Você é meu destino -Quileutes -pós Saga Crepúsculo escrita por Karina Lima


Capítulo 32
Somewhere only we know


Notas iniciais do capítulo

N.A.: atrasei nessa att, pois não venho com boas notícias. Comecei a postar essa história com poucos capítulos, e hoje ela tem 35, sendo que esse 35 não está acabado, e faz meses que não tenho mais um notebook, por isso não consegui concluir o desfecho dessa história. Peço perdão, porque o próximo vai ser o último capítulo que verão por um bom tempo. Queria agradecer a cada um de vocês que leram e comentaram, vocês não têm noção do quanto isso foi importante para mim.



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Keane - Somewhere only we know

POV Seth.

No estado que Lavine me deixou, seria uma boa tomar um banho gelado. Sentir seus dedos entrelaçando-se em meu cabelo, me puxando para ela, seu corpo tão tentadoramente perto, me fazendo resistir a cada célula do meu corpo que queria rasgar sua roupa, que era a única coisa que nos separava. Sua respiração contra meu rosto fazia meu coração acelerar por tê-la comigo.
— Vou falar com Nessie. Até depois.
Me beijou e saiu do quarto. Desci, e estalei todo o meu corpo. Nunca ouvi tanto "crack" na minha vida. Antes de qualquer coisa, fui falar com os Cullen. Fui recebido como se fosse da família.
— Alice tomou a liberdade de comprar algumas mudas de roupa para você. - Edward disse.
— Está tudo arrumado em uma bolsa no quarto em que estava.
— Obrigado, mas...
— Se não aceitar, vai tudo para o lixo. - Emmett disse, e eu não tive como recusar.
— As suas que Sue trouxe estão todas lavadas. - Esme se prontificou. - Tive o cuidado de tocar o menos possível.
— Eu não me importo com isso. - respondi sincero. - Obrigado por tudo o que fizeram por mim.
— Argh, eu juro que se ouvir mais agradecimentos desses dois, vou enfiar meus dentes em seus pescoços. - Alice falou, nos fazendo rir.
— Fique a vontade para usar o banheiro. - Edward ofereceu, lendo meus pensamentos.
Eu fui depois de pegar minhas novas roupas. E puxa, quanta roupa legal tinha. Algumas jaquetas que eu era louco para comprar, calças, bermudas, camisetas e regatas. Pisquei. Para que alguém em coma precisaria de jaqueta de couro?
Escolhi a mais simples que consegui, não resistindo ao pegar a jaqueta que Lavine uma vez disse que ficaria sexy em mim. Como eles adivinham essas coisas?
Após um delicioso banho, eu quis ir para casa. Ver minha mãe e Leah.
— Eu te levo. - Edward rapidamente se prontificou na sala, junto a Bella.
— Hã, agradeço as roupas. Estava precisando.
— Não por isso. - sorriu.
Olhei ao redor, procurando ouvir qualquer coisa.
— Lavine já foi. Disse que estava cansada e precisava de sua cama.
Assenti, compreensivo. Meses sem dormir direito por minha causa. Ela merecia.
— Rosalie está arrumando meu carro. Se puder esperar um instante.
Eles conversaram comigo. Não sei se foi rude, mas eu só conseguia pensar em ir para casa. Edward não me lançou nenhum olhar por causa dos meus pensamentos, isso quis dizer que eu estava certo sobre ser rude, ou apenas ele não se importava.
Foi com uma olhada em seu celular que ele se levantou do sofá.
— Vamos, então?
— Não precisa se incomodar. Posso me transformar e ir...
— Ahh, deixa disso, querido. - Bella pegou a gigante bolsa da minha mão e me empurrou escadas abaixo. - Fazemos questão. Carlisle voltou para o hospital, e Esme foi caçar com os outros.
— Não foi nenhum sacrifício o que fizeram aqui por você, Seth. - senti a mão de Edward em meu ombro. - Faríamos tudo outra vez, se preciso.
Me sentindo extremamente agradecido, segui para o Volvo junto a eles.
Durante a viagem, eles puxaram assunto, e eu respondia. Era confortável conversar com os dois.
— Lavine é uma ótima pessoa. - Edward começou. - Durante esse tempo todo, ela não saiu de casa. Se recusou a ir para casa, e só saia do seu lado para comer e tomar banho porque não queria que você ficasse chateado por ela estar mal.
Ouvi tudo de boca aberta. Depois de tudo... de Jackson, como ela podia se importar tanto comigo?
Vi ele me lançar um olhar pelo retrovisor, porém não respondeu.
— Ela é um ótimo imprinting, Seth. - Bella disse, doce. - Como sua meia irmã, devo dizer. Ela é uma cunhada maravilhosa.
— Ela é toda maravilhosa. - falei sem querer, e corei. Mas eles apenas sorriram para mim.
Estava querendo tanto ver minha mãe, Leah, Charlie, e Lavine. Para mim foi apenas um sono pesado. Entretanto para eles foram meses. Deviam estar ansiosos por me terem de volta.
... ou não. As luzes de casa se encontravam apagadas. Não pude conter o desapontamento. Achei que eles se importavam mais comigo.
— Disse a eles que acordei? - certifiquei.
— Dissemos. - Bella respondeu.
O carro estacionou, e peguei minha bolsa para sair.
Poxa, nem Lavine quis me esperar. Não que ela tivesse obrigação disso. Mas sua companhia seria confortante. Quero dizer, a gente voltou, não voltou? E eu acabei de sair de coma, coisa que eu nem sabia que era possível pelo fato de a gente se curar rápido. Devia ser ou morto, ou vivo e acordado. Não o meio termo.
Senti duas pessoas atrás de mim.
— Não precisam me acompanhar. Obrigado por me trazerem, podem ir. Não quero segurá-los mais muito tempo.
— Não é incomodo algum, Seth. - ele sorriu calorosamente para mim.
Por instinto, girei a maçaneta, esquecendo de que deveria usar a chave. Só que estava... aberta.
— SURPRESA!
Pulei para trás; a luz de repente acesa, e todos os lobos estavam ali.
Pisquei, confuso. Como não ouvi nenhum deles?
— Você estava imerso em pensamentos para prestar atenção no silêncio. - Edward riu.
E estavam todos ali. Mamãe, Charlie, Leah, Lavine, todos os meus irmãos lobos, Nessie, Emma, Claire, Billy, Rachel, Camila...
Era maravilhoso ver que sim, eles se importavam comigo. Mais do que eu esperei.
— Bem-vindo de volta, amor. - e foram as palavras de Lavine que me fizeram pensar que eu tinha morrido e ido ao paraíso.
— Já passei por isso. - Edward sussurrou. - Parece ser bom demais para ser verdade.
Sorri, concordando, mesmo de costas para ele.
Depois de todos me abraçarem, me cumprimentarem, dizendo o quanto estavam felizes pela minha volta, sossegou um pouco.
— Vocês organizaram tudo isso? - perguntei, temendo minha voz tremer pela emoção.
— Ideia de Lavine. - minha mãe falou, passando a mão em meu cabelo. - Veio imediatamente para casa. Fez um bolo para você, Renesmee comprou algumas outras coisas que faltavam... enfim.
E então reparei na quantidade absurda de aperetivos que havia em cima da mesa. Nessie comprou tudo aquilo? Com que dinheiro eu iria pagar?
— Isso é com o que você menos deve se preocupar. - Edward sussurrou.
Não pude deixar de sorrir.
Parecia uma festa surpresa.
— Assim que Ness soube, era pediu dinheiro a Edward. - Lavine relatou, risonha. Era bom ver um sorriso tão sincero direcionado a mim dela. - Encomendou tudo, assim que falei que queria lhe fazer um bolo. Oh, como ela exagera. - rolou os olhos, ficando tão fofa que não resisti a vontade de beijar seu pescoço. Ela soltou um riso antes de continuar. - Encomendou tantos salgados em diferentes lugares para ficar pronto logo. Eu ainda não acredito que ela fez isso.
— Eu te amo tanto. - murmurei, sem me importar que, tirando três ou quatro pessoas, o resto me ouviria. Passei tanto tempo sem dizer isso, que parecia um crime.
— Eu te amo. - sorriu.
E de repente seu cansaço era evidente.
Ela não dormiu bem?
Edward balançou a cabeça.
Desde que eu...?
Deixei a pergunta morrer, e ele ainda entendeu. Então foi mesmo como eles disseram. Lavine passou os últimos meses dedicando-se a mim, sem mesmo saber se eu acordaria. O quão sortudo eu era por ter essa mulher?

...

Todos já haviam ido embora. Lavine fez Edward prometer que deixaria Ness dormir ali em breve. Afinal, não era perto de Jacob. E minha pequena era também contra a ideia de os dois terem um relacionamento tão maduro quanto nós dois, e isso conforta Edward. Por outro lado, Emily permitiu que Claire dormisse aqui. Ficaria no quarto de Lavine com Emma. As duas pularam de alegria.
Hoje não. Hoje era evidente que queríamos um tempo a sós. Para nos organizar. Para ficarmos em silêncio e aproveitarmos um ao outro. Ou para conversar e nos perdermos em nossas vozes.
Com algum milagre - além do de eu ter saído do coma - mamãe e Charlie nos deixaram. Fomos para o meu quarto mais cedo que o de costume, e para meu alívio, não houve nem um pigarro, ou algum assunto nada a ver surgindo do nada para nos atrasar. Apenas fomos.
— Seu cabelo está maior. - falei ao me lembrar. Desde que acordei, tinha reparado. Só não vi a oportunidade de comentar.
— Tenho que cortar. - concordou. - A última vez que me transformei foi minutos antes de você acordar. Eu perdi o controle por causa da sua parada cardíaca.
— Eu não sabia disso. - sussurrei. Ninguém me contou.
— Todos só queriam comentários alegres. - deu de ombros.
Se não fosse pela garota da minha vida estar nos meus braços agora, eu iria me sentir estranho.
— Eu queria estar mais aliviada. - notei uma tristeza em sua voz que desejei ser capaz de tirar.
A ponta de seus dedos traçavam qualquer coisa em meu braço com tatuagem. Estava um conforto sem igual em meu quarto, com as luzes apagadas. Ela deitava em meu peito, de vez em quando depositava um beijo ali mesmo, ou em meu pescoço, na palma da minha mão, e em meus lábios. Eu lhes devolvia. Arrancávamos suspiros um do outro. Eu me perdia em seus cabelos, seus lábios, em sua pele macia.
— Por quê? - franzi o cenho.
— Eu apenas tenho que lidar com algo em breve. - suspirou.
E a realidade me bateu.
— Jackson? - adivinhei.
Ela se limitou a dar de ombros.
— Prometi que ficaria com você, se você acordassse. Tenho que cumprir. Não se brinca com algo sério.
O remorso tomou tomou conta de mim. Por mais que fosse a melhor coisa do mundo tê-la em meus braços, beijar seus lábios, acariciar sua cintura e a ter só da forma que eu tive, não deixaria meu egoísmo se suprir da necessidade de amá-la.
— Não quero que fique comigo só porque eu quero. Está livre da sua promessa. - garanti, no entanto confuso. Se ela não queria terminar com o vampiro, por que estava deitada comigo trocando carícias?
Já havia lhe dito uma vez. Eu seria o que ela precisasse. Um melhor amigo, um protetor, um irmão. Se ela me quisesse apenas para tomar um tiro por ela, assim seria.
— Oh, não. - ela riu. - Não foi isso que eu quis dizer. Lembra quando falei que era mais complicado do que eu podia falar? Ji sendo. Bem, não vou falar disso agora. Mas é isso que preciso resolver. Juro que depois te conto.
Um pressentimento imediatamente emergiu, e eu sabia que teria de protegê-la de qual for o perigo que teríamos em breve.
— Lavine, se estiver se colocando em perigo por minha causa...
— Seth, cale a boca. - pude ver seus olhos se revirarem. - Não é o único que se arriscaria para manter o outro a salvo.
— Lavine... - minha voz se elevou com o aviso.
Em geral, era eu que ficava acuado. Lavine que conseguiria arrancar algo de mim sem esforço. Mas não agora. Tinha algo que estava a obrigando a fazer coisas que a magoavam. E isso eu não ia tolerar.
— Meu amor, eu não vou estragar esse clima. E não o faça, por favor.
Há! Como eu pude pensar que conseguiria alguma resposta dela assim?
— Outra coisa. - mudei de assunto. Esperaria até que ela me contasse. - Qual era a piada sobre o jacuzzi?
Sua respiração falhou, me deixando mais curioso.
— Eu só... deixei escapar para Nessie que um dia nós dois podíamos aproveitar algo assim.
Procurei em seu rosto algo suspeito, e achei. Ela quis dizer sobre sexo.
— Uau. Enquanto eu me remoendo de aflição em casa, você pensava em mim desta forma dentro de uma hidromassagem? Isso é reconfortante.
— Sério? - ela me olhou, surpresa. O rubor deixando seu rosto.
— Sério. - garanti. - É bom pensar que nada daquilo foi real. Que você imaginava nós dois.
— Não foi. - disse muito rápido. - Eu te amo e somente você. Nunca teve Jackson.
Deixei as palavras me invadirem como ondas de alívio. Quando ela me olhou nos olhos e disse que gostava de outro... nunca mais queria sentir aquilo. Lavine foi uma perfeita atriz, porque eu interpretei sua angústia como me fazendo sofrer por gostar de um sanguessuga - muito raro eu usar esse termo, já que não tenho preconceito por causa dos Cullen. Então aquele otário realmente me tira do sério por se meter com o amor da minha vida. - e não por me fazer sofrer por afastar-se de mim.
— Sabe, agora pode ser muito mais do que nossa imaginação. - provoquei, cutucando a gola de sua camiseta.
— Hmm, hmm... - ela soltou um múrmuro fraco, se arrepiando com a possibilidade de o meu dedo se tornar atrevido por dentro de sua roupa. Seus dentes se fecharam em torno do meu lábio inferior, fazendo um rosnado subir em meu peito. - Só não rasgue essa roupa. Foi presente.
E percebi que meus dedos se tornaram mesmo atrevidos, pois puxavam o pano, como se magicamente ele fosse sair dali e parasse de me impedir de ter uma visão da perfeição diante dos meus olhos.
— A gente tem que ficar atento nas meninas no quarto. Não quero corromper a inocência delas, caso uma delas decida vir aqui.
— E nem passar por constrangimentos com mamãe e Charlie
— Exato. - a última sílaba foi cortada por nossos lábios que se encontraram, selando a maravilha que foi a noite.


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