Você é meu destino -Quileutes -pós Saga Crepúsculo escrita por Karina Lima


Capítulo 17
Getting back together (leiam That Broke Me após terminarem esse)


Notas iniciais do capítulo

Assim que vocês lerem, vão para o That Broke Me. Acabei pulando capítulo antes de postar rsrs sem querer. Beijocas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/734468/chapter/17


Era de madrugada e logo a semana estaria acabando para acabar a aula.
Eu estava sem sono, então decidi ir a cozinha fazer algo para comer. O que me surpreendeu foi que Seth estava lá também.
— Boa noite. – o cumprimentei por educação.
— Boa noite. – sua voz saiu rouca pela falta de uso, e isso me arrepiou. – O que faz acordada a essa hora?
— Sei lá. Insônia, com certeza. – falei, indo direto a geladeira beber água. – A chuva trás um clima perfeito para dormir.
— Sim, você com certeza está com insônia. – ele concretizou, e rimos.
— E pelo visto, você também está sem sono. – apontei.
Ele deu de ombros e se encostou a bancada. Parei de vasculhar a geladeira e fiquei apenas com a garrafa de água nas mãos. Fechei a porta e me coloquei ao seu lado. Os dois olhava para frente, sem nada para falar. O silêncio predominava aquele ambiente calmo. Eu ouvia os sons nitidamente, tanto de seu coração batendo um pouco acelerado, como das árvores do lado de fora se balançando contra o vento; os animais da floresta talvez se comunicando entre si, até mesmo o som do vento. E a chuva era outra maravilha que é gostosa de se ouvir quando cai. Aquele clima relaxante que nos envolve. Fechei os olhos por um momento e me deixei ser levada por isso.
O meu coração eu ouvia e o sentia perfeitamente. Estava tão acelerado quanto o dele. Por quê? Por que eu tinha de ficar tão nervosa perto dele? Ele é apenas um garoto que eu me apaixonei perdidamente na primeira vez que o vi. Não devia ser grande coisa.
Eu pensei sobre o que a Nessie disse. Para eu tomar a atitude primeiro. Aprender a lidar com homens. Tomar rédea para ser uma mulher sedutora, provocante e que sabe controlar uma situação como essas. Talvez eu nunca seja uma mulher assim. Talvez eu seja. Pode ser que o meu nervosismo seja apenas uma fase, por eu nunca ter ficado com nenhum outro garoto na minha vida, ou pode ser apenas eu.
E outra. Ela estava totalmente certa sobre uma coisa: passado é passado. Eu provavelmente sou a única que não enxerga o que está debaixo do meu nariz.
— Seth? – rompi o silêncio, finalmente abrindo os olhos.
— Sim? – respondeu quase imediatamente, olhando nos meus olhos.
— Sabe, sobre aquilo... Quero dizer, o motivo pelo qual dei um tempo com você? – comecei, um pouco envergonhada.
— Uhum. – ele murmurou apenas.
— Eu só queria dizer que fui uma boba. Eu não devia ter ligado para aquilo, muito menos para o que os outros vão pensar de nós. – minha voz saiu quase num sussurro rouco.
Ele respirou fundo, e pela minha visão periférica, o vi balançar a cabeça fechando os olhos antes de dizer:
— Eu só fiz aquilo porque...
— Não. – o cortei. – Não precisa se justificar.
Apesar da minha curiosidade, eu não queria ser invasiva na vida dele, por mais que eu quisesse saber a respeito. Mas se isso o magoava, não, eu não precisava.
— Não, eu quero que você saiba. – falou, e se virou para mim. – Desde quando meu pai morreu, tudo vinha sendo mais difícil. E principalmente porque foi culpa minha. Desde quando entrei na matilha, Sam tentava me prender em casa para estudar, só porque eu era o mais novo. Mas eu não ligava muito para isso, eu era um adolescente rebelde, e não ligava mais para nada, por isso da minha reputação na escola de qual eu não me orgulho nem um pouco.
Ouvi isso com um aperto no coração.
— Mas por que seu pai morreu?
— Ele teve um ataque cardíaco quando soube que Leah e eu nos transformamos em lobos.
— Sinto muito por ter dado esse tempo com você. – foi só o que eu consegui dizer.
— Não foi nada fácil, mas você fez o que achava certo para você.
Esse negócio do imprinting deve ser forte mesmo. Fora apenas um dia e ele descreveu desse jeito!
— Eu fiz isso porque estava preocupada com o que iam pensar sobre mim. – falei a verdade. – Estranho, pois parei de ligar para isso há um tempo... E sinto muito pelo o que você viu, Seth. Eu...
— Lav, você não tem a obrigação de me dar explicações. – ele me cortou.
Eu estava envergonhada e chateada com isso, pois não sabia como achar palavras para dizer que queria voltar com ele.
Minha mão estava sobre a beira da bancada, e acho que ele aproveitou isso para segurá-la, as entrelaçado. Com isso, ficou frente a frente comigo, sem me soltar. Aproximou seu rosto lentamente do meu, indeciso, mas com um desejo borbulhante em seus olhos.
— Se você não fizer nada, eu vou te beijar.
Ótimo, é exatamente isso que eu quero.
Sua testa estava colada a minha. Seu nariz roçava ao meu, o que me fazia cócegas. O hálito de sua boca eu podia sentir em minha língua, e isso fazia com que eu o desejasse mais ainda. Ele colocou a mão em minha cintura e grudou seu corpo ao meu. A esse ponto eu estava ofegante e nervosa. Mas era bom, pois ele tinha atitude o suficiente para que meu nervosismo não me atrapalhasse.
Seu lábio inferior roçou no meu, e eu soltei o ar que prendia. Sei lá se isso foi demais para ele, mas ele mordeu meu lábio inferior tão deliciosamente, que meu corpo inteiro se acendeu de desejo. Foi como se tivesse acendido um fósforo ou um isqueiro dentro de mim, me fazendo ficar em chamas. Me arrepiei toda com esse simples gesto.
Não queria perder mais nenhum segundo. Me inclinei em sua direção e o beijei. E eu posso dizer que esse foi o nosso beijo mais selvagem até agora.
Beijar Steven não chegava nem perto de beijar Seth. Meu namorado era mil vezes melhor e mais especial. Eu não trocaria isso por nada.
Ele se inclinou um pouco sobre mim, e eu levantei uma perna, a deixando na lateral de seu corpo. Parece que isso o deixou louco, pois segurou minha nuca com uma mão e a outra atravessou minha cintura, me puxando desesperado para si mesmo, desviando seus lábios para o meu pescoço.
Eu comecei a ficar excitada com isso tudo, e ele percebeu – ou talvez também estivesse ficando – e se afastou um pouco.
— Acho melhor a gente ir dormir. – ele sugeriu, sua respiração alterada.
— É. – foi tudo o que eu falei.
Peguei sua mão e fomos. Ele me deu um beijo antes de se virar para entrar em seu quarto, mas o segurei. Sorri sapeca e fui com ele.
Fomos até sua cama, e sem aviso prévio, comecei a beijá-lo e a empurrá-lo para a cama.
Não sei o que deu em mim naquele momento. Eu estava com uma confiança inacreditável. Minha perna, como se tivesse vida própria, deu a volta na cintura de Seth – estávamos sentados em minha cama, nos beijando. – e ele ficou entre minhas pernas. De início, ficou supreso com o meu movimento. Eu já havia decidido que daria um passo a frente em nossa relação. Eu confiava totalmente nele, ele me amava muito, e eu o amava também. Isso basta para eu ter confiança em alguém. Ele segurou em meu quadril enquanto eu o deitava na cama. Nosso beijo apaixonado estava quase me deixando sem fôlego.
Sorrimos contra os lábios um do outro, e isso acabou gerando uma risadinha de ambos. Nossos rostos se separaram minimamente. Ele acariciou meu rosto com a mão.
— Eu te amo tanto. – sussurrou, seu hálito batendo em minha face.
— Eu também te amo muito. – respondi, e olhei em seus olhos para lhe passar a verdade de minhas palavras. – E eu tomei uma decisão.
— Que decisão? – seus olhos estavam confusos.
Não falei nada, apenas me sentei sem sair da posição, e o puxei pela argola da sua camisa em minha direção, até que seus lábios chocaram-se contra os meus, fazendo suas mãos irem instantaneamente para a minha cintura.
— Feche os olhos. – pedi, deixando de o beijar. Ele fez o que pedi. Aparentemente confuso, mas fez.
Tomei coragem e fechei minhas mãos em seus pulsos. Os levantei lentamente, nervosa com certeza, com essa decisão que absolutamente o surpreenderia. Talvez o deixasse louco.
Coloquei suas mãos sobre os meus seios cobertos pelo sutiã e a blusa.
Ele não esboçou nenhuma reação, mas pela sua cara ele estava se deliciando com isso.
Sem parar, continuei guiando suas mãos para a barra da minha blusa, e eu o fiz segurá-la, logo em seguida, tirá-la. Ele a colocou em um lugar qualquer, e eu soltei suas mãos. Aproveitando isso, ele as pousou em meu quadril.
Aproximei nossos rostos, colocando-os a centímetros um do outro.
— Pode abrir os olhos. – sussurrei, e ele o fez. Me arrependi de olhar neles. Seus olhos estavam em fogo. Parecia que havia labaredas neles. Eu senti o desejo que ele sentia, que seu corpo emanava. Não aguentei. O beijei. Nossos lábios se moviam com urgência.
Parece que ele perdeu a delicadeza comigo, pois seus toques estavam quase agressivos. Isso me tirava o fôlego, que já não era muito.
Quase sem notar, ambos estava sem roupas.

...

Acordei com um ótimo clima para qualquer coisa. Menos para ir para a escola naquela manhã.
— Acho que cheguei um pouco tarde para te acordar. – a voz de Seth soou perto do meu ouvido ao mesmo tempo que havia uma movimentação em minha cama. Ele afastou meu cabelo do meu pescoço e beijou ali. Meu corpo inteiro se arrepiou e se deliciou ao seu beijo.
Infelizmente fui para o meu quarto logo após o que aconteceu. Se sua mãe ou Charlie nos pegasse...
— Um pouco. – concordei, mas na realidade eu nem ligava para isso.
— Vamos, temos que ir para a escola. – ele falava e distribuía beijos por todo meu rosto e pescoço.
— Não quero. – fiz manha. Aproveitei para capturar seu braço e prendê-lo a minha volta. – Vamos. Durma aqui comigo. Hoje é sexta, que tal emendarmos o fim de semana?
— Acho que minha mãe não vai gostar de nenhuma das duas partes.
Ele se deitou ao meu lado e me abraçou por trás.
— Ela não vai nem saber. – minha voz saiu fraca por causa do sono, que veio mais forte por causa da sensação que obtive ao ter Seth de conchinha comigo.
— E se saber, a culpa vai ser sua.
— Eu posso levar a culpa, em troca de dormir um pouco com você. – resmunguei.
Ele riu.
— Eu acho que minha cama está com alguma parte quebrada.
— Sério? - indaguei, curiosa.
— Sim. - seus lábios caminharam por meu pescoço até parar na minha orelha. - A noite passada foi ótima, uh?
— Uma pena que sua cama tenha pagado o preço de algo tão bom. - ofeguei, sentindo uma vontade de ter seu corpo novamente.
— E que tal a sua pagar dessa vez?
Sorri, apreciando a ideia.
— Você é tarado. - brinquei, me virando em seus braços e o beijando.
Que se dane o sono.

...

Acordei com uma batida na porta. Seth não acordara com o barulho, então levantei e fui atender.
— Olá, Jacob. – o cumprimentei, rouca.
— Oi. Não foi para escola hoje? – ele perguntou.
— Obviamente não. Estava sem vontade. – dei de ombros e bocejei.
— E Seth?
Balancei a cabeça em sinal de “não”.
— Bem, eu aproveitei que estou vindo do hospital e já voltando, eles pediram para entregar isso para Sue. – ele me entregou um envelope. – A propósito, ela está?
— Não sei. Geralmente ela sai antes de eu ir para a escola. Ou isso, ou ela está dormindo. Sem querer me intrometer, é sobre o que a carta? E o que você está fazendo no hospital?
Não sei porque eu tive uma curiosidade súbita sobre a carta.
— É apenas para avisar que agora os computadores do hospital ganharam permissão de outros de cidades diferentes para guardar arquivos e coisas assim. Acho que orfanatos estão incluídos. Talvez para ajudar pessoas, sei lá.
Essa é a oportunidade perfeita para pesquisar sobre minha irmã!
— Eu estou indo porque Nessie disse que seria legal eu me voluntariar no hospital para fazer algo. Também é uma grana extra.
— Você pode me levar com você? – pedi. – Por favor, Jake!
— Claro, mas não posso demorar muito. – deu de ombros.
— Eu vou apenas tomar um banho e me arrumar. Pode acreditar, eu não demoro muito.
— Está bem.
— Entre. – me afastei para lhe dar espaço, e logo em seguida fechei a porta. – Volto já. – falei enquanto ele se sentava no sofá.
Olhei no relógio da parede do corredor e marcavam quase dez e meia da manhã.
Tomei um banho rápido e coloquei uma muda de roupa.

— Seth, amor, acorda! – murmurei, já que estava sentada ao lado do dorminhoco.
— Hmm. – ele resmungou. Terminei de colocar meu sapato e o balancei para acordar.
— Seth, acorda, por favor!
Ele finalmente abriu os olhos. E me olhou esquisito.
— Aonde vai? – franziu o cenho, confuso. – Você está linda!
— Obrigada. Eu vou ao hospital com Jake. Parece que eles têm um novo sistema que também protege arquivos de outros hospitais e até de orfanatos fora da cidade. É a chance perfeita para procurar a Emma.
— Eu vou com você. – ele falou, já se levantando.
— Não, não, não. Não dá mais tempo. – poupei seu esforço. – Jake está atrasado para o seu trabalho e eu preciso ir. – coloquei meu casaco e peguei meu celular. – Volto mais tarde. Tchau.
— Tchau.
Lhe dei um beijo de despedida e fui ao encontro de Jake.
— Muito bonita para ir apenas ao hospital. – falou assim que cheguei a sala.
— Obrigada. – agradeci, com um sorriso gentil nos lábios.
— Bem, então vamos.
— Vamos. Seth vai continuar dormindo. – ri.
Ele riu e fomos para seu carro. Eu estava nervosa e ansiosa para encontrar a minha irmãzinha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Você é meu destino -Quileutes -pós Saga Crepúsculo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.