rosto, com uma máscara.

—Feliz natal atrasado. –Ela usou um tom escárnio.

Se fosse uma provocação, ela havia perdido seu tempo, afinal, eu estava transbordando tristeza portanto, na cabia mais nada em mim.

Naquela noite eu tive uma degustação de como seriam meu próximos dias, depois de falar com Ian por telefone até meu ouvido doer, fui me deitar,e apenas deitar, não consegui pregar meus olhos, estava nervosa, ansiosa e arrasada.

Peguei nossa foto no parque, olhei para ela madrugada a dentro. Da minha janela vi a noite virar dia e quando dei por mim,meu telefone tocava, era meu pai avisando que já estava a caminho,isso significava que a partida de Ian era iminente.

Algumas cenas se tornam memoráveis de um jeito bom, já outras são o oposto.Me lembro do momento em que encontrei Ian no estacionamento, quando o elevador se abriu ele estava lá, parado a minha espera, em seu rosto o mesmo ar de derrota que no meu, e como eu, ele também parecia não ter dormido.Quando nos abraçamos, a força com que ele me apertou denunciava seu desespero, ele não queria ir, não queria me deixar.

—Vou com você, no carro de seu pai. –Ele falou em meu ouvido,

Eu nada respondi, apenas concordei com cabeça, se abrisse minha boca para falar qualquer coisa, acabaria chorando e não sei se conseguiria parar.

Seguimos no banco de passageiros enquanto meu pai dirigia,os pais de Ian vinham logo atrás.Ele usava óculos escuros, mas em certo momento ele não conseguiu segurar suas lágrimas, assim como eu.

Nossos dedos estavam entrelaçados e nossas mãos tinham a mesma temperatura gélida.Não conseguíamos dizer nada um ao outro até porque,tudo já tinha sido dito anteriormente.Quando seu vôo foi anunciado meu coração já batia fora do meu peito, Ian agarrou-me ,eu chorava tanto que sua camiseta acabou por ficar molhada nos ombros.

Sua mãe estava parada ao nosso lado e ela me lançava olhares como se pedisse para que eu deixasse ela se despedir também, relutante me afastei para que ela pudesse fazê-lo.

Rapidamente eles se abraçaram,notei que ela chorava discretamente.Quando se afastou, foi a vez de seu pai tomá-lo nos braços, Ian pareceu se comover mais com o contato dele.

Novamente aquela voz ecoava a última chamada do seu vôo e então, aquele foi nosso ultimo abraço.

—Vamos nos falar todo os dias, entendeu? –Ian falava em meio as suas lágrimas.

Eu não tinha voz, não consegui dizer nada.Apenas balancei minha cabeça concordando.

—Livia, eu te amo e logo estaremos juntos novamente.Eu prometo. –Ele sussurrou antes de me dar nosso último beijo, e depois disso ele partiu.

Caminhou de cabeça baixa e antes que ele desaparecesse da minha vista, reuni a pouca força que me restava .

—Eu amo você Ian Sodier. –Gritei a plenos pulmões, e não só ele como todos a nossa volta puderam me ouvir.

Ian balançou a cabeça, sabia o quanto aquilo era verdade.


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Notas finais do capítulo

Não sei pra vocês, mas esse capítulo foi o mais FORTE, para mim...tão carregado de emoção que mesmo depois de tê-lo lido por dezenas de vezes eu ainda me emociono...sou péssima com despedidas....



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