Você é meu destino -Quileutes -pós Saga Crepúsculo escrita por Karina Lima


Capítulo 18
Trying to find my way home




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Eu estava quase terminando um trabalho de português quando alguém bateu na porta. Levantei-me da cadeira da mesa do computador do Seth e fui atender a porta. Fiquei surpresa de ser Jacob.
— Karen me contou o que aconteceu. – ele foi direto ao ponto. – Sinto muito... – ele parou por um segundo. – E vim trazer algo que esqueceu.
Ele me ofereceu uma folha de papel. Eu peguei e dei uma olhada.
Não me contive. Pulei em seus braços de tanta alegria que explodiu dentro de mim.
— Jake, você é um máximo!
No papel havia o endereço de onde a Emma estava, e o nome do orfanato. E todas as outras informações que eu precisava.
— Sim, disso eu sei.
— Só vou deixar essa passar em branco porque você fez isso por mim.
Dei um passo para trás ao mesmo tempo que ouvia Seth chegando.
— Oi, Jake. – Seth falou.
— Oi, garoto.
— Quer entrar para almoçar? – perguntei. – Seth e eu acabamos de preparar macarrão e lasanha.
— Me parece bom, mas não quero morrer intoxicado.
Torci o rosto em uma careta para ele, enquanto ele ria de mim.
— Quando ele fala isso, quer dizer que vai almoçar com outra pessoa. – Seth pôs sua mão em minha cintura, achando graça disso. – Ele, com certeza, não recusaria comida desse jeito. – sussurrou em meu ouvido, certamente sabia que Jake o ouviria.
Eu ri, e ele revirou os olhos.
— Eu gostaria que você ficasse, pois tenho que te contar algo, que pelo jeito Karen não contou.
— Tem que ser agora? - ele choramingou.
— Pelo jeito ele ia almoçar com a Nessie. - Seth disse, ainda em seu tom zombeteiro.
— Bem, você que sabe, mas o que eu tenho para te contar é bombástico.
Ele suspirou profudamente, provavelmente lamentando ter que furar com sua namorada.
— Vão preparando meu caixão. – falou, entrando.
— Pode deixar. – resmunguei rabugenta do modo que ele estava falando da minha comida. Seth fechou a porta e fomos para a cozinha.
Eu ouvi um ronco que mais parecia um trovão.
— Parece que minha comida lhe abre o apetite, Black. – me senti estranha ao falar seu sobrenome, sendo meu também.
— Isso porque estou com fome. – se desculpou.
—Há, me faça rir.
Nos servimos e sentamos para comer.
— Então, o que era tão importante para eu não poder almoçar com Renesmee? – ele perguntou.
— Eu te dei escolha. – dei de ombros. – Mas de qualquer jeito, Karen te contou que eu fui adotada, certamente.
— Sim, deve ter sido horrível. Você vai querer procurar seus pais biológicos, com certeza. – falou cheio de pena. Ah, mas eu ia derrubar isso agora. Não suporto que fiquem com pena de mim.
— Não precisa. – falei um pouco dura, porém não foi minha intenção, e meu tom não o ofendeu. – Ele está mais perto de mim do que mim do que você imagina.
— É o Charlie? – indagou, pasmo.
— Não. É o seu pai.
Ele caiu da cadeira com isso. Levantei-me imediatamente para ajudá-lo enquanto Seth estava espantado com aquilo.
— Como assim? – perguntou, incrédulo.
— Sim, ela falou que está no registro. – confirmei, e o ajudei a se levantar.
— Mas você? – perguntou, descrente.
— Me perdoe por não ser o tipo de irmã que você gostaria de ter. – o soltei de uma vez, e ele caiu com um baque no chão. No mesmo instante, eu me virei de costas para ele, para que não me visse chorar de raiva e frustração.
Pela visão periférica, vi Seth se preparando para levantar da cadeira.
— Não, não foi isso que eu quis dizer, Lav. – ele se levantou rapidamente, tentando se explicar. – Mas... Mas eu não sabia que tinha outra irmã... Eu, eu... Precisamos conversar com Billy.
— Quer dizer que temos outra irmã? – perguntei, maravilhada. Me virei para ele, sorrindo, e as lágrimas de raiva se transformaram em felicidade.
— Temos duas. – falou, sorrindo. – Rachel e Rebecca. Elas são gêmeas e mais velhas... Aliás, a que estava com Paul na noite em que fomos para a praia, é a Rachel.
— Deus! Eu já conhecia a minha irmã e nem sabia disso! – exclamei, chocada. – Que... Sensação... Estranha. – falei, com pausas, procurando as palavras certas.
— Bem, vamos conversar com ele, então. Você vem, Seth? Mas é claro que sim, que pergunta.
— Sim, mas que tal se acabarmos de comer primeiro? – sugeriu meu namorado, que esse tempo todo ficou calado. Assim que ele falou em comida, duas barrigas roncaram em uníssono, e minhas narinas se encheram do delicioso cheiro de lasanha caseira.
— Vamos, irmãzinha. – Jake falou. Sua intenção foi me zoar, mas ele fez uma careta, estranhando me chamar assim.
— Vamos, maninho. – retruquei.
Nos sentamos novamente.
— Achei que ia ter de interferir pelo modo que falou com ela. – Seth falou, sério, para ele.
— Está tudo bem, Seth. – respondi antes dele. – Ele não fez porque quis, não é, Jake? – perguntei, fazendo minha voz ficar dura.
— Sabe que não. – falou, sem se importar com o meu tom.
Comemos e fomos em seu carro. Era inacreditável como eu estava nervosa. Essa sentimento não me agradava muito. Mas apenas o fato de que eu iria conhecer meu pai biológico e que ele esteve aqui o tempo todo me alegra. Isso me faz pensar que talvez eu tenha outra chance na vida com isso. Eu sinto sim muita falta da Carmen e do Jonathan, mas o fato de eu ter estado esse tempo todo perto de alguém do meu sangue me alivia o aperto do peito.
— Será que ele vai gostar de mim? – perguntei, nevosa.
— Ele, com certeza, vai ficar surpreso. – Jake respondeu. – Mas ele já te conhece, eu sei que ele vai te aceitar. E ajudaria se você não estivesse tentando afundar o banco do meu carro.
Na mesma hora eu parei de pular no lugar.
— Foi mal. – falei, um pouco envergonhada. – Eu nem percebo quando essas coisas acontecem. Sempre eu me pego balançando o joelho.
Eles riram, me acalmando e eu me reencostei no banco.
Logo Jacob estacionou em frente a uma casa vermelha que parecia um celeiro grande. Ao lado da mesma havia um garagem.
— Vamos lá, Lav. – Jake me incentivou. – Vai ser legal.
Eu continuei parada, e ouvi Seth abrir a porta e sair. Fechou-a e veio abrir a minha. Sei que eles queriam apenas me ajudar, mas eu estava me sentindo pressionada com tudo isso.
— Vamos, meu amor. – Seth me encorajou. – Billy vai amar você. Não tem como não gostar de você.
Respirei fundo e peguei sua mão esticada – que me incentivava a levantar – e saí. Ele fechou a porta e entrelaçou nossos dedos.
Andamos até a entrada e Jacob abriu a porta.
— Pai? – Jacob gritou. – Está ocupado? Pode vir aqui um segundo?
Meu coração pulou forte em meu peito quando ouvi o barulho das rodas de sua cadeira se arrastando pelo piso de madeira. Logo ele apareceu a vista. E isso bastou para eu ficar nervosa a flor da pele.
— Olá, Seth. Olá... Lavine, certo?
— Certo. – eu mal falei e minha voz saiu completamente estremecida.
— Pai, queremos conversar com você. – falou ele, indo direto ao ponto.
— O que é, filho?
Jake me olhou antes de continuar.
— Pai... Hoje a gente descobriu uma coisa. Um tanto surpreendente. Na verdade muito surpreendente.
Tentei respirar normal. Sem sucesso. Estava ficando ofegante. E foi pior quando isso parece atrair a atenção de Billy.
— E o que seria?
— Bem... Você já me disse o nome do próximo filho que tivesse, caso tivesse, né? – Jake falou de uma vez, e Billy esbugalhou os olhos. – Ou melhor dizendo: ela.
E apontou com a cabeça para mim, me deixando extremamente nervosa.
— Não sei o que fizeram com ela, mas ela foi adotada e esteve vivendo esse tempo todo Los Angeles com os pais adotivos. Charlie a adotou após o fato de ela estar órfã e sofrer bullying chegar a televisão.
— Jake, não estou entendendo. O que está havendo aqui? – Billy gaguejou, e empurrou sua cadeira até estar perto de mim enquanto Jacob terminava de explicar.
— Ela descobriu ainda hoje, com o novo sistema do hospital, que agora guarda informações de todos os lugares do país, que é sua filha.
Quando a lembrança de tudo veio a tona, eu chorei. E de ver meu pai perto de mim desse jeito, me emocionava.
— Jeniffer? – ele me perguntou, olhando nos meus olhos.
— Como sabe meu nome? – sussurrei, surpresa.
— Sua mãe e eu escolhemos esse nome para uma outra filho. Rachel e Rebecca com R e Jacob e Jeniffer com J.
— Bem... Sim, sou eu, Billy. – sorri em meio as lágrimas.
— Por favor, me chame de pai.
— Tudo bem, - hesitei um momento, me preparando para a seguinte palavra. – pai.
Ele sorriu, e eu não tive como retribuir. Ele abriu seus braços e eu aceitei seu convite. Era tão bom isso. Tão bom reencontrar meu pai.


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