A luz do luar Eduardo Stark cavalgava em cima de Upa Upa adentrando a floresta proibida e atrás dele outras aranhas vinham ao seu encalço para auxilia-lo caso fosse necessário. Minha Vick, ele levou a minha Vick, este era o pensamento que se passava na cabeça do Ministro. Eduardo deu uma guinada e com um movimento da varinha desintegrou uma flecha que vinha em sua direção. Ele olhou além da escuridão da mata escura e viu não apenas um, mas vários centauros com arcos e flechas em mãos. Denis liderava-os, mas Eduardo percebeu que ele estava estranho, veias negras eram visivelmente aparentes no seu pescoço. Outra flecha veio em sua direção que novamente foi desintegrada com um aceno de varinha.

— Denis, cara sou eu. Estamos do mesmo lado. – Gritou Edu.

Denis olhou para ele e guardou seu arco e flecha,logo após esticou os braços para as suas costas e retirou duas espadas longas. Os centauros olharam para o seu líder e deixaram-no passar. Edu olhou-o da Upa Upa e olhou incrédulo para Denis, esse não era o Denis, com certeza algo certo estava errado. Denis apontou uma das espadas para Eduardo que se preparou para o pior, o centauro deu um grito que todos os pássaros que ainda estavam dormindo colocaram-se a voar para bem longe dali, Denis avançou a trote para cima do Eduardo e logo atrás dele os seus centauros, todos estavam diferentes. Eduardo assoviou e as demais aranhas avançaram para cima dos centauros, cada aranha ouviu um chiado de Upa Upa.

— Obrigado minha amiga, não os matem. – Disse Edu acariciando a cabeça áspera e cheia de pelos de Upa Upa e dando um pontapé de leve no seu lado direito.

Upa Upa avançou para cima de Denis que tentou o máximo acertar Edu em cima da aranha, mas a aranha era veloz e subiu em uma das arvores e as demais as seguiram, várias flechas voavam para cima delas, por vezes uma acertava outras aranhas e por momentos centauros eram içados por suas teias e ficavam suspensos nas arvores. Denis olhava tudo lá de cima e viu que a aranha do Edu estava tecendo dois centauros em uma arvores, um outro centauro conseguiu acertar a sua varinha que caiu lá pra baixo e edu.  Denis viu aquilo como uma oportunidade, caminhou até uma distância considerada boa, colocou suas duas espadas no chão e pegou um pedaço de madeira enorme e pontiagudo. Mirou bem no momento que Edu tinha visto e arremessou o pedaço de madeira comprido em direção a Upa Upa. O pedaço comprido de madeira rodopiou no ar e edu tentou afastar Upa Upa pro lado, mas ela não tinha como ir pro lado pois estava tecendo com as patas. Edu sentiu o seu próprio corpo tremer quando despencou daquela arvore com Upa Upa. O pedaço de madeira tinha acertado a sua amiga, ela estava agonizando no chão, sentia dor e em seus olhos edu viu o seu reflexo refletido várias vezes, era muita dor, ele viu na expressão da sua amiga, chegou e abraçou-a, lágrimas escorrem dos seus olhos e ele apalpou o chão a procura de algo e encontrou um graveto suficientemente resistente e cravou-o no lóbulo de Upa Upa. Uma ultima lágrima foi vista escorrendo da sua amiga, outras aranhas se aproximaram de Upa Upa, todas olharam para Eduardo e quando ele achou que seria atacado, as aranhas se viraram para os centauros e pulavam em cima de cada um, não se preocupavam mais em deixar cada um vivo, o objetivo era matar a todos. Denis pegou suas duas espadas e começou a cortar cada aranha ao meio que se colocava entre ele e Eduardo. Edu olhou para a arvore mais próxima e viu algo que reluzia na luz do luar. Uma espada, mas não era uma espada qualquer, era a espada de Gryffindor. Edu se arrastou até a espada, sua perna doía com a queda, deve ter torcido, mas a dor era boa, poderia ter quebrado a perna, não importava, tinha que chegar até a espada, Denis se aproximou correndo e quando ia dar uma espadada em edu o chão tremeu tanto que todos caíram e edu não conseguiu pegar a espada que desapareceu. Todos que estavam no chão demoraram a se recuperarem do baque, quando Eduardo e Denis olharam para o lado viram um homem baixo, magro, de cabelos castanhos, ele tinha em sua mão um cajado e ambos viram que seu olho esquerdo girava as orbitas procurando qualquer que fosse a treta. Quando Denis tentou levantar o bruxo bateu novamente o cajado a ponta de baixo do seu cajado no chão.

— Fica frio Denis. – Gritou o homem e Denis congelou

Outros centauros viram aquilo como uma afronta e cada um foi imobilizado de uma forma diferente por Aron, Eduardo não acreditava naquilo que via. Aron estava ali, na sua frente lutando contra vários centauros, mas ele estava morto, tinha despencado da torre de astronomia em direção a morte. Quando todos os cantauros estavam congelados em seus lugares Aron bateu novamente o seu cajado no chão e um brilho forte saiu dele fazendo as aranhas correrem para longe dali. Aron foi até o Edu e agachou-se ao lado dele, Eduardo ainda estava incrédulo com aquilo.

— Você ... você morreu. – Disse Edu

— Na verdade não Edu, eu não morri, por mais que eu desejasse ter morrido.

— Mas ... o seu corpo foi encontrado, ai caralho. – Eduardo sentiu a dor em sua perna direita e Aron pegou a sua varinha na ponta do seu cajado e apontou para a perna do edu, em segundos ela melhorou.

— Bem Edu, naquele dia quando ... quando eu assassinei a Mai eu tive um impulso de pular da torre e pulei, quando estava no ar, caindo o feitiço império do Alysson cessou, acredito que ele não tenha escolhido bem as palavras ao dizer que eu tinha que assassinar a Mai e logo após pular, ele não especificou que eu deveria morrer, por isso quando o feitiço dele cessou fiz cair uma versão minha de areia e me transformei em corvo e vim pra floresta a procura do Denis. Por isso no outro dia quando ele foi na escola ele não estava emotivo e ele também não poderia dizer nada.

— Mas então ... quem está naquele caixão ...

— Se abrirem ele agora vão encontrar areia. – Disse Aron ajudando Edu a se levantar.

— Mas cara, porque você não voltou ?

— Stark, você é mais experto que isso. Você acha mesmo que com o golpe no Milord e em você o Minsitério ia mesmo apurar o meu caso ? Não, eles não iram, foram comprados e eu estaria sem cabeça ou na pior das conclusões estaria em Azkaban junto com alguns dos ingratos. Vim pra floresta porque aqui eu poderia refletir, mas ... algo deu errado ... O acampamento dos centauros foi atacado por umas engrenagens negras e muitos morreram no processo e os demais ... não são mais os mesmos.

— Engrenagens negras ? – Peguntou Edu.

— Sim, parece que o Allyson aperfeiçoou alguma magia que é capaz de controlar quem tiver essa engrenagem no corpo. Foi assim que ele juntou esse exercício a tempo. – Afirmou Aron.

— Mas as aranhas ... – Edu olhou para Upa Upa que estava morta no chão.

— As aranhas não foram afetadas por algum motivo, parece que o organismo delas não é afetado pelas engrenagens e isso é bom, podemos ver com a Manu uma cura pra isso.

— E onde o Allyson esta ? Quero resolver algumas coisas com esse filho da puta.

— Espero que tenha um plano Stark, porque ele não está lá sozinho.

— Meu plano é arrancar a cabeça dele e salvar minha esposa. – Disse Edu.

— Nossa cara, belo plano o seu, mas vamos caminhar e pensar em um melhor, teremos que passar pelo exercito do Sol para chegarmos no Alysson.

— Exército do Sol ? Quem é esse ?

— Sol, Gabriel ... Biel ... aquele menino do terceiro ano da escola que se acha demais.

— Ah, esse Gabriel ... mas ele estava ajudando na escola hoje ainda, como assim ele ta do lado do Alysson com um exercito ?

— O Sol troca de lado mais do que quando troca de roupa Edu, parece que quando Alysson voltou pra floresta trouxe o Biel com ele e o garoto mostrou que poderia ser manipulado, digo .. útil que ganhou um exercito de trasgos... já ouviu aquele ditado trouxa de quem tem boca vai a Roma ?

— Mas o ditado Aron diz vaia, do verbo vaiar . – Corrigiu Edu.

— No caso dele é vai a Roma mesmo, vamos.